Produção industrial avança no CE em novembro, revela IBGE

A produção industrial avançou 3,4% no Ceará em novembro, conforme aponta pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada ontem. Além do Ceará, dos 15 locais pesquisados, apenas Rio de Janeiro e Mato Grosso tiveram avanço, 11 Estados tiveram recuo.

A pesquisa avaliou a variação em relação ao mês de outubro. O resultado de novembro de 2019 comparado ao do ano anterior, foi de crescimento de 3% no Estado do Ceará. De acordo com o IBGE, o destaque foi para o crescimento na variação de fabricação de outros produtos químicos (38,6%) e fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (35,4%). No entanto, a metalurgia foi a principal influência negativa (-30,3%).

Acumulado
No acumulado do ano, para o período janeiro a novembro de 2019, a pesquisa aponta que houve um crescimento de 1,4%. A maior influência positiva foi da fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (117%), enquanto a variação decrescente ficou por conta da fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-12,9%).

Já a taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses até novembro de 2019, assinalou crescimento de 1%. A maior influência positiva foi de fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (113,5%), fabricação de bebidas (6,4%) e fabricação de outros produtos químicos (5,3%). No lado das quedas, destacam-se fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-15%) e de fabricação de produtos têxteis (-11,4%)

Serviços
Quanto ao índice de volume de serviços no Ceará, o IBGE apontou uma ligeira variação negativa (-0,2%), na série com ajuste sazonal, no mês de novembro em comparação a outubro. Na série sem ajuste sazonal, contudo, o setor de serviços avançou 4,2% em novembro de 2019 frente a igual mês do ano anterior, alcançando a terceira taxa positiva consecutiva.

A pesquisa do IBGE mostra ainda que, na comparação com igual mês do ano anterior, o volume do setor de serviços avançou 4,2% em novembro de 2019, com expansão em quatro das cinco atividades de divulgação. Outros serviços (19,6%) exerceu a contribuição positiva mais relevante, seguido de transportes, serviços auxiliares e correio (10,1%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (1,7%). O setor de serviços de informação e comunicação não apresentou variação, enquanto os serviços prestados às famílias caiu (-0,3%).

No índice acumulado dos primeiros onze meses de 2019, frente a igual período do ano anterior, o setor de serviços avançou 0,1%, com expansão em três das cinco atividades de divulgação. Entre os setores, os serviços de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios (5%) exerceram o principal impacto positivo sobre o índice global. Os demais avanços vieram de serviços prestados às famílias (2,2%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (0,6%). Em contrapartida, a influência negativa ficou em outros serviços (-17,3%) e serviços de informação e comunicação (-2,2%).

Fonte: Jornal O Estado do Ceará em 15.01.20

Ceará se prepara para exportar melão para China

Uma comitiva de agrônomos chineses estará no Ceará para visitar as áreas de produção de melão, no período de 13 a 18 de janeiro. Os chineses vão verificar requisitos fitossanitários para a exportação de melões brasileiros para a China. Um protocolo foi recentemente assinado entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e a Administração Geral de Aduanas da República Popular da China.

Na avaliação da presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Ceará (Adagri), Vilma Freire, a vinda da comitiva chinesa ao Ceará e Rio Grande do Norte abre uma possibilidade interessante para os dois estados – livres da mosca da fruta – iniciarem um canal de exportação para o mercado asiático.

A missão técnica do governo chinês tem o objetivo de auditar a certificação fitossanitária nas áreas livres de moscas das frutas (ALP) nos dois maiores estados produtores de melão do Brasil: Ceará e Rio Grande do Norte.

A inspeção será acompanhada pela equipe técnica da Adagri, liderada pela diretora de sanidade vegetal, Neiliane Sombra. Após a inspeção, a previsão é que nos próximos meses o Ceará inicie os embarques de melão para a China, via porto do Pecém.

O melão produzido no Ceará já é exportado para União Europeia, Estados Unidos, Chile, Argentina, Uruguai e Rússia, e num futuro próximo para a China e Vietnã.

“Com início das exportações para a China, a expectativa de volume exportado é bastante positiva. O setor deve inclusive ampliar a área plantada,” afirmou Sílvio Carlos, secretário-executivo do Agronegócio da Sedet.

Exigências cumpridas
Entre os dias 7 e 9 de janeiro, a Adagri realizou curso para habilitar técnicos em fitossanidade no município de Limoeiro do Norte para atender aos requisitos fitossanitários do governo Chinês.

Exportações com foco no Agronegócio
Após cinco anos de chuvas abaixo da média, o Ceará voltou a ser ator importante nas exportações de frutas. Em 2019, o Ceará vendeu ao exterior mais U$ 62 milhões de dólares nesse segmento; e o melão liderou a lista com U$ 41,5 milhões de dólares.

Fonte: Ceará Portos em 10.01.20

Fiec atrai pesca de Portugal

Empresas de pesca e da indústria naval de Portugal transferirão, em curto prazo, tecnologia para as suas congêneres do Ceará. Esta é a boa notícia que o presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Ricardo Cavalcante, trouxe de Lisboa e Porto, onde esteve na última semana, em reuniões com a elite do empresariado português dos dois setores. Liderando uma comitiva de colegas empresários da indústria cearense de frios, da qual fizeram parte também o diretor-geral do Senai, Paulo André Holanda, e o diretor de Inovação da Fiec, Sampaio Filho, Ricardo Cavalcante declarou à coluna que o futuro do mundo – e do Ceará, também – está umbilicalmente ligado à economia do mar.

“No Ceará, temos hoje 3.500 embarcações de pesca, cuja média de idade é de 25 anos, ou seja, estamos muito atrasados. Para modernizar essa frota, precisamos, entre outras coisas, de uma boa parceria, e é isto que a indústria naval portuguesa nos promete”, adiantou ele à coluna.

O presidente da Fiec participou em Lisboa da Conferência sobre a Economia do Mar, organizada pela Pricewaterhouse. Impressionou-o a informação de que 65% da proteína do mundo provêm dos oceanos. “A Fiec está na proa desse tema no Brasil”, disse Ricardo Cavalcante.

O Ceará – na sua opinião – tem um futuro brilhante na área da economia marinha, principalmente porque o Governo do Estado e a própria Fiec mantêm conversas com empresas internacionais dos setores naval e pesqueiro. A indústria pesqueira de Portugal exporta US$ 1,2 bilhão em pescado; o Ceará, somente US$ 87 milhões em lagosta, atum e peixes vermelhos. Mas no momento em que empresas europeias e norte-americanos aportarem aqui para investir em escola de pesca e na captura e beneficiamento de peixes – com frotas modernas de barcos – “nossa economia do mar dará um grande salto de qualidade, não tenho dúvida”, concluiu Ricardo Cavalcante.

*A Economia do Mar será um dos setores importantes do 10º Encontro de Negócios na Língua Portuguesa, que ocorre nos dias 29 e 30 de abril.
Para mais informações acesse: www.cbpce.org.br/10enlp

Fonte: Egídio Serpa/Diário do Nordeste em 10.01.20