Com cerca de cinco horas de atraso, o primeiro navio vindo de rota asiática atracou, ontem (14), no Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). A rota marítima Ceará e Ásia (AC5) é operada pelas empresas Maersk Line, Hamburg Süd e APM Terminals.
Previsto para às 11h, a embarcação chegou ao terminal marítimo somente por volta das 16h. O navio, vindo da China, movimentará 1.034 unidades de contêineres com diferentes cargas. Destes, 837 são de transbordo, o que, de acordo com a Cearáportos, "faz do Porto do Pecém um hub". O transbordo é quando os contêineres vêm da Ásia, desembarcam no Pecém e embarcam em outro navio com destino a algum outro porto ou o movimento contrário.
Dentre as cargas de exportação com destino à Ásia, a celulose, originária na Bahia, é o principal destaque. O carregamento de produtos tem como destinos Cingapura, China, Hong-Kong, Coreia do Sul, Colômbia e países do Caribe.
Conforme o gerente no Nordeste da Hamburg Süd, Norbert Bergmann, a rota Ásia-Ceará deverá gerar a economia média de 10 a 15 dias nos deslocamentos de cargas entre os dois continentes, incluindo destinos como Cingapura, Hong Kong, Busan, Xangai, Ningbo e Xiamen.
Frete
Dentre as ações que o Porto do Pecém deverá tomar enquanto hub portuário, uma das tidas como principais é a redução do valor da taxa de frete por exportação cobrado. Os administradores do equipamento já informaram que uma das ideias é, pelo menos, igualar o valor ao cobrado no Porto de Santos.
Atualmente, as empresas pagam cerca de US$ 1.000 a mais no equipamento cearense em comparação com o paulistano.
Na opinião de executivos das empresas que operam a rota, as medidas previstas, se executadas em breve pelo Porto do Pecém, atrairão produtores de outros segmentos como frigoríficos e fruticultores.
Fonte: Diário do Nordeste em 15.05.18
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