Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil participa da inauguração do Museu da Língua Portuguesa com Presidente de Portugal

Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil participa da inauguração do Museu da Língua Portuguesa com Presidente de Portugal

Marcelo Rebelo de Sousa passou quatro dias no Brasil e se encontrou com ex-presidentes e pré-candidatos às eleições de 2022

A visita do Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, ao Brasil foi rápida, mas teve uma agenda cheia de encontros e debates de temas importantes. O ponto alto foi a reabertura do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, após incêndio que destruiu parte de sua estrutura em 2015.

O presidente de Portugal ainda condecorou o Museu como membro honorário da Ordem de Camões, que reconhece instituições que se destacam na projeção da língua portuguesa pelo mundo.

A Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil esteve presente nesse momento especial para a comunidade lusa com a participação do presidente Armando Abreu, e de presidentes e diretores das Câmaras de Comércio da rede que compõem a entidade.

Após o evento de inauguração do Museu, o presidente da Federação acompanhou o governante português em alguns de seus compromissos. “A Federação, por meio de suas câmaras, é o principal ambiente de negócios entre Brasil e Portugal, atuando nas relações comerciais, industriais, culturais e diplomáticas, então recebemos o convite do presidente Marcelo para acompanhá-lo nessas visitas e intermediar alguns encontros importantes”, explicou Armando.

O embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro Ramos, e o Ministro de Estado e de Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, também acompanharam Marcelo Rebelo em seus compromissos oficiais. Outra presença ilustre foi a do presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, que veio ao Brasil especialmente para participar da agenda.

Em seus quatro dias no Brasil, do dia 30 de julho a 2 de agosto, o presidente português dividiu sua agenda entre São Paulo e Brasília, tendo encontros com o presidente Jair Bolsonaro, com os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, José Sarney, Lula e Michel Temer e com o governador de São Paulo João Dória. Entre esses, três são declaradamente pré-candidatos à presidência nas eleições de 2022, o que demonstra o compromisso em continuar estreitando as relações entre Brasil e Portugal, independente do futuro governante do país sul-americano.

Com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, Marcelo Rebelo de Sousa conversou sobre a atual situação de crise sanitária mundial e sobre o Acordo Mercosul-União Europeia, no contexto de políticas ambientais. Já no encontro com o presidente Jair Bolsonaro, os temas debatidos foram a preparação para a próxima Cúpula Brasil-Portugal, as celebrações do bicentenário da Independência do Brasil em 20222 e a retomada de diálogos bilaterais entre os dois países, segundo divulgado pelo Itamaraty.

Fonte: AD2M Engenharia de Comunicação em 03.08.2021

10 de junho: Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades

10 de junho: Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades

No dia 10 de Junho celebra-se o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. O feriado nacional assinala ainda o dia da morte do poeta Luís Vaz de Camões, em 1580, autor d´Os Lusíadas.

No Ceará, o Vice-Consulado de Portugal em Fortaleza, Câmara Brasil Portugal, Sociedade Beneficente Dous de Fevereiro e Associação Jangada de Sagres festejam esse dia com bastante alegria, hoje, 10 de junho a partir das 16 horas na página do Facebook da Câmara Brasil Portugal, você terá acesso ao evento online.

PROGRAMAÇÃO

– Playlist Luso-brasileira
– Mensagens da Sec. Estado da Comunidades Portuguesas (Dra. Berta Nunes) e Embaixador de Portugal no Brasil (Dr. Jorge Cabral)
– Participação especial de Dep. Assembleia da República pelo circulo fora da Europa (Dr. José Cesário)
– Novos cidadão portugueses no Ceará
– Prêmio Martim Soares Moreno 2020
– Apresentação de artistas luso-brasileiros

Acesse e participe: www.facebook.com/cbpce
Acesse nossa playlist: https://bit.ly/playlist10dejunho

Fonte: CBPCE em 10.06.2020

Mensagem da Secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Sra. Berta Nunes, por ocasião do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas

Mensagem da Secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Sra. Berta Nunes, por ocasião do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas 10 de junho de 2020

Neste Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, quero saudar todos os portugueses e luso descendentes que vivem nos mais de 190 países onde existe registo da presença de cidadãos nacionais.

Sendo uma celebração conjunta do nosso país, de todos os portugueses e luso-descendentes, da nossa cultura e da nossa língua, permitir-me-ão, caros compatriotas, uma saudação especial à nossa Comunidade na África do Sul, país no qual, a par da Região Autónoma da Madeira, estava previsto realizarem-se as cerimónias do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas este ano.

Juntamos, em Portugal, por ocasião da comemoração do Dia Nacional, a evocação de um dos nossos maiores poetas, que “cantou”, com arte e engenho, os primeiros passos da Globalização dados pelos nossos navegadores há mais de cinco séculos. Feitos que perduram na memória coletiva e que recordamos, entre 2019 e 2022, nas comemorações da primeira viagem de circum-navegação.

A partir de 1978 as “comunidades portuguesas” foram associadas ao Dia de Portugal, num justo reconhecimento do seu significado para o nosso país, da valorização da sua ligação a Portugal e do contributo que dão para a afirmação do Portugal no mundo. A afirmação de um Portugal competente, confiável, resiliente, vinculado aos valores europeus, humanista, empreendedor, inovador e solidário.

Como escreveu Ferreira de Castro, “os homens transitam do Norte para o Sul, de Leste para Oeste, de país para país, em busca de (…) um futuro melhor”. Nós, Portugueses, também o fizemos. Somos globais. Nunca nos bastámos: enquanto país, enquanto Estado, sobretudo enquanto gente. Fomos, saímos, desbravámos, prosperámos, mas sempre mantendo a ligação a Portugal e à cultura portuguesa.

À data de hoje, estima-se que cerca de um terço da população com nacionalidade portuguesa – 5,3 milhões – vive fora de Portugal. Portugal tem comunidades com mais de 75 mil pessoas, espalhadas por quatro continentes (Europa, América, África e Ásia) para além de núcleos relevantes na Oceânia. Temos perto de 700 cidadãos portugueses e luso-descendentes eleitos, a desempenhar funções politicamente relevantes. Existem cerca de 2.000 associações de matriz portuguesa pelo Mundo, a cumprir uma importante missão de promoção cultural e de natureza filantrópica e social, que deve ser reconhecida.

Vivemos, por estes dias, um momento de exceção, mas unidos, conseguiremos ultrapassar as dificuldades.

Quero deixar uma palavra de conforto para as famílias dos nossos conterrâneos que, em Portugal ou no estrangeiro, foram vitimados pela pandemia bem como para aqueles que estão a sentir os seus efeitos negativos nas suas vidas. Juntos, com o trabalho louvável do pessoal de saúde, das forças de segurança, dos professores, entre tantos outros profissionais valiosos, nos quais se incluem também os portugueses que vivem e trabalham no exterior, estamos a começar a retomar, com adaptações, o nosso dia-a-dia.

Ao longo dos últimos sete meses, tive já o privilégio de ter estado em contacto com algumas das nossas Comunidades. Visitei o Brasil, França, Luxemburgo e a Venezuela. Planeio retomar essa interação com todos vós no estrangeiro, assim que as condições o permitam.

É nosso objetivo, no Ministério dos Negócios Estrangeiros e na Secretaria de Estado, continuar a estreitar a proximidade entre Portugal e as Comunidades Portuguesas. Ao mesmo tempo, garantir que os nossos nacionais no estrangeiro têm a proteção e o apoio adequados, quando dele necessitam. Procurar que o atendimento seja próximo, o mais abrangente possível, célere e adaptado aos dias de hoje, sempre que as circunstâncias o permitam.

Para tanto, são disso exemplo o Novo Modelo de Gestão Consular, cujas primeiras medidas estão já a ser implementadas, as melhorias ao Programa Regressar, a atenção permanente ao Ensino do Português no Estrangeiro, a reformulação dos mecanismos de Apoio Social, a aprovação para breve, do Programa Nacional de Apoio ao Investimento da Diáspora (PNAID) ou a melhoria das condições técnicas, tecnológicas e de recursos humanos dos Postos Consulares, entre outras medidas.

No dia de Portugal, quero ainda enaltecer o importante trabalho de toda a Rede Diplomática e Consular, diferentes Serviços do Estado, Associações e Organizações Comunitárias, Conselheiros das Comunidades e de todos aqueles que, nas mais variadas áreas, contribuem para dignificar o nome do nosso país no estrangeiro.

Porque sei que muitos portugueses no estrangeiro querem vir de férias a Portugal, repito que são muito bem-vindos e tudo faremos para que possam reencontrar a família e amigos neste Verão.

Portugal é o somatório de todos os portugueses, sem distinções. As comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo são dos melhores representantes do nosso país, da sua cultura e da sua história! Obrigada em nome de Portugal.

Berta Nunes

Secretária de Estado das Comunidades Portuguesas

 

No Dia de Portugal, Marcelo diz que é tempo de acordar e fazer mudanças com coragem

No Dia de Portugal, Marcelo diz que é tempo de acordar e fazer mudanças com coragem

O Presidente de Portugal defendeu hoje que é tempo de Portugal acordar para a nova realidade resultante da pandemia de covid-19 e fazer as mudanças que se impõem, com coragem, sem voltar às soluções do passado.

“Portugal não pode fingir que não existiu e existe pandemia, como não pode fingir que não existiu e existe brutal crise económica e financeira. E este 10 de Junho de 2020 é o exato momento para acordarmos todo para essa realidade”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, na cerimónia comemorativa do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, em Lisboa.

O chefe de Estado, que discursava nos claustros do Mosteiro dos Jerónimos, acrescentou: “Não podemos entender que nada ou quase nada se passou, como não podemos admitir que algo de grave ou muito grave ocorreu e esperar que as soluções de ontem sejam as soluções de amanhã, como não podemos concordar com a inevitabilidade da mudança e nada fazer por ela”.

O Presidente da República apontou os próximos meses e anos como “uma oportunidade única para mudar o que é preciso mudar com coragem e determinação” e rejeitou que se opte por “remendar, retocar, regressar ao habitual, ao já visto, como se os portugueses se esquecessem do que lhes foi, é e vai ser pedido de sacrifício e se satisfizessem por revisitar um passado que a pandemia submergiu”.

Na sua intervenção, de cerca de dez minutos, Marcelo Rebelo de Sousa criticou também que se pense que “é já chegada a hora de fazer cálculos pessoais ou de grupo, de preferir o acessório àquilo que durante meses considerámos essencial, de fazer de conta que o essencial já está adquirido, já passou, já cansou, já é um mero álibi para apagar a liberdade e controlar a democracia”.

Fonte: Portugal Digital em 10.06.2020

Dia de Portugal terá “cerimônia simbólica” no Mosteiro dos Jerónimos em Lisboa

Dia de Portugal terá “cerimônia simbólica” no Mosteiro dos Jerónimos em Lisboa

O Dia de Portugal em Lisboa vai ser assinalado com uma “cerimônia simbólica” no Mosteiro dos Jerónimos, às 11:00 de 10 de Junho, com discursos do presidente das comemorações, cardeal Tolentino Mendonça, e do chefe de Estado.

Segundo a Presidência da República, “as comemorações que estiveram previstas para a Região Autónoma da Madeira e África do Sul, foram alteradas, para assim respeitar as regras de precaução sanitária no quadro da pandemia da doença covid-19”.

O programa terá início “no exterior do Mosteiro dos Jerónimos onde, pelas 11:00 e sob a presidência do chefe de Estado, decorre a cerimônia do içar da bandeira nacional, com a execução do hino nacional, 21 salvas por unidade naval da Armada Portuguesa fundeada no rio Tejo e sobrevoo de homenagem por uma esquadrilha de aeronaves F-16 da Força Aérea”.

Segundo a mesma nota, “depois, na Igreja de Santa Maria de Belém, o Presidente da República deposita uma Coroa de Flores no Túmulo de Luís Vaz de Camões, e guarda um minuto de silêncio em homenagem aos mortos ao serviço da pátria”.

“Nos claustros do Mosteiro, irá usar da palavra o cardeal D. José Tolentino de Mendonça, presidente da comissão organizadora do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, a que se segue a intervenção do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa que encerra as cerimônias”, lê-se no texto.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já tinha divulgado, no dia 17 de abril, que o Dia de Portugal seria assinalado com uma “cerimônia simbólica” junto ao Mosteiro dos Jerónimos.

Na altura, o chefe de Estado divulgou uma nota a reafirmar que iria assinalar o 10 de Junho, assim como participaria na sessão comemorativa do 25 de Abril na Assembleia da República, então envolta em polêmica devido ao número de presenças face às restrições impostas para combater a propagação da covid-19.

3 meses depois

Os primeiros doentes com covid-19 foram anunciados em Portugal há três meses, depois de mais de meia centena de casos suspeitos terem dado negativo e numa altura em que o mundo unia esforços para combater um vírus desconhecido.

O primeiro caso foi comunicado pela ministra da Saúde, Marta Temido, em 02 de março, cerca de três meses depois de terem sido anunciados os primeiros casos na China, onde começou o surto num mercado em Wuhan que rapidamente se propagou pelo mundo, paralisou a economia dos países e levou a “uma guerra” para obter máscaras cirúrgicas e outros equipamentos essenciais para conter a sua disseminação.

Três meses passados, Portugal regista 1.396 mortos e 32.203 casos de infeção resultantes da covid-19, declarada no dia 11 de março pela Organização Mundial da Saúde como pandemia pelos “níveis alarmantes de propagação e inação”.

Os números colocam Portugal no 14.ºlugar a nível mundial no número de óbitos por um milhão de habitantes, à frente de países como o Brasil ou a Alemanha, e no 19.º no número de casos, com 3.043 casos por milhão de habitantes, mais do que, por exemplo, a França, segundo dados da plataforma EyeData Covid-19, um projeto da agência Lusa e da Social Data Lab, referentes a 27 de maio.

Dez dias após o anúncio dos primeiros casos foi noticiado o primeiro doente recuperado no Hospital de São João, no Porto. Atualmente, 19.186 foram dados como curados em Portugal e cerca de 2,2 milhões no mundo.

A luta contra esta doença pôs o mundo em suspenso e obrigou os países a tomarem medidas de emergência. Os portugueses foram obrigados a ficar em casa, as escolas e universidades encerraram, muitas empresas colocarem os funcionários em teletrabalho, outras recorreram ao ‘lay-off’, o turismo parou e a maioria dos voos foi anulada.

As visitas a instituições de saúde, lares e prisões foram cortadas e os hospitais tiveram de se reorganizar para acolher os doentes com covid-19. Cancelaram consultas e cirurgias não urgentes e recorreram à teleconsulta para continuar a acompanhar os doentes.

Cerca de 540 mil consultas hospitalares e 51 mil cirurgias ficaram por realizar entre 16 de março e o final de abril, face ao mesmo período de 2019, bem como 840 mil consultas nos centros de saúde e cerca de 400 mil episódios de urgência, um trabalho que os hospitais já começaram a recuperar.

Para os especialistas, “Portugal atuou cedo” ao decretar o confinamento quando ainda só tinha registado 62 casos e nenhum óbito e os portugueses aderiram às medidas, reduzindo a sua mobilidade em cerca de 80%.

As medidas de confinamento contribuíram para que, na primeira quinzena de abril, Portugal tivesse registado menos 5.568 casos (-25%), menos 146 mortes (-25%) e menos 519 (-69%) internamentos em cuidados intensivos do que seria de esperar se não tivessem sido decretadas, salienta.

A situação mais preocupante neste momento é na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde tem crescido o número de infetados, uma situação já comentada pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa: A “fotografia” da situação do país “é favorável”, “não há uma situação de descontrolo” nesta região, mas sim de “atenção e preocupação”.

Em 03 de maio foi decretada em Portugal a situação de calamidade, após três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março,

Esta nova fase de combate à covid-19 previa o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.

A 18 de maio entraram em vigor novas medidas, entre as quais a retoma das visitas nos lares de idosos, a reabertura das creches, aulas presenciais para os 11.º e 12.º anos e a reabertura de algumas lojas de rua, cafés, restaurantes, museus, monumentos e palácios.

Fonte: Mundo Lusíada em 02.06.20