Dia de Portugal e de Camões é celebrado pelas comunidades lusas

Dia de Portugal e de Camões é celebrado pelas comunidades lusas

Dia 10 de junho é marcado por celebrações, solenidades, concertos e exposições

Nesta quinta-feira, dia 10 de junho, é comemorada uma data especial e de festa para toda a comunidade portuguesa no Brasil: o dia de Portugal e de Luís de Camões, um dos maiores poetas da história lusa.

Celebrando a história e cultura do país e de seu povo, na data costumam ocorrer desfiles, eventos, concertos e exposições em Portugal e em locais com presença de imigrantes portugueses, como é o caso de muitas cidades brasileiras.
Neste ano, os eventos serão predominantemente online. Principalmente nos estados que compõem a Federação de Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil, onde há forte presença lusa e conexões consolidadas entre os dois países, ações estão programadas para celebrar o dia. No Rio de Janeiro, por exemplo, será inaugurada a exposição “Vasco da Gama, 122 anos de união Brasil-Portugal”, no estádio São Januário, e um espetáculo musical dedicado à Diva do Fado, Amália Rodrigues, no Palácio de São Clemente.

Direto do Pará, será realizado o evento online “Portugal: da educação ao empreendedorismo”, com transmissão aberta ao vivo. De Brasília, um concerto com António Zambujo e participação de Gal Costa, transmitido pelo youtube. E da Bahia, será realizada uma live do Gabinete Português de Leitura para exaltar a literatura portuguesa.

Já no Ceará, a data marcará também a posse da nova diretoria da Câmara Brasil Portugal no estado, centralizada nas figuras do novo presidente Eugênio Vieira e dos vice-presidentes Anya Ribeiro, Enid Câmara e Raul dos Santos. A entidade completou 20 anos de atuação no último dia 1º.

Fonte: AD2M Engenharia de Comunicação

No Dia de Portugal, Marcelo diz que é tempo de acordar e fazer mudanças com coragem

No Dia de Portugal, Marcelo diz que é tempo de acordar e fazer mudanças com coragem

O Presidente de Portugal defendeu hoje que é tempo de Portugal acordar para a nova realidade resultante da pandemia de covid-19 e fazer as mudanças que se impõem, com coragem, sem voltar às soluções do passado.

“Portugal não pode fingir que não existiu e existe pandemia, como não pode fingir que não existiu e existe brutal crise económica e financeira. E este 10 de Junho de 2020 é o exato momento para acordarmos todo para essa realidade”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, na cerimónia comemorativa do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, em Lisboa.

O chefe de Estado, que discursava nos claustros do Mosteiro dos Jerónimos, acrescentou: “Não podemos entender que nada ou quase nada se passou, como não podemos admitir que algo de grave ou muito grave ocorreu e esperar que as soluções de ontem sejam as soluções de amanhã, como não podemos concordar com a inevitabilidade da mudança e nada fazer por ela”.

O Presidente da República apontou os próximos meses e anos como “uma oportunidade única para mudar o que é preciso mudar com coragem e determinação” e rejeitou que se opte por “remendar, retocar, regressar ao habitual, ao já visto, como se os portugueses se esquecessem do que lhes foi, é e vai ser pedido de sacrifício e se satisfizessem por revisitar um passado que a pandemia submergiu”.

Na sua intervenção, de cerca de dez minutos, Marcelo Rebelo de Sousa criticou também que se pense que “é já chegada a hora de fazer cálculos pessoais ou de grupo, de preferir o acessório àquilo que durante meses considerámos essencial, de fazer de conta que o essencial já está adquirido, já passou, já cansou, já é um mero álibi para apagar a liberdade e controlar a democracia”.

Fonte: Portugal Digital em 10.06.2020

Dia de Portugal terá “cerimônia simbólica” no Mosteiro dos Jerónimos em Lisboa

Dia de Portugal terá “cerimônia simbólica” no Mosteiro dos Jerónimos em Lisboa

O Dia de Portugal em Lisboa vai ser assinalado com uma “cerimônia simbólica” no Mosteiro dos Jerónimos, às 11:00 de 10 de Junho, com discursos do presidente das comemorações, cardeal Tolentino Mendonça, e do chefe de Estado.

Segundo a Presidência da República, “as comemorações que estiveram previstas para a Região Autónoma da Madeira e África do Sul, foram alteradas, para assim respeitar as regras de precaução sanitária no quadro da pandemia da doença covid-19”.

O programa terá início “no exterior do Mosteiro dos Jerónimos onde, pelas 11:00 e sob a presidência do chefe de Estado, decorre a cerimônia do içar da bandeira nacional, com a execução do hino nacional, 21 salvas por unidade naval da Armada Portuguesa fundeada no rio Tejo e sobrevoo de homenagem por uma esquadrilha de aeronaves F-16 da Força Aérea”.

Segundo a mesma nota, “depois, na Igreja de Santa Maria de Belém, o Presidente da República deposita uma Coroa de Flores no Túmulo de Luís Vaz de Camões, e guarda um minuto de silêncio em homenagem aos mortos ao serviço da pátria”.

“Nos claustros do Mosteiro, irá usar da palavra o cardeal D. José Tolentino de Mendonça, presidente da comissão organizadora do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, a que se segue a intervenção do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa que encerra as cerimônias”, lê-se no texto.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já tinha divulgado, no dia 17 de abril, que o Dia de Portugal seria assinalado com uma “cerimônia simbólica” junto ao Mosteiro dos Jerónimos.

Na altura, o chefe de Estado divulgou uma nota a reafirmar que iria assinalar o 10 de Junho, assim como participaria na sessão comemorativa do 25 de Abril na Assembleia da República, então envolta em polêmica devido ao número de presenças face às restrições impostas para combater a propagação da covid-19.

3 meses depois

Os primeiros doentes com covid-19 foram anunciados em Portugal há três meses, depois de mais de meia centena de casos suspeitos terem dado negativo e numa altura em que o mundo unia esforços para combater um vírus desconhecido.

O primeiro caso foi comunicado pela ministra da Saúde, Marta Temido, em 02 de março, cerca de três meses depois de terem sido anunciados os primeiros casos na China, onde começou o surto num mercado em Wuhan que rapidamente se propagou pelo mundo, paralisou a economia dos países e levou a “uma guerra” para obter máscaras cirúrgicas e outros equipamentos essenciais para conter a sua disseminação.

Três meses passados, Portugal regista 1.396 mortos e 32.203 casos de infeção resultantes da covid-19, declarada no dia 11 de março pela Organização Mundial da Saúde como pandemia pelos “níveis alarmantes de propagação e inação”.

Os números colocam Portugal no 14.ºlugar a nível mundial no número de óbitos por um milhão de habitantes, à frente de países como o Brasil ou a Alemanha, e no 19.º no número de casos, com 3.043 casos por milhão de habitantes, mais do que, por exemplo, a França, segundo dados da plataforma EyeData Covid-19, um projeto da agência Lusa e da Social Data Lab, referentes a 27 de maio.

Dez dias após o anúncio dos primeiros casos foi noticiado o primeiro doente recuperado no Hospital de São João, no Porto. Atualmente, 19.186 foram dados como curados em Portugal e cerca de 2,2 milhões no mundo.

A luta contra esta doença pôs o mundo em suspenso e obrigou os países a tomarem medidas de emergência. Os portugueses foram obrigados a ficar em casa, as escolas e universidades encerraram, muitas empresas colocarem os funcionários em teletrabalho, outras recorreram ao ‘lay-off’, o turismo parou e a maioria dos voos foi anulada.

As visitas a instituições de saúde, lares e prisões foram cortadas e os hospitais tiveram de se reorganizar para acolher os doentes com covid-19. Cancelaram consultas e cirurgias não urgentes e recorreram à teleconsulta para continuar a acompanhar os doentes.

Cerca de 540 mil consultas hospitalares e 51 mil cirurgias ficaram por realizar entre 16 de março e o final de abril, face ao mesmo período de 2019, bem como 840 mil consultas nos centros de saúde e cerca de 400 mil episódios de urgência, um trabalho que os hospitais já começaram a recuperar.

Para os especialistas, “Portugal atuou cedo” ao decretar o confinamento quando ainda só tinha registado 62 casos e nenhum óbito e os portugueses aderiram às medidas, reduzindo a sua mobilidade em cerca de 80%.

As medidas de confinamento contribuíram para que, na primeira quinzena de abril, Portugal tivesse registado menos 5.568 casos (-25%), menos 146 mortes (-25%) e menos 519 (-69%) internamentos em cuidados intensivos do que seria de esperar se não tivessem sido decretadas, salienta.

A situação mais preocupante neste momento é na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde tem crescido o número de infetados, uma situação já comentada pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa: A “fotografia” da situação do país “é favorável”, “não há uma situação de descontrolo” nesta região, mas sim de “atenção e preocupação”.

Em 03 de maio foi decretada em Portugal a situação de calamidade, após três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março,

Esta nova fase de combate à covid-19 previa o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.

A 18 de maio entraram em vigor novas medidas, entre as quais a retoma das visitas nos lares de idosos, a reabertura das creches, aulas presenciais para os 11.º e 12.º anos e a reabertura de algumas lojas de rua, cafés, restaurantes, museus, monumentos e palácios.

Fonte: Mundo Lusíada em 02.06.20