Regras para visto de investidor em Portugal mudam a partir de 2022, com aportes 50% maiores

Regras para visto de investidor em Portugal mudam a partir de 2022, com aportes 50% maiores

O governo português alterou algumas exigências para a concessão de visto de residência permanente para investidores no país – o chamado Golden Visa -, que passarão a valer a partir de 1º de janeiro do próximo ano. Interessados em obter o visto com as normas vigentes ainda em 2021 têm até 20 de outubro para dar início ao processo.

Segundo a LCR Capital Partners, empresa que presta assessoria para famílias interessadas em imigrar para Portugal, as mudanças aumentaram os valores exigidos em quase todas as modalidades de investimentos e negócios, além de excluírem as cidades de Lisboa, Porto e Algarve como regiões qualificadas para a compra de imóveis residenciais.

“As alterações são consideráveis e, por ser um processo com vários passos e que exige uma grande quantidade de documentações, o ideal é que o interessado inicie o processo de aplicação para o programa até 20 de outubro”, alerta Ana Elisa Bezerra, vice-presidente da LCR.

De acordo com a empresa, os valores de investimento terão aumento de até 50% em algumas modalidades, conforme comunicado oficial do governo de Portugal. Transferência de recursos para uma conta bancária portuguesa, por exemplo, passam de 1 milhão de euros, no mínimo, para 1,5 milhão de euros. Já a aplicação mínima em fundos de investimento elegíveis ao visto passará de 350 mil euros para 500 mil euros.

Atualmente, a aquisição de imóveis é uma das modalidades mais populares para quem quer obter o Golden Visa, segundo a LCR. “O objetivo do governo em tirar regiões como Lisboa, Porto e Algarve das zonas qualificadas para o programa, é atrair mais investimentos e pessoas para zonas rurais e centros urbanos menores, a fim de movimentar a economia e população desses locais”, afirma a empresa, em nota. O valor mínimo para aquisição de imóveis não foi alterado, ficando nos atuais 500 mil euros.

Fonte: Valor Investe

No dia 21/10, a CBPCE realizará live com o tema: Golden Visa e o Visto de Empreendedor em Portugal – Cenário atual e oportunidades a partir das 11h.

Convidados:

Paulo Sérgio dos Santos
Advogado e Sócio da ASA Lawyers.

Teresa do Brito Apolónia
Advogada e Sócia fundadora da ASA Lawyers

Karyna Saraiva Leão Gaya
Advogada, sócia de Cabral e Gaya Advogados

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Mesmo com pandemia, brasileiros levam negócios e investimentos para Portugal

Mesmo com pandemia, brasileiros levam negócios e investimentos para Portugal

Para fomentar os novos negócios e o desenvolvimento da economia, Portugal abriu neste segundo semestre de 2021 o programa “Portugal 2030” com investimento de subsídios para internacionalização de empresas no mercado português. “No programa existem várias linhas de incentivos tanto para iniciar um projeto, como para fazer a ampliação global da empresa, ou seja, internacionalizá-la através de Portugal”, explica Cristinna Araújo, CEO da My Euro Business. Nesse contexto, empresários do Brasil buscam orientações para internacionalizar empresas no mercado europeu.

O número de empresas brasileiras que apostam na internacionalização ainda é pequena em relação ao número total de organizações nacionais com operações no país, mas há uma tendência de crescimento para investimentos no mercado internacional.

A UE tem uma população de mais de 500 milhões – ou seja, 500 milhões de clientes potenciais com alta renda per capita. E os consumidores europeus têm uma mentalidade internacional, buscando os melhores produtos do mundo. Mesmo durante o pior da recessão da zona do euro, as importações estavam aumentando.

Thiago Cavalcante, Cofundador da Inflr, empresa focada na criação de soluções de marketing digital usando a tecnologia mais recente para influenciadores, viu na expansão internacional para Portugal uma oportunidade de crescimento, estabilidade e credibilidade para seu negócio.

“O Brasil é muito avançado, nós somos o terceiro maior do mundo em algumas redes sociais, e nós temos em média 137 milhões de usuários com celular. Então somos o que há de mais novo em rede social, e os outros países acabam tendo uma cópia do que a gente faz. O mercado português é muito grande, com muita receita concentrada, então para qualquer negócio, independentemente de ser digital ou não, vale a pena expandir. A My Euro Business foi muito interessante para a gente no contexto e no formato de nos auxiliar com subsídios de Portugal. Além de já termos o desejo de expandir, ter o subsídio do governo da Europa, que consegue arcar com até 70% dos nossos custos foi um dos principais motivadores.”, afirma Thiago.

Outra empresa que deu seus primeiros passos para expansão internacional, com foco em Portugal, foi a MyZapCard, plataforma de cartão de visitas digital inteligente e integrado com networking digital e otimizado. “A internacionalização sempre esteve em nosso roadmap, e como nós temos uma veia muito forte voltada para o ESG, nós sempre tivemos a ambição de impactar positivamente não só o Brasil, mas também o mundo. Escolhemos Portugal não apenas pela ausência de barreiras linguísticas, mas também devido aos programas e incentivos do governo português, (…) além do fato do país ter a ambição de se tornar um polo de tecnologia”, destaca Raffael Mesquita, CEO da MyZapCard.

Emprego em Portugal

O destino se mantém na mira dos brasileiros que buscam pela imigração e uma colocação de trabalho na Europa.

Um levantamento do IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profissional de Portugal mostra que há mais de 23 mil vagas de empregos sem candidatos cumprindo os requisitos necessários para contratação. Segundo especialistas locais, essa situação não acontece desde 2017, segundo reportagem da TVI 24, rede de televisão portuguesa.

As vagas abertas estão associadas aos setores de construção civil e restauração, entre outros. Ainda neste momento há menos imigrantes em Portugal, devido a pandemia. O site do IEFP mostra que estão disponíveis mais de 8 mil vagas para estrangeiros em diferentes cidades portuguesas. Confira as vagas disponíveis no IEFP>>

Para o Cesar Damião, CEO da Global Trust, empresa que presta consultoria no segmento de investimentos imobiliários em Portugal, esse é mais um motivo para investir no Golden Visa, que beneficia compradores de imóveis com valor a partir de € 500 mil, em troca da autorização de residência permanente.

“Uma das grandes preocupações quando o assunto é imigração, é a questão do emprego. Portugal é um país repleto de oportunidades e a maioria dessas vagas são em construção civil e restaurantes. Mas também há diversas vagas em hotelaria e tecnologia, que vêm crescendo muito na região. Com as mudanças do parlamento para o programa Golden Visa, estamos na reta final para quem quer comprar seu imóvel em Lisboa, Algarve, Porto e demais áreas do litoral”, explica o especialista.

Alterações Golden Visa

Segundo Ana Elisa Bezerra, vice-presidente da LCR Capital Partners no Brasil, empresa que presta assessoria para famílias interessadas em imigrar para Portugal por meio do Golden Visa, investir em Portugal tem se tornado cada vez mais atraente para aqueles que buscam uma segunda nacionalidade, para si e familiares.

O governo português fará alterações nas regulamentações do Golden Visa, a partir de 1 de janeiro de 2022, aumentando o valor exigido em quase todas as modalidades para a aplicação do visto, além de retirar Lisboa, Porto e Algarve como regiões qualificadas para a compra de imóveis residenciais.

“As alterações são consideráveis e, por ser um processo com vários passos e que exige uma grande quantidade de documentações, o ideal é que o interessado inicie o processo de aplicação para o programa até outubro deste ano” diz Ana Elisa Bezerra.

O objetivo do governo em tirar regiões como Lisboa, Porto e Algarve das zonas qualificadas para o programa, é atrair mais investimentos e pessoas para zonas rurais e centros urbanos menores a fim de movimentar a economia e população desses locais.

“O mercado imobiliário de Portugal, como um todo, está sendo muito valorizado nos últimos anos, principalmente Lisboa, o que acabou inflacionando os valores dos imóveis. Pensando em diminuir essa supervalorização e expandir a urbanização para outras regiões, o governo decidiu implementar essas alterações bastante significativas para quem deseja investir no país”, comenta Ana Elisa Bezerra.

Vale ressaltar que não haverá mudança no valor mínimo de investimento para o setor imobiliário – que atualmente é a partir de 500 mil euros. Já os imóveis comerciais em Lisboa, Porto e Algarve (escritórios, centros comerciais e hotéis) continuarão elegíveis em 2022.

Outra forma de investir no país, que tem se tornado cada vez mais popular, é por meio de fundos de investimento. O mercado de fundos é altamente regulamentado, o que torna uma opção segura e oferece tranquilidade para os investidores internacionais, uma vez que o gestor do fundo, o Banco Depositário e a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) supervisionam todo o processo.

“A chegada da pandemia, e a impossibilidade de viajar para o exterior, fez com que investidores tivessem um olhar mais atento para este tipo de modalidade, pois não há necessidade que o interessado vá até o país para conhecer onde está investindo, como ocorre na compra de imóveis. Ainda que seja possível fazer a compra do imóvel sem uma visita presencial, muitos não se sentem confortáveis em finalizar a transação somente com visitas virtuais. A modalidade de investimento em fundos ficou, então, ainda mais atrativa”, complementa Ana.

O valor mínimo para investir na opção de Fundo que qualifica para o Golden Visa Português é de €350.000, porém, em janeiro de 2022 o valor aumentará para € 500.000.

Há uma série de benefícios que podem ser destacados para quem tem o interesse em investir por meio dessa opção, por exemplo no âmbito fiscal. A propriedade direta envolve diversos impostos de aquisição, aluguel e eventual venda, e os fundos estão isentos de muitos desses impostos.

A especialista ainda destaca retornos acima do mercado comparado a outras opções de investimento do Golden Visa Português.

Fonte: Mundo Lusíada

PODCAST CBPCE: O fluxo de investimento português no Brasil será realizado amanhã (16)

PODCAST CBPCE: O fluxo de investimento português no Brasil será realizado amanhã (16)

No dia 16/09, a CBPCE realizará live com o tema: O fluxo de investimento português no Brasil com a participação de Rômulo Alexandre Soares.

Convidado:

Rômulo Alexandre Soares:
sócio do APSV Advogados, tendo atuado desde 2001 em temas jurídicos ligados à atração de investimento estrangeiro para o Ceará, Mestre em Negócios Internacionais, Vice-Presidente da Federação Brasileira de Câmaras de Comércio Exterior, ex-presidente do Conselho de Relações Internacionais da FIEC e da Câmara Setorial de COmex & IED da ADECE/Ceará.

O bate papo será conduzido pelo Jornalista Marcos Gomide da 2Go Digital (Sócio CBPCE) – agência voltada à criação e à estratégia para internet.

As lives acontecem às quintas-feira a partir das 11 horas no Brasil e às 15 horas em Portugal, com transmissão simultânea no Facebook, YouTube e estará disponível no Spotify em formato Podcast.

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O Ceará está pronto: Por César Ribeiro

O Ceará está pronto: Por César Ribeiro

Não é de hoje que se fala da capacidade de superação do cearense nas adversidades. O Ceará mostrou-se ainda mais forte e altivo quando enfrentou de cabeça erguida os dois períodos mais críticos da pandemia do coronavírus em 2020 e 2021. Isso diz muito da virtude do Estado em gerir situações de crise. Sem dúvidas, a maestria e diplomacia do seu líder maior, governador Camilo Santana, no comando de sua equipe fizeram uma grande diferença nesse processo.

Gerir situações de crise é também estar atento ao seu entorno, observando as oportunidades que podem surgir a partir daí, fazendo adaptações necessárias, tornando processos mais ágeis e econômicos na medida do possível, observando novos comportamentos, necessidades e mercados.

Antes da pandemia, o Estado do Ceará estava com linhas fortes de desenvolvimento econômico e social estabelecidas e algumas ainda estão, Somos a “esquina do Atlântico, porta de entrada para o Brasil e o mundo, com uma estrutura já preparada para resgatar contatos que ficaram em standby, outros novos que surgiram com um mundo novo e aproveitar toda a efervescência que a retomada do mercado internacional pode proporcionar.

Uma referência em educação no Brasil, o Ceará tem um dos maiores níveis de Investimento público e de transparência do país; uma situação fiscal equilibrada; um dos mais estratégicos complexos industriais e portuários da região, com uma zona de livre comércio em plena expansão aberta a novos empreendimentos. Além disso, o processo de imunização cearense contra a Covid-19 está avançando rapidamente, proporcionando a segurança que as pessoas precisam para para a retomada. Tudo isso, torna-se atrativo para investidores internacionais e nacionais que procuram moradas estáveis, seguras e acolhedoras para abrigar seus negócios.

Mesmo na pandemia, por motivos diversos, o Ceará esteve atento e próximo de parceiros Internacionais importantes, China, Estados como Unidos, França, Alemanha, Espanha, Itália, Coreia, Portugal, Finlândia, Argentina, entre outros, tratando de assuntos da área da saúde, tecnologia, segurança, mobilidade urbana, governança digital, educação, energias renováveis, agronegócio, recursos hídricos. O Estado está pronto para dar continuidade ao seu processo de internacionalização, com negócios e parcerias que gerem riquezas e oportunidades para os cearenses, e vem avançando, com muita responsabilidade, trabalho e dedicação.

Cesar Ribeiro
Secretário para Assuntos Internacionais do Estado do Ceará

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M. Dias Branco soma R$ 1,9 bilhão de receita líquida e cresce 33% no 2º trimestre

M. Dias Branco soma R$ 1,9 bilhão de receita líquida e cresce 33% no 2º trimestre

Também chamou atenção o Ebitda da companhia, crescendo 252,7% (R$ 167,2 milhões) em comparação com o 1º trimestre de 2021

A M.Dias Branco bateu R$ 1,9 bilhão de receita líquida no 2º trimestre de 2021 em comparação com o 1º tri deste ano. O valor consta no relatório divulgado nesta sexta-feira, 6, ao mercado.

Quando se trata do 2º trimestre de 2020, a alta foi de 5%.

“Em sintonia com a nossa estratégia de crescimento com lucratividade, a receita líquida do 2T21 cresceu frente ao 2T20 e ao 1T21, respectivamente 5% e 33%, e as margens aumentaram ao longo dos primeiros seis meses do ano, fruto da gestão de preços, da maior diluição dos custos fixos e das iniciativas de produtividade e eficiência”, destacou a empresa no relatório.

A comparação com o 2º trimestre de 2020 foi mais difícil, visto que houve um crescimento atípico da demanda, estimulada pelo auxílio emergencial e pelo aumento do consumo dentro dos lares.

Na parte que envolve as regiões e produtos a companhia cearense faz um análise do semestre. “Ao longo dos seis primeiros meses de 2021, observamos aumento sequencial da receita líquida, do preço médio, dos volumes vendidos e da margem bruta. A recuperação dos volumes foi positivamente impactada pelo desempenho nas regiões de ataque (Sul, Sudeste e Centro-Oeste) e defesa (Norte e Nordeste), bem como pela contribuição dos lançamentos, principalmente aqueles de maior valor agregado, como os biscoitos wafer cobertos com chocolate branco”, complementou.

Também chamou atenção o Ebitda da companhia, crescendo 252,7% (R$ 167,2 milhões) em comparação com o 1º trimestre de 2021.

“Na comparação com o 2T20, como observado no quadro abaixo, a retração é explicada pelo aumento das commodities em doláres, pela quedas dos volumes e pelo impacto desfavorável do câmbio. Adicionalmente, no período, os efeitos não recorrentes totalizaram R$ 14,2 milhões (R$ 29,6 milhões de créditos tributários e R$ 15,4 milhões de despesas não-recorrentes com COVID e reestruturação)”, pontua a M.Dias.

Fonte: Focus.jor

Portos com eólicas offshore são modelos preferidos para hidrogênio verde no Brasil

Portos com eólicas offshore são modelos preferidos para hidrogênio verde no Brasil

Os investimentos anunciados para construção de usinas produtoras de hidrogênio verde (H2V) no Brasil já somam mais de US$ 22 bilhões, todos concentrados em portos — Pecém, no Ceará, Suape, em Pernambuco, e Açu, Rio de Janeiro.

Esses portos combinam uma série de fatores estratégicos para o desenvolvimento da nova cadeia do H2V, como logística para exportação, proximidade de polos industriais e de fontes de energia renovável — utilizada na eletrólise para sintetização do H2V.

Com destaque para os novos parques eólicos offshore que, assim como no caso do hidrogênio verde, estão em fase embrionária no país e aguardam definições regulatórias.

“O Pecém possui localização super estratégica, além de uma ZPE com incentivos tributários diferenciados. E o estado do Ceará um enorme potencial de geração de energias renováveis”, explica Duna Uribe, diretora executiva do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP).

Considerado um dos combustíveis do futuro, o H2V é apontado como uma das soluções para descarbonização da economia mundial, substituindo até mesmo combustíveis fósseis em automóveis e em setores difíceis de descarbonizar, como transportes pesados.

Seu uso como insumo é uma demanda de indústrias de cimento, siderurgia e mineração, e até mesmo como matéria-prima de fertilizantes para o agronegócio.

O Hydrogen Council calcula que, em 2050, o mercado de hidrogênio verde deverá ser de US$ 2,5 trilhões, sendo responsável por cerca de 20% de toda a demanda de energia no mundo.

Hub de Hidrogênio no Pecém

Saindo na frente, o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), no Ceará, já fechou quatro dos sete memorandos de entendimento assinados no país para implantação de unidades produtoras de H2V na sua Zona de Processamento de Exportação (ZPE).

Além dos projetos solares e de eólicas onshore já em operação no estado, há 5.000 MW em parques eólicos offshore sendo licenciados no Ibama, quase o dobro da capacidade em operação (2.394 MW) e outorgada (238 MW) em terra.

São projetos da Neoenergia (Jangada), BI Energia (Camocim e Caucaia) e Eólicas do Brasil (Asa Branca).

Para Duna Uribe, isso revela o potencial natural para a implementação de um hub de hidrogênio verde no Pecém, a princípio com uma capacidade anual de eletrólise de 5 gigawatts e 900 mil toneladas de H2V.

O volume inicial é tímido se comparado às ambições de uma das empresas que já começou estudos para operar no local.

Com investimento de US$ 6 bilhões, a Fortescue Future Industries (FFI), subsidiária da mineradora australiana Fortescue Metals, espera iniciar as operações no porto cearense em 2025 e produzir 15 milhões de toneladas de H2V até 2030.

Além dela, a Qair Brasil também oficializou suas intenções de instalar um planta para produção de H2V e um parque eólico offshore no estado, com investimento total de US$ 6,95 bilhões.

A White Martins e a australiana Enegix também já possuem memorandos de entendimento para investimentos no Hub de Hidrogênio do Pecém.

O governo do Ceará vem se antecipando ao lançamento do Programa Nacional do Hidrogênio, cujas diretrizes estão em fase de definição pelo governo federal, e fechando parcerias para o desenvolvimento de uma cadeia de valor para o hidrogênio verde.

Conexão com Roterdã
Além da grande disponibilidade de energia renovável barata, o Pecém conta com outro trunfo, que é a sua conexão com o Porto de Roterdã, na Holanda – o maior porto marítimo da Europa –, que detém 30% de partição acionária no CIPP. Os outros 70% são do governo do Ceará.

“O porto de Roterdã avaliou vinte portos no mundo com potencial de produção de hidrogênio verde, e o Pecém foi um dos escolhidos, e o único no Brasil”, conta a diretora do CIPP à epbr.

Segundo Duna, a ideia é que haja um corredor logístico entre o Pecém e Roterdã, onde o primeiro seja a porta de saída para o H2V produzido no Brasil e o segundo a porta de entrada na Europa.

A expectativa de especialistas é que 20 milhões de toneladas de hidrogênio verde entrem no noroeste da Europa via Porto de Roterdã até 2050.

“Eles estão na vanguarda da transição energética, e como um grande polo da indústria de combustíveis, precisam de adotar medidas de descarbonização o quanto antes. Para o porto de Roterdã, o hidrogênio verde é uma questão de sobrevivência”, destaca.

O hidrogênio produzido no Brasil será transportado em navios na forma de amônia verde para depois ser reconvertido em H2V no continente europeu.

Para isso, o porto holandês já conta com projetos de implementação de eletrolisadores para produção de hidrogênio verde pelas petroleiras Shell e bp.

França e Alemanha serão, incialmente, os principais mercados consumidores do hidrogênio verde brasileiro.

Dobradinha com hidrogênio azul

No Rio de Janeiro, o Porto do Açu pretende utilizar sua expertise e infraestrutura na indústria de óleo e gás para se tornar um grande player na produção de hidrogênio azul e verde.

Produzido a partir de uma fonte fóssil, em geral o gás natural, o hidrogênio azul tem o carbono que é emitido no processo capturado e armazenado (CCS) para neutralizar as emissões.

E na transição para o verde, deve ocupar um papel estratégico.

“Encontramos a solução de trabalhar em paralelo o hidrogênio verde junto com o hidrogênio azul. Não sabemos qual vai ganhar. Tem empresas apostando firmemente no azul, outras no verde. Poucas estão apostando nos dois”, diz José Firmo, CEO do Porto do Açu.

Por enquanto, a mineradora australiana Fortescue foi a única a anunciar publicamente o interesse na instalação de uma usina produtora de amônia verde, 100% para exportação.

Mas segundo Firmo, outras anúncios devem acontecer em breve.

Até 2023, o porto espera receber R$ 16,5 bilhões em investimentos para implantação de termelétricas, gasodutos, oleodutos, parque de tancagem de óleo e UPGN (unidade de processamento de gás natural), entre outros.

Além disso, o Açu está localizado bem próximo a futuros parques eólicos offshore, nos mares do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.

O Rio de Janeiro concentra quatro dos seis maiores projetos offshore em desenvolvimento no país.

O projeto da Ventos do Atlântico — o segundo maior do país — com 371 aerogeradoes e pouco mais de 5 GW de potência. Em seguida vem o parque Aracatu, da Equinor, com 3,8 GW de capacidade e 320 turbinas.

No Espírito Santo, o parque da Votu Winds prevê 1.440 MW de potência, a partir da instalação de 144 torres com potência de 10 MW cada.

“A logística da eólica offshore é mesma do óleo e gás. Como o Açu hoje já representa a maioria da capacidade logística para óleo e gás da região é natural que seja a melhor e mais eficiente opção para logística da implementação dos parques eólicos também”, explica Firmo.

O CEO acredita que outro diferencial do porto está na sua possibilidade de escala, e que esse foi o fator que atraiu a Fortescue.

“Hoje estamos falando na produção de 200 mil toneladas de amônia verde, o que é muito pouco se comparada a 80 milhões de toneladas de petróleo que transportamos. Temos que imaginar um substituto com a mesma escala, e o Açu tem essa capacidade de escalabilidade nos projetos “, afirma.

Entre as ambições do Açu também está a integração do hidrogênio verde para viabilizar a implantação de um hub de aço verde.

“Casa muito bem (o hidrogênio verde) com a indústria de minério de ferro, que chega via minerioduto de Minas Gerais. Temos um projeto de desvio para industrialização do minério e produção de aço de baixo carbono, que nos permite sonhar com o green steel hub”, explica Firmo.

Suape de olho na indústria nacional

Também de olho no abastecimento das indústrias nacionais, o Complexo Industrial Portuário de Suape, em Pernambuco, vê o hidrogênio verde e o azul com entusiasmo.

O porto abriga uma das principais refinarias do Brasil, a de Abreu e Lima (RNEST).

“A ideia principal é o hidrogênio verde, mas o mercado sinaliza que irá começar a produzir o hidrogênio azul passando para o verde”, conta Carlos André Cavalcanti, diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade do porto.

Diferente dos outros dois portos, a principal fonte de energia dos projetos no Suape seria a solar. Pernambuco possui em 3GW de capacidade solar em outorga, mas apenas 167 MW em operação.

“O objetivo é conseguir até 2022 ter a primeira célula de hidrogênio verde aqui no Suape”, afirma.

Cavalcanti diz que foi feito um mapeamento das mais de 150 indústrias que atualmente ocupam o complexo portuário, incluindo setores petroquímico, alimentício, cimenteiro e siderurgia.

“Queremos nos posicionar como exportador, tanto na parte da amônia como para hidrogênio verde, e também suprir a demanda interna de empresas já instaladas no porto”.

Dois memorandos foram assinados, um com a Qair, que prevê investimentos de quase US$ 4 bi numa planta de H2V, e outro com a Neonergia, para o desenvolvimento de um projeto piloto.

A área escolhida para construção dos projetos está fora da ZPE.

“Outras empresas nacionais de capital estrangeiro, e um pool de empresas europeias, principalmente pela indicação que nós temos do mercado da Alemanha, França e Estados Unidos, estão em negociação”, conta.

O governo de Pernambuco irá realizar um leilão teste para hidrogênio verde ainda este ano, segundo Cavalcanti. O estado foi o primeiro a realizar leilão de energia solar do Brasil.

“Faremos um leilão experimental. Estamos chamando de plataforma propulsora do hidrogênio verde em Pernambuco. Vamos simular dados com validade real para que a gente possa visualizar como seria essa prospecção das empresas, setores, transporte, indústria e agricultura, e entender as demandas, trazendo o futuro para o presente”.

O diretor destaca a vantagem geográfica do Suape na região Nordeste. O porto, segundo ele, está próximo às principais capitais nordestinas, o que facilitaria o escoamento interno da produção H2V, em especial de amônia verde para o agro.

“Estamos a 300 km de Maceió, João Pessoa, Natal, Aracaju, e cerca de 800 km de Fortaleza, e Salvador (…). A amônia produzida pode ser escoada para o mercado de agricultura de baixo carbono, podendo ser utilizada na região de Petrolina, reconhecida pela produção de frutas, e de soja em Matopiba”.

Matopiba é um anagrama referente ao cinturão agrícola, formado pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, que se destaca principalmente pela produção de de grãos e fibras, especialmente soja, milho e algodão.

Fonte: EPBR em 16.07.2021

Fórum Brasil Portugal debate Agronegócio, Turismo, Alimentos e Economia do Mar

Fórum Brasil Portugal debate Agronegócio, Turismo, Alimentos e Economia do Mar

Em dois dias de evento, empresários, investidores e especialistas brasileiros e portugueses discutiram potencialidades de negócios e o futuro de diferentes segmentos econômicos

Na última semana (4 e 5) foi realizado de forma online o Fórum Brasil Portugal – Fortalecendo Negócios, iniciativa da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Portugal do Ceará, com apoio da Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil e patrocínio do SEBRAE. O evento trouxe painéis, conduzidos por empresários e especialistas, que discutiram desafios, possibilidades e futuros caminhos nas áreas de Turismo & Eventos, Agronegócio, Setor de Alimentos e Economia do Mar.

A abertura do evento contou com a fala de Armando Abreu, presidente da Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil. “O objetivo principal da Federação e de suas Câmaras é de serem dinamizadores de negócios, colocando empresários brasileiros em contato com portugueses. Consideramos esses quatro setores dos painéis como setores que possuem uma sinergia muito grande entre empresas do Ceará e de Portugal, que permitem fazer negócios tanto no ramo de investimentos, quanto no de importação e exportação”, declarou o presidente.

O primeiro painel teve como tema “O ambiente digital das feiras no setor de Turismo e Eventos”, mediado por Anya Ribeiro, vice-presidente de Turismo da Câmara de Comércio Brasil Portugal do Ceará e com as participações de João Estevão Cocco, presidente da J. Coco Comunicação e Marketing e de Romano Pansera, CEO da Promovisão.

Eles abordaram o avanço do online e as perspectivas de mantê-lo em um mundo sem fronteiras, cada vez mais globalizado como o que vivemos. Os convidados pontuaram sobre as feiras digitais que têm potencial para ser bem maiores do que as feiras presenciais, que acabam tendo uma perspectiva mais local. Produtos e serviços se disseminam muito mais facilmente no ambiente digital, com isso há maior valorização do merschandising existente nos eventos, o que é uma boa oportunidade para a área.

No segundo painel do Fórum, discutiu-se “O setor de alimentos e as oportunidades de negócios Brasil-Portugal”. O mediador foi Raul Santos, vice-presidente da Câmara de Comércio Brasil Portugal do Ceará. Participaram do debate o investidor Igo Apolinário, a empresária portuguesa que comanda o Restaurante Marquês da Varjota, Berta de Castro Lopes, e a empresária brasileira fundadora da Cacao Saudável, Barbara Saunders.

Os convidados compartilharam suas opiniões sobre o futuro do setor de alimentos após a pandemia, concordando com um cenário otimista para os restaurantes e para o mercado de varejo alimentício. A digitalização foi apontada como um fator essencial para a sobrevivência dos negócios na pandemia, com o aumento do uso de delivery que ajudou os estabelecimentos. Comentaram também sobre as dificuldades para crescer no Brasil, apontando principalmente a escassez de mão-de-obra qualificada, a burocracia e os caros impostos como fatores que prejudicam o empreendedorismo.

O segundo dia de evento foi aberto pelo painel “A sustentabilidade do Agronegócio”, que foi mediado pelo atual presidente da Câmara de Comércio Brasil Portugal no Ceará, Eugênio Vieira. Os empresários João Teixeira, presidente da UNIVALE e Luiz Roberto Barcelos, fundador da Agrícola Famosa participaram do painel. O outro convidado para o debate foi o secretário-executivo do Agronegócio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Ceará, Silvio Carlos Ribeiro.

Eugênio Vieira questionou os participantes sobre como manter o desenvolvimento econômico sem esgotar os recursos para o futuro, considerando principalmente o aumento da população e a necessidade do aumento da produção de alimentos nos próximos anos. Os debatedores apontaram a adoção de novas tecnologias como a maneira de abrir novos potenciais de produtividade e minimizar impactos ambientais. Foi citada também a importância da otimização da utilização dos recursos hídricos, tão importantes no nosso país.

O último painel do evento foi “Cenários e tendências da Economia do Mar”, mediado por Rômulo Alexandre, conselheiro da Câmara de Comércio Brasil Portugal do Ceará. Foram convidados a participar Miguel Marques, economista da Blue Economy International Advisor, André Gamelas, gerente de animação da rede de hotéis Vila Galé e Paulo Gonçalves, sócio-diretor da Compex Pescado.

O especialista português Miguel Marques apontou que o Ceará tem potencial para ser uma liderança continental na “economia do mar” na próxima década, considerando sua localização estratégica e investimentos em infraestrutura, como a rede de ligações de cabos submarinos, que já é a maior da América Latina. Ainda foram citados no debate as energias oceânicas renováveis como um potencial a ser explorado no estado, como as usinas eólicas construídas, e a produção de hidrogênio verde, um investimento recente firmado pelo Governo do Estado em parceria com a iniciativa privada.

Fonte: AD2M Engenharia de Comunicação

Cearense Termaco Logística amplia unidade de Maceió

Cearense Termaco Logística amplia unidade de Maceió

A cearense Termaco Logística dobrou sua capacidade de movimentação de cargas localizado no Condomínio CEMAL, em Maceió. A nova infraestrutura, fruto de um investimento anual de R$ 200 mil, possui uma área total de 1.500 m² de armazém e de 1.200 m² de pátio de manobras. No total, são oito docas, quatro com plataformas niveladoras, além de uma área de 1.500 m² para movimentação de carga.

Entre as facilidades em soluções logísticas apresentadas com a nova filial, a empresa destaca a ampliação da capacidade para carga e descarga de caminhões e a estrutura que permite a movimentação e o estoque de produtos e equipamentos com dimensões variadas. “São diferenciais competitivos para atender os diversos segmentos na área de soluções logísticas da região”, disse a empresa.

Fundada no Ceará há 35 anos, a Termaco Logística atende os segmentos de autopeças, material elétrico e de segurança patrimonial, alimentos, ferramentas, energia solar, eletrônicos, utilidades e confecções. Atualmente a empresa tem mais de cinco mil clientes ativos e está presente em todos os estados do Nordeste e em São Paulo.

Considerada uma das maiores operadoras de logística integrada do Nordeste, a Termaco Logística movimenta cerca de 800 toneladas/dia em carga fracionada, nos modais rodoviário e aéreo.

Fonte: Focus.jor

Portugal está no ‘top’ 10 dos países mais atrativos para investimento direto estrangeiro

Portugal está no ‘top’ 10 dos países mais atrativos para investimento direto estrangeiro

Portugal passou da 11.ª para a 10.ª posição das economias mais atrativas para o investimento direto estrangeiro (IDE), em 2020, em termos de número de projetos, num total de 154, revelou hoje um estudo da EY.

“Num ano desafiante como 2020, Portugal entrou no ‘top’ 10 dos países mais atrativos para investimento direto estrangeiro (IDE), em termos de número de projetos”, anunciou hoje a empresa de consultoria EY.

Segundo o estudo, no ano passado, foram anunciados 154 projetos de IDE no mercado português, dos quais 70% com fundos originários da Europa e 30% do resto do mundo.

Aqueles projetos foram responsáveis pela criação de, pelo menos, 9.000 postos de trabalho, refere.

No entanto, os 154 projetos representam um decréscimo de 3% em comparação com os 158 contabilizados em 2019, devido às incertezas causadas pela pandemia de covid-19, que fizeram com que a atratividade do IDE nos países europeus tenha caído 13% face ao ano anterior.

Apesar da ligeira retração do IDE em Portugal, 37% dos inquiridos no estudo planeiam criar ou expandir operações em Portugal nos próximos 12 meses.

Nas primeiras três posições das economias mais atrativas para os investidores estrangeiros ficaram França, Reino Unido e Alemanha.

“Embora as perspetivas económicas ainda sejam influenciadas pela pandemia, Portugal começa a estar de regresso aos negócios e esperamos ver um aumento no número de oportunidades de operações de M&A [sigla inglesa para Fusões e Aquisições] em Portugal”, apontou o responsável pela área de Estratégia e Transações da EY Portugal, Miguel Farinha.

Nas intenções de investimento estrangeiro em 2020, a Manufatura foi a atividade mais atrativa, com 37 projetos anunciados (24%), embora tenha registado a maior queda quando comparado com 2019 (60 projetos anunciados).

A atividade da Investigação e Desenvolvimento, surge em segundo lugar, tendo atraído 21% do investimento estrangeiro (33 dos projetos anunciados), sobretudo nas áreas do Digital e das Tecnologias de Informação.

“Além de as áreas digitais e tecnológicas já representarem um terço dos projetos de IDE captados no ano passado, Portugal parece estar no caminho certo para atrair futuros investimentos nestas áreas, uma vez que 45% dos investidores consideram que a economia digital será o principal setor a impulsionar o crescimento do país nos próximos anos”, considerou o líder da EY-Parthenon, Miguel Cardoso Pinto.

Lisboa manteve-se como a região mais atrativa para o investimento estrangeiro, com um total de 68 projetos (62 em 2019), sobretudo nas áreas do Digital e dos Serviços Empresariais, seguindo-se a região Norte, com 55 projetos (51 em 2019), sobretudo nos setores do Digital e de Manufatura e Fornecimento de Equipamentos de Transporte.

O estudo EY Attractiveness Survey Portugal 2021 avalia anualmente a perceção dos investidores estrangeiros relativamente à atratividade do país enquanto destino de IDE.

Fonte: Expresso.pt

Retomada do turismo deve ser impulsionada com grandes investimentos no Ceará

Retomada do turismo deve ser impulsionada com grandes investimentos no Ceará

Estado segue tendência observada em diversas regiões do Brasil, em que empresários apostam na volta do crescimento do setor após a crise e investem bilhões de reais em empreendimentos, como hotéis, resorts, parques aquáticos e complexos de lazer

Os grandes investimentos no setor de turismo no Ceará prometem alavancar esse segmento, na retomada da economia. Dois dos maiores grupos empresariais do Estado ligados ao segmento, Hard Rock Hotel Fortaleza e Beach Park, apresentam boas perspectivas para os próximos meses. E seguem tendência observada em todo o Brasil, em que empresários apostam na retomada das atividades turísticas no pós-pandemia e investem bilhões em novos empreendimentos.

Diversos desses atrativos já saíram do papel e estão em fase de construção, empregando milhares de trabalhadores e dando esperança a quem depende do setor para viver. Além do Ceará, Brasília, Rio Grande do Sul, São Paulo, Paraná, Paraíba e Alagoas são estados receberão equipamentos como hotéis, resorts, parques aquáticos e complexos de lazer.

Até o fim deste ano, deve ser entregue a primeira fase do Hard Rock Hotel Fortaleza, na praia da Lagoinha (Paraipaba), que terá um total de 399 apartamentos, e completa infraestrutura para os visitantes, com spa, academia e kids club das marcas originais da Hard Rock, além da tradicional decoração toda em homenagem ao mundo do rock e da música. As obras em andamento receberam impulso com o aporte de R$ 71 milhões para a VCI SA, incorporadora e responsável pela marca Hard Rock no Brasil, repassados pelo Banco do Nordeste, por meio do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). O empreendimento tem valor geral de venda (VGV) estimado em R$ 1,2 milhão.

Já o Beach Park deve iniciar nos próximos meses a construção do segundo complexo turístico e de hotelaria na região do Porto das Dunas, em Aquiraz, após ter recebido a aprovação do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema). Nesse caso, o investimento será de R$ 1,6 bilhão, para edificar o complexo de 9,7 hectares, de frente para o mar. O projeto deve ser implantado em etapas e gerar, no total, em torno de 14 mil postos de trabalho.

Grandes obras

Grandes obras como essas abrem boas perspectivas para a recuperação do setor turístico em todo o Ceará, de acordo com Samuel Sicchierolli, presidente da VCI SA. “Apesar da crise momentânea, as pessoas esquecem que a pandemia é passageira. Não nos esquecemos disso nem por um segundo, estamos investindo e apostando na rápida retomada da economia e da atividade turística. O Brasil é um dos maiores países em turismo doméstico, com mais de 100 milhões de passageiros por ano antes da pandemia”, observa.

Demanda

Diante de tantos investimentos e da perspectiva da retomada das atividades, o segmento precisa estar preparado para o aumento da procura pelos turistas. No entanto, Alexandre Pereira, secretário de Turismo de Fortaleza, afirma que a capital cearense está preparada para esse momento. “Em 2019, antes da pandemia, estávamos nos primeiros lugares em todos os sites de pesquisa de destinos turísticos no Brasil”, diz.

Para Régis Medeiros, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Ceará (ABIH-CE), a expectativa é de boa recuperação do setor ainda em 2021. “Nós temos a convicção de que existe uma demanda reprimida muito grande. São pessoas que gostariam de ter viajado e não puderam. Se tivermos uma vacinação que flua mais rapidamente e que não ocorra um retrocesso, nossa expectativa é positiva, para o segundo semestre. Além disso, o brasileiro deve ter como foco de viagens os destinos domésticos, em razão da alta do dólar e do temor de viagens internacionais. Somando esses fatores, teremos uma boa expectativa de retomada para o turismo no Ceará”, avalia.

Para Álvaro Carvalho, membro do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), a retomada do turismo vai acontecer até o próximo ano, mas deverá ser gradual. “O setor vai voltar aos poucos, porque o mais importante para qualquer segmento da economia se recuperar é o avanço da vacinação”, afirma o economista.

Fonte: O Otimista