Portugal e Brasil “empenhados” no Porto de Sines como ‘hub’ para agronegócio

Portugal e Brasil “Empenhados” no Porto de Sines como ‘hub’ para agronegócio

Governantes de Portugal e do Brasil manifestaram-se “empenhados na promoção de Sines”, através do porto existente nesta cidade do litoral alentejano, como “‘hub’ europeu para o agronegócio brasileiro”, disse a administração portuária.

Em comunicado, a Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS) aludiu a um seminário ‘online’ realizado neste dia 12 e que juntou “mais de 100 representantes de cooperativas agrícolas, ‘traders’, associações setoriais e exportadores brasileiros que atuam no setor agroalimentar”.

A abertura do evento foi feita pelo governante português Eurico Brilhante Dias, secretário de Estado para a Internacionalização, e o encerramento esteve a cargo da ministra de Estado, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, Tereza Cristina.

Um envolvimento que “demonstra o comprometimento dos governos dos dois países em potenciar este relacionamento”, baseado no Porto de Sines, no distrito de Setúbal, afirmou a APS.

“Governantes de Portugal e do Brasil empenhados na promoção de Sines como ‘hub’ [centro de distribuição e transferência] europeu para o agronegócio brasileiro”, pode ler-se também no comunicado.

Este seminário virtual, intitulado “Sines – Hub Europeu para o Agronegócio Brasileiro”, contou igualmente com a participação de representantes do complexo portuário, logístico e industrial de Sines.

O presidente da APS, José Luís Cacho, apresentou as valências portuárias oferecidas a este setor, tanto no que respeita à carga a granel (como soja ou milho), como no que respeita à carga contentorizada (incluindo a refrigerada) cuja ligação semanal entre Sines e portos brasileiros já existe, disse a entidade portuária.

Segundo a APS, o presidente executivo da aicep Global Parques, Filipe Costa, entidade que gere a Zona Industrial e Logística de Sines, “reforçou a capacidade disponível para acomodar a instalação de projetos agroalimentares em zonas muito próximas do porto, com o objetivo de acrescentar valor à carga movimentada”.

Já no início deste ano, em 06 de janeiro, a Comunidade Portuária e Logística de Sines (CPLS) disse querer apostar na importação de produtos agrícolas oriundos do Brasil, através do Terminal Multiusos do Porto de Sines, com destino à Península Ibérica.

“O Terminal Multiusos, utilizado para a importação de carvão, deixou de estar ocupado após o encerramento da central termoelétrica de Sines, tendo condições ideais para a importação de produtos agrícolas”, disse à agência Lusa na altura Jorge d’Almeida, presidente da CPLS, que celebrou um protocolo de cooperação com a Câmara de Comércio Brasil Portugal – Centro Oeste (CCBP-CO).

O objetivo do acordo é “estudar e promover uma solução logística eficaz e eficiente para a exportação de produtos agropecuários brasileiros pelos portos brasileiros, preferencialmente os localizados no Arco Norte, com destino à Europa e ao Norte de África, através do Porto de Sines”, explicou então, em comunicado, a comunidade portuária.

Fonte: Mundo Lusíada

Agronegócio: Portugal e Brasil “empenhados” no Porto de Sines

Agronegócio: Portugal e Brasil “empenhados” no Porto de Sines

Governantes de Portugal e do Brasil manifestaram-se na sexta-feira (11/03) “empenhados na promoção de Sines”, através do porto existente nesta cidade do litoral alentejano, como “‘hub’ europeu para o agronegócio brasileiro”, disse a administração portuária.

Em comunicado, a Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS) aludiu a um seminário ‘online’ realizado hoje e que juntou “mais de 100 representantes de cooperativas agrícolas, ‘traders’, associações setoriais e exportadores brasileiros que atuam no setor agroalimentar”.

A abertura do evento foi feita pelo governante português Eurico Brilhante Dias, secretário de Estado para a Internacionalização, e o encerramento esteve a cargo da ministra de Estado, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, Tereza Cristina.

Um envolvimento que “demonstra o comprometimento dos governos dos dois países em potenciar este relacionamento”, baseado no Porto de Sines, no distrito de Setúbal, afirmou a APS.

Leia a matéria completa no site do Notícias ao minuto

Fonte: Notícias ao minuto

Brasileiros lideraram pedidos para morar em Portugal em 2020

Brasileiros lideraram pedidos para morar em Portugal em 2020

Em 2020, os brasileiros voltaram a ocupar o topo da lista dos que mais obtiveram, do governo de Portugal, autorizações para viver no país. Dados preliminares que o SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras) português forneceu à Agência Brasil revelam que, de 117,5 mil novos títulos de residência emitidos no ano passado, 41,9 mil foram entregues a brasileiros.

Em seguida, com 13,1 mil solicitações, vêm os cidadãos do Reino Unido —conjunto de países que reúne a Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte e que, em janeiro de 2020, deixou oficialmente a União Europeia.

Na sequência vêm os indianos, com 7.017 solicitações, angolanos, com 4.820 e italianos, com 4.480.

Os pedidos de novos títulos de residência feitos por brasileiros representam cerca de 36% do total já apurado. Por ora, é um total inferior aos 48,8 mil títulos concedidos a brasileiros em 2019 —antes de Portugal ser afetado pela crise decorrente da pandemia de covid-19 que, segundo o INE (Instituto Nacional de Estatística), levou o PIB (Produto Interno Bruto) a encolher 7,6% durante o ano passado.

Ainda assim, o resultado revela que, mesmo em meio à crise, muitos brasileiros continuam optando por viver em Portugal.

Para a ex-professora Pâmela Fumagalli Machado da Silveira, 38 anos, a segurança e o clima pesaram na decisão de se mudar de Primavera do Leste (MT) para Barreiro, a cerca de 40 quilômetros de Lisboa.

Embora tenha cidadania italiana —o que facilita o ingresso dela, do marido e de seus dois filhos, de 18 e 10 anos, em qualquer país da Comunidade Europeia— Pâmela e a família optaram por Portugal.

Mudaram-se em novembro de 2020, após obter o título de residência. E, no início, enfrentaram algumas das dificuldades que a maioria dos imigrantes enfrenta, mesmo estando em situação legal.

“No Brasil eu dava aulas em escolas particulares e meu marido trabalhava na área de Tecnologia da Informação [TI]. Aqui, nos primeiros meses, tivemos que trabalhar em restaurantes, em serviços muito puxados.

Agora, meu marido já conseguiu trabalho no setor dele, mas eu estou trabalhando com costura e artesanato que, felizmente, são coisas de que eu sempre gostei”, contou Pâmela, garantindo que a família não se arrepende da decisão.

“Vínhamos planejando nos mudar já há alguns anos. Escolhemos Portugal em função da qualidade de vida, pois sabíamos que esse não é um país para ganhar dinheiro, mas que oferece segurança e que, por receber muitos imigrantes, é mais receptivo que outros da Europa. Além disso, para nós brasileiros, há a facilidade da língua”, lembrou a brasileira, acrescentando que há também outro lado, de adversidades e desafios, que se agravou com a pandemia.

“Não conheço quem tenha decidido voltar ao Brasil, mas sim pessoas que falam que cogitam fazer isso, que dizem estar no limite. Quem trabalha de casa, como o meu marido e eu, está se mantendo. Estamos há meses praticamente fechados em casa.

Já quem trabalhava em restaurantes, bares, clubes, em muitos dos serviços que empregam estrangeiros, está sem trabalhar. Está tudo fechado”, contou Pâmela, afirmando que, apesar de tudo, sua família não pensa em voltar. “Acho que estamos em um bom lugar. E, nas redes sociais, vemos que há muitos brasileiros querendo vir para cá.”

Comunidade
Além de integrar o grupo que mais pediu novos vistos de residência durante o ano passado, os brasileiros são maioria entre os estrangeiros que residem em terras lusitanas. Em 2020, segundo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, das 661 mil pessoas que se registraram, 183,83 mil haviam deixado o Brasil —o que não inclui quem tenha obtido nacionalidade portuguesa.

Em seguida estão as pessoas provenientes do Reino Unido (46,27 mil); Cabo Verde (36,6 mil); Romênia (30,06 mil) e Ucrânia (28,61 mil).

Dados da OIM (Organização Internacional para as Migrações, da Organização das Nações Unidas), mostram que, até meados de 2020, havia ao menos 1 milhão de imigrantes vivendo em Portugal —o que representaria 9,8% dos 10,2 milhões de habitantes do país.

Para especialistas, no entanto, esses números podem estar subestimados, não correspondendo ao real número de imigrantes.

Natural de São Paulo, o jornalista Jair Rattner vive há 35 anos em Portugal, onde colabora com vários veículos de imprensa. Para ele, mesmo com a instabilidade brasileira contribuindo para tornar Portugal atraente para muitos brasileiros como Pâmela, as dificuldades decorrentes da pandemia que Portugal enfrenta vêm motivando pessoas a regressar aos países de origem.

“O impacto da crise se faz sentir mais sobre os estrangeiros que já estavam em Portugal e que, com a dificuldade de encontrar emprego, regressam a seus países, do que entre aqueles que continuam chegando em busca de melhores condições”, disse o jornalista.

“Há muitas pessoas desempregadas e, por ora, a economia portuguesa não tem condições de absorver mais pessoas. Acontece que quando alguém decide deixar seu país, não pensa nisso. A pessoa se deixa influenciar mais pelos relatos que ouve do que pela avaliação da real situação socioeconômica”, disse Rattner.

De acordo com o INE, Portugal fechou 2020 com uma taxa de desemprego oficial de 6,9% —sendo que, entre as mulheres em idade ativa, o percentual atingiu 7,1%.

Fonte: UOL

Começa segundo mandato. Marcelo toma posse como Presidente da República

Começa segundo mandato. Marcelo toma posse como Presidente da República

Marcelo Rebelo de Sousa tomou esta terça-feira posse para um segundo mandato como Presidente da República, jurando perante o Parlamento desempenhar fielmente as funções e defender a Constituição.

O Chefe de Estado foi reeleito em janeiro passado com o segundo melhor resultado da democracia portuguesa e entra no novo mandato num quadro de incertezas geradas pela pandemia.

“Juro por minha honra desempenhar fielmente as funções em que fico investido e defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa, prestando a declaração de compromisso.

O professor catedrático de direito jubilado, de 72 anos, jurou de novo a Constituição da República portuguesa na presença de 100 pessoas, entre as quais 50 dos 230 deputados.

“Hoje, como há cinco anos, Portugal é a única razão de ser do compromisso solene que acabo de assumir. E dizer Portugal é dizer os portugueses. Porque uma pátria é muito mais do que o lugar onde nascemos”, começou por dizer Marcelo Rebelo de Sousa, na primeira intervenção do seu segundo mandato.

“Uma pátria são acima de tudo as pessoas, e nela cada pessoa conta. Diversa, diferente, irrepetível. Portugal são os portugueses”, frisou.

São, assim, os portugueses a razão pela qual Marcelo Rebelo de Sousa assume este compromisso, “a começar nos que mais necessitam: os sem-abrigo; os com teto mas sem habitação condigna; os da minha idade, ou mais, mas que habitam em lares ou em casa em solidão ou zelados por cuidadores formais ou informais; os reformados e pensionistas pobres; os desempregados em lay-off; os trabalhadores e os empresários precários; as crianças, os jovens, as famílias, os professores, os não-docentes atropelados em dois anos letivos; os que salvam vida e saúde; os que os ajudam a salvar; os que perdem vida e saúde; os que perdem entes queridos sem uma despedida na doença e na morte; os que nos deixam desejando regressar; os que em nós se acolhem e ficam; e mais os que – e são todos – na diáspora, nos Açores, na Madeira, no continente, nunca desistem de Portugal”.

Relembrando que, em 2016, havia uma divisão “total” entre os que “haviam arcado com o Governo em crise e os que se lhe tinham oposto”, quer em ideias quer em políticas e emoções, e numa fase atribulada para a Europa, o Presidente destacou a forma como Portugal “sairia do processo de défice excessivo” e “daria passos importantes no equilíbrio orçamental, na internacionalização, no digital, nas exportações, no turismo, na inovação e nalguma mudança agrícola”, assim como atenuaria a pobreza e as desigualdades sociais. Seguiram-se tempos “menos previsíveis”, com uma pandemia “que não mais deixaria de fustigar tudo e todos”.

Leia a matéria completa no site da RTP Portugal

Áustria reitera rejeição de acordo comercial UE-Mercosul

Áustria reitera rejeição de acordo comercial UE-Mercosul

“Os vastos fogos florestais na região da Amazônia, também conhecida como o pulmão da Terra, em conjunto com um aumento nos modos intensivos agroindustriais nos países do Mercosul, irão exacerbar o aquecimento global”

O Governo austríaco, numa carta enviada ao primeiro-ministro, António Costa, reiterou a sua rejeição do acordo comercial UE-Mercosul e apelou a que Portugal, enquanto presidência da União Europeia (UE), “assegure” que a sua votação seja feita “abertamente”.

“O acordo Mercosul é contrário aos nossos esforços para responder à crise econômica de uma maneira que é compatível com as ambições e compromissos ambientais e climáticos, não construindo um sistema econômico mais resiliente”, lê-se numa carta, datada de 04 de março, endereçada pelo vice-chanceler austríaco, Werner Kogler, ao primeiro-ministro, António Costa, a que a Lusa teve acesso.

Frisando que, no programa da presidência portuguesa do Conselho da UE, Portugal “sublinha o interesse estratégico” em concluir o acordo comercial com o Mercosul, Kogler manifesta “grandes preocupações” com a sua ratificação.

“Os vastos fogos florestais na região da Amazônia, também conhecida como o pulmão da Terra, em conjunto com um aumento nos modos intensivos agroindustriais nos países do Mercosul, irão exacerbar o aquecimento global. Se continuarmos a promover o crescimento econômico e comercial sem termos em consideração os impactos na biodiversidade, nos ecossistemas e nos recursos naturais, estaremos inevitavelmente a caminhar para uma catástrofe climática”, aponta o vice-chanceler.

Assim, e destacando que a UE “tem um papel chave a jogar agora, em nome das gerações futuras”, para “evitar o cenário” descrito, Werner Kogler reitera a rejeição do Governo austríaco de ratificar o acordo comercial entre a UE e a região do Mercosul.

“É por esta razão que o Partido Popular Austríaco [do primeiro-ministro, Sebastian Kurz] e o Partido Verde Austríaco [em coligação] concordaram, no seu acordo governamental, em rejeitar o acordo comercial UE-Mercosul que está atualmente a ser concluído. O Parlamento austríaco também passou unanimemente resoluções legalmente vinculativas com este efeito”, comunica.

Além do acordo propriamente dito, a rejeição em questão, segundo o vice-chanceler austríaco, engloba também quaisquer “tentativas eventuais” para ratificar o texto através de “uma declaração conjunta”, um “protocolo em anexo” ou uma “separação do acordo”.

“Também nos iremos firmemente opor a estas tentativas. Para nós, não é aceitável que sejam feitas estas tentativas para ultrapassar qualquer resistência de um grupo qualificado de Estados-membros dentro da UE”, lê-se na missiva.

Nesse âmbito, Werner Kogler insta António Costa a “assegurar que o voto no acordo comercial tenha lugar abertamente, sem qualquer tipo de manobra política, e com total atenção pública”.

O vice-chanceler exorta ainda a UE a “aproveitar” o Pacto Ecológico Europeu para promover a “proteção climática internacional” e dar um “novo ímpeto” ao Acordo de Paris, um “progresso” que o acordo com o Mercosul iria “minar”.

“Para nós, o impacto do acordo comercial UE-Mercosul é um fator decisivo na crise climática. Perante este contexto, o Governo Federal Austríaco concordou em fazer o máximo para opor a ratificação do acordo com os países do Mercosul”, conclui.

Identificado como uma prioridade pela presidência portuguesa, o acordo comercial, alcançado em junho de 2019 entre a UE e os países do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai), após duas décadas de negociações, está atualmente em fase de tradução e revisão jurídica, finda a qual, com um acordo político dos 27, os países de ambos os blocos deverão ratificá-lo.

No entanto, vários Estados-membros, eurodeputados e organizações da sociedade civil têm manifestado fortes reservas relativamente à ratificação do acordo, por terem preocupações relativas à sua compatibilidade com o cumprimento do Acordo de Paris e com o impacto que terá para o aquecimento global, apontando, entre vários problemas, a desflorestação da Amazônia.

Para a presidência portuguesa, esta preocupações são legítimas e podem ser ultrapassadas através de uma “clarificação adicional” ao acordo.

Fonte: Mundo Lusíada

Portugal dará “imediatamente sequência” a proposta da Comissão sobre UE-Mercosul

Portugal dará “imediatamente sequência” a proposta da Comissão sobre UE-Mercosul

Portugal dará “imediatamente sequência” à proposta de clarificação adicional ao acordo UE-Mercosul que a Comissão Europeia apresentar, assegurou nesta segunda-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros, reiterando esperar “vivamente” avanços nesta matéria durante o semestre português.

Augusto Santos Silva, que falava à Lusa a propósito da reunião informal de terça-feira do Conselho de Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE), na dimensão Comércio, na qual os 27 vão “proceder a um primeiro debate sobre a revisão da política comercial”, explicou que o atual impasse na conclusão do acordo político com o Mercosul está dependente de uma “clarificação política”.

“Está em curso um diálogo sobre o reforço da cooperação quanto à dimensão do acordo relativa ao desenvolvimento sustentável, considerando a implementação do acordo de Paris e a questão da desflorestação”, afirmou o ministro, citando a comunicação da Comissão Europeia e frisando que “Portugal se revê [nela], palavra por palavra”, dado tratar-se de “questões legítimas” que” podem ser ultrapassadas”.

Avanços no processo estão “dependentes de um primeiro passo da Comissão Europeia, porque é à Comissão Europeia que compete propor esta clarificação”, explicou.

“O que posso dizer como presidência do Conselho é que daremos imediatamente sequência a essa proposta de clarificação e esperamos vivamente que haja avanços durante a presidência portuguesa”, afirmou Augusto Santos Silva.

O ministro apontou que “avançar na presidência portuguesa é justamente clarificar” a questão de que “o acordo comercial com o Mercosul é um acordo entre partes comprometidas ambas no acordo de Paris e na preservação da biodiversidade, o que passa necessariamente pelo combate à desflorestação”.

O acordo comercial alcançado em junho de 2019 entre a UE e os países do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai), após duas décadas de negociações, está atualmente em fase de tradução e revisão jurídica, finda a qual, com um acordo político dos 27, os países de ambos os blocos deverão ratificá-lo.

No entanto, vários Estados-membros, eurodeputados e organizações da sociedade civil têm manifestado fortes reservas relativamente à ratificação do acordo, por preocupações relativas à sua compatibilidade com o cumprimento do Acordo de Paris e com o impacto que terá para o aquecimento global, apontando, entre vários problemas, a desflorestação da Amazônia.

França, por exemplo, recusou em fevereiro assinar o acordo tal como está, afirmando “esperar garantias” dos países sul-americanos em matéria de ambiente e normas sanitárias, sob a forma de uma declaração política, mas rejeitando ao mesmo tempo uma reabertura das negociações.

Uma tal declaração política, que Santos Silva prefere designar “clarificação adicional”, compete à Comissão Europeia, que até agora não apresentou qualquer proposta.

Em entrevista à Lusa em janeiro, o vice-presidente executivo da Comissão Europeia com a pasta do Comércio, Valdis Dombrovskis, admitiu que a UE olhará para Portugal “por exemplo, no acordo com o Mercosul, referindo a necessidade de ”um apoio e um ’empurrão’ da presidência portuguesa para avançar com o acordo”.

Há uma semana, durante a apresentação da proposta de revisão da política comercial da UE, Dombrovskis afirmou também que a Comissão trabalha “em estreita cooperação com a atual presidência portuguesa da UE, que está a ser bastante ativa em apoiar e avançar com este acordo”.

“Estamos já a cooperar com as autoridades do Mercosul, nomeadamente do Brasil, para discutir que compromissos adicionais estes países podem adotar relativamente ao combate às alterações climáticas e à desflorestação da Amazônia para que possa haver uma implementação bem-sucedida do acordo”, disse o vice-presidente da Comissão.

Questionado sobre se espera que o acordo seja referido no Conselho de terça-feira, Augusto Santos Silva frisou que a reunião tem um “foco mais genérico”, a revisão da política comercial, mas admitiu como provável que alguns Estados-membros o façam.

“Até porque é um caso particular de aplicação de uma regra geral – o reforço do nosso empenhamento na implementação dos acordos que nós próprios concluímos”, disse.

Fonte: Mundo Lusíada

Vila Galé adota energia limpa em seus hotéis brasileiros

Vila Galé adota energia limpa em seus hotéis brasileiros

A rede Vila Galé de hotelaria passou a usar fontes de energia limpa em seus hotéis do Brasil. Todos eles estão certificados pela Delta Energia, utilizando energia proveniente dos ventos (eólica), solar, pequenas centrais hidrelétricas e por biomassa.

Vila Galé Cumbuco (CE), Touros (RN), Marés (BA), os Eco Resorts Vila Galé Angra dos Reis (RJ) e Cabo de Santo Agostinho (PE), e os hotéis de cidade – Vila Galé Salvador, Fortaleza e Rio de Janeiro já adotaram a medida. O único que está em processo de certificação é o Vila Galé Paulista, inaugurado há cerca de seis meses em São Paulo.

Fonte: Revista Vemtambém

Conferência | Por uma Europa Verde – o contributo das empresas portuguesas

Conferência | Por uma Europa Verde – o contributo das empresas portuguesas

Em março de 2020, a Comissão Europeia apresentou um novo plano de ação para a Economia Circular enquadrado no Pacto Ecológico Europeu, que tem por objetivo acelerar a transição da UE para uma Economia Circular, visando reforçar a indústria europeia, ajudar a combater as alterações climáticas e preservar o ambiente natural da EU.

A Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, que decorre no 1.º semestre de 2021, tem entre as suas prioridades promover uma recuperação europeia alavancada pelas transições climática e digital, assinalando que a Economia Circular é essencial para uma Europa Verde, facilitando a transição para uma economia competitiva e neutra em termos de carbono e impulsionado o crescimento sustentável, assim como a inovação e a segurança do abastecimento energético e de recursos.

A Economia Circular é, não só, uma oportunidade para Portugal, como um requisito da sustentabilidade do seu desenvolvimento económico futuro, tendo em consideração as metas definidas no Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050 e no Acordo de Paris, assim como na Visão Estratégica de Recuperação Económica de Portugal 2020-2030 e no Plano de Recuperação e Resiliência.

O Projeto E+C – Economia Mais Circular
Reconhecendo que em Portugal ainda existe uma elevada margem de progressão em matéria de Circularidade, a CIP entendeu útil envolver-se de uma forma pró-ativa na promoção de boas práticas de Economia Circular, visando apoiar a identificação de mais ações e medidas que beneficiem as empresas e o país, numa lógica de integração dos objetivos de circularidade na gestão corrente das empresas.

Neste contexto, nasceu o projeto E+C – Economia mais Circular, uma iniciativa da CIP em parceria com a EY Porthenon, que se centra na realização de um diagnóstico atualizado sobre as barreiras e vias de aprofundamento da Economia Circular nas empresas. Terá como base a aplicação da ferramenta Circulytics, da Fundação Ellen MacArthur, a um grupo restrito de empresas interessadas na Economia Circular, visando demonstrar a nível nacional a capacidade da ferramenta na identificação de oportunidades de progressão em matéria de circularidade.

O projeto contempla 4 fases distintas – Sensibilização política e pública; Auscultação das empresas; Programa Circulytics; Comunicação de resultados e de boas práticas – e tem como principais objetivos:
• A identificação de mais ações e medidas que beneficiem as empresas e o país e a sugestão de soluções para eliminar as barreiras à transição para uma Economia mais Circular e para estimular a sua implementação;
• A promoção da adoção de métricas de circularidade, assumindo que a monitorização é essencial para se conseguir identificar oportunidades de melhoria e desenvolvimento, devendo fazer parte do sistema de gestão de qualquer organização no que diz respeito aos aspetos da circularidade;
• A capacitação das empresas e organizações e a disseminação, de boas práticas e metodologias proficientes na identificação de oportunidades de progressão no domínio da Economia Circular, através da sensibilização e demonstração a nível setorial, regional e nacional.

Conferência | Por uma Europa Verde – o contributo das empresas portuguesas
Com o objetivo de apresentar publicamente o Projeto E+C e sensibilizar a opinião pública para a importância que o tema da Economia Circular tem para o tecido empresarial nacional, a CIP promove, no dia 18 de fevereiro, às 09h00, a Conferência online “Por uma Europa Verde – o contributo das empresas portuguesas”, que pode ser acompanhada no website da CIP, em https://cip.org.pt/.

Clique aqui para acessar a programação

Fonte: CIP

Universidade Aveiro, FioCruz e OEI discutem criação de laboratório binacional

Universidade Aveiro, FioCruz e OEI discutem criação de laboratório binacional

A Universidade de Aveiro (UA), a Fundação Osvaldo Cruz (FioCruz) e a Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) estiveram reunidos em janeiro para identificar oportunidades de colaboração, no âmbito da iniciativa multilateral One Health Lab, que prevê a criação do primeiro Laboratório Binacional para Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde entre o Brasil e Portugal.

O encontro contou com a participação do Vice-Reitor para a Cooperação Universidade-Sociedade João Veloso e de David Resende, da Universidade de Aveiro, de Carlos Rocha e José Cordeiro, da FioCruz, e de Ana Paula Laborinho e Ana Ribeiro Alves, da OEI.

As possibilidades de colaboração multilateral contemplam o planejamento e realização de conferências, seminários e encontros, o fortalecimento de ações para divulgação científica e o intercâmbio científico e o desenvolvimento de projetos conjuntos na área de One Health, em parceria com organizações da Ibero-América e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Ana Paula Laborinho, Diretora da OEI em Portugal, confirmou o apoio do maior organismo de cooperação multilateral entre países ibero-americanos de língua espanhola e portuguesa na criação do Laboratório Binacional (UA-FioCruz) e na consolidação do LabSec 3 – One Health.

Segundo ela, será “uma mais-valia para a promoção da ciência e da investigação”, bem como para a “mobilidade de recursos humanos altamente qualificados no espaço ibero-americano”.

O Laboratório Binacional foi idealizado como mecanismo inovador de cooperação científica internacional, prevendo a instalação de pesquisadores da FioCruz no PCI – Creative Science Park Aveiro Region, com o objetivo de desenvolver produtos, processos e serviços inovadores, assim como garantir a transferência e a difusão de tecnologia.

Entre essas iniciativas estão a aplicação das tecnologias da Indústria 4.0 nas atividades do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), unidade técnico-científica da Fiocruz.

A Fiocruz e a UA assinaram um Protocolo de Colaboração em 2019, mas desenvolvem projetos de investigação conjuntos desde 2011, a partir de diferentes unidades da Fiocruz.

Segundo divulgou a Fiocruz no ano passado, no Brasil, a instalação do Laboratório Binacional é conduzida pela Vice-presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB/Fiocruz), pela Fiocruz Ceará, pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), além da participação de outras unidades da Fundação.

A parceria pretende aproximar os pesquisadores da Fiocruz com pesquisadores da União Europeia, que juntos poderão cooperar no desenvolvimento de projetos de pesquisa que fortaleçam seus sistemas nacionais de Saúde, tendo como linha integradora a abordagem One Health (Saúde Única).

Fonte: Mundo Lusíada

Governo atribui 128 estatutos de Investidor da Diáspora entre candidaturas de 26 países

Governo atribui 128 estatutos de Investidor da Diáspora entre candidaturas de 26 países

O Governo português emitiu 128 estatutos de Investidor da Diáspora, aceites entre as centenas de pedidos que chegaram de 26 países, foi nesta terça-feira divulgado durante uma sessão online sobre o Programa Nacional de Apoio ao Investimento da Diáspora (PNAID).

No âmbito da sessão “PNAID e o Estatuto de Investidor da Diáspora”, que decorreu para “prestar informação sobre o programa e esclarecer as condições e procedimentos para requerer o estatuto”, a responsável do estatuto do investidor da diáspora no gabinete da secretária de Estado das Comunidades, Catarina Paiva, revelou os dados mais recentes das candidaturas a este estatuto.

Esta responsável referiu que as candidaturas chegaram de 26 países, incluindo Portugal, as quais deram origem a 128 declarações.

“A maioria das candidaturas corretas e declarações tiveram origem na Europa, seguindo-se África e a América do Norte”, adiantou.

A mesma fonte referiu que 77% dos requerentes nasceram em Portugal e que a grande parte dos investidores pretende regressar.

Coordenado pelas secretárias de Estado das Comunidades Portuguesas e da Valorização do Interior, o PNAID é “um programa nacional de valorização das comunidades portuguesas, promovendo o investimento da diáspora, em especial no interior do país, bem como as exportações e a internacionalização das empresas nacionais através da diáspora”.

A sessão online de hoje contou com mais de 100 participações e destinou-se às entidades de apoio ao empreendedorismo e investimento em Portugal, associações empresariais e de desenvolvimento local, empresas de consultoria e outras entidades com responsabilidades na informação e apoio às empresas.

Na sessão de abertura, a secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, convidou as pessoas que vivem no estrangeiro a investir em Portugal e a incentivar outros a fazê-lo.

Por seu lado, a secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira, enumerou os vários programas de apoio que o Governo disponibiliza para os empresários na diáspora.

A este propósito, anunciou que já foram aprovadas 20 candidaturas de empresários portugueses na diáspora ao programa +CO3SO (Mais Coeso), o qual vai disponibilizar uma verba de 426 milhões de euros, com um impacto estimado de 665 milhões de euros de investimento e a criação direta de cerca de 4.200 postos de trabalho, segundo o executivo.

Fonte: Mundo Lusíada