Começa segundo mandato. Marcelo toma posse como Presidente da República

Começa segundo mandato. Marcelo toma posse como Presidente da República

Marcelo Rebelo de Sousa tomou esta terça-feira posse para um segundo mandato como Presidente da República, jurando perante o Parlamento desempenhar fielmente as funções e defender a Constituição.

O Chefe de Estado foi reeleito em janeiro passado com o segundo melhor resultado da democracia portuguesa e entra no novo mandato num quadro de incertezas geradas pela pandemia.

“Juro por minha honra desempenhar fielmente as funções em que fico investido e defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa, prestando a declaração de compromisso.

O professor catedrático de direito jubilado, de 72 anos, jurou de novo a Constituição da República portuguesa na presença de 100 pessoas, entre as quais 50 dos 230 deputados.

“Hoje, como há cinco anos, Portugal é a única razão de ser do compromisso solene que acabo de assumir. E dizer Portugal é dizer os portugueses. Porque uma pátria é muito mais do que o lugar onde nascemos”, começou por dizer Marcelo Rebelo de Sousa, na primeira intervenção do seu segundo mandato.

“Uma pátria são acima de tudo as pessoas, e nela cada pessoa conta. Diversa, diferente, irrepetível. Portugal são os portugueses”, frisou.

São, assim, os portugueses a razão pela qual Marcelo Rebelo de Sousa assume este compromisso, “a começar nos que mais necessitam: os sem-abrigo; os com teto mas sem habitação condigna; os da minha idade, ou mais, mas que habitam em lares ou em casa em solidão ou zelados por cuidadores formais ou informais; os reformados e pensionistas pobres; os desempregados em lay-off; os trabalhadores e os empresários precários; as crianças, os jovens, as famílias, os professores, os não-docentes atropelados em dois anos letivos; os que salvam vida e saúde; os que os ajudam a salvar; os que perdem vida e saúde; os que perdem entes queridos sem uma despedida na doença e na morte; os que nos deixam desejando regressar; os que em nós se acolhem e ficam; e mais os que – e são todos – na diáspora, nos Açores, na Madeira, no continente, nunca desistem de Portugal”.

Relembrando que, em 2016, havia uma divisão “total” entre os que “haviam arcado com o Governo em crise e os que se lhe tinham oposto”, quer em ideias quer em políticas e emoções, e numa fase atribulada para a Europa, o Presidente destacou a forma como Portugal “sairia do processo de défice excessivo” e “daria passos importantes no equilíbrio orçamental, na internacionalização, no digital, nas exportações, no turismo, na inovação e nalguma mudança agrícola”, assim como atenuaria a pobreza e as desigualdades sociais. Seguiram-se tempos “menos previsíveis”, com uma pandemia “que não mais deixaria de fustigar tudo e todos”.

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