M. Dias Branco tem plano de fábrica no exterior
Segundo Gustavo Theodozio, CFO, e Fabio Cefaly, diretor de Relações com Investidores, essa possibilidade faz parte dos planos da empresa. Eles falaram ao site Infomoney.
Exportando seus produtos para mais de 40 países, a cearense M. Dias Branco, líder do mercado nacional de massas e biscoitos e dona das marcas Adria, Piraquê, Pilar, Richester e Fortaleza, tem plano de comprar uma empresa no exterior para ter mais escala, encarar os custos da importação do trigo em dólar e ainda tirar vantagem de incentivos que os países oferecem.
Esta informação é de Gustavo Theodozio, CFO, e Fabio Cefaly, diretor de relações com investidores da empresa controlada pela família Dias Branco. Eles foram entrevistados pelo Infomoney, um site especializado em assuntos de economia, que, entre outros temas, repercutiu o bom resultado do balanço do segundo trimestre da companhia.
Como a produção brasileira de trigo é insuficiente para atender a demanda da indústria moageira, é necessário importar o produto, e a M. Dias Branco traz a matéria prima da Argentina. O mercado mundial de trigo foi prejudicado pela guerra na Ucrânia, uma grande fornecedora de insumos. Sem o trigo ucraniano, o preço explodiu.
Gustavo Theodozio disse ao Infomoney que a exposição da M. Dias Branco ao câmbio é hoje de US$ 750 milhões. Como apenas 3% da receita do grupo vem de exportações, há uma política de hedge robusta para controlar o custo operacional.
“Tenho custos em dólar e a receita quase que integralmente em reais. É necessário não deixar todos os ovos numa mesma cesta. Faz parte do nosso plano sim, faz total sentido. E, apesar de ser muito pouco esses 3% [da receita com exportações], é uma alavanca que tem crescido de forma importante ao longo do tempo”, acrescentou ele.
Concluindo, disse Theodozio ao Infomoney:
“Porém, mas mais do que isso, a gente começou a focar nas exportações, mas em algum momento a companhia entende que ela deverá partir para um greenfield ou até mesmo para uma aquisição fora do Brasil, porque você consegue ter mais escala, aproveitar benefícios fiscais em cada país. Você elimina algumas barreiras. Por exemplo, exportação para Europa é muito difícil pelas barreiras impostas pela comunidade europeia. Se você compra uma empresa lá fora, ou monta uma unidade produtiva lá fora, essas barreiras naturalmente deixam de existir”.
Fonte: Diário do Nordeste/Egídio Serpa