As 100 marcas portuguesas mais valiosas valem 20,3 mil milhões de euros
A EDP é a marca portuguesa mais valiosa pelo sexto ano consecutivo, mas a Galp foi a que mais valorizou, em termos absolutos, face ao ano anterior. Em termos relativos, a distribuição/retalho e a banca foram os setores que mais valorizaram, com especial destaque para o Continente e a Caixa Geral de Depósitos. Globalmente, as marcas portuguesas mais valiosas são avaliadas pela Onstrategy em quase 20,3 mil milhões de euros, na edição de 2024 do seu estudo anual sobre marcas, mais 17% do que na edição anterior.
Estes são dados do estudo Marcas Portuguesas Mais Valiosas, da consultora Onstrategy, que, desde 2019, analisa o comportamento das marcas de 37 setores de atividade distintos. Curiosamente, desde 2019, os quatro lugares cimeiros da tabela têm sido ocupados sempre pelas mesmas marcas – EDP, Galp Energia, Jerónimo Martins e Pingo Doce -, sendo que o quinto lugar tem variado quase todos os anos. Começou por ser ocupado, em 2019, pela TAP, que este ano surge na 25.ª posição. Tinha, então, um brand value de 733 milhões de euros. Agora, está avaliada em 162 milhões.
A quinta marca mais valiosa este ano é o Continente, que ocupou o esse lugar no ranking de 2022, mas perdeu-o, no ano passado, para a Meo. Em 2022, o Continente estava avaliado em 663 milhões de euros, este ano, está em 989 milhões. Foi a marca que mais valorizou em termos relativos, com um aumento de 48% face aos 668 milhões em que estava avaliada em 2023, ocupando então a 8.ª posição. A Meo caiu este ano para o 8.º lugar, apesar de se ter valorizado 9,9%, para um total de 767 milhões de euros.
A sexta posição do ranking é ocupada pela Caixa Geral de Depósitos, que regista a segunda maior valorização relativa, ao crescer 47%, correspondentes a mais 316 milhões de euros, para um valor total de 988 milhões. É, também, a marca de banca mais valiosa. Nos setores de Banca & Seguros, destaque para a Fidelidade, que lidera no segmento de Financial Insurance, e para o Multibanco, líder em sistemas de pagamentos.
Em termos absolutos, a marca que mais valorizou foi a Galp Energia, com um aumento de 457 milhões. Agora avaliada em 2330 milhões de euros, a Galp lidera o segmento de petróleo e gás. A EDP valorizou 140 milhões, mais 5,1%, e está avaliada agora em 2891 milhões de euros. É líder do segmento de energia.
A TAP ocupa o lugar cimeiro em aviação e aeroespacial, a Brisa na mobilidade e a CP no segmento de transportes.
O estudo, explica a Onstrategy, é efetuado com base em informação pública e disponível, recorrendo à metodologia royalty relief, em conformidade com as normas ISO 10668 e 20671, de avaliação financeira de marca e de avaliação de estratégia e força de marca, respetivamente.
Ou seja, “são levadas em linha de conta a força que cada uma das marcas tem, conjugada com as perspetivas de evolução do volume de negócios e de margens operacionais de cada uma delas, dos setores em que se inserem e dos mercados onde atuam, sendo estabelecido o seu rendimento com base num royalty hipotético que a marca poderia cobrar num acordo de licenciamento. São nesta fase descontados tendo em conta o nível de risco adequado, sendo apurado o seu valor financeiro”, explica João Baluarte, sócio responsável pelos estudos financeiros da Onstrategy.
Como referido, a consultora analisa a performance de 37 setores de atividade, elegendo as 37 marcas líderes setoriais. Destas, destaca, como as que mais valorizaram em relação à última edição do estudo, a CGD (+47%), Pingo Doce (+38,5%), Parfois (+34,1%), CTT (+29,7%), Wells (+29,4%) e (Cervejaria) Portugália (+28,6%).
Distribuição/Retalho e Banca foram, segundo a consultora, os setores que mais valorizaram, na medida em que “beneficiaram dos bons desempenhos financeiros obtidos em 2023 e das perspetivas de evolução destes setores, bem como da sua resiliência ao nível da sua força de marca, além da estabilização das taxas de juros e da melhoria do risco de país”, diz João Baluarte.
Em termos de setores, destaque ainda para marcas como a Jerónimo Martins, considerada a holding mais valiosa na distribuição e consumo alimentar; a Delta,no segmento de bebidas não- alcoólicas; e a Super Bock, no de bebidas alcoólicas. A Lactogal é a mais valiosa no segmento alimentar e a Portugália na restauração.
A Meo nas telecomunicações, a Mota-Engil em engenharia e construção, a CIN como fornecedora de matérias-primas para construção e a Navigator, no segmento industrial, são outras das marcas mais valiosas. O retalho é liderado pela Parfois, seguida pela Salsa (retalho têxtil), Vista Alegre (luxo) e Gato Preto (líder em artigos para o lar).
Destaque, ainda, para os serviços, tecnologia e saúde, onde encontramos como marcas mais valiosas os CTT, Worten, Novabase, CUF, Bial, Medis, Germano de Sousa e Wells. Por fim, no turismo, Pestana e Viagens Abreu são as marcas mais valiosas; no desporto é o Sport Lisboa e Benfica e a Sport Zone; nos media, SIC, Correio da Manhã e Rádio Comercial são os protagonistas.
Fonte: DN.Pt
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