Rede Global da Diáspora já potenciou “milhares de milhões de euros em investimentos”
“Nós não conseguimos nunca saber o volume de negócios que é gerado porque esta rede cria relações, cria os contatos e as parcerias acontecem de forma bilateral entre os empresários, compradores, vendedores e investidores, mas já são milhares de milhões de euros de investimentos”, afirmou à agência Lusa o presidente da Fundação AEP, que promove a Rede Global da Diáspora.
Criada em 2020, esta que é a maior rede colaborativa da diáspora portuguesa, em formato digital e semelhante a uma rede social, possibilitou “potenciar de milhares de milhões” de euros, “quer na parte do imobiliário, quer nas tecnologias, quer na parte de materiais de construção, quer à parte do agroalimentar”, explicou Luís Miguel Ribeiro à Lusa.
“Depois, também, em alguns casos, o têxtil, o calçado, metalomecânica, mas sobretudo nestas áreas”, adiantou.
O responsável falava à Lusa à margem de uma ação de promoção da plataforma junto de empresas e cidadãos portugueses em Bruxelas, visando dar a conhecer esta rede social colaborativa, mas também explicar as oportunidades que cria para negócios, investimentos e ‘networking’.
A iniciativa surge após outras realizadas noutros países europeus, como o Luxemburgo, junto das comunidades, parceiros, câmaras de comércio, embaixadas e empresários.
Dados da Fundação AEP revelam que a Rede Global da Diáspora já tem mais de 7.500 portugueses registrados em 155 países e mais de 10.500 empresas abrangidas.
E estes registos têm mais representatividade “nos países com comunidades maiores de portugueses, quer aqui na Europa, quer nos Estados Unidos, Canadá, quer no Brasil”, assinalou Luís Miguel Ribeiro.
A Rede Global da Diáspora visa aproximar os portugueses espalhados pela diáspora potenciar a internacionalização de empresas de menor dimensão.
“Nós estamos a viver uma situação atualmente – e este projeto já nasceu antes – que vem trazer uma nova ordem mundial e vem trazer novos desafios para as economias, para as empresas, nomeadamente naquilo que toca às empresas pequenas e médias, porque as maiores têm canais próprios e formas próprias de fazer esse processo de internalização de exportação”, apontou Luís Miguel Ribeiro.
Por isso, o projeto dirige-se, principalmente, às pequenas e médias empresas, que representam mais de 90% do tecido empresarial português.
Isto porque, segundo Luís Miguel Ribeiro, a existência desta rede social colaborativa “diminui o risco desse negócio […] e cria um sistema de informação que permite que o empresário, ao exportar, possa exportar com menor risco e, por outro lado, abre novas oportunidades de parcerias de negócio em termos de preço para essas empresas”.
Fonte: Mundo Lusíada