Indústria de polpa de frutas cearense é otimista com crescimento

Indústria de polpa de frutas cearense é otimista com crescimento

Quando a saúde entra em pauta, existe um setor que começa a ganhar destaque: o da alimentação saudável.

E é justamente nesse segmento que a indústria de polpa de frutas do Ceará vem encontrando espaço nos últimos meses dentro e, até mesmo, fora do Estado.

“O segmento de polpa de fruta vem crescendo até mais do que os produtos convencionais de sucos de frutas. E, hoje, a gente exporta mais de 50% da nossa produção. O restante fica mais no mercado nacional, atendemos mais às Regiões Norte e Nordeste do Brasil.

Em linhas gerais, o mercado de polpa de frutas está se desenvolvendo bem mais que o mercado de suco de fruta, por isso a gente aposta mais nesse produto”, comenta Paulo Wagner, diretor executivo da Indústria Marasuco.

De acordo com Paulo Wagner, o Ceará vende polpas de frutas para mais da metade dos estados do Nordeste, pois o Estado tem em torno de 140 empresas no ramo de conservas, fabricação de sucos e concentrados também. “Dessas empresas, 48% estão na Região Metropolitana e 52% estão no restante do estado. Aqui, nós temos seis polos de produção”, comenta.

O impacto econômico positivo dessa indústria pode ser sentido através da geração de empregos e rendas.

“A empresa Nossa Fruta, por exemplo, gera um impacto social para mais de 600 famílias em vários estados do Nordeste. Estamos hoje com, aproximadamente, 400 colaboradores, sendo que praticamente cerca de 250 estão dentro do Ceará”, conta João Nogueira, diretor de logística e marketing comercial da empresa Nossa Fruta.

“Hoje, somos aproximadamente 30 indústrias sindicalizadas junto ao Sindicato das Indústrias da Alimentação e Rações Balanceadas do Estado do Ceará (Sindialimentos). São cerca de 80 colaboradores, entre internos e externos. Se juntarmos isso com a produção de campo, vai para quase 100 colaboradores”, completa Benício Júnior, sócio-diretor da Frutã. “Há benefícios desde o setor primário, com a compra das frutas, ajudando os produtores”, destaca.

Perspectivas para o setor

Benício Júnior, sócio-diretor da Frutã, comenta que a perspectiva de exportação para 2021 já começou bem positiva e deve superar as expectativas. Ele acredita que, mesmo com o mercado interno desafiador, a perspectiva é de crescimento nos próximos meses para o segmento.

“Exportamos hoje para Porto Rico, Estados Unidos, Emirados Árabes, Alemanha e outros países. Já estamos acima da meta projetada para exportação. O mercado interno, por sua vez, está um pouco abaixo da meta projetada, mas é um pouco mesmo. Não é tão significante e, com a perspectiva de abertura de novos canais, é muito provável que a gente até supere a meta projetada no decorrer do ano
Benício Júnior, sócio-diretor da Frutã

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Representantes da Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil se reuniu com Governador do DF

Representantes da Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil se reuniu com Governador do DF

No último dia 22 de fevereiro, a comitiva da Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil representada por, Armando Abreu (Presidente) e Nuno Rebelo de Sousa (Vice-presidente), foi recebida pelo Governador Ibaneis Rocha, a reunião teve como objetivo, tratar sobre a parceria do Governo do Distrito Federal e Portugal, para a previsão de investimentos em projetos nas áreas de energia, saneamento e agronegócio, pois, o potencial de desenvolvimento econômico do DF, encontra-se num cenário promissor.

Contatos
Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil
Endereço: Av. Barão de Studart, 1980 – 4º andar – Aldeota, Fortaleza – CE, 60120-001
Contato: +55 85 3261-7423
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Tecer Terminais, sempre atentos à necessidade do cliente

Tecer Terminais, sempre atentos à necessidade do cliente

Sempre atentos à necessidade do cliente, a Tecer Terminais Portuários, empresa sócia da CBPCE, atua com versatilidade e agilidade em todas as operações, sendo capacitados para elaborar soluções para movimentação de cargas de forma eficaz.

Essa é a Tecer Terminais, especialista em logística no Porto do Pecém!

Na Tecer Terminais, viabiliza soluções logísticas eficientes e personalizadas para qualquer um dos modais que se conectam ao porto.

São operações com altos níveis de segurança das cargas que, somadas ao alto padrão dos nossos profissionais e aos mais modernos equipamentos utilizados, nos permitem concluir todos os processos com excelência.

Sobre a Tecer Terminais
Há mais de uma década, a Tecer Terminais Portuários atua como Prestadora de Serviço Operacional (PSO) no Porto do Pecém (CE, viabilizando soluções para movimentação de diferentes tipos de carga que passam pelo terminal.

A inovação está na essência da empresa desde sua fundação até as práticas diárias nas operações. Atualmente, o nosso perfil é de versatilidade. Desenvolvemos soluções logísticas eficientes e personalizadas para qualquer um dos modais que se conectam ao Porto, seja marítimo, rodoviário, ferroviário ou dutoviário.

O que passa pelo Porto do Pecém quase sempre conta com a participação da Tecer em algumas das fases de logística da operação. Nossa média de operação é de 30 mil toneladas de cargas por mês. Isso por que nossa tradição portuária unida ao alto padrão dos nosso profissionais nos deu expertise e segurança para desenvolver projetos cada vez mais desafiadores. Hoje, possuímos frota própria, além de modernos equipamentos que nos permitem garantir aos nossos clientes toda a versatilidade em logística.

Logística é a base de tudo, por Carlos Alberto Nunes, sócio da CBPCE

Logística é a base de tudo, por Carlos Alberto Nunes, sócio da CBPCE

Com a vacina que combate a Covid-19 em voga, os olhos do País e do mundo passam a focar na logística de distribuição das doses. Logística é a base de tudo. Em menos de 24h depois de aprovada no Brasil, a vacina foi distribuída nos estados. No Ceará, os repasses das doses aos municípios foram feitos por aviões, helicópteros e caminhões, em seis rotas aéreas, duas terrestres e marítimas. Analisar a melhor rota, o melhor tipo de transporte, a melhor forma de realizar os carregamentos em cada tipo de transporte e como armazenar a carga são peças fundamentais neste processo. Nada pode passar despercebido. Tudo tem que ser milimetricamente pensado e repensado. Essa é a alma da logística, integrando vários modais.

Todavia, a falta de excelência nos processos para a realização de uma logística ideal interfere toda uma cadeia. Exemplo disso são os atrasos na distribuição das vacinas em alguns estados do Brasil.

Momentos como esse causam angústia e comoção geral. Alguns fatores levam a isso. A falta de tempo para haver uma excelência no planejamento é um deles. Porém, é fundamental que as empresas e os profissionais que atuem na área estejam previamente preparados para agir com seriedade e rapidez com as demandas urgentes.

Operações logísticas acontecem diariamente, sete dias por semana. A todo instante existem operações de processos logísticos. Criar um planejamento eficiente, fazer cotação de preços e prazos de frete, controlar a entrega de produtos e otimizar o tempo são atividades necessárias a todo instante na nossa cidade, no Estado, no País e no mundo. Exemplo disso são as demandas dentro do Complexo do Pecém. A chegada de navios cargueiros trazendo conteúdos de outros países acontece rotineiramente e exige processos, proatividade e organização. A rotina é diária e necessária para atender as necessidades da sociedade.

Carlos Alberto Alves
Gerente comercial da Tecer Terminais Portuários

Portugal lança o Programa de Apoio à Produção Nacional

Portugal lança o Programa de Apoio à Produção Nacional

Foi lançado o Programa de Apoio à Produção Nacional, uma iniciativa da área governativa da Coesão Territorial, destinada ao apoio direto ao investimento empresarial produtivo e dirigida essencialmente ao setor industrial. O programa tem uma dotação de 100 milhões de euros, 50% dos quais afetos aos territórios do Interior. Este programa tem como objetivo estimular a produção nacional das micro e pequenas empresas e reduzir a dependência do país face ao exterior.

A medida apoia o investimento em máquinas, equipamentos, serviços tecnológicos/digitais, bem como sistemas de qualidade e de certificação que permitam alterar os processos produtivos das empresas. Será também um importante apoio à transição digital e energética, à introdução de processos de produção ambientalmente mais amigáveis servindo, simultaneamente, de estímulo à produção nacional. Garantirá também a melhoria da produtividade das empresas em contexto de novos modelos de negócios e apoiará a expansão e modernização da produção em projetos de base local.

São beneficiários deste programa as micro e pequenas empresas de todo o território nacional, criadas há pelo menos um ano, e que assumam o compromisso da não redução de postos de trabalho.

O investimento elegível máximo é de € 235.000,00 e a taxa de incentivo máxima a fundo perdido é de 60% para projetos situados nos territórios do Interior / territórios de baixa densidade. (Pode consultar os territórios definidos como Interior clicando aqui.

Os projetos submetidos por Investidores da Diáspora serão majorados. (O estatuto de Investidor da Diáspora pode ser requerido por qualquer cidadão português, lusodescendente ou nascido no estrangeiro, com direito à nacionalidade portuguesa ou a quem ela já tenha sido atribuída, que resida ou tenha residido por mais de 12 meses fora de Portugal nos últimos dois anos, e que pretenda realizar projeto(s) de investimento em Portugal. Para mais informação, pode consultar o Portal das Comunidades Portuguesas e a página do PNAID, clicando aqui.

Os avisos para candidaturas ao Programa de Apoio à Produção Nacional estão em https://www.portugal2020.pt/ e nos sites dos Programas Operacionais Regionais. Sugerimos que consulte as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), as Comunidades Intermunicipais ou, na região de Lisboa e Vale do Tejo, os Grupos de Ação Local (GAL ver listagem clicando aqui)

Fonte: Gabinete de Apoio ao Investidor da Diáspora

Exportações de melão pelo Ceará têm melhor resultado desde 2016

Exportações de melão pelo Ceará têm melhor resultado desde 2016

Mesmo com as incertezas no mercado global, e a queda das exportações totais do Estado, setor se beneficiou da alta demanda proveniente da Europa e pela taxa de câmbio favorável aos produtos nacionais

Em um ano marcado por incertezas e baixa previsibilidade quanto à demanda e à oferta globais, as exportações de melão pelo Ceará apresentaram um crescimento de 21,7% em 2020, enquanto as exportações totais do Estado caíram 16,7% em relação ao valor registrado em 2019. O desempenho do setor, o melhor desde 2016, pode ser atribuído à safra, que veio em linha com as expectativas, ao câmbio que favoreceu as exportações brasileiras como um todo e, sobretudo, à forte demanda do mercado europeu.

“Tivemos uma boa produtividade, em torno de 25 toneladas por hectare e houve um forte consumo na Europa. As pessoas ficando em casa acabaram consumindo mais frutas. Além disso, a Espanha (maior produtor de melão do continente) enfrentou problemas para produzir. Então, dentro de todo esse cenário, a gente considera que o resultado foi bem positivo. E a safra ainda vai até fevereiro”, diz Luiz Roberto Barcelos, diretor institucional da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) e maior produtor de melão do País.

De janeiro a dezembro de 2020, as exportações cearenses de melão somaram US$ 50,493 milhões, sendo o maior volume registrado em setembro (US$ 11,324 milhões). No ano, os principais mercados compradores do melão cearense foram a Holanda (US$ 21,316 milhões), Reino Unido (US$ 16,342 milhões), Espanha (US$ 6,218 milhões), Emirados Árabes Unidos (US$ 1,236 milhão) e Itália (US$ 1,071 milhão).

Expectativa para 2021
Para 2021, Barcelos diz que ainda é cedo para projetar alguma estimativa para o setor, mas acredita que o resultado seja semelhante ao de 2020. “Ainda há muitas incertezas sobre a evolução da pandemia, sobre a eficácia das vacinas, se haverá novas restrições. Mas tudo leva a crer que será um ano parecido com 2020”, ele diz.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), Flávio Saboya, destaca que as chuvas de 2020 acabaram contribuindo positivamente para a safra e que a previsão é que neste ano a água não seja um problema para os produtores. “Nos últimos anos tivemos alguns produtores que migraram para o sul do Piauí ou para o Rio Grande do Norte por conta da escassez de água no Ceará. Mas estamos iniciando uma quadra invernosa com boas perspectivas. Então vejo os produtores muito confiantes com as possibilidades deste ano”, contextualiza.

Quanto às águas da transposição do Rio São Francisco, a expectativa é que o setor só seja beneficiado pela medida no próximo ano. Segundo Saboya, essas águas devem abastecer principalmente a região da Chapada do Apodi, contendo a migração de produtores para outros estados.

Gargalo
Apesar do bom resultado de 2020, Barcelos diz que a baixa oferta de linhas marítimas de longo curso ainda representa um gargalo para os exportadores. “Temos dois serviços para a Europa, mas gostaríamos de ter mais. A linha para a China ainda não saiu. Então, isso ainda é um gargalo para nós”, diz. Segundo Mariana Lara, diretora de Marketing e Vendas da Hamburg Süd, a empresa pretende ampliar sua participação no Porto do Pecém. “O setor de frutas foi um mercado que a gente teve uma alta de 15% em 2020 e a perspectiva é de que em 2021 a gente tenha um crescimento de 5%”.

O papel da logística na recuperação da economia mundial

O papel da logística na recuperação da economia mundial

Com os países mais conectados, é possível vislumbrar a recuperação mundial, puxada pelo crescimento econômico entre as nações mais estabilizadas

Os efeitos do distanciamento social causado pela COVID-19, como fronteiras fechadas, proibição de viagens e linhas aéreas suspensas, mudaram completamente o fluxo de mercadorias, pessoas, serviços e informações. Com isso, o contato pessoal foi substituído pelas conexões on-line, aumentando o tráfego internacional de internet, telefonemas e gerou uma explosão no comércio eletrônico, que alcançou R$ 41,92 bilhões de faturamento em agosto/20 no Brasil (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico – ABComm).

Dessa forma, a pesquisa Global Connectedness Index 2020 (GCI), da DHL, indica que, apesar de o índice de conectividade do ano passado ter sido menor que em 2019, ele não chega aos níveis preocupantes da crise econômica global de 2008 e 2009. Na verdade, o estudo aponta que os fluxos de comércio e de capital já começaram a se recuperar e que as conexões internacionais se mantiveram ativas durante os meses de recessão. Isso foi indispensável para a manutenção da economia global, uma vez que as redes logísticas integradas auxiliaram no fortalecimento dos níveis de comércio em todo o mundo e protegeram as fontes de sustento dos cidadãos.

Assim, traçando um paralelo entre os tráfegos de pessoas e mercadorias, notamos que, conforme previsto, houve um colapso no turismo internacional, que provavelmente não retornará ao faturamento do nível pré-pandêmico antes de 2023. No entanto, todos os outros tipos de fluxos e transações se mantiveram surpreendentemente ativos: o comércio internacional se recuperou após uma grande queda e continua a ser a espinha dorsal das economias; já os fluxos de informação digital tiveram um rápido crescimento, uma vez que a pandemia levou o trabalho, o entretenimento e a educação para a esfera on-line.

No Brasil, de acordo com dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior, o comportamento de consumo digital superou as barreiras transfronteiriças e impactou o lucro entre janeiro e abril de 2020. Neste período, a modalidade somou US$ 123,4 bilhões de faturamento, sendo a variação ano a ano mais expressiva entre as 20 principais economias do mundo (G20). Já o tráfego global de internet chegou a crescer dois dígitos, com pessoas e empresas cada vez mais conectadas digitalmente para manter as operações em funcionamento.

Nesse sentido, os fluxos de capital foram atingidos mais intensamente. No entanto, fortes respostas políticas por parte de governos e bancos centrais ajudaram a estabilizar os mercados. Conforme dados divulgados pelo Ministério da Economia, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 3,772 bilhões em novembro de 2020, expansão de 4,7% frente ao alcançado no mesmo mês do ano anterior.

Assim, apesar de ter interferido nos negócios e na ordem social, a pandemia não conseguiu romper as conexões entre os países. Ela, de fato, transformou as relações, pelo menos momentaneamente, e evidenciou os desafios de manter a conectividade global ativa. Contudo, foi possível estabelecer uma rápida adaptação nesse processo, que nos deixou mais fortes e preparados para enfrentar estes e novos desafios.

Ou seja, as cadeias de suprimento e as redes conectadas se tornaram essenciais na manutenção do funcionamento do mundo e na estabilização da globalização, especialmente neste momento de crise que assola o planeta. Além disso, os recentes avanços da produção de vacinas para conter o coronavírus colocaram um holofote na importância sistêmica de uma logística especializada rápida e segura, dependente de uma rede interconectada, que garanta efetivamente a distribuição internacional.

Hoje o Brasil se encontra pouco inserido na conectividade global, ocupando o 60° lugar no ranking feito pela DHL. Porém, olhando apenas para as Américas do Sul, Central e Caribe, apenas o Chile está à frente do Brasil, na posição de número 47, o que indica um avanço nesse processo de transformação. Agora, com os países mais conectados, é possível vislumbrar a recuperação mundial, puxada pelo crescimento econômico entre as nações mais estabilizadas em relação à globalização. Nesse sentido, uma boa cadeia logística é o que nos ajuda a ir mais longe!

Fonte: ABOL

Agronegócio desponta nas exportações cearenses em 2020

Agronegócio desponta nas exportações cearenses em 2020

O agronegócio é um dos principais setores das exportações cearenses, representando aproximadamente 20% do total comercializado.

Em 2020, frutas, mel de abelhas, hortaliças, flores e camarão obtiveram crescimento significativo nas vendas externas, Enquanto os principais setores das exportações cearenses amargaram saldo negativo em 2020, o agronegócio, que representa aproximadamente 20% do total comercializado pelo Estado no mercado internacional, é o único setor que tem o que comemorar. Frutas (com 12%), mel de abelhas (84,6%), hortaliças (94,5%), flores (19,9%) e camarão (107%) obtiveram crescimento significativo nas vendas externas.

Na contramão, a castanha de caju, principal produto vendido no exterior pelo agronegócio do Ceará, recuou 15,3%. No acumulado do ano passado, o setor exportou cerca de US$ 369,6 milhões, dos US$ 1,4 bilhão contabilizados pelo Estado.

Os número fazem parte do estudo “Exportações do Ceará com Foco no Agronegócio”, elaborado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Ceará (Sedet), com base em dados do Comex Stat, plataforma do Ministério da Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que traz as estatísticas das exportações e importações brasileiras por unidade da federação. Na avaliação de Erildo Pontes, coordenador de Recursos Hídricos para o Agronegócio da Secretaria Executiva do Agronegócio, subordinada à Sedet, a principal explicação para o desempenho positivo do setor na pauta de exportações do Ceará foram as boas precipitações das chuvas em 2020.

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Hermes Monteiro: A falta dos pequenos negócios no comércio exterior

Hermes Monteiro: A falta dos pequenos negócios no comércio exterior

Porto do Pecém, Porto do Mucuripe e Aeroporto de Fortaleza, juntos, formam uma arrojada infraestrutura para escoar a produção da indústria e da agropecuária cearense – e também nordestina – para o exterior. São equipamentos que, tendo recebido grandes volumes de investimento, já têm capacidade para transportar bem mais cargas do que fazem hoje. O que falta, portanto, para o Ceará crescer mais em termos de logística?

O diretor da Nova Era Aduaneira e sócio da CBPCE, Hermes Monteiro, explica: demanda. O parque industrial do Estado, ainda que tenha crescido substancialmente nos últimos anos, ainda é pequeno. Uma única empresa, a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), é responsável por mais da metade das exportações cearenses – o que sim, demonstra a grandiosidade do empreendimento, mas também o ainda relativamente pequeno volume de exportação do setor produtivo local.

Uma das missões do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), inclusive, é justamente o de atrair novas indústrias para se instalar na Zona de Processamento e Exportação (ZPE Ceará), incrementando a movimentação de cargas e gerando mais riquezas. Mas a resposta não se limita à atração de grandes negócios: um desafio do Estado é estimular que as pequenas e médias empresas também passem a exportar suas mercadorias.

“Nós já temos uma estrutura portuária e aeroportuária que tem capacidade de atender mais. O que nós não temos de fato são empresas que tenham cargas suficientes para botar para exportar. Essa é uma realidade. Isso gera o entendimento que nós ainda não temos uma cultura exportadora. Os micro e pequenos empresários não conseguiram entender que o mercado já não é mais o mercado do bairro, da cidade. Não há mais fronteiras. Mas esse é um processo que requer um preço, uma preparação”, reflete Monteiro.

Pequenas e médias empresas
Segundo dados da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), no ano passado, somente cerca de um terço das exportações brasileiras (32%) foi realizado por micro ou pequenas empresas. Em termos gerais, no ano, o volume exportado pelo Ceará entre janeiro e novembro de 2020 (US$ 1,7 bilhão) foi o terceiro do Nordeste, bem atrás da Bahia (US$ 7 bilhões) e do Maranhão (US$ 3 bilhões).

No contexto da pandemia, exportar pode ser inclusive uma alternativa para que os pequenos negócios aumentem o faturamento. O processo envolve uma análise de mercado para identificar onde se tem maior potencial para fazer negócio – e o Mapa Estratégico Apex-Brasil de Oportunidades Comerciais é um bom caminho -, a avaliação dos custos logísticos e um apoio jurídico para entender as leis de outros países e elaborar contratos.

Há um esforço conjunto de órgãos como Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Federação do Comércio do Ceará (Fecomércio-CE), juntamente com a Academia, para incentivar a internacionalização das empresas e impulsionar o volume de negócios do Estado, que tem potencial para ser bem maior. O caminho envolve identificar gargalos das empresas e a criar uma ambiência de negócios – mas ainda é preciso mais para alavancar, de fato, a participação das pequenas e médias empresas.

Ligações diretas
O aumento de volume das exportações é também um trunfo para ampliar a conectividade de rotas de transporte de cargas aos portos e aeroporto cearense, beneficiando toda a cadeia produtiva. Sem uma expressiva quantidade de mercadorias para transporte, menos atrativa se torna a localidade.

“Hoje, a gente tem uma dificuldade de navio. Os navios passam obrigatoriamente em Santos, depois sobem em cabotagem. Precisamos ligar o Brasil à China, aos Estados Unidos. Não adianta vir aqui por 10, 20, contêineres, tem que ter volume. O Pecém tem capacidade de trazer cargas de todo o Nordeste, mas falta intermodalidade. A rodovia ainda é ruim, a malha ferroviária ainda não tem”, pondera Monteiro.

Fonte: Diário do Nordeste

Mármores e granitos podem render US$ 100 mi anuais em exportações ao Ceará

Mármores e granitos podem render US$ 100 mi anuais em exportações ao Ceará

Terceiro maior exportador de mármores e granitos do Brasil, com uma participação de 3%, depois do Espírito Santo e Minas Gerais, o Ceará deverá atrair 10 novas empresas para o Estado nos próximos cinco anos.

Com isso, poderá ampliar as exportações dos atuais US$ 23,3 milhões (até novembro) para US$ 100 milhões, o que lhe dará a segunda colocação no ranking nacional do setor. No mercado interno, a expectativa também é favorável sinalizando um 2021 bastante próspero.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Mármores e Granitos do Estado do Ceará (Simagran), Carlos Rubens Alencar, considera que o avanço se deve à grande visibilidade que o setor vem tendo dentro e fora do País. Mais da metade (56%) do volume total exportado é de blocos, notadamente quartzitos in natura, mas ele acredita que é possível ampliar o beneficiamento local no próximo ano, com agregação de valor, já que vem sendo aumentada a capacidade de desdobramento das rochas.

Os municípios cearenses que mais exportam são Caucaia, Santa Quitéria e Uruoca.“Além de deter, em suas minas, dentre outras, a Taj Mahal, a mais desejada rocha que se tornou grife internacional, o Estado tem disponibilidade de espaço, na segunda fase da Zona de Processamento de Exportações (ZPE), para abrigar novos empreendimentos do setor de minerais. As maiores empresas extratoras e de transformação de pedras já estão aqui e outras tantas estão a caminho”Carlos Rubens Alencar, presidente do Simagran

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