Ministros europeus fazem carta de apoio ao acordo com Mercosul

Ministros europeus fazem carta de apoio ao acordo com Mercosul

Nove ministros europeus enviaram uma carta para o vice-presidente executivo da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, para manifestar apoio à assinatura e à ratificação do acordo da União Europeia com o Mercosul.

“Esperamos que em breve possamos concluir, de maneira bem-sucedida, um processo que começou há mais de 20 anos”, afirmam em um trecho da carta que foi assinada pelo chefe da diplomacia portuguesa e pelos ministros da área de Comércio e Negócios Estrangeiros da República Tcheca, Dinamarca, Estônia, Espanha, Finlândia, Itália, Letônia e Suécia.

“Não assinar ou não ratificar o acordo com o Mercosul vai não só afetar a credibilidade da UE enquanto parceira geopolítica e de negociação, mas também fortalecer a posição de outros concorrentes na região”, diz outro trecho do texto, datado de 11 de novembro.

Portugal vai assumir a presidência rotativa do bloco no próximo semestre, função hoje desempenhada pela Alemanha. No mês passado, a ministra do Brasil Tereza Cristina (Agricultura) foi ao país em um gesto de aproximação em favor do acordo.

O governo português manifestou na ocasião apoio ao tratado. Em comunicado, a ministra da Agricultura portuguesa, com quem Tereza Cristina se reuniu, afirmou que “Portugal apoia desde o primeiro momento o acordo União Europeia-Mercosul e aguarda que este seja concluído em breve”.

A carta contrasta com o posicionamento de outros países membros da União, com destaque para Áustria, França e Holanda, que têm afirmado que o acordo não pode ser assinado “como está”.

Problemas em questões ambientais estão entre os principais entraves apontados por esses países para o avanço do acordo. Segundo eles, são necessárias regras mais rígidas para garantir que todas as partes cumpram compromissos ambientais.

“O tratado de livre-comércio traz ganhos, mas esses ganhos não podem ser obtidos a qualquer preço, e certamente não ao preço do desmatamento”, disse o ministro do Comércio da França, Jean-Baptiste Lemoyne, durante audiência no Parlamento Europeu.

Em face desses entraves, foi apresentada no final de outubro uma possível solução: a assinatura de um compromisso formal em questões ambientais.

Segund Dombrovskis, que encampou a ideia, temas como o desmatamento da Amazônia e a adesão dos países do Mercosul ao Acordo de Paris estão entre os que podem ser abordados nesse texto.

“Então, atualmente estamos nos envolvendo com as autoridades do Mercosul, eu diria, especialmente com o Brasil. Bem, informalmente, atualmente, para ver que tipo de compromissos significativos os países do Mercosul podem assumir para garantir uma ratificação bem-sucedida desse acordo”, afirmou Dombrovskis em entrevista ao site jornalístico Politico.

Em outubro, eurodeputados propuseram uma emenda em que diziam que o Parlamento Europeu estava “extremamente preocupado com a política ambiental de Jair Bolsonaro, que vai contra os compromissos do Acordo de Paris, em particular no combate ao aquecimento global e à proteção à biodiversidade”.

“Nessas circunstâncias, o acordo UE-Mercosul não pode ser ratificado como está”, dizia o trecho final da alteração proposta, que acabou aprovado pela maioria dos parlamentares (a citação inicial ao presidente brasileiro foi rejeitada).

O texto do acordo ainda está sob revisão legal na Comissão Europeia. Encerrada essa fase, ele deverá ser traduzido nas 23 línguas oficiais dos dois blocos e só então seguir para a aprovação dos governos e parlamentos locais.

São 27 países envolvidos e, caso um deles rejeite o acordo, o tratado é derrubado.

Relatório final de impacto feito pela LSE (London School of Economics) mostra que a UE teria ganhos significativos com o acordo. Trabalhando com dois cenários (um conservador e um otimista), os pesquisadores projetam um ganho no PIB (Produto Interno Bruto) de 10,9 bilhões de euros (R$ 68,4 bi) para a UE em 2032 no primeiro caso e de 15 bilhões (R$ 94 bi) no segundo, o que equivale a 0,1% do PIB do bloco.

Já o Mercosul teria um incremento de 7,4 bilhões de euros (R$ 46,4 bi) no cenário conservador e 11,5 bilhões de euros (R$ 72 bi) no otimista.

ENTENDA O CASO
O que é o acordo UE-Mercosul?

Um documento que tem um capítulo de livre-comércio entre os blocos e um capítulo político, que inclui áreas como direitos humanos, colaboração científica e imigração

Em que pé está?

As negociações começaram em 1999 e foram concluídas em 2019. No momento, o texto está sob revisão jurídica, na qual se acertam trechos pontuais que possam estar em contradição

O que falta fazer?

Após a revisão jurídica, o texto tem que ser traduzido nas 23 línguas oficiais dos dois blocos, e então segue para ratificação

Quem ratifica?

No Mercosul, o acordo tem que ser aprovado pelos Parlamentos dos quatro membros (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai). Na União Europeia, precisa ser aprovado no mínimo pelo Conselho e pelo Parlamento europeus, mas a tramitação final depende de ele ser ou não fatiado em um acordo comercial e um político

Quando o acordo deve ser votado?

Não há prazo, mas negociadores dos dois lados dizem ser mais provável que fique para o segundo semestre de 2021 ou para 2022

A Câmara Portuguesa de Minas Gerais realiza o Encontro de Negócios Minas Gerais & Portugal 2020

A Câmara Portuguesa de Minas Gerais realiza o Encontro de Negócios Minas Gerais & Portugal 2020

O Encontro de Negócios Minas Gerais & Portugal 2020 consiste em Webinar e Rodada de Negócios entre instituições e empresas do Estado de Minas Gerais e de Portugal, com o objetivo de atrair investimentos e negócios para o Estado.

No primeiro dia do evento (25/11) ocorrerá um Webinar de abertura e apresentação de alto nível das ações e parcerias entre instituições e entidades do Estado de Minas Gerais e de Portugal sobre o tema de investimentos e negócios.

A participação no seminário é gratuita e aberta, por meio do link no Canal do INDI no Youtube:

https://www.youtube.com/watch?v=v-8n0w9PnQY

Já no segundo dia do evento (26/11) acontecerão as rodadas de negócios entre empresas e entidades de Minas Gerais e Portugal.

A inscrição para as rodadas já está aberta e ocorrerá por meio deste link:

https://www.sympla.com.br/rodadas-de-negocios-entre-empresas-mineiras-e-portuguesas__973210

Fonte: Câmara Portuguesa de Minas Gerais

A FIN Portugal 2020 terá lugar nos dias 26 e 27 de Novembro de 2020 online.

A FIN Portugal 2020 terá lugar nos dias 26 e 27 de Novembro de 2020 online.

A FIN2020 terá lugar nos dias 26 e 27 de Novembro de 2020 online. Por razões da pandemia, o evento este ano será 100% virtual, abrindo assim a possibilidade a participantes de todo o mundo ara se ligarem e promoverem as suas empresas.

A FIN é um evento de networking à escala global que conta já com 3 edições bem-sucedidas. Faz parte de um projecto maior promovido pela AJEPC – Associação de Jovens Empresários Portugal-China chamado “3 Eventos, 3 Continentes em Português”, um projecto pensado a 10 anos, que pretende estabelecer uma rede forte de cooperação com eventos em 3 continentes, a saber:
Europa (Porto, Portugal em Junho), Ásia (Macau, China em Outubro), América (São Paulo, Brasil em Março).

Este é um evento multissectorial dirigido às empresas que pretendam alargar o seu conhecimento e rede de contactos conseguindo, através de um só evento, chegar ao mundo.

Ao longo do evento, serão promovidas diversas actividades como conferências, seminários, workshops e iniciativas promotoras de networking.

Todas estas actividades têm o objectivo comum de promover a interacção e o estabelecimento de bases que estimulem o crescimento económico das empresas participantes ou as redes institucionais das entidades presentes.

FIN2020

3 Eventos, 3 Continentes em Português
Desde a sua génese que a AJEPC tem feito a abordagem ao mercado da China Continental através do território de Macau ou integrando iniciativas do IPIM – Instituto de Promoção e Investimento de Macau pelo que a proximidade ao território de Macau é muito grande. O crescente interesse da Ásia no mercado dos Países de Língua Portuguesa afigurou-se, para a AJEPC, uma oportunidade não só de agir como interlocutor com os ditos mercados mas também permitindo à lusofonia ter uma posição privilegiada na triangulação de vontades pela ligação histórica a todos estes territórios. Foi assim que nasceu o projecto “3 Eventos, 3 Continentes em Português”.

Fonte: FIN Portugal em 11.11.2020

Ceará está em fase final de negociação para abrigar mais dois data centers

Ceará está em fase final de negociação para abrigar mais dois data centers

Outros dois players internacionais de TI estão “em processo de certificação para homologação junto à Etice”, adianta Maia Júnior

O Ceará poderá abrigar, em breve, até seis data centers, consolidando-se como um dos principais hubs de tecnologia de dados no continente. Maia Júnior, secretário do Trabalho e Desenvolvimento Econômico do Estado, confirmou que duas grandes empresas do setor estão finalizando entendimentos com o Governo do Estado. “Temos duas negociações na reta final de negociação além dos que já captamos para o Ceará. Já temos quatro, sendo três prontos e um estágio de implantação”, completou. Maia ressaltou ainda que, além de já ter projetos em andamento na área de tecnologia de dados com companhias do porte de IBM, Google, Microsoft, Amazon e Oracle, “o Ceará tem mais dois grandes grupos mundiais em processo de certificação para homologação como providers de TI junto à Etice (Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará)”. “Essa cadeia do HUB tecnológico está em um momento muito propício de atração de investimentos”, avaliou. O gestor também comemorou o anúncio oficial da B2W (Lojas Americanas, Submarino e Ponto Frio) sobre a instalação de um centro de distribuição no Estado. A estrutura vai permitir ao grupo efetuar entregas em até 24 horas em endereços em um raio de até 400 km de distância do centro de distribuição.

Pandemia e o apetite para investir
Maia Júnior contabiliza ainda entendimentos com duas indústrias calçadistas (além da recém anunciada unidade da Vulcabrás para produção da Mizuno) e “quase 100 processos de solicitações de incentivos de empresas diversas”. “A gente esperava esses resultados até um pouco mais para frente, mas parece que o período de pandemia fez mostrar aos investidores, tanto do Brasil quanto de fora, que o Ceará está muito bem posicionado para receber grandes investimentos, em logística, em e-commerce e indústria de forma geral”.

Plano Pecém
Outra novidade que a Sedet deve apresentar até dezembro é um business plan para orientar a ocupação do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) e da ZPE. “É toda uma estratégia nova, finalizando o projeto com equipes do CIPP, da Sedet e do Porto de Roterdã. Queremos aprovar no conselho até o fim deste ano”, completa.

Fora da curva
Este plano de ocupação deve dar origem também a um guia sobre o CIPP e a ZPE “para que a gente possa ampliar a busca de grandes investimentos”. “O Pecém é um projeto bem fora da curva para o futuro do Ceará. É um projeto diferenciado, principalmente pela logística portuária de primeira linha”, prossegue Maia.

Mais 500 Pague Menos
Com valorização de 7,4% no valor da ação desde a sua estreia na B3, no mês passado, a Pague Menos projeta abrir 500 lojas no Brasil até 2025, chegando a cerca de 1,6 mil unidades. Segundo o CEO da companhia, Mário Queirós, filho do fundador Deusmar Queirós, dos R$ 713 milhões levantados com o IPO, quase 65% deve ir para a expansão da rede. A redução de endividamento vai consumir 20% do valor e 17% será direcionado para desenvolvimento de tecnologias e serviços. “Passamos a reforçar nosso discurso aos investidores de que somos uma rede nacional, com escala, e não regional”, afirmou o CEO, Mário Queirós, em entrevista ao Valor Econômico.

Produtos da Ceart ganham novo ponto de venda
Inaugurada ontem (15), no shopping Jardins Open Mall, a loja colaborativa BIRDS vai comercializar produtos de artesãos cearenses, via parceria com a Central de Artesanato do Ceará (CeArt). “É mais uma oportunidade para as pessoas terem acesso ao legítimo artesanato cearense. Convido a todos para que adquiram e valorizem o trabalho desses artistas”, afirma a primeira-dama do Ceará, Onélia Leite Santana, uma das articuladoras da parceria.

Fonte: O Otimista em 16.10.2020

Mesmo com crise, geração fotovoltaica dobra de tamanho no Ceará

Mesmo com crise, geração fotovoltaica dobra de tamanho no Ceará

Demanda por sistemas fotovoltaicos fez com que o setor apresentasse um crescimento de mais de 100% de janeiro a outubro. Setor espera fechar o ano com mais do que o dobro da potência instalada de 2019

Mesmo com a crise provocada pela suspensão de atividades econômicas durante a quarentena, sobretudo no segundo trimestre, quando as vendas atingiram o pior nível do ano, o setor de energia solar fotovoltaica no Ceará já apresenta um crescimento de mais de 100% no ano, tanto em potência instalada como em número de unidades geradoras.

“Este é um setor que, já há alguns anos, cresce muito além da economia. E mesmo nesse período de pandemia vemos um crescimento muito acentuado”, diz Jurandir Picanço, consultor de energia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). De 1º janeiro até 13 de outubro, a quantidade de unidades geradoras de energia fotovoltaica no Ceará cresceu 101,8%, chegando a 8.796. E a potência instalada passou de 65,5 megawatt (MW), em janeiro, para 135,4 MW, alta de 100,5%.

Picanço destaca ainda que os custos desses sistemas vêm diminuindo enquanto a eficiência aumenta. “Cada vez mais, os consumidores têm identificado a vantagem em produzir a própria energia em comparação com a energia comprada da concessionária. Enquanto as empresas querem divulgar o uso desse tipo de geração para fortalecer suas marcas”. Hoje, 178 municípios cearenses têm unidades geradoras fotovoltaicas, alta de 11,2% no ano.

Equipamentos

No início do ano, quando a duração da quarentena ainda era incerta, uma das principais preocupações do setor era quanto ao abastecimento do mercado local de equipamentos importados, como placas solares e inversores. O problema se agravou em abril, mas, hoje, com a retomada das atividades e das compras externas, a expectativa é que as importações sejam normalizadas até o fim do ano.

Segundo Igor Batista, gerente executivo da Sou Energy e diretor de inovação do Sindicato das Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico do Estado do Ceará (Sindienergia-CE), a empresa, especializada na instalação de sistemas fotovoltaicos, iniciou o ano preparada para atender a um forte crescimento do setor no Estado. Com isso, acabou formando um estoque que permitiu que a empresa atendesse à demanda mesmo nos piores meses da crise. Batista conta que, por conta de estoque, suas vendas cresceram 300%, de janeiro a setembro.

“Diferente de alguns distribuidores, a gente tinha se preparado muito bem para o ano de 2020. E quando veio a crise, houve uma queda na demanda de estabelecimentos comerciais e um aumento no segmento residencial”, diz Batista. “Depois de uma queda nas vendas de 30% em abril, o setor começou a se recuperar, em junho e em julho batemos o nosso recorde de vendas em um mês. Hoje, já estamos com uma alta de 300%. Em outubro devemos bater um novo recorde mensal e a ideia é manter essa pegada até o fim do ano”, diz.

Fonte: Diário do Nordeste em 14.10.2020

Utilização de energia solar se populariza e apresenta crescimento de 80% no país

Utilização de energia solar se populariza e apresenta crescimento de 80% no país

Sistema que utiliza placas solares ganhou impulso com a pandemia. Dos negócios instalados em Fortaleza, 77,9% são em residências. Redução de impactos ambientais e economia na conta são vantagens na escolha do modelo

O uso mais intenso de energia durante a pandemia fez muitos usuários repensarem o consumo do recurso. Nesse contexto, a energia fotovoltaica ou solar surgiu como alternativa limpa, renovável e mais acessível para residências.
Além da redução no impacto ambiental, a instalação de um sistema de energia solar pode representar redução de 95% no valor da conta. Neste ano, até setembro, o setor apresenta crescimento de 80% no país. No Ceará, o serviço tem-se popularizado ao ponto de Fortaleza ser a terceira cidade no Brasil e primeira no Norte e Nordeste com maior capacidade instalada de energia fotovoltaica. Das 2.525 unidades geradoras localizadas na capital cearense, 1.969 são em residências, o que equivale a 77,9% do total.

Investimento
Segundo pesquisa do Canal Solar, portal gerador de conteúdo na área, os investimentos no setor ultrapassaram R$ 62 milhões entre janeiro a junho deste ano. O país conta com 285.366 mil sistemas fotovoltaicos instalados, segundo a Associação Brasileira Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Em dezembro de 2019, o país gerava 1 gigawatt (GW) de potência. Neste ano, a unidade de potência já é de 3.77 gigawatts. A ampliação do serviço acompanha tendências mundiais. Na Europa, a Agência Internacional de Energia (AIE) considera que a energia fotovoltaica será uma das principais matrizes de energia elétrica no continente até 2025. Entre as vantagens de ter um sistema do tipo estão a produção de energia limpa, diminuição dos efeitos socioambientais e redução na conta de energia.

Retomada
Mas o crescimento na pandemia não foi imediato. Os meses de março e abril foram de retração no setor. Só em meados de junho, com o início da retomada das atividades econômicas, a demanda por energia solar começou a crescer. Na Sou Solar, o mês de junho já equiparou o faturamento de fevereiro. Julho, agosto e setembro, por sua vez, registraram recordes sucessivos na receita. “Fizemos um trabalho muito forte de prospecção em abril, começamos a vender para gente que não era nosso cliente. Tínhamos muito material para fazer pronta entrega. Em maio fizemos uma série de treinamentos online e ações institucionais, trabalhamos um mix de produtos, relacionamentos, preços competitivos. Isso fez a diferença”, explica o biólogo e gerente executivo da empresa, Igor Batista.
A Sou Energy atua como distribuidora desses sistemas. Com cinco anos de mercado, é a maior no Norte e Nordeste e está entre as dez maiores do país. De acordo com o diretor da empresa, Carlos Kléber, nos últimos 12 meses o faturamento cresceu 300% em relação a novembro de 2019.

Contratações
Nos últimos meses, a empresa contratou e ampliou o espaço físico, funcionando em um prédio de 3.400m² na BR-116. “O estado que mais compra da gente é o próprio Ceará. Em seguida estão Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco e Bahia”, pontua, acrescentando que a expectativa é que o faturamento duplique até dezembro.
Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem 311.375 unidades geradoras de energia fotovoltaica em 5.042 municípios, sendo que 338.435 unidades recebem créditos – isso porque uma unidade geradora pode enviar energia solar para mais de um ponto receptor.
No Ceará há 8.306 unidades geradoras de todas as classes (residências, comércio, indústria) e 10.549 recebendo crédito em 177 municípios. A potência instalada no estado é de 129,4 megawatss. Quase 50% dessa potência, aproximadamente 60 MW, concentra-se na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Sozinha, a capital abrange 35,7 megawatts.

Estado
Os municípios que concentram a maior parte da potência instalada são, além de Fortaleza, Juazeiro do Norte, Eusébio, Aquiraz, Iguatu, Limoeiro do Norte, Maracanaú, Russas e Caucaia, nessa ordem. Das 8.036 unidades cearenses, 6.040 são em residências.
Já em Fortaleza, dos 2.525 geradores de todas as categorias, 1.969 são em residências. O Ceará se destaca no ranking nacional. Isso porque Fortaleza é a terceira capital com maior capacidade instalada, ficando atrás apenas de Uberlândia e Rio de Janeiro.
Segundo Igor Batista, a classificação mineira se deve à isenção de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para usinas com capacidade acima de 5 megawatts de potência.
Na mesma lógica, o Rio ganhou isenção neste ano e alavancou o volume de unidades geradoras. Já Fortaleza se sobressai devido também ao volume de unidades, mas também às condições climáticas. “Tem sol em abundância, mas o clima não é extenuante e existe brisa. A estação de energia solar é influenciada pela temperatura. Tem que quer luz, mas quanto menor a temperatura, melhor. O ideal é ter mais ventilação e boa luminosidade, por isso a brisa de Fortaleza ajuda tanto”, justifica.

Moda sustentável com economia

A Estilo Feitiço decidiu produzir 100% da energia empregada em sua fábrica no bairro Montese, na Capital, e em toda a rede de lojas. O parque solar sobre a estrutura fabril de 1.500m² custou pelo menos R$ 800 mil, um investimento de retorno a médio prazo.
Manu Corrêa, gerente de marketing da Estilo Feitiço, lembra do compromisso da marca com a sustentabilidade. “Sabendo que a indústria da moda é uma das mais poluentes, quando temos possibilidade de reduzir os impactos, a gente faz. São exemplos o tingimento ou fibras mais naturais que a gente aplica sempre que possível na nossa cartela de matérias-primas. Ao analisarmos a possibilidade de ter energia limpa, abraçamos a causa”, justifica.

Ações
Ela lembra ainda ações de desestímulo ao uso de sacolas e canudos plásticos e às práticas cotidianas de reciclagem de papel e tecido, com descarte consciente dos demais resíduos. A Feitiço abandonou as sacolas plásticas no ano passado. “Temos reduzido também o uso de poliéster, que é um dos materiais de mais difícil decomposição. Fazemos parte de um meio que está pedindo ajuda. Temos por obrigação ajudar, porque queremos ser positivamente relevantes dentro da sociedade”, completa Manu.

Investimento recompensa

Ao lado de Fortaleza, municípios da Região Metropolitana são os que mais atraem projetos de energia solar. No caso das residências, o custo inicial fica em torno de R$ 20 mil para o consumo equivalente a R$ 500 em energia elétrica. O retorno do investimento pode ser em cerca de três a três anos e meio. Mas o maior valor é o impacto gerado no meio ambiente.

Segundo o biólogo Igor Batista, considerando que o equipamento não tem vida útil menor do que 15 anos, o consumidor teria um benefício de 10 anos economizando e gerando mais receita para outras aplicações domésticas. Além disso, a contribuição com o meio ambiente representa um valor agregado irrestrito. “De todas as formas de energia, há as extremamente poluentes, como o carvão mineral, que também é muito caro. É preciso investir em fontes renováveis e não poluentes. A energia renovável, como a solar, é extremamente limpa. No caso da hidrelétrica, a área que precisa ser alagada é gigantesca, que afeta áreas verdes e espécies animais e vegetais”, compara. Como informa Batista, a energia solar reduz o custo na geração e na transmissão do recurso.

Para instalar o sistema em uma casa, é preciso fazer um estudo do espaço, especialmente no telhado, que receberá os módulos fotovoltaicos. Cada placa solar acumula 18kg por metro quadrado, o que exige segurança na infraestrutura do espaço. “A empresa prepara o projeto, desenha, dá entrada na concessionária de energia. O mais comum é o modelo ligado à rede, em que o consumidor injeta energia excedente na rede e recebe crédito na sua conta”, explica Igor Batista. Já a concessionária troca o medidor de energia. Na prática, um sistema residencial, em uma casa que consome o equivalente a 30 KW por mês terá economia de 95% na conta. Os outros 5% se referem custos obrigatórios, como a taxa de iluminação pública.

Fonte: O Otimista em 12.10.2020

Como acelerar 10 anos de avanços tecnológicos na sua empresa em poucos meses; Google ensina

Como acelerar 10 anos de avanços tecnológicos na sua empresa em poucos meses; Google ensina

Empresa criou programação especial para comemorar o Dia Nacional da da Micro e Pequena Empresa e auxiliar empreendedores

A restrição das atividades em decorrência da pandemia do novo coronavírus forçou e acelerou a digitalização de centenas de negócios, viabilizando a continuidade da operação no período. Para ajudar os empreendedores a fazer essa adaptação e potencializar os resultados de quem já deriu aos canais digitais, o Google inicia nesta segunda-feira (05) uma série de ações para auxiliar. Uma delas é como acelerar dez anos de avanços tecnológicos em poucos meses para acompanhar o crescimento do novo consumo à distância.

Apesar da crescente adesão das micro e pequenas empresas ao ecommerce, levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) revela que 12% dos que ainda não utilizam o ecommerce não sabem como aplicar ao seu negócio.

Recente pesquisa do Google em parceria com a IPSOS também demonstra que 54% dos participantes estão comprando mais em lojas online durante a pandemia e que 43% deles não veem mais razão para ir até a loja física quando têm a opção de comprar online.

Analisando os dados gerais do ecommerce no Brasil, como cada segmento se adaptou e as iniciativas individuais que mais geraram retorno, o Google elencou tendências e dicas de posicionamentos que deram certo durante a pandemia.

1- Uso do marketplace

Segundo a Associação Brasileira do Comércio Eletrônico (Abcomm), apenas em março, 107 mil novos estabelecimentos se registraram no ambiente online. A opção pode ser mais rápida e barata do que desenvolver uma plataforma própria em meio à crise.

2 – Lojistas físicos que apostaram no online

Empresas físicas que resolveram apostar nos canais digitais acabaram saindo na frente e com um aumento de tráfego superior. Enquanto lojas presentes on e offline avançaram 63% no tráfego em junho, aquelas exclusivamente virtuais apresentaram alta de 39%, segundo dados do SimilarWeb.

3- Crescente concorrência

Outra tendência capturada pelo Google é que, com o maior número de compras de produtos do dia a dia através da internet, as lojas iniciaram um corrida para disponibilizar em seus canais tais itens e capturar parte das vendas, aumentando a concorrência e com marcas diversificando seus segmentos de atuação.

Dessa forma, a plataforma enumerou três estratégias para vender em canais digitais:

– Acelerar os planos de vender no e-commerce, focando em produtos de higiene ou não perecíveis
– Prezar por entregas bem feitas e dentro dos prazos
– Tornar possível entregas mais robustas, como acontece nos deliveries de supermercado

Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa

Aproveitando as comemorações do Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa, o Google preparou uma programação para ajudar empreendedores. Uma das ações é um treinamento no Google Academy sobre o novo comportamento do consumidor e insights para ajudar o pequeno negócio a se reinventar.

Já para aqueles que precisam dar os primeiros passos nas vendas on-line, atrair clientes e ter sucesso nessa nova empreitada, o Google e a Loja Integrada lançam a Jornada Quero Vender Online, que será realizada entre os dias 6 e 8 de outubro, começando sempre às 12h.

Os empreendedores também poderão contar com mentorias, que acontecerão entre os dias 13 de outubro a 24 de novembro, e abordarão temas desde como tirar uma ideia do papel a gestão das emoções para empreender.

Além dos novos projetos, a plataforma continua com o programa Cresça Suas Vendas com o Google que, até o momento, já ajudou mais de 35 mil negócios a criarem suas lojas virtuais. Nele, os inscritos recebem ferramentas e cursos de graça.

Fonte: Diário do Nordeste em 05.10.2020

ESG: Environmental, Social & Governance. Por Karyna Gaya

ESG: Environmental, Social & Governance. Por Karyna Gaya

Conheça o termo que está sendo cada vez mais utilizado como critério para avaliação e investimento em empresas

Empresas que adotam melhores práticas ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês, como são conhecidas internacionalmente) estão no foco de investidores quando da construção de suas carteiras e da gestão de risco, fortalecendo o conceito de investimentos sustentáveis.

Mas o que isso significa? Que consultores financeiros, bancos e fundos de investimentos estão considerando critérios “ESG” para avaliar empresas de acordo com seus impactos e desempenho em três áreas: meio ambiente, sociedade e governança.

Critérios ambientais ajudam o investidor a entender o relacionamento da empresa com o mundo natural e a sua dependência de recursos naturais. São avaliados fatores como mudança climática, emissão de carbono, uso de recursos naturais, poluição e resíduos.

Já as métricas sociais ajudam na visualização de potenciais preocupações em relação a direitos humanos, relações trabalhistas, comunidades e com o público em geral. Medidas relacionadas à saúde, segurança, diversidade, treinamento de colaboradores, responsabilidade com o consumidor, relação com a comunidade e atividades beneficentes são levadas em consideração quando de investimentos considerando fatores ESG.

Companhias com boa governança, por sua vez, são mais confiáveis e menos propensas a ceder para corrupção, tornando-se mais atrativas para investimentos. Direitos dos acionistas, composição do Conselho de Administração (independência e diversidade), política de remuneração da diretoria e fraudes são avaliados no critério ESG de governança.

No Brasil, a adoção de critérios ESG se encontra em estágio inicial. Em um primeiro momento, investidores se concentraram primordialmente em assuntos reputacionais e em escândalos de corrupção para avaliação de riscos, tornando a governança corporativa o foco inicial de atenção.

Essa abordagem, contudo, começa a evoluir. Seja para avaliação por investidores ou, antes disso, para manter um crescimento sustentável, empresas devem considerar questões ambientais e sociais, além das questões de governança corporativa, evitando impactos negativos em curto, médio e longo prazos.

Vale então refletir sobre os seguintes questionamentos: Quais questões ambientais, sociais e de governança são financeiramente relevantes para cada companhia ou indústria? Como as companhias estão lidando com esses riscos? Como esses riscos vão afetar o valor de longo prazo da companhia?

Deve-se ter em mente, por fim, que a atenção aos critérios ESG revela a tendência dos investidores em não priorizar empresas com potencial de passivos ambientais, trabalhistas e relacionadas à corrupção, bem como a preocupação de geração de valor ao longo do tempo, direcionando investimentos a empresas empenhadas em preservar o meio ambiente, a diversidade e a ética

Fonte: Focus em 16/09/2020

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Empresa portuguesa Etermar Engenharia e Construção, sócia CBPCE, vai expandir segundo maior porto do Peru

Empresa portuguesa Etermar Engenharia e Construção, sócia CBPCE, vai expandir segundo maior porto do Peru

A empresa portuguesa Etermar Engenharia e Construção S.A. com sede em Setúbal, ganhou o concurso privado internacional para o prolongamento do cais marginal do Porto de Paita, no Peru.

Trata-se da primeira fase de expansão daquele que é o segundo maior porto peruano e visa aumentar o actual cais para 360 metros, permitindo que o porto receba navios de maior dimensão, incrementando assim a capacidade de exportação agro-industrial do país.

O concurso foi lançado pela concessionária Terminales Portuarios Euroandinos (TPE), uma joint-venture detida pela empresa DP World dos Emirados Árabes Unidos e pela empresa YILPORT Holding da Turquia.

A DP World é actualmente a quarta maior operadora portuária mundial, detida pelo Governo do Dubai, com operação em 78 portos em mais de 40 países.

Já a YILPORT Holding é a décima-segunda maior operadora portuária mundial com operação em 21 terminais a nível global, entre os quais 7 em Portugal.

A Etermar Enganharia e Construção S.A. é a maior empresa portuguesa especializada no ramo da construção marítima e tem presença em quatro continentes, com operação, entre outros mercados, em Espanha, França, Marrocos, Tunísia, Guiné-Equatorial, República Dominicana e Brasil.

Actualmente em Portugal, a empresa é a líder nos consórcios responsáveis pelas Dragagens da Ria de Aveiro e também do Canal de Acesso aos Estaleiros de Viana do Castelo.

Tem ainda uma forte actividade na Região Autónoma da Madeira ao longo dos últimos 50 anos, estando a concluir as obras da nova Lota do Funchal.

Fonte: APLOP em 08.09.2020

Tempo de recriar o turismo de Fortaleza

Tempo de recriar o turismo de Fortaleza

Com localização geográfica estratégica situada no meio do atlântico, a capital Fortaleza avança e aposta para um novo tempo de desenvolvimento econômico do Ceará a partir dos hubs – aéreo, marítimo e digital – visando oportunidades de internacionalização e de posicionamento no mundo para o turismo e outros setores econômicos, Fortaleza é cidade de povo acolhedor e cheio de humor e concentra a maior oferta de atrativos turísticos, centro de eventos, de cultura, de artesanato, museus, mercados, teatros, shoppings polos de gastronomia, polos esportivos, e vários tipos de serviços turísticos, do estado.

Mesmo assim, não tem sido suficientemente atrativa para reter os visitantes por um tempo diurno mais prolongado que lhes possibilite visitar e conhecer suas feiras e parques, passeios turísticos e espaços urbanos. É ao entardecer e à noite que Fortaleza se tona atraente em suas duas extensas orlas de praias atlânticas, Beira Mar e Praia do Futuro.

Do amanhecer ao final do dia, o movimento dos fluxos turísticos escoa e se dispersa pelas praias do litoral leste e oeste, Sim! isso mesmo. Os turistas vão e voltam em um dia das praias do Ceará para dormir em Fortaleza.

Num outro olhar, o turismo que avança no mundo pós-pandemia é responsável, criativo, promove experiências e vivências, valoriza o local e envolve a participação das pessoas e dos bens materiais e imateriais que referendam a identidade do lugar, da cidade e do destino turístico.

A pandemia do século XXI tem levado os destinos turísticos do mundo à ampla reflexão, inovadora e compatível com uma nova sociabilidade urbana inserida na tecnologia digital de forma a se reinventar para um tempo de desenvolvimento sustentável do turismo.

Para os que pretendem assumir a próxima gestão do turismo de Fortaleza fica aqui o desafio de recriar e inovar o seu produto turístico de forma a posicionar como destino de atração nacional e internacional do entretenimento cultural, lazer dos esportes da terra, dos ventos e do mar, dotando a “cidade criativa do design” com identidade e atratividade e diferenciada frente as demais capitais do Nordeste e do Brasil.

*Por Anya Ribeiro, Arquiteta, Urbanista e consultora especialista em turismo e Diretora da CBPCE

Fonte: Jornal O Povo em 01/09/2020

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