APSV Advogados lança o seu primeiro programa em sintonia com Pacto Global

APSV Advogados lança o seu primeiro programa em sintonia com Pacto Global

O escritório APSV Advogados lançou no Dia Mundial da Água, comemorado nesta segunda-feira (22) o APSV Impact, programa de sustentabilidade voltado para uma transformação interna e relacionamento da empresa com clientes e mercado. Admitido recentemente pela ONU como signatário do Pacto Global, esta foi uma de suas primeiras ações de grande impacto.

Segundo a sócia e gestora da área de governança e direito societário, Mariella Rocha, a iniciativa é resultado de uma articulação transversal entre as áreas de prática jurídica, que já lidam no dia a dia com fatores ambientais, sociais e de governança, ESG (sigla em inglês para environment, social and governance). “Esse é um caminho natural para um escritório que possui equipes atuando juntas em Direito ambiental, urbanístico, trabalhista, digital, fiscal, regulatório e societário”, ressaltou.

O Pacto Global, segundo Igor Gonçalves, que integra a área de sustentabilidade do APSV, é uma iniciativa voluntária que fornece diretrizes para a promoção do crescimento sustentável e da cidadania, por meio de lideranças corporativas comprometidas e inovadoras. Segundo ele, no Ceará, também participam do Pacto Global, empresas como a Cimento Apodi, M. Dias Branco, Solar, Framework, entre outras.

Ao aderir ao Pacto Global o APSV Advogados compromete-se no dia a dia de suas atividades com dez princípios, derivados da Declaração Universal de Direitos Humanos, Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho, Meio Ambiente e Desenvolvimento e da Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção. Quem integra a iniciativa assume, também, a responsabilidade de contribuir para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

A escolha do dia 22 teve a proposta de registrar um dos recursos naturais mais vitais para a humanidade e caro para o Ceará: a água, tratado no ODS 6. A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social, segundo a Declaração Universal dos Direitos da Água. Quem deseja conhecer o programa deve acessar o site: http://www.apsvimpact.com.br.

Fonte: BaladaIn

Ricardo Valente: Arrendamento portuário e a economia

Ricardo Valente: Arrendamento portuário e a economia

Em 2020, os granéis sólidos, cereais e não cereais tiveram um crescimento de 28,7% em relação a 2019, no Porto do Mucuripe, representando o maior crescimento de carga do Porto no ano passado.

A expectativa é que o Porto do Mucuripe arrende, neste ano, o seu Terminal de Trigo (MUC01), destinado à movimentação e armazenagem de granéis sólidos vegetais e o segundo desse tipo mais movimentado do Brasil.

Administrado pela Companhia Docas do Ceará, o Porto poderá ter uma retroárea destinada a combustível também licitada em 2021.

Estima-se que os investimentos serão de R$ 56,7 milhões, em 25 anos, além dos milhares de empregos gerados.

Nesse sentido, é válido destacar a Lei Federal nº 14.047/2020, que reafirma o caráter essencial da atividade portuária, prevê medidas de combate à Covid-19 e é apontada como importante instrumento na minirreforma do setor portuário, prevendo flexibilidade na gestão e exploração dos portos públicos, investimentos e ampliação do quantitativo movimentado de cargas.

A Lei prevê dispensa de licitação nos contratos de arrendamento portuário quando for comprovada a existência de um único interessado na exploração do bem, após ser realizado um chamamento público para identificar interessados e quando a exploração estiver em conformidade com o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto.

Sobre isso, o Porto do Mucuripe está reelaborando o seu Plano, a fim de criar novas áreas para arrendamento, visto que 90% deste não é arrendado. O projeto se encontra no Tribunal de Contas da União.

Mecanismos legais devem ser vistos no Direito Portuário como instrumentos importantes para o desenvolvimento do setor e da economia nacional. Que mais iniciativas como esta sejam possíveis, contribuindo para dar novos rumos aos portos.

Autor: Ricardo Valente, advogado

Fonte: O Povo (Opinião)

Redes, paradiplomacia e negócios internacionais no Ceará

Redes, paradiplomacia e negócios internacionais no Ceará

Reescrevo e atualizo um artigo que preparei em setembro do ano passado para a Trends (veja aqui) e onde abordo um estudo que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) realizou com o governo federal associado a uma série de reuniões no Brasil para debater a atuação dos governos locais na promoção do comércio exterior e atração de investimento estrangeiro. Tive a oportunidade de participar desse debate e tomar nota de alguns pontos que compartilho neste artigo.

É cada vez mais significativo o papel dos governos subnacionais na atração de investimentos e promoção do comércio exterior. É o que diz, por exemplo, um estudo da Universidade de Columbia. Existem cerca de 8 mil agências subnacionais de promoção de comércio e investimentos no mundo. Ou seja, 50 agências subnacionais para cada agência nacional. No Brasil, não é diferente. Estima-se que 22 Estados e 366 municípios possuem algum tipo de órgão que trata de relações internacionais.

Nada mais natural numa economia globalizada, onde algumas startups nascem para ser globais, o turismo se tornou uma importante fonte de poupança externa e as metrópoles avançam na concentração das populações e da economia. Com pouco mais de 84% da população brasileira vivendo em áreas urbanas, os governos estaduais e das regiões metropolitanas não podem ignorar essa tendência mundial nem subestimar as suas vantagens comparativas na promoção comercial e atração de investimentos.

Além do mais, estados e municípios estão melhor preparados para endereçar questões relevantes para o investidor, tais como licenciamento ambiental, fornecimento de utilities, site location, entre outros. Os governos locais também têm um bom histórico em trabalhar com o setor privado, já que algumas agências locais são diretamente financiadas e apoiadas por empresas a nível municipal.

Um bom exemplo desse fenômeno é a Greater Houston Partnership, organização que trabalha com o governo da cidade para representar as oportunidades econômicas de Houston, e é composta por 1.200 empresas. Trazendo nossa experiencia cearense associada a esse exemplo, saliento a articulação executada pelas Secretarias de Assuntos Internacionais do Estado e da Prefeitura de Fortaleza, bem como pela Câmara Setorial de Comércio Exterior e Investimentos Estrangeiros da ADECE/SEDET e por instituições como a Câmara Brasil Portugal no Ceará, o SEBRAE, FECOMÉRCIO e FIEC, e ainda a rede de consulados estrangeiros em Fortaleza e outras Câmaras de Comércio. Juntas, revelam bem as vantagens da associação público-privada na promoção do comércio exterior e atração de investimentos estrangeiros para o Ceará.

O projeto Ceará Global, criado há quatro anos numa concertação público-privada é melhor mostra disso, pois transcende a ação de governos, porque mantêm vínculos estratégicos e transversais e atua numa lógica de redes, conseguindo resultados onde a diplomacia de Estado, por ser uma instância formal, pode ter dificuldades de alcançar. A recente implementação da governança do Ceará Global permitirá ampliar o esforço de divulgação internacional do nosso ambiente de negócios através do LinkedIn e implementar a rede de ambassadors, formada por cearenses e amigos do Ceará distribuidos pelo mundo, seguindo o mesmo exemplo do que Portugal faz através da sua diáspora para chamar a atenção do capital estrangeiro para o novo Portugal.

Entretanto, o grande desafio é identificar a melhor estrutura e características para performar as melhores entregas. O BID apontou em sua análise sobre o ambiente da paradiplomacia brasileira, uma série de indicadores que podem revelar a melhor forma de exercício dessa atividade por parte de estados e municípios e que está basicamente fundada nos seguintes pressupostos:

  • Competências legais,
  • Existência de estratégias e programas em comércio e atração de investimentos,
  • Capacidade institucional,
  • Capacidade de adoção de mecanismos de promoção,
  • Nível de relacionamento com governos estrangeiros,
  • Disponibilidade de recursos humanos, e Capacidade orçamentária.

Além disso, o BID também aponta que pouco disso adianta se a avaliação da performance não for executada e se não forem medidos o impacto social e ambiental dos investimentos atraídos por estados e municípios.

Trazendo para a nossa realidade, se articulações como a Câmara Setorial de Comércio Exterior e IED e o Projeto Ceará Global são evidências positivas, a ausência de uma coordenação entre os municípios da grande Fortaleza é, sem dúvida, uma das mais visíveis ineficiências do nosso processo de desenvolvimento regional, qualquer que seja a perspectiva, visto que o corredor do desenvolvimento da Grande Fortaleza passa pela vital necessidade de sinergias entre, pelo menos, os municípios vizinhos do Eusébio, Aquiraz, Maracanaú, São Gonçalo do Amarante e Caucaia. A Autarquia da Região Metropolitana de Fortaleza – AUMEF, criada em 1975 e extinta em 1992, faz falta. Essa estrutura seria importante para debater e propor oportunidades para a grande Fortaleza, a principal metrópole de influência regional no norte-nordeste do Brasil, conectada à vida de mais de 20 milhões de brasileiros e estrategicamente situada à margem do Atlântico Sul, equidistante da América do Norte, Europa e África.

Uma última nota, ainda, sobre o que parece ser importante para promover uma melhor inserção internacional do Ceará: a compreensão do nosso ecossistema de negócios internacionais e suas conexões no exterior. Isso é vital para subsidiar uma estratégia de internacionaliza da economia do Ceará. Sobre isso, destaco uma iniciativa da Câmara Brasil Portugal que realiza anualmente sobre ingresso de IED no Ceará. A partir dela, é possível visualizar um cruzamento entre empresas cearenses com capital estrangeiro e empresas engajadas em comércio exterior. Essa coneção entre Comex e IED é estratégica. Numa visão ecossistêmica do nosso ambiente de negócios não basta perceber os elementos, é vitar perceber a relação entre esses elementos.

Mas falta ainda observação mais robusta envolvendo os próprios empreendedores, como sugerida na matriz difundida pelo modelo de Uppsala revisado, que destaca e valoriza as relações bilaterais do entrepreneur, e a interdependência entre empresa, a partir do momento em que o processo de internacionalização é visto como rede. O conhecimento gerado por meio desta conexão em rede causa um acúmulo de conhecimento que envolve desde recursos e capacidade estratégica, e, esta interação fornece a empresa uma fonte de informações comerciais relevantes.

Enfim, é isso. Precisamos avançar em governança e visão ecossistêmica.

Artigo Rômulo Alexandre Soares

Amanhã 25/03 acontece a quinta edição do Seven Talks

Amanhã 25/03 acontece a quinta edição do Seven Talks

A quinta edição do Seven Talks acontece nesta quinta, 25, às 13h07. O tema da conversa será “Como montar eventos corporativos online”, com transmissão no YouTube e no Instagram do Seven Coworking.⠀

A jornalista Mônika Vieira, será responsável pela mediação, e receberá Micheline Camarço, diretora da Ikone Eventos, e Carlos Coan, mentor executivo focado em Transformação Digital.⠀

Acesse o canal no youtube da 7 coworking clicando aqui

Francisco Ivens de Sá Dias Branco Júnior recebe medalha do Mérito Industrial da CNI

Francisco Ivens de Sá Dias Branco Júnior recebe medalha do Mérito Industrial da CNI

O Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Ricardo Cavalcante, indicou o Empresário Francisco Ivens de Sá Dias Branco Júnior (M. Dias Branco) para receber a mais alta comenda da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Medalha do Mérito Industrial. Em reunião realizada nesta terça-feira (23/03), a CNI aprovou a homenagem em referência ao valoroso trabalho prestado pelo Empresário, e à qualidade e competência da M. Dias Branco com relevância no Ceará e em todo o país.

Francisco Ivens de Sá Dias Branco Júnior se junta ao honroso hall de grandes empresários que receberam a comenda, entre eles seu pai, o saudoso Francisco Ivens de Sá Dias Branco.

Fonte: FIEC

Escritório de advocacia Porto Costa & Praça Advogados Associados é o novo sócio da CBPCE

Escritório de advocacia Porto Costa & Praça Advogados Associados é o novo sócio da CBPCE

Porto Costa & Praça Advogados Associados é uma sociedade constituída por profissionais graduados e de expressiva especialização na recuperação de créditos judiciais e extrajudiciais, oferecendo soluções customizadas voltadas às necessidades específicas de cada cliente, sejam empresas públicas ou privadas.

A Porto Costa & Praça Advogados Associados ocupa hoje uma posição de destaque no cenário jurídico nacional, mantendo canais variados de comunicação, como: cartas, atendimento web chat, contact center ativo e receptivo e atendimento presencial. Diversas outras ferramentas tecnológicas são utilizadas no intuito de trazer uma maior segurança jurídica na condução de suas operações.

Contatos:
85 3264.0188 |(85)98948.9460
atendimento@reboucasporto.com
Av. Dom Luís, 300, ljs 335 a 338 – Aldeota – Fortaleza – Ceará

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Indústria de polpa de frutas cearense é otimista com crescimento

Indústria de polpa de frutas cearense é otimista com crescimento

Quando a saúde entra em pauta, existe um setor que começa a ganhar destaque: o da alimentação saudável.

E é justamente nesse segmento que a indústria de polpa de frutas do Ceará vem encontrando espaço nos últimos meses dentro e, até mesmo, fora do Estado.

“O segmento de polpa de fruta vem crescendo até mais do que os produtos convencionais de sucos de frutas. E, hoje, a gente exporta mais de 50% da nossa produção. O restante fica mais no mercado nacional, atendemos mais às Regiões Norte e Nordeste do Brasil.

Em linhas gerais, o mercado de polpa de frutas está se desenvolvendo bem mais que o mercado de suco de fruta, por isso a gente aposta mais nesse produto”, comenta Paulo Wagner, diretor executivo da Indústria Marasuco.

De acordo com Paulo Wagner, o Ceará vende polpas de frutas para mais da metade dos estados do Nordeste, pois o Estado tem em torno de 140 empresas no ramo de conservas, fabricação de sucos e concentrados também. “Dessas empresas, 48% estão na Região Metropolitana e 52% estão no restante do estado. Aqui, nós temos seis polos de produção”, comenta.

O impacto econômico positivo dessa indústria pode ser sentido através da geração de empregos e rendas.

“A empresa Nossa Fruta, por exemplo, gera um impacto social para mais de 600 famílias em vários estados do Nordeste. Estamos hoje com, aproximadamente, 400 colaboradores, sendo que praticamente cerca de 250 estão dentro do Ceará”, conta João Nogueira, diretor de logística e marketing comercial da empresa Nossa Fruta.

“Hoje, somos aproximadamente 30 indústrias sindicalizadas junto ao Sindicato das Indústrias da Alimentação e Rações Balanceadas do Estado do Ceará (Sindialimentos). São cerca de 80 colaboradores, entre internos e externos. Se juntarmos isso com a produção de campo, vai para quase 100 colaboradores”, completa Benício Júnior, sócio-diretor da Frutã. “Há benefícios desde o setor primário, com a compra das frutas, ajudando os produtores”, destaca.

Perspectivas para o setor

Benício Júnior, sócio-diretor da Frutã, comenta que a perspectiva de exportação para 2021 já começou bem positiva e deve superar as expectativas. Ele acredita que, mesmo com o mercado interno desafiador, a perspectiva é de crescimento nos próximos meses para o segmento.

“Exportamos hoje para Porto Rico, Estados Unidos, Emirados Árabes, Alemanha e outros países. Já estamos acima da meta projetada para exportação. O mercado interno, por sua vez, está um pouco abaixo da meta projetada, mas é um pouco mesmo. Não é tão significante e, com a perspectiva de abertura de novos canais, é muito provável que a gente até supere a meta projetada no decorrer do ano
Benício Júnior, sócio-diretor da Frutã

Leia a matéria completa no site TrendsCE

Joaquim Cartaxo: A Força da Mulher Empreendedora

Joaquim Cartaxo: A Força da Mulher Empreendedora

Empreender é uma iniciativa que requer determinação e força de vontade. Nada melhor para exemplificar isso que a luta diária de milhões de mulheres, em todo o País, à frente das empresas, superando obstáculos que na grande maioria são superiores aos encarados pelos empreendedores.

Conforme o estudo Empreendedorismo Feminino no Brasil, elaborado pelo Sebrae com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) do IBGE, o País possuía 8,6 milhões de mulheres donas de negócio no terceiro trimestre de 2020. Quantidade que corresponde a 33,6% do total de negócios brasileiros.

Cerca de 400 mil mulheres possuem e estão à frente de empresas no Ceará, gerando trabalho e renda. Deste total de negócios liderados por mulheres no estado, 39% estão no setor de serviços, 37% no comércio, 20% na indústria e 3% nas atividades agropecuárias.

O referido estudo apresenta informações socioeconômicas sobre as empreendedoras cearenses: 21% delas cursaram ensino superior; 69% são negras; 54% têm até 44 anos e 47% chefiam domicílios, ou seja, são a principal provedora da casa.

Informa ainda o estudo que, alusivo aos empreendimentos comandados por mulheres em números absolutos, o Ceará ocupa o sétimo lugar do país e o segundo do Nordeste.

Proporcionalmente, o Estado posiciona-se em segundo lugar no plano nacional (38%), depois de Sergipe (39%). Outro dado: 40% das empreendedoras do Ceará trabalham mais de 40 horas por semana para dar conta das atividades empresariais.

Ainda recaem sobre elas tarefas decorrentes do sistema patriarcal que teimam em persistir: atividades domésticas, cuidados com as crianças e os enfermos, dentre outras. Assim elas realizam a jornada de trabalho tripla e extenuante: tomar conta do negócio, da casa e cuidar da família.

Ajudar a mudar este sistema de base patriarcal e apoiar estas mulheres é um passo significativo visando fortalecer e valorizar o empreendedorismo feminino. Seja no âmbito das políticas públicas, quanto na organização e mobilização da sociedade, este é um rumo estratégico para construção da sociedade igualitária.

Fonte: Artigo de Joaquim Cartaxo

Geração distribuída de energia: vantagens para economia e sustentabilidade

Geração distribuída de energia: vantagens para economia e sustentabilidade

A conta de energia pode ter um custo menor para empresas e residências. Tudo por conta da chamada Geração Distribuída (GD), que é quando a energia elétrica é gerada no próprio local de consumo ou próximo a ele.

De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), essa distribuição pode ocorrer por diversas fontes renováveis, como a hidrelétrica, a eólica, a fotovoltaica e a termelétrica. Joaquim Rolim, coordenador de Energia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), diretor técnico e conselheiro deliberativo da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), conta que a GD é uma nova modalidade para consumidores de energia elétrica em geral.

“Temos cerca de 80 milhões de consumidores de energia elétrica no Brasil e a grande maioria é consumidor residencial, industrial e comercial de pequeno porte. Então, esses consumidores têm uma potência instalada de até cinco megawatts, e agora podem optar por instalar sua própria usina, gerando sua própria energia”
Joaquim Rolim, diretor técnico e conselheiro deliberativo da ABGD

Segundo ele, em 2004, já existia uma lei que previa a autorização para uso de Geração Distribuída, mas a modalidade só começou realmente a ser praticada a partir de 2012, sendo mais efetivamente utilizada a partir de 2015.

“São três aspectos principais que fizeram a GD deslanchar no Brasil. Uma revisão nas regras, em 2015, pela Aneel; uma renovação brusca da tarifa em 2015; e também a redução, em termo de preços, dos painéis solares. Além desses três fatores, no Brasil, existe uma irradiação solar muito acessível.

Costumamos dizer que o sol aqui é muito democrático. E mais de 90% da Geração Distribuída vem da energia solar”, pontua.

Leia a matéria completa no site TrendsCE

EDP obtém o melhor resultado de sua história pelo terceiro ano consecutivo

EDP obtém o melhor resultado de sua história pelo terceiro ano consecutivo

A EDP, empresa que atua em todos os segmentos do setor elétrico brasileiro, registrou o melhor resultado de sua história pelo terceiro ano seguido. A Companhia alcançou Lucro Líquido de R$ 1,5 bilhão em 2020, um aumento de 12,7% em comparação com 2019.

O EBITDA (lucro antes de taxas, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 3,4 bilhões, uma alta de 16% em relação ao exercício anterior. Considerando-se apenas o quarto trimestre, o lucro líquido foi de R$ 700 milhões, um crescimento de 40,2% em relação ao mesmo intervalo de 2019, e o EBITDA chegou a R$ 1,4 bilhão, uma elevação de 60%.

O desempenho, que marca o fim do mandato de Miguel Setas como CEO da EDP no Brasil e o início de suas atividades como presidente do Conselho da Companhia e membro do Conselho global do Grupo EDP, reflete o sucesso da estratégia adotada em 2020 para mitigar os efeitos econômicos decorrentes da pandemia – o chamado Plano 3R (Reagir, Recuperar e Reformular).

Este trabalho envolveu, numa primeira fase, uma agenda de proteção aos colaboradores, continuidade da operação e ajudas à sociedade; a subsequente adoção de mais de 50 medidas de recuperação de receitas; e, finalmente, a busca por novas oportunidades e alternativas de negócios diante do novo cenário. Em 2020, a Companhia investiu R$ 1,9 bilhão no País, com destaque para o segmento de Distribuição, que recebeu R$ 752 milhões para melhorias e expansão da rede – um aumento de 16,2% frente a 2019.

Foi o terceiro ano consecutivo em que o Capex da Empresa no Brasil superou a marca de R$ 1 bilhão, ou cerca do dobro da média histórica da EDP em anos anteriores.

“É motivo de muito orgulho para nós encerrar este ciclo de sete anos dedicados à presidência da EDP no Brasil com um resultado histórico. E o fazemos após um ano marcante, que exigiu da Companhia enorme capacidade de planejamento, reação e adaptação.

Deixo aqui o meu profundo agradecimento a toda a equipe e parceiros de negócio que contribuíram para que este desempenho fosse possível”, afirma Miguel Setas, presidente do Conselho de Administração da EDP no Brasil.

Crescimento em Transmissão
Apesar das restrições à circulação de pessoas e da suspensão temporária de algumas atividades laborais em 2020, a EDP concluiu as obras do seu Lote 11 de linhas de transmissão de energia, localizado no estado do Maranhão e 203 quilômetros de extensão. Com isso, antecipou em 12 meses o início da operação do empreendimento.

O primeiro trecho, a LT SE Coelho Neto/SE Chapadinha II, já estava em operação comercial desde janeiro, com 19 meses de antecipação em relação ao calendário da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

E a Companhia segue aumentando sua participação no segmento. Na última semana, a EDP comunicou a assinatura de contrato para adquirir no mercado secundário a Mata Grande Transmissora de Energia LTDA, do grupo IG e, por conseguinte, o contrato de concessão do Lote 18, localizado no Maranhão. O investimento é de R$ 88,5 milhões, valor que inclui todos os custos de execução da obra. O projeto já possui licença de instalação e está pronto para construir.

Com esta operação, a EDP Brasil passa a ter sete lotes, totalizando 1.554 quilômetros de linhas de transmissão em seu portfólio.

A EDP já investiu R$ 3,3 bilhões em obras e projetos de Transmissão desde 2016, representando 80% de execução do CAPEX total.

Serão R$ 4,1 bilhões até o final de 2021 para a construção de mais de 1,5 mil quilômetros de linhas e de seis subestações nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Maranhão e Espírito Santo.

Novos negócios
Em 2020, a EDP concluiu nove iniciativas de Soluções em Energia e encerrou o ano com 65,3 MWp de energia solar em seu portfólio – 34,5 MWp em projetos já entregues a clientes como Banco do Brasil, TIM, Claro, e Johnson & Johnson, e 30,8 MWp em projetos em desenvolvimento.

Em dezembro, a Companhia assinou um acordo de investimento na Blue Sol Participações S.A., com o objetivo de adquirir participação de até 40% na empresa, que opera no segmento de geração solar fotovoltaica B2C, com um modelo que inclui soluções completas desde a concepção do projeto, fornecimento de equipamentos, instalação e trâmites documentais para viabilizar a conexão com a concessionária de energia local.

A Blue Sol conta com uma rede de 34 franquias distribuídas por 16 estados. Com a concretização do negócio, a EDP busca obter maior capilaridade de vendas no segmento de energia solar B2C.

A postura pioneira da Companhia – refletida em ações como a parceria com a Embraer na pesquisa do avião elétrico, e a inauguração do primeiro posto de carregamento de veículos elétricos do Brasil – fez com que a EDP fosse reconhecida no ano passado como a empresa mais inovadora do setor com o prêmio Valor Inovação Brasil.

Alavancagem
Por fim, a EDP encerrou o ano com alavancagem consolidada, excluindo os efeitos não caixa, em 2,4 vezes Dívida Líquida/EBITDA, em linha com o ajuste de sua Política de Dividendos e Estrutura de Capital anunciado no último trimestre, que prevê pagamento mínimo de R$ 1,00 por ação e alavancagem entre 2,5 e 3 vezes, com um limite mínimo de 2 de vezes. Além disso, a Companhia propôs o pagamento de R$ 598,6 milhões em Dividendos e JCP (Juros sobre Capital Próprio).

Enfrentamento da pandemia
Antes mesmo da confirmação do primeiro caso de Covid-19 no Brasil, a EDP e colocou em marcha um plano de contingência cujas prioridades eram: proteger os colaboradores, assegurar a continuidade da operação e ajudar a sociedade.

Na primeira e na segunda frentes, como presta um serviço essencial, a Empresa implantou o home office para todo o quadro administrativo, mas precisou manter em campo profissionais como eletricistas e leituristas das suas distribuidoras de energia.

Para garantir sua segurança, esses colaboradores foram descentralizados em diversas bases operacionais ao longo da área de concessão, com as demandas sendo enviadas por smartphone e rádio.

Nas usinas de geração de energia, foram adotadas medidas extraordinárias, com o chamado isolamento operacional, em que os times foram divididos e passaram a se revezar entre 15 dias trabalho em confinamento em alojamentos nas usinas ou em pousadas próximas, e 15 dias de descanso em casa.

Na frente de ajudas à sociedade, a EDP destinou mais de R$ 10 milhões à compra de respiradores e EPIs para a rede pública de saúde, à realização de obras elétricas de hospitais de campanha e à doação de 350 toneladas de alimentos e kits de higiene pessoal a comunidades carentes, idosos e povos indígenas por meio do edital EDP Solidária Covid-19, beneficiando mais de 400 mil pessoas em nove estados brasileiros.

Após essa etapa de reação, a EDP iniciou o Plano de Recuperação de Resultados, composto por 57 iniciativas destinadas à neutralização dos efeitos da crise do coronavírus em sua operação. Essas medidas permitiram recuperar um total de R$ 745 milhões.

Agenda ESG
Ao longo de 2020, a EDP intensificou sua agenda de compromissos de ESG. Em junho, tornou-se uma das 13 empresas brasileiras adeptas do pacto Business Ambition for 1,5ºC – Our Only Future, da ONU, pelo qual se comprometeu a garantir que, até 2020, 100% energia que gera sejam provenientes de fontes renováveis, dando sua contribuição para o controle do Aquecimento Global.

A Empresa também foi a primeira do setor de energia na América Latina e de grande porte no Brasil a ter a sua meta de redução de emissões de CO₂ aprovada pela Science Based Targets (SBTi), iniciativa composta por composta pelas entidades internacionais Carbon Disclosure Project (CDP), Pacto Global das Nações Unidas, World Resources Institute (WRI) e World Wildlife Fund (WWF). Miguel Setas, por sua vez, tornou-se porta-voz da Rede Brasil do Pacto Global para o ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis.

Além disso, por meio de seu Programa de Inclusão e Diversidade, a Empresa firmou uma série de compromissos. O Programa de Estágio passou a contar com uma meta de equidade racial, com reserva de 50% das vagas para estudantes negros e a Companhia se comprometeu a garantir que, até 2022, 50% de todas as novas contratações venham de grupos sub-representados no quadro geral de colaboradores, haja 20% de mulheres na liderança, e ao menos 30% de mulheres no quadro geral de colaboradores.

Nesse sentido, a EDP dá um novo e importante passo com a criação de uma vice-presidência de ESG, focada em reforçar a integração das pautas de sustentabilidade, responsabilidade social e governança ao negócio, aumentando sua representatividade nos processos de tomada de decisão.

“A criação desta cadeira sinaliza a relevância que dedicamos a esta agenda e demonstra nosso comprometimento com a construção de uma companhia cada vez mais sustentável”, afirma Miguel Setas.

Sobre a EDP no Brasil
Com mais de 20 anos de atuação, a EDP é uma das maiores empresas privadas do setor elétrico a operar em toda a cadeia de valor.

A Companhia, que tem mais de 10 mil colaboradores diretos e terceirizados, possui seis unidades de geração hidrelétrica e uma termelétrica, além de atuar em Transmissão, Comercialização e Serviços de Energia.

Em Distribuição, atende cerca de 3,5 milhões de clientes em São Paulo e no Espírito Santo, além de ser a principal acionista da Celesc, em Santa Catarina.

Foi eleita em 2020 a empresa mais inovadora do setor elétrico pelo ranking Valor Inovação, do jornal Valor Econômico, e é referência em Governança e Sustentabilidade, estando há 15 anos consecutivos no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3.

Fonte: EDP