Revista VemTambém promove sorteio de viagem à Portugal

Revista VemTambém promove sorteio de viagem à Portugal

A VemTambém chega com uma novidade incrível: um sorteio exclusivo que vai levar dois assinantes para Portugal com hospedagem e passagens pagas e ainda + R$ 1.500,00 (para o assinante sorteado) para gastar como quiser.

Para concorrer é simples: você assina a revista VemTambém digital totalmente grátis, indica para quantos amigos quiser (a partir de três) e além de receber conteúdos e promoções exclusivas da revista, você ainda concorre a uma viagem para Portugal (doze dias na rede Vila Galé de hotéis*). O assinante sorteado e o assinante que o indicou ganham a viagem.

Quanto mais pessoas indicar, mais chances de ganhar. (o número de assinantes indicados é ilimitado). A VemTambém tem pautas exclusivas de viagens com o melhor conteúdo de turismo.

Premiação:
– Passagem aérea ida e volta para duas pessoas.
– Hospedagem com café da manhã para duas pessoas em apartamento duplo. (cada ganhador poderá levar um acompanhante, a hospedagem fica por nossa conta). Os doze dias serão divididos em hotéis do roteiro definido pela Vemtambém.
– R$ 1.500,00 em dinheiro para o assinante sorteado.

Para participar é só assinar pelo link https://bit.ly/sorteiovemtambem ou pelo Instagram da Revista VemTambém da @vemtambem.

Obs.: O regulamento será enviado por e-mail junto ao certificado de assinatura.

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Fonte: Revista VemTambém em 24.06.20

As dez lições de pandemia de Marcelo Rebelo de Sousa

As dez lições de pandemia de Marcelo Rebelo de Sousa

Presidente da República abordou a forma como o vírus obrigou a população mundial a ficar de quarentena

“Olá boa tarde, chamo-me Marcelo Rebelo de Sousa e sou professor. E hoje vou matar saudades”. Foi assim que o Presidente da República começou a teleaula na RTP Memória. Durante cerca de meia hora, o Presidente da República deu 10 “lições da pandemia” ao alunos da telescola. A intervenção sobre cidadania passou assim a ser uma explicação sobre o covid-19 e a forma como ele chegou a Portugal e apanhou o Mundo de assalto.

Marcelo começou por elogiar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e a resposta à pandemia. E apesar da Europa ter andado “distraída no início” foi “menos egoísta do que a maior parte do mundo”.

O Presidente da República divaga um pouco sobre o que foi a sua quarentena e de como foi difícil morar perto da praia sem poder nadar ou ficar sem dar abraços e beijos. Passeava à noite mesmo “sem ter propriamente cães ou gato”, mas não punha “o pé na praia”. E quando pode mergulhar foi como se fosse o “primeiro banho da vida”, como quando tinha cinco ou seis anos.

O distanciamento social foi e é importante e o Presidente da República tem saudades dos beijos e abraços. “Tenho fama de beijoqueiro e sou beijoqueiro”, admitiu Marcelo, revelando que o filho que veio do Brasil não resistiu a dar-lhe um abraço e um beijo na despedida, mesmo contra as regras.

Por fim dedicou uma palavra a quem não se adaptou ao ensino à distância: “Não fiquem desanimados que não é o fim do mundo.” Pois, “a grande aula da vossa vida foi viver o que viveram”.

O projeto #EstudoEmCasa é uma parceria entre o Ministério da Educação e a RTP para a produção de conteúdos televisivos dirigidos aos alunos do 1.º ao 9.º anos de escolaridade durante a pandemia de covid-19.

Eis as dez lições da pandemia por Marcelo

1. ª A coisa mais importante da vida é a vida e a saúde. O divertimento e o desporto nada significam sem a saúde. Profissionais de saúde, médicos e enfermeiros

2.º Em muitos momentos cada um foi para seu lado. É bom que quando chegarem as vacinas cheguem para todos porque não há cidadãos de primeiro e de segunda.

3.ª A Europa andou distraído no início. Percebeu tarde, mas percebeu. Foi menos egoísta.

4.ª Epidemia pega-se com muita facilidade. Ficamos em casa semanas ou meses porque houve quem fosse trabalhar. Os médicos, os homens de lixo, os polícias, os seguranças…

5.º O vírus ataca toda a gente, mas sobretudo os mais idosos como eu que tenho 71 anos, os mais doentes do coração e dos pulmões. E a vossa obrigação é pensar que não são eternos. Usar a máscara quando necessária, a distância social quando imposta e a limpeza.

6.ª O vírus ataca todos, mas sobretudo os mais pobres, os sem tetos, os que vivem em camaratas ou em casas sem condições. Um em cada cinco pessoas que vivem em Portugal estão abaixo do limiar da pobreza.

7.ª Milhares de emigrantes que quiseram vir a Portugal nas férias da Páscoa e nós tivemos de lhes pedir para não virem para não haver o risco de contágio e eles sacrificaram-se. E agora pedimos aos milhares que se preparam para vir de férias de verão que tenham cuidado com os avós.

8.ª Vocês passaram largas semanas em casa fechados, com os irmãos, pais e avós e estiveram distante de outros familiares e amigos. Foi mesmo um irritação, uma guerra. Nunca nos últimos anos estiveram tanto tempo juntos como agora. Isso é uma sensação única, mesmo nos momentos em que não corre bem e se irritam … isso é inesquecível. É o melhor que temos na vida.

9.ª Eu já vivi algumas epidemias, mas nada comparado com isto. Olhemos para a China, onde já se fala na segunda vaga. Nunca se estudou tanto pela Internet, nunca se trabalhou tanto de casa com o computador, nunca se falou tanto com colegas, amigos, parentes através da Internet como nos últimos meses. Eu descobri o valor das pequenas coisas. Não poder viajar, sair de casa, jogar à bola, pequenos gestos, um encontro ou conversa com um amigo ganha importância. Eu passeei quilómetros no Palácio de Belém. O que parece pequeno torna-se enorme. Por vezes chamamos a isso saudade, mas se não for saudade é vontade de encontrar.

Agora pensem em quem não sai de casa. Ponham-se na posição deles. Imaginem o que é estar preso em casa. Vocês estiveram e agora deêm valor a quem está preso em casa. Devem encontram-se com bom senso. Outro dia fui a um concerto e de repente entra no placo a banda que ia tocar e os dois artistas que iam cantar e houve um aplauso louco. Era um aplauso de até que enfim. Eu como sabem nado duas ou três vezes por semana. E durante o período que não se podia nadar eu passeava à noite, um passeio higiénico à noite e evitava olhar para praia, não sabia quanto tempo tinha de ficar sem nadar. Quando pude dei um passeio no paredão da praia e no primeiro dia que pude nadar soube-me como se tivesse cinco ou seis anos que foi quando comecei a mergulhar.

Aos 13-14 anos pensava que ia viver eternamente. O esforço teve de ser de todos. E agora o que me apetece é abraçar e beijar as pessoas. Eu tenho fama de beijoqueiro. É verdade sou beijoqueiro. Os pais educaram-me assim. O meu filho que vive em São Paulo, epicentro da pandemia no Brasil e no Mundo, neste momento, veio visitar-me e esteve cá 15 dias e mantivemos o distanciamento social, mas no momento de se despedir, o meu filho não resistiu e abraçou-me e beijou-me. Ainda bem que não havia câmaras a filmar.

10.ª Para vocês para quem o ano não correu assim tão bem, não fiquem desanimados que não é o fim do mundo. A grande aula da vossa vida foi viver o que viveram.

Fonte: DN em 16.06.20

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Mensagem da Secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Sra. Berta Nunes, por ocasião do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas

Mensagem da Secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Sra. Berta Nunes, por ocasião do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas 10 de junho de 2020

Neste Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, quero saudar todos os portugueses e luso descendentes que vivem nos mais de 190 países onde existe registo da presença de cidadãos nacionais.

Sendo uma celebração conjunta do nosso país, de todos os portugueses e luso-descendentes, da nossa cultura e da nossa língua, permitir-me-ão, caros compatriotas, uma saudação especial à nossa Comunidade na África do Sul, país no qual, a par da Região Autónoma da Madeira, estava previsto realizarem-se as cerimónias do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas este ano.

Juntamos, em Portugal, por ocasião da comemoração do Dia Nacional, a evocação de um dos nossos maiores poetas, que “cantou”, com arte e engenho, os primeiros passos da Globalização dados pelos nossos navegadores há mais de cinco séculos. Feitos que perduram na memória coletiva e que recordamos, entre 2019 e 2022, nas comemorações da primeira viagem de circum-navegação.

A partir de 1978 as “comunidades portuguesas” foram associadas ao Dia de Portugal, num justo reconhecimento do seu significado para o nosso país, da valorização da sua ligação a Portugal e do contributo que dão para a afirmação do Portugal no mundo. A afirmação de um Portugal competente, confiável, resiliente, vinculado aos valores europeus, humanista, empreendedor, inovador e solidário.

Como escreveu Ferreira de Castro, “os homens transitam do Norte para o Sul, de Leste para Oeste, de país para país, em busca de (…) um futuro melhor”. Nós, Portugueses, também o fizemos. Somos globais. Nunca nos bastámos: enquanto país, enquanto Estado, sobretudo enquanto gente. Fomos, saímos, desbravámos, prosperámos, mas sempre mantendo a ligação a Portugal e à cultura portuguesa.

À data de hoje, estima-se que cerca de um terço da população com nacionalidade portuguesa – 5,3 milhões – vive fora de Portugal. Portugal tem comunidades com mais de 75 mil pessoas, espalhadas por quatro continentes (Europa, América, África e Ásia) para além de núcleos relevantes na Oceânia. Temos perto de 700 cidadãos portugueses e luso-descendentes eleitos, a desempenhar funções politicamente relevantes. Existem cerca de 2.000 associações de matriz portuguesa pelo Mundo, a cumprir uma importante missão de promoção cultural e de natureza filantrópica e social, que deve ser reconhecida.

Vivemos, por estes dias, um momento de exceção, mas unidos, conseguiremos ultrapassar as dificuldades.

Quero deixar uma palavra de conforto para as famílias dos nossos conterrâneos que, em Portugal ou no estrangeiro, foram vitimados pela pandemia bem como para aqueles que estão a sentir os seus efeitos negativos nas suas vidas. Juntos, com o trabalho louvável do pessoal de saúde, das forças de segurança, dos professores, entre tantos outros profissionais valiosos, nos quais se incluem também os portugueses que vivem e trabalham no exterior, estamos a começar a retomar, com adaptações, o nosso dia-a-dia.

Ao longo dos últimos sete meses, tive já o privilégio de ter estado em contacto com algumas das nossas Comunidades. Visitei o Brasil, França, Luxemburgo e a Venezuela. Planeio retomar essa interação com todos vós no estrangeiro, assim que as condições o permitam.

É nosso objetivo, no Ministério dos Negócios Estrangeiros e na Secretaria de Estado, continuar a estreitar a proximidade entre Portugal e as Comunidades Portuguesas. Ao mesmo tempo, garantir que os nossos nacionais no estrangeiro têm a proteção e o apoio adequados, quando dele necessitam. Procurar que o atendimento seja próximo, o mais abrangente possível, célere e adaptado aos dias de hoje, sempre que as circunstâncias o permitam.

Para tanto, são disso exemplo o Novo Modelo de Gestão Consular, cujas primeiras medidas estão já a ser implementadas, as melhorias ao Programa Regressar, a atenção permanente ao Ensino do Português no Estrangeiro, a reformulação dos mecanismos de Apoio Social, a aprovação para breve, do Programa Nacional de Apoio ao Investimento da Diáspora (PNAID) ou a melhoria das condições técnicas, tecnológicas e de recursos humanos dos Postos Consulares, entre outras medidas.

No dia de Portugal, quero ainda enaltecer o importante trabalho de toda a Rede Diplomática e Consular, diferentes Serviços do Estado, Associações e Organizações Comunitárias, Conselheiros das Comunidades e de todos aqueles que, nas mais variadas áreas, contribuem para dignificar o nome do nosso país no estrangeiro.

Porque sei que muitos portugueses no estrangeiro querem vir de férias a Portugal, repito que são muito bem-vindos e tudo faremos para que possam reencontrar a família e amigos neste Verão.

Portugal é o somatório de todos os portugueses, sem distinções. As comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo são dos melhores representantes do nosso país, da sua cultura e da sua história! Obrigada em nome de Portugal.

Berta Nunes

Secretária de Estado das Comunidades Portuguesas

 

No Dia de Portugal, Marcelo diz que é tempo de acordar e fazer mudanças com coragem

No Dia de Portugal, Marcelo diz que é tempo de acordar e fazer mudanças com coragem

O Presidente de Portugal defendeu hoje que é tempo de Portugal acordar para a nova realidade resultante da pandemia de covid-19 e fazer as mudanças que se impõem, com coragem, sem voltar às soluções do passado.

“Portugal não pode fingir que não existiu e existe pandemia, como não pode fingir que não existiu e existe brutal crise económica e financeira. E este 10 de Junho de 2020 é o exato momento para acordarmos todo para essa realidade”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, na cerimónia comemorativa do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, em Lisboa.

O chefe de Estado, que discursava nos claustros do Mosteiro dos Jerónimos, acrescentou: “Não podemos entender que nada ou quase nada se passou, como não podemos admitir que algo de grave ou muito grave ocorreu e esperar que as soluções de ontem sejam as soluções de amanhã, como não podemos concordar com a inevitabilidade da mudança e nada fazer por ela”.

O Presidente da República apontou os próximos meses e anos como “uma oportunidade única para mudar o que é preciso mudar com coragem e determinação” e rejeitou que se opte por “remendar, retocar, regressar ao habitual, ao já visto, como se os portugueses se esquecessem do que lhes foi, é e vai ser pedido de sacrifício e se satisfizessem por revisitar um passado que a pandemia submergiu”.

Na sua intervenção, de cerca de dez minutos, Marcelo Rebelo de Sousa criticou também que se pense que “é já chegada a hora de fazer cálculos pessoais ou de grupo, de preferir o acessório àquilo que durante meses considerámos essencial, de fazer de conta que o essencial já está adquirido, já passou, já cansou, já é um mero álibi para apagar a liberdade e controlar a democracia”.

Fonte: Portugal Digital em 10.06.2020

Dia de Portugal terá “cerimônia simbólica” no Mosteiro dos Jerónimos em Lisboa

Dia de Portugal terá “cerimônia simbólica” no Mosteiro dos Jerónimos em Lisboa

O Dia de Portugal em Lisboa vai ser assinalado com uma “cerimônia simbólica” no Mosteiro dos Jerónimos, às 11:00 de 10 de Junho, com discursos do presidente das comemorações, cardeal Tolentino Mendonça, e do chefe de Estado.

Segundo a Presidência da República, “as comemorações que estiveram previstas para a Região Autónoma da Madeira e África do Sul, foram alteradas, para assim respeitar as regras de precaução sanitária no quadro da pandemia da doença covid-19”.

O programa terá início “no exterior do Mosteiro dos Jerónimos onde, pelas 11:00 e sob a presidência do chefe de Estado, decorre a cerimônia do içar da bandeira nacional, com a execução do hino nacional, 21 salvas por unidade naval da Armada Portuguesa fundeada no rio Tejo e sobrevoo de homenagem por uma esquadrilha de aeronaves F-16 da Força Aérea”.

Segundo a mesma nota, “depois, na Igreja de Santa Maria de Belém, o Presidente da República deposita uma Coroa de Flores no Túmulo de Luís Vaz de Camões, e guarda um minuto de silêncio em homenagem aos mortos ao serviço da pátria”.

“Nos claustros do Mosteiro, irá usar da palavra o cardeal D. José Tolentino de Mendonça, presidente da comissão organizadora do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, a que se segue a intervenção do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa que encerra as cerimônias”, lê-se no texto.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já tinha divulgado, no dia 17 de abril, que o Dia de Portugal seria assinalado com uma “cerimônia simbólica” junto ao Mosteiro dos Jerónimos.

Na altura, o chefe de Estado divulgou uma nota a reafirmar que iria assinalar o 10 de Junho, assim como participaria na sessão comemorativa do 25 de Abril na Assembleia da República, então envolta em polêmica devido ao número de presenças face às restrições impostas para combater a propagação da covid-19.

3 meses depois

Os primeiros doentes com covid-19 foram anunciados em Portugal há três meses, depois de mais de meia centena de casos suspeitos terem dado negativo e numa altura em que o mundo unia esforços para combater um vírus desconhecido.

O primeiro caso foi comunicado pela ministra da Saúde, Marta Temido, em 02 de março, cerca de três meses depois de terem sido anunciados os primeiros casos na China, onde começou o surto num mercado em Wuhan que rapidamente se propagou pelo mundo, paralisou a economia dos países e levou a “uma guerra” para obter máscaras cirúrgicas e outros equipamentos essenciais para conter a sua disseminação.

Três meses passados, Portugal regista 1.396 mortos e 32.203 casos de infeção resultantes da covid-19, declarada no dia 11 de março pela Organização Mundial da Saúde como pandemia pelos “níveis alarmantes de propagação e inação”.

Os números colocam Portugal no 14.ºlugar a nível mundial no número de óbitos por um milhão de habitantes, à frente de países como o Brasil ou a Alemanha, e no 19.º no número de casos, com 3.043 casos por milhão de habitantes, mais do que, por exemplo, a França, segundo dados da plataforma EyeData Covid-19, um projeto da agência Lusa e da Social Data Lab, referentes a 27 de maio.

Dez dias após o anúncio dos primeiros casos foi noticiado o primeiro doente recuperado no Hospital de São João, no Porto. Atualmente, 19.186 foram dados como curados em Portugal e cerca de 2,2 milhões no mundo.

A luta contra esta doença pôs o mundo em suspenso e obrigou os países a tomarem medidas de emergência. Os portugueses foram obrigados a ficar em casa, as escolas e universidades encerraram, muitas empresas colocarem os funcionários em teletrabalho, outras recorreram ao ‘lay-off’, o turismo parou e a maioria dos voos foi anulada.

As visitas a instituições de saúde, lares e prisões foram cortadas e os hospitais tiveram de se reorganizar para acolher os doentes com covid-19. Cancelaram consultas e cirurgias não urgentes e recorreram à teleconsulta para continuar a acompanhar os doentes.

Cerca de 540 mil consultas hospitalares e 51 mil cirurgias ficaram por realizar entre 16 de março e o final de abril, face ao mesmo período de 2019, bem como 840 mil consultas nos centros de saúde e cerca de 400 mil episódios de urgência, um trabalho que os hospitais já começaram a recuperar.

Para os especialistas, “Portugal atuou cedo” ao decretar o confinamento quando ainda só tinha registado 62 casos e nenhum óbito e os portugueses aderiram às medidas, reduzindo a sua mobilidade em cerca de 80%.

As medidas de confinamento contribuíram para que, na primeira quinzena de abril, Portugal tivesse registado menos 5.568 casos (-25%), menos 146 mortes (-25%) e menos 519 (-69%) internamentos em cuidados intensivos do que seria de esperar se não tivessem sido decretadas, salienta.

A situação mais preocupante neste momento é na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde tem crescido o número de infetados, uma situação já comentada pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa: A “fotografia” da situação do país “é favorável”, “não há uma situação de descontrolo” nesta região, mas sim de “atenção e preocupação”.

Em 03 de maio foi decretada em Portugal a situação de calamidade, após três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março,

Esta nova fase de combate à covid-19 previa o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.

A 18 de maio entraram em vigor novas medidas, entre as quais a retoma das visitas nos lares de idosos, a reabertura das creches, aulas presenciais para os 11.º e 12.º anos e a reabertura de algumas lojas de rua, cafés, restaurantes, museus, monumentos e palácios.

Fonte: Mundo Lusíada em 02.06.20

TAP anuncia planos de voo e amplia ligações para o Brasil

TAP anuncia planos de voo e amplia ligações para o Brasil

A TAP publicou nesta segunda-feira o seu plano de voo para os próximos dois meses que implica 27 ligações semanais em junho e 247 em julho, sendo a maioria de Lisboa, de acordo com dados divulgados pela companhia aérea.

Ao longo deste mês e à medida que foram levantadas algumas das restrições impostas às companhias aéreas, a TAP foi adicionando voos, nomeadamente para Londres e Paris, entre Porto e Lisboa, dois voos por semana para S. Paulo e um voo semanal para o Rio de Janeiro, sendo que, com isso, a operação da TAP no final do mês de maio será de 18 voos por semana.

Em junho, de acordo com o mesmo plano, a companhia aérea planeia voltar a operar mais voos intercontinentais, incluindo dois por semana para Nova Iorque (Newark), um para Luanda, a partir de dia 15, e outro para Maputo. Em Portugal, as ligações entre Lisboa e a Madeira passarão a ser diárias, sendo que no final de junho a TAP contará com 27 voos semanais.

Em julho, a transportadora conta aumentar significativamente as ligações, ainda que em valores muito distantes dos três mil semanais que registava antes da pandemia.

Assim, nesse mês o plano da companhia aérea aponta para 247 voos por semana, com um reforço das redes europeia e intercontinental, um valor de perto de 19% da sua operação normal, contabiliza a TAP.

Haverá assim uma reposição de voos na Europa, que passam dos atuais dois destinos (Londres e Paris), para um total de 21, sendo que na parte intercontinental há um aumento da operação para o Brasil, com o retorno de voos para Recife e Fortaleza.

Serão ainda reforçadas as rotas para a América do Norte, onde será retomada a operação para Boston e Miami, bem como para Toronto, sendo que para África serão recuperadas as ligações para Praia, São Vicente e Dakar.

Serão também repostas ligações diretas do Porto a Paris, Luxemburgo e à Madeira, sendo que neste último caso a Região Autónoma contará, assim, com duas ligações por dia para Lisboa e dois voos por semana para o Porto, sendo ainda reiniciadas as ligações ao Porto Santo (de Lisboa), com dois voos semanais.

Para os Açores, a TAP passará a ter voos diários entre Ponta Delgada e Lisboa e haverá um crescimento para três voos semanais à partida da Terceira. Por sua vez, Faro contará com a reposição de dois voos por dia para Lisboa, indicou a TAP.

A companhia aérea já tem a informação disponível no seu ‘site’, avisando que estas rotas podem vir a ser alteradas caso as circunstâncias o exijam.

A TAP tem a sua operação praticamente parada desde o início da pandemia, à imagem do que aconteceu com as restantes companhias aéreas, prejudicadas pelo confinamento e pelo encerramento de fronteiras apara conter a covid-19.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou quase 345 mil mortos e infetou mais de 5,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 2,1 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.330 pessoas das 30.788 confirmadas como infetadas, e há 17.822 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

No Brasil, são 363 mil diagnosticados com COVID-19, quase 150 mil recuperados, e 22.666 óbitos, segundo dados deste domingo do Ministério da Saúde.

Fonte: Mundo Lusíada em 25/05/20

Os sabores da Vila Galé na sua mesa em novo serviço de delivery

Os sabores da Vila Galé na sua mesa em novo serviço de delivery

A Vila Galé busca novas oportunidades e lança o serviço de Take Away. Com tradução livre de “comida para levar”, o cliente faz o pedido por telefone, e-mail, site ou WhatsApp e vai até ao hotel apenas para retirar a refeição.

A novidade chegou nas unidades do grupo das cidades de Fortaleza, Salvador e Rio de Janeiro. O menu, tem preços acessíveis, como, por exemplo, sopa individual no valor de R$ 6, salada de atum com feijão frade e cebola por R$ 8,50, frango grelhado com tomate assado por R$ 15 e, ainda, diferentes acompanhamentos com preços a partir de R$ 8 por dose para uma pessoa.

No cardápio também há pratos detox, sobremesas, pizzas do restaurante Massa Fina e bebidas, como vinhos Santa Vitória (de fabricação própria), águas e refrigerantes.

As refeições devem ser retiradas no hotel, das 12h as 22h, no lobby do hotel para sua maior segurança.

Nestes serviços são aplicados os descontos do Clube Vila Galé.

Confira o cardápio e os contatos para fazer seu pedido aqui.

Este é um momento crucial no Brasil e a VemTambém segue e recomenda as orientações da Organização Mundial de Saúde e dos chefes do Governo Estadual: fique em casa.

Fonte: Revista Vem Também em 15.05.20

Revista Vem Também divulga um especial sobre Portugal em casa

Revista Vem Também divulga um especial sobre Portugal em casa

Portugal é a nação mais a ocidente do continente europeu. A arquitetura emociona, a fé é muito parecida com a nossa e a culinária é um verdadeiro deleite.

Hoje, vamos pegar nossas malas imaginárias e pousar em Terra portuguesa com certeza!

Acompanhe o 7º destino do “Viaje Sem Sair de Casa com a VemTambém”

Conheça os palácios mais incríveis de Portugal

Você vai fazer um passeio pela história, descobrir curiosidades sobre os reis portugueses e se encantar com a beleza impressionante desses lugares. Veja só!

Palácio de Mafra

Localizado a cerca de 25 quilômetros de Lisboa, o Palácio Nacional de Mafra é, na verdade, uma obra de enormes dimensões, que reúne um palácio, uma igreja e um monumental mosteiro em estilo barroco alemão. A construção, que data do período em que Portugal recebeu mais ouro do Brasil, começou modesta, mas chegou a ter 52 mil trabalhadores envolvidos. Tem uma das mais lindas bibliotecas da Europa, decorada com mármores preciosos, madeiras exóticas e incontáveis obras de arte de grandes mestres.

Palácio Nacional da Ajuda

Antigo Palácio Real, é hoje, em grande parte, um museu, estando instalados no restante do edifício a Biblioteca Nacional da Ajuda, o Ministério da Cultura, a Galeria de Pintura do rei D. Luís I e a Direção Geral do Patrimônio Cultural. Com estilo neoclássico dominante, foi palco de banquetes e recepções para o Rei Eduardo VII da Inglaterra, Afonso XIII da Espanha, Guilherme II da Alemanha, o presidente francês Émile Loubet, entre outros chefes de Estado em visita ao país. Assim como no período da monarquia, hoje é utilizado pelo Estado português para cerimônias oficiais.

Palácio Nacional de Queluz


Construído no século XVIII na cidade de Queluz, este palácio é um dos últimos grandes edifícios em estilo barroco rococó erguidos na Europa. Inicialmente foi construído como um recanto de verão para D. Pedro de Bragança, e também por isso é conhecido como “o Versalhes português”, embora seja bem menor que sua referência francesa. Uma das alas do Palácio é hoje reservada para hospedar exclusivamente chefes de Estado estrangeiros em visita a Portugal. Foi neste palácio que D. Pedro I nasceu em 1798 e, depois de voltar do Brasil, morreu no mesmo quarto de seu nascimento, em 1834.

Palácio de Bussaco

O Palácio Real de Bussaco fica na zona da Bairrada, próximo a Mealhada – zona Centro d e foi o último legado arquitetônico dos reis de Portugal, erguido como pavilhão real de caça por ordem de D. Carlos I. Abriga atualmente o Palace Hotel de Bussaco, um verdadeiro castelo de conto de fadas, erguido no meio de uma linda floresta de 105 hectares, que oferece uma experiência única de se hospedar num verdadeiro palácio real, considerado, desde 1917, como um dos mais belos, românticos e históricos hotéis do mundo. Com estilo neomanuelino, este palácio é caracterizado pelo estilo super rebuscado, incríveis painéis de azulejo e mobiliário suntuoso.

Palácio Nacional da Bolsa

O Palácio Nacional da Bolsa é um lindo edifício de estilo eclético, com influência direta do neoclássico oitocentista, da arquitetura toscana e do neopaladiano inglês, construído em 1842 para abrigar a Associação Comercial da cidade do Porto. Atualmente é um dos edifícios históricos mais visitados da cidade, com destaque para o Salão Árabe com estuques feitos com caracteres arábicos em ouro ocupando todas as paredes e teto da sala. Aliás, é neste salão que são recebidos reis e chefes de Estado que visitam a cidade.

Palácio de Monserrate

Construção eclética construída no parque de mesmo nome, o Palácio de Monserrate foi erguido na Serra de Sintra para ser a residência de verão do inglês Sir Francis Cook, o visconde de Monserrate, e inaugurado em 1858. Para sua obra foram necessárias mais de 2 mil pessoas, com 50 delas trabalhando exclusivamente no jardim. Depois de terminadas as obras, os Cook empregaram cerca de 300 pessoas para cuidar da casa, do parque e da família. Desde 1995, a Serra de Sintra e o Parque de Monserrate, onde fica o palácio, foram classificados pela Unesco como Patrimônio Mundial pela Paisagem.

Palácio Nacional da Pena

Considerada uma das principais edificações do estilo romântico do século XIX no mundo, o Palácio da Pena foi o primeiro palácio nesse estilo na Europa, tendo sido construído 30 anos antes do famoso Castelo de Neuschwanstein, na Alemanha. Fica no topo da Serra de Sintra, a 500 metros de altitude, oferecendo também uma vista deslumbrante da região. Foi residência de vários reis portugueses e os ambientes do palácio estão recuperados fielmente, como se a corte ainda morasse no local.

Festa de São João do Porto

O burburinho se inicia alguns dias antes, com a ornamentação da cidade. Bandeirinhas, palcos, além de barracas de comida e bebida. Os participantes se preparam para os festejos com a aquisição de martelinhos de plásticos. Infelizmente, substituíram os tradicionais alhos-poró, que trariam sorte, usados para “martelar” os passantes. Outra tradição da festa é ofertar ramos de manjericão, chamados manjericos, com ensejos de saúde, sorte e fortuna, ou em outra intenção, a paquera! Soltar balões, pular fogueiras, “êta São João danado de bão”! São tradições que foram mantidas ao longo dos séculos. A respeito dos balões, conta-se que serviam para avisar do início da festa, ou para cultuar o sol, e das fogueiras, a purificação e a proteção contra os maus espíritos. As simbologias se mantiveram e são vivenciadas até hoje em nossos “arraiás”. Marquei encontro com alguns familiares, que para cá vieram, na Praça da Liberdade, onde os festejos já estavam bem animados. Esta praça, considerada o coração da cidade, é onde está a Câmara Municipal, além da estátua equestre de D. Pedro IV. Seguimos para a Estação São Bento. Aqui não deixamos de apreciar a Sala dos Passos Perdidos, com seus belíssimos painéis de azulejos. Descemos pela Rua Mouzinho da Silveira em direção à Ribeira, viramos à esquerda na concorrida Rua de São João e seguimos até alcançarmos o Cais da Ribeira. Proporcionando um belo visual, tendo ao fundo Vila Nova de Gaia e a Ponte Luís I sobre o rio Douro, é aqui o local de maior concentração. Ficamos na Praça da Ribeira, com sua intrigante fonte, em que um imenso cubo parece ser sustentado por jatos d’água.

Sempre recebendo algumas “marteladas”, parávamos para saborear as irresistíveis sardinhas e pimentões na brasa, além de outras comidas típicas portuguesas, ou para vermos e ouvirmos, danças e músicas, numa alegria espontânea e contagiante. Durante os festejos são contratadas bandas para apresentações ao ar livre e organizados bailes em alguns clubes privados. O cheiro de sardinha assada domina o ar. No céu, centenas de balões são como estrelas que descem juntas, para mais de pertinho, participarem dos festejos.

O ápice da festa é o espetáculo, à meia noite, de fogos de artifício, às margens do rio Douro. Mas a festa não acaba aí, os jovens permanecem nas praças, onde são apresentados shows musicais ou caminham até a foz do rio para apreciar o nascer do sol na praia.

 

Pratos típicos do Porto

Durante o São João do Porto, as barraquinhas dispostas ao longo das ruas oferecem o que há de mais típico da culinária local.

Encontramos com facilidade a tradicional Francesinha, um calórico sanduíche, composto de vários tipos de carne e embutidos, cobertos por uma generosa porção de queijo derretido, e, por vezes, acompanhado de ovo e batatas fritas, além de um molho picante. Foi uma invenção do senhor Daniel Silva que, após ter residido em Paris, fez uma versão do croque-monsieur, e batizou o prato em homenagem às “mulheres picantes da França”.

Outra receita do Norte de Portugal, cantada até no fado, é o Caldo Verde, que, verdinho e a fumegar na tigela, é uma tradição que remonta ao século XVI, quando os trabalhadores utilizavam os ingredientes mais facilmente encontrados na região. O caldo verde é uma sopa espessa e saborosa, composta de couve, batata e linguiça portuguesa.

As tradicionais sardinhas portuguesas, fresquinhas e assadas na brasa, possuem um incrível sabor e, além de saudáveis, compõem os cardápios de bares e restaurantes.

A receita do Bacalhau à Gomes de Sá foi idealizada por José Luís Gomes de Sá Júnior, natural da cidade do Porto, no final do século XIX, e tem sua receita original registrada. Um prato saboroso que tem como ingredientes: postas de bacalhau, batatas, alho, cebola, ovos cozidos, azeitonas, salsinha e azeite de boa qualidade. Em sua elaboração, as postas de bacalhau, já demolhadas, são cobertas com leite quente durante cerca de duas horas. O alho e a cebola são dourados no azeite. As batatas, já cozidas, são cortadas em rodelas e misturadas com as lascas de bacalhau que foram retiradas da imersão no leite e, junto com o alho e a cebola, transferidas para uma travessa. Leva-se ao forno por cerca de quinze minutos. Antes de servir, acrescentam-se azeitonas pretas, salsinha picada e rodelas de ovos cozidos. Uma importante orientação do autor da receita: o prato deve ser servido quente, bem quente!

A VemTambém recomenda: fique em casa e siga as normas de segurança recomendadas pela Organização Mundial da Saúde para logo retomarmos nossa rotina normal.

Fonte: Revista Vem Também em 18.05.20

Força da língua portuguesa é feita do gênio de todos os povos lusófonos – Portugal

Força da língua portuguesa é feita do gênio de todos os povos lusófonos – Portugal

O Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, declarou neste 5 de Maio que a “força comum” da língua portuguesa é feita do gênio de todos os povos lusófonos e de ser uma língua de “futuro, viva e diversa”.

Numa mensagem, a propósito do Dia Mundial da Língua Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa sustentou que a força da “nossa língua comum” é feita do “gênio de angolanos, brasileiros, cabo-verdianos, guineenses, moçambicanos, são-tomenses e portugueses, falando há séculos em casa e nas diásporas”.

O chefe de Estado português evocou, neste contexto, grandes nomes das letras da lusofonia, de Camões (Portugal) a Craveirinha (Moçambique), de Jorge Amado (Brasil) a Helder Proença (Guiné-Bissau), de Pepetela (Angola) a Germano Almeida (Cabo Verde), de Fernando Silvan (Timor-Leste) a Alda Espírito Santo (São Tomé e Príncipe).

Marcelo Rebelo de Sousa foi uma das personalidades lusófonas que participou na cerimônia ‘online’ que nesta terça-feira assinalou o primeiro Dia Mundial da Língua Portuguesa, juntando mais de duas dezenas de personalidades lusófonas da política, letras, música ou desporto.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) oficializou a data no ano passado, mas desde 2009, que era comemorado, a 05 de maio, o Dia da Língua e da Cultura Portuguesa, instituído pela CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

O chefe de Estado português sublinhou também o potencial de futuro da língua portuguesa, bem como a sua diversidade e dispersão geográfica.

“O gênio de ser uma língua de futuro, viva, diversa na unidade, que muda no tempo e no espaço, continuando a ser a mesma no essencial”, disse.

Na mensagem, Marcelo Rebelo de Sousa enviou ainda “um abraço muito forte” e “em português” a todos os lusófonos num tempo em que é preciso união “perante um vírus, um inimigo comum”, numa alusão à pandemia da covid-19.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) declarou, em novembro do ano passado, 05 de maio como Dia Mundial da Língua Portuguesa, mediante proposta de todos os países lusófonos apoiada por mais 24 Estados, incluindo países como a Argentina, Chile, Geórgia, Luxemburgo ou Uruguai.

Reconhecimento
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, considerou a proclamação pela UNESCO do Dia Mundial da Língua Portuguesa “um justo reconhecimento” da relevância global do idioma.

“A proclamação do 05 de maio como Dia Mundial da Língua Portuguesa é o justo reconhecimento da sua relevância global” disse António Guterres, numa mensagem alusiva à data.

O secretário-geral das Nações Unidas destacou a diversidade e multiculturalidade da língua portuguesa, considerando que esta se enriquece “no dia-a-dia de vários povos de todos os continentes”.

“Assumindo um papel fundamental na mobilização do conhecimento, com uma presença cada vez mais visível em diversas facetas culturais, adicionando valor nas dinâmicas globais da economia, da ciência e das parcerias internacionais, o português é efetivamente uma língua de comunicação global”, disse.

Recordando que, enquanto primeiro-ministro de Portugal, foi um dos fundadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), António Guterres considerou que a “comunidade que se tem aprofundado e fortalecido”, congregando um número cada vez maior de observadores associados.

“A CPLP é também a comunidade das pontes de língua portuguesa. Estou seguro que estas pontes continuaram a ser moldadas nos […] valores do multilateralismo efetivo e que o futuro da língua portuguesa continuará a ser moldado pela diversidade de todas as suas vozes”, disse.

Futuro
O primeiro-ministro de Portugal considerou o português uma “língua para o futuro” e um “instrumento privilegiado” para a globalização, numa mensagem alusiva ao dia.

“Fruto dos descobrimentos, mestiçou-se com outras línguas do mundo, mas é também uma língua para o futuro servindo de instrumento privilegiado para a globalização dos nossos dias”, disse António Costa, notando que é a quarta língua mais falada no mundo.

Citando estimativas de que apontam para que o português atinja 380 milhões de falantes em 2050 e no final do século quase 500 milhões, António Costa destacou o potencial de um idioma hoje falado por mais de 260 milhões de pessoas e língua oficial ou de trabalho de 32 organizações internacionais.

“O potencial econômico é vasto, assume-se como um fator de competitividade, quer como língua de cultura e conhecimento, quer como língua de política e de negócios, quer ainda como importante veículo na internet e nas redes sociais”, destacou.

Para António Costa, “a dispersão geográfica da lusofonia, a diversidade cultural dos seus povos e a complementaridade das suas economias constitui uma força” num espaço onde a língua portuguesa “serve de ponte entre continentes”.

“A língua portuguesa é hoje a pátria de muitas pátrias porque é em português que se entendem e cooperam os países que a tem como idioma oficial”, disse.

A língua é oficial em nove países-membros da CPLP (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste) e Macau, bem como língua de trabalho ou oficial de um conjunto de organizações internacionais como a União Europeia, União Africana ou o Mercosul.

Fonte: Mundo Lusíada em 05.05.20

Apoio social aos portugueses no estrangeiro tem sido assegurado, defende Governo

Segundo o Governo português, já foi resolvido mais de 80% das situações de portugueses que pediram apoio para regressar ao país, e simultaneamente, através dos consulados e embaixadas, tem dado apoio social aos nacionais que o solicitam.

Numa nota, a Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas (SECP) declarou que o apoio social aos cidadãos lusos no estrangeiro tem sido prestada através da linha covid-19, que continua a funcionar, e pela linha de emergência consular, linhas telefônicas, endereços eletrônicos disponibilizados pelos consulados e embaixadas localmente.

“As linhas covid-19 e do Gabinete de Emergência Consular receberam 17.600 chamadas telefônicas e 12.800 mensagens eletrônicas desde o início da pandemia, continuando esse trabalho em estreita articulação com os consulados e as embaixadas”, indica a SECP.

A Secretaria de Estado salienta que o apoio aos cidadãos nacionais no estrangeiro tem sido uma “área importante”, no quadro das medidas que o Governo tem vindo a adotar para reduzir o impacto da pandemia covid-19.

“Num primeiro momento, a ação neste domínio foi orientada para apoiar os milhares de portugueses inesperadamente impedidos de regressar ao nosso país pelo rápido alastramento da pandemia”, recorda a SECP.

Neste quadro, sublinha que as embaixadas e os consulados foram instruídos, através da Direção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas, para avaliar o impacto social da pandemia nas comunidades portuguesas, tanto em matéria de emprego/desemprego, como no acesso dos portugueses a políticas locais extraordinárias que foram implementadas nos respetivos países para acorrer a situações mais gravosas, incluindo de cidadãos indocumentados e detidos.

Paralelamente – acrescenta a SECP – a linha de emergência covid-19 do Ministério dos Negócios Estrangeiros tem vindo a “adaptar-se à nova realidade”, tendo já recebido e encaminhado pedidos de apoio social ou pedidos de informação sobre situações de emprego/desemprego de nacionais residentes no estrangeiro aos postos competentes e continuará a fazê-lo.

“Reconhecendo que tanto a identificação de casos de necessidade como o apoio às comunidades portuguesas passa pela articulação com a rede associativa da diáspora, ficará concluído em breve o programa de apoio às ações e projetos dos movimentos associativos das comunidades portuguesas no estrangeiro, para o qual foi garantido este ano um envelope financeiro superior a 600 mil euros”, assegurou a SECP.

Na nota, o Governo congratula-se com a preocupação expressa sobre esta matéria pelos conselheiros das comunidades, através do seu Conselho Permanente, apelando a que “reforcem a articulação com as embaixadas e os consulados das respetivas áreas de jurisdição, garantindo assim uma resposta mais eficiente a todas as situações de necessidade”.

Conselho das Comunidades

No último dia 23, o Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas enviou um conjunto de recomendações ao Governo para que os emigrantes que precisem de apoio social possam ter, durante a pandemia, com quem contactar.

A carta, dirigida à secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, e assinada pelo presidente do Conselho Permanente, Flávio Alves, defendia, “por analogia aos casos de repatriação, a criação de uma linha telefônica gratuita de apoio emergencial, centralizada nos serviços em Lisboa”, às comunidades portuguesas que “necessitem de alguma informação ou apoio social neste grave momento”.

“A disponibilização [e ampla divulgação] pelos postos consulares de linha telefónica (local) de emergência, para receber demandas [pedidos] de portugueses/as em situação de vulnerabilidade e que necessitem de urgente apoio médico ou social”, era a segunda das recomendações feitas.

Os conselheiros também pediram que consulados tenham contatos diretos dos conselheiros do Conselho das Comunidades Portuguesas da referida área, para que com estes possam partilhar e divulgar informações ou ações conjuntas que visem “o atendimento urgente aos mais vulneráveis”.

Na mesma carta, divulgada à Lusa, a presidência do Conselho Permanente afirma que pediu aos conselheiros para verificarem junto das suas comunidades um conjunto de situações, incluindo a eventual existência de pessoas com carências ou a necessitarem de algum apoio social na área consular, e se tinham ou não conseguido esse apoio.

Pediu ainda aos conselheiros se tinham conhecimento, além da linha para regresso, para quem estava em viagem (+351 217 929 755), de mais outra linha de emergência disponibilizada pelos consulados da sua área para receberem pedidos de pessoas em dificuldades.

Com base nas respostas o Conselho concluiu que, “em função da pandemia, os postos consulares têm o seu atendimento reduzido ou mesmo encerrado presencialmente”, o que considera “admissível neste grave período”, mas alguns disponibilizaram ‘email’ ou linha telefónica de emergência local para atendimento.

Porém, há portugueses “residentes no estrangeiro atingidos mortalmente pela covid-19″ e “há casos de vulneráveis que necessitam de algum apoio, até pessoas acamadas ou que não podem ou, por medo, não querem sair de casa”.

Segundo a missiva, o apoio a estas pessoas “tem sido feito pela sociedade civil, conselheiros e/ou movimentos associativos locais”, ou pela criação de grupos em redes sociais nos quais são partilhadas boas práticas e informações oficiais.

Fonte: Mundo Lusiada em 27.04.2020