Complexo do Pecém busca parceria estratégica com o Porto de Sohar, em Omã
O Porto de Sohar movimenta 50 milhões de toneladas por ano e metade do governo de Omã e a outra metade do Porto de Roterdã
Também sócio do Porto de Roterdã, o Porto de Sohar, em Omã, deve ser o próximo parceiro internacional do Complexo do Pecém. De acordo com Duna Uribe, diretora comercial do Complexo (que engloba o porto em si, a Zona de Processamento de Exportações – ZPE, e o parque industrial), Duna Uribe, a parceria vai se centrar na “free zone” de Sohar, equivalente à ZPE do Pecém. “Queremos em breve assinar esse compromisso e trabalhar juntos nessa cooperação entre os complexos e possamos colocar as mercadorias, saindo do Pecém, e chegando ao mercado árabe, que é tão importante”, avalia. O porto no Mar da Arábia movimenta anualmente cerca de 50 milhões de toneladas de cargas por ano (o Pecém movimenta 18 milhões), e é 50% do governo de Omã e 50% do Porto de Roterdã.
Em entrevista à TV Otimista, Duna Uribe detalhou ainda as últimas conquistas dos dois anos de parceria entre Pecém e Roterdã. De acordo com ela, o porto cearense já tem tem uma estrutura instalada capaz de suportar toda a demanda de crescimento, inclusive, da ZPE. Os próximos passos serão o “projeto de tancagem, para termos um parque de última geração no Pecém; a Transnordestina, porque precisamos de um acesso ferroviário, e o investimento em hidrogênio verde”, relata.
Cluster de energia renovável
Duna Uribe afirma que Roterdã e Pecém têm a “ambição de fechar a cadeia de valor, ou seja, ter um cluster industrial de energia renovável, onshore e offshore”. “Tudo ocorre para que sejamos um hub, já somos de contêineres e queremos ser também do hidrogênio verde, para produzir e exportar. O nosso desafio é captar o interesse de investimento nacional e internacional, convencendo que aqui há uma ambiência de negócios para que o investidor se instale aqui”, afirma.
Acordo de Paris
“O hidrogênio verde já está sendo muito demandando no continente europeu, os países precisarem diminuir os níveis de poluição e repensar todo o seu sistema industrial para cumprir o Acordo de Paris. E já estamos contando com a parceria dos especialistas de Rotterdã para que a gente possa desenvolver esse hub”, conclui Duna Uribe.
Energia eólica offshore em 2025
O Ceará deve começar a operar a primeira usina eólica offshore (com torres instaladas no mar) em janeiro de 2025. O investimento, estimado em R$ 12 bilhões na primeira fase, será instalado no Pecém e terá potência instalada de 5 gigawatts (GW) na fase 1, distribuídos em 60 aero geradores. O CEO da Eólica Brasil, Marcello Storrer, afirma que o “Asa Branca” é o único projeto offshore no Estado que já conta com Despacho de Registro de Outorga (DRO) expedido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Depois da entrega do primeiro bloco, o empreendimento será expandido três vezes, uma a cada dois anos, totalizando quatro blocos e 10 GW de capacidade em uma área de 360 mil hectares.
Academia GEQ
O Grupo Edson Queiroz lançou a Academia GEQ, para levar conhecimento corporativo para seus 10,2 mil colaboradores no Brasil. “Mais do que oferecer treinamentos, a Academia GEQ quer gerar uma condição de aprendizado e conhecimento aberta e disponível para todos os níveis na empresa”, resume o presidente do GEQ, Abelardo Queiroz Rocha.
Fraport finaliza obras no Fortaleza Airport antes do prazo
A Fraport concluiu duas intervenções no pavimento da pista do Aeroporto de Fortaleza que farão o equipamento suportar a demanda de voos pelos próximos anos. Tratam-se da implantação de novo pavimento e um novo sistema de luzes de borda em LED para melhorar a visibilidade para as aeronaves. As obras começaram no dia 1 de outubro, com previsão para encerrar no dia 31 de dezembro. O procedimento foi encerrado 11 dias antes do prazo.
Fonte: O Otimista em 22.12.2020