EXPOLOG 2024: Transição Logística — A Chegada da Inteligência Artificial nas Atividades Logísticas e Portuárias
Vivemos um momento de grandes transformações com a chegada das tecnologias 4.0, que estão redefinindo como trabalhamos, fazemos negócios e nos relacionamos. À medida que robôs e máquinas inteligentes assumem tarefas repetitivas e inseguras, os seres humanos são liberados para atividades mais nobres e intelectuais.
No entanto, a Inteligência Artificial (IA), uma das mais promissoras dessas tecnologias, começa a competir com os humanos em tarefas intelectuais. Essa competição gera preocupações sobre a preservação de empregos e até mesmo sobre a possibilidade de a IA se tornar uma ameaça à nossa existência, como retratado em filmes clássicos como “2001: Uma Odisseia no Espaço” e “Blade Runner”.
É inegável que estamos em um momento crítico, onde não podemos subestimar os riscos. Até mesmo executivos das Big Techs já alertaram sobre a necessidade de desacelerar o desenvolvimento da IA, reconhecendo que podem estar “perdendo o controle das consequências”.
Apesar dos desafios, podemos e devemos nos preparar para a adoção da IA, especialmente nos setores logístico e portuário. A chave está em diferenciar “automação” de “autonomia”. Muitos terminais portuários já operam como “terminais fantasmas”, onde máquinas automatizadas seguem fluxos definidos por programadores humanos. No entanto, a IA, com sua capacidade de aprender e tomar decisões autônomas, abre novas possibilidades.
Imagine utilizar IA para criar textos, como relatórios e contratos, que depois seriam validados por humanos. Ou ainda, delegar a IA tarefas simples, como acender luzes ou operar sistemas de irrigação, que poderiam se aprimorar com o tempo.
Por outro lado, em atividades mais complexas, como operar guindastes em terminais portuários, devemos ser cautelosos ao conceder autonomia irrestrita. É provável que no futuro consideremos essas preocupações desnecessárias, mas, por enquanto, a prudência é fundamental.
As rápidas inovações em IA significam que muitos de nós testemunharemos essas mudanças em tempo real. Para aqueles que temem a IA, vale lembrar as famosas Três Leis da Robótica de Asimov:
Um robô nunca pode ferir um humano ou permitir que um humano sofra algum mal.
Os robôs devem obedecer às ordens dos humanos, exceto quando essas ordens conflitem com a primeira lei.
Um robô deve proteger sua própria existência, desde que isso não entre em conflito com as leis anteriores.
Artigo escrito por: Angelino Caputo e Oliveira – Diretor Executivo da ABTRA Associação Brasileira dos Terminais e Recintos Alfandegados | Membro do Comitê Técnico da EXPOLOG
Serviço
EXPOLOG – Feira Internacional de Logística
Data: 27 e 28 de novembro
Local: Centro de Eventos do Ceará
Mais informações: secretariace@cbpce.org.br