Fusão entre Solis e CDP consolida soluções completas em FIDCs
Nova empresa já nasce como referência no setor ao atuar desde a originação, modelagem, estruturação, implementação, até o investimento e monitoramento de FIDCs
A Solis Investimentos, gestora especializada em Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), e a CDP Capital, estruturadora e originadora de FIDCs, concretizaram no começo de agosto a sua fusão. A operação consolida a capacidade da Solis de oferecer soluções completas em crédito estruturado, tanto para empresas buscando alternativas de captação, quanto para investidores buscando se beneficiar dos diferenciais de proteção, rentabilidade e baixa volatilidade dessa classe de ativo.
A nova Solis surge com números robustos. Como gestora, tem R$ 14 bilhões de recursos sob gestão, em mais de 80 fundos ativos, e mais de 16 mil cotistas. As operações originadas na parceria com a CDP Capital viabilizam a concessão de mais de R$ 500 milhões em créditos mensais, para mais de 450 mil CNPJs e CPFs. As empresas, agora combinadas, apresentaram crescimento acima de 100% em 2022, e devem manter uma expansão importante neste ano, atingindo uma receita esperada de mais de R$ 60 milhões em 2023.
Os sócios da Solis e CDP trabalham com FIDCs desde 2005, nos anos iniciais dessa modalidade de fundos no mercado brasileiro. Ao longo dos últimos 18 anos, eles adquiriram vasta experiência na gestão e estruturação de FIDCs. “Nesse período, participamos da implementação de mais de 150 FIDCs. É o tipo de conhecimento e experiência que só se conquista com o tempo e com a prática”, afirma Delano Macêdo, que juntamente com Ricardo Binelli, é um dos sócios-diretores da nova organização.
Solis (como gestora) e CDP (como estruturadora e operadora) atuavam em parceria em vários fundos reconhecidos pelo mercado desde 2016, o que permitiu uma integração rápida de equipes e processos.
“Trabalhamos com FIDCs em conjunto há muito tempo, as equipes se conhecem bem. Nossos pontos de vista sobre crédito se combinam e se complementam”, comenta Binelli. “Por atuarmos em todos os aspectos do processo, podemos oferecer melhores resultados aos investidores e tomadores de recursos, com uma estrutura completa para expandir as possibilidades com FIDCs”.
Com a fusão das duas empresas, “a nova Solis se torna mais completa para atender à nova regulação de FIDCs que entrará em vigor em outubro deste ano”, reforça Macêdo. Assim, a empresa conta com toda a estrutura necessária para cumprir da melhor forma as novas exigências do regulador, e, principalmente, as novas oportunidades que surgirão no mercado”.
Dessa forma, a nova Solis amplia seu ferramental, oferecendo aos investidores e tomadores de recursos expertise de ponta a ponta, desde o entendimento das oportunidades de negócio, passando pela estruturação, análises de crédito, gestão de riscos e implementação de FIDCs, até a entrega de retornos consistentes por meio de uma gestão ativa, utilizando tecnologia desenvolvida ao longo dos anos pelas duas empresas.
“Utilizamos tecnologia para avaliar o comportamento, identificando quais variáveis representam riscos de inadimplência. Também realizamos modelagens detalhadas antes de criar um novo fundo”, detalha Macêdo. “Monitoramos continuamente a qualidade dos ativos, com orientação ao crédito, identificando padrões de risco nas transações. Isso nos coloca um passo à frente”.
Com a união das empresas, a Solis agora conta com 64 colaboradores, entre sócios e funcionários, nos seus escritórios de São Paulo (SP), onde o foco está na gestão de FIDCs, e de Fortaleza (CE), onde o foco é na estruturação e gestão de crédito e risco dos FIDCs investidos.
A entrada em vigor da nova regulação para a indústria de fundos promete impulsionar o mercado. A partir de outubro, o acesso aos FIDCs não será mais exclusivo para investidores qualificados. O público em geral também poderá investir nesse produto, permitindo uma diversificação eficaz de seus investimentos, considerando que a rentabilidade dos FIDCs está acima da média da renda fixa, com baixa volatilidade e alto nível de proteção pela natureza de sua estruturação, que minimiza o efeito de oscilações na inadimplência.
O FIDC também tem a característica de facilitar o acesso ao crédito de forma consistente e com custo adequado para empresas de todos os portes e setores. É uma modalidade de captação de recursos que está ganhando cada vez mais representatividade no mercado, especialmente em momentos de crédito bancário mais restrito e maior disponibilidade de recursos via mercado de capitais, o que beneficia tanto o tomador de recursos quanto o investidor, além de apoiar o desenvolvimento econômico e financeiro do país.
Enquanto o FIDC se torna uma opção cada vez mais vantajosa de investimento, mesmo com a possível queda na taxa básica de juros esperada para os próximos meses, Binelli avalia que a renda fixa em geral continuará atrativa. “E os FIDCs, em particular, permanecerão como uma ferramenta estratégica para compor carteiras que otimizem a relação entre retorno e risco”.
Após a fusão com a CDP Capital, a Solis fortalecerá sua atuação na estruturação de FIDCs, apoiando a captação de recursos para negócios de todos os tipos e tamanhos em todo o Brasil, e oferecendo oportunidades para investidores institucionais e individuais, através de fundos disponibilizados nas principais plataformas de investimento.
Fonte: Valor Econômico