Sócios da Abax Consultoria estreitam laços em reunião de projetos com a Abax São Paulo

Sócios da Abax Consultoria estreitam laços em reunião de projetos com a Abax São Paulo

Carlos Augusto e Ítalo Bandeira, sócios da CBPCE e membros da Abax Consultoria, estiveram recentemente em São Paulo, onde visitaram o escritório local da ABAX, sob a liderança de André Almeida. A visita teve como principal objetivo consolidar parcerias e monitorar os projetos em andamento junto aos clientes da consultoria.

O escritório da ABAX em São Paulo segue uma estratégia de crescimento contínuo, focando na ampliação de sua carteira de clientes na região sudeste do Brasil. Com isso, a empresa busca fortalecer sua presença e oferecer soluções ainda mais personalizadas para atender às necessidades específicas de seus clientes na região.

Sobre a Abax Consultoria
Para garantir o bom desempenho nos negócios, com redução cada vez maior de riscos e custos, é preciso contar com parceiros qualificados que auxiliem na indicação dos melhores caminhos na gestão de sua organização. A Abax se propõe a cumprir esse papel fundamental, atuando de modo ágil e personalizado, compreendendo as necessidades específicas de cada cliente.

A Abax garante resultados efetivos na gestão tributária e contábil. A partir de uma relação séria, transparente e próxima, quem conta com os serviços da Abax garante uma parceria para bons negócios e novos caminhos para o crescimento.

Contatos:
Telefone: (85) 3033.9550

Fonte: Abax Consultoria em 17.07.2024

Comércio do Ceará tem maior crescimento do Brasil

Comércio do Ceará tem maior crescimento do Brasil

O IBGE divulgou os resultados da Pesquisa Mensal de Comércio referente ao mês de junho, e o Ceará teve a maior alta nas vendas de todo o país. O estado teve um crescimento de 2,5% no volume de vendas do comércio varejista em relação a maio. Já em comparação a junho de 2020, o crescimento foi de 3,4% e a variação acumulada dos últimos 12 meses foi de 4,4%.

Além do volume de vendas, outros dados demonstram o desempenho do comércio cearense. De acordo com a Junta Comercial do Estado do Ceará (Jucec), o mês de julho registrou um aumento de 12% na quantidade de empresas criadas, com relação ao mesmo período do ano passado.

Das 10.324 empresas criadas no período no estado, 3.802 foram no setor de comércio (36,83%). A atividade que registrou maior número entre os novos negócios foi o comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios com 1.281 empresas registradas.

Diante das oportunidades que o cenário oferece, empresas e trabalhadores do segmento têm também muitos desafios a superar. Um deles diz respeito à qualificação. Enquanto muitos trabalhadores ainda sofrem por não ter qualificação adequada para ocupar as vagas num mercado de trabalho cada vez mais disputado, muitas empresas sofrem para encontrar profissionais capacitados para atuar de acordo com as demandas atuais, especialmente com o crescimento do comércio eletrônico, impulsionado pela pandemia.

Nesse contexto, o Senac Ceará atua para oferecer cursos nos mais diversos segmentos que envolvem o comércio de bens, serviços e turismo. Desde o início da pandemia, a instituição passou a oferecer, além dos cursos presenciais, vários cursos remotos, para atender diferentes necessidades do público.

Outro fator capaz de fortalecer as empresas, não apenas no contexto de retomada da economia, mas de forma permanente, são as instituições que representam a categoria. Os sindicatos patronais sustentam a estabilidade das relações entre patrões e empregados, funcionando como intermediador nas decisões com o sindicato laboral e sendo responsável por negociar as convenções coletivas e dissídios coletivos. Também são eles que fazem a mediação, junto aos órgãos públicos, na defesa de pautas do setor.

As federações e confederações se constituem a partir da união desses sindicatos e fortalecem a eles e as empresas associadas, tanto representando os interesses do setor quanto oferecendo vantagens em forma de serviços e produtos.

Atualmente a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Ceará (Fecomércio-CE) é formada por 34 sindicatos, que oferecem para os seus filiados vários benefícios. Além disso, a Fecomércio sempre está atenta à agenda política estadual e nacional para defender os interesses das categorias que representa.

Através da Federação, as empresas filiadas aos sindicatos têm acesso a descontos e condições especiais na compra de carro zero km, telefonia móvel, plano de saúde, certificado digital, instituições de ensino superior, cartões corporativos, soluções fiscais, soluções financeiras e em serviço funerário.

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Fonte: Trends CE

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M. Dias Branco soma R$ 1,9 bilhão de receita líquida e cresce 33% no 2º trimestre

M. Dias Branco soma R$ 1,9 bilhão de receita líquida e cresce 33% no 2º trimestre

Também chamou atenção o Ebitda da companhia, crescendo 252,7% (R$ 167,2 milhões) em comparação com o 1º trimestre de 2021

A M.Dias Branco bateu R$ 1,9 bilhão de receita líquida no 2º trimestre de 2021 em comparação com o 1º tri deste ano. O valor consta no relatório divulgado nesta sexta-feira, 6, ao mercado.

Quando se trata do 2º trimestre de 2020, a alta foi de 5%.

“Em sintonia com a nossa estratégia de crescimento com lucratividade, a receita líquida do 2T21 cresceu frente ao 2T20 e ao 1T21, respectivamente 5% e 33%, e as margens aumentaram ao longo dos primeiros seis meses do ano, fruto da gestão de preços, da maior diluição dos custos fixos e das iniciativas de produtividade e eficiência”, destacou a empresa no relatório.

A comparação com o 2º trimestre de 2020 foi mais difícil, visto que houve um crescimento atípico da demanda, estimulada pelo auxílio emergencial e pelo aumento do consumo dentro dos lares.

Na parte que envolve as regiões e produtos a companhia cearense faz um análise do semestre. “Ao longo dos seis primeiros meses de 2021, observamos aumento sequencial da receita líquida, do preço médio, dos volumes vendidos e da margem bruta. A recuperação dos volumes foi positivamente impactada pelo desempenho nas regiões de ataque (Sul, Sudeste e Centro-Oeste) e defesa (Norte e Nordeste), bem como pela contribuição dos lançamentos, principalmente aqueles de maior valor agregado, como os biscoitos wafer cobertos com chocolate branco”, complementou.

Também chamou atenção o Ebitda da companhia, crescendo 252,7% (R$ 167,2 milhões) em comparação com o 1º trimestre de 2021.

“Na comparação com o 2T20, como observado no quadro abaixo, a retração é explicada pelo aumento das commodities em doláres, pela quedas dos volumes e pelo impacto desfavorável do câmbio. Adicionalmente, no período, os efeitos não recorrentes totalizaram R$ 14,2 milhões (R$ 29,6 milhões de créditos tributários e R$ 15,4 milhões de despesas não-recorrentes com COVID e reestruturação)”, pontua a M.Dias.

Fonte: Focus.jor

Energia solar: Ceará passa a marca de 10 mil sistemas fotovoltaicos

Energia solar: Ceará passa a marca de 10 mil sistemas fotovoltaicos

Apenas em 2020, o Estado recebeu mais de 6 mil novos sistemas. É o 9º estado do País em potência instalada

Em 2020, o Ceará ultrapassou a marca de 10 mil sistemas de energia solar instalados em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos. No ano, o Estado recebeu 6.050 novas conexões de sistemas fotovoltaicos de geração distribuída, o que representou um incremento de 135% em relação ao registrado em 2019 (2.573 novas conexões). Apenas neste ano, de 1° de janeiro até 8 de fevereiro, o Estado recebeu mais 622 novas conexões de sistemas solares.

Com esse incremento, o Ceará tem hoje, 170,9 megawatts (MW) de potência instalada, sendo o nono estado brasileiro com maior potência e o maior do Nordeste. Dos mais de 6 mil sistemas instalados no Estado no ano passado, 4.549 foram em residências, 997 em comércios, 374 no meio rural, 93 em indústrias, 37 em prédios do poder público e 2 em iluminação pública. Ao todo, 181 municípios cearenses contam com pelo menos um sistema fotovoltaico instalado. Os dados são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Para Jonas Becker, coordenador estadual da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) no Ceará, o estado é atualmente um importante centro de desenvolvimento da energia solar. “A tecnologia fotovoltaica representa um enorme potencial de desenvolvimento sustentável, econômico e social para os cearenses, com geração de emprego e renda, e atração de investimentos privados”, diz.

Enquanto o Ceará apresentou um incremento de 135%, no número de sistemas, no Brasil o crescimento foi de 65%, passando de 122,4 mil em 2019 para 202,3 mil em 2020. Com relação à potência instalada, o Ceará responde por 3,5% de todo o parque brasileiro de energia solar distribuída.

O presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia, destaca que a energia solar fotovoltaica terá função cada vez mais estratégica para o atingimento das metas de desenvolvimento socioeconômico e sustentável em todos os estados brasileiros. “A tecnologia fotovoltaica é essencial para a recuperação da economia após a pandemia, sendo a fonte renovável que mais gera empregos no planeta”, diz Sauaia.

Geração distribuída
Com os sistemas de micro e minigeração distribuídas de energia elétrica, o consumidor brasileiro pode gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis ou cogeração qualificada e inclusive fornecer o excedente para a rede de distribuição de sua localidade.

Na microgeração distribuída é permitido o uso de qualquer fonte renovável com potência instalada até 75 quilowatts (KW) e a minigeração distribuída compreende os sistemas com potência acima de 75 kW e menor ou igual a 5 MW, conectadas na rede de distribuição por instalações de unidades consumidoras.

Clique aqui e assista a entrevista com Armando Abreu, presidente da Qair Brasil sobre os investimentos em energias renováveis.

Fonte: Diário do Nordeste

Confiança da indústria no País alcança maior ponto em dez anos

Confiança da indústria no País alcança maior ponto em dez anos

O Índice de Confiança da Indústria (ICI), divulgado ontem (28) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), registrou em dezembro o maior valor desde maio de 2010, quando ficou em 116,1 pontos. Com o avanço de 1,8 ponto este mês, o ICI atingiu 114,9 pontos e fechou o quarto trimestre de 2020 com média de 113,1 pontos, 14,7 pontos a mais do que a média do terceiro trimestre, que ficou em 98,4.

De acordo com a economista da FGV Ibre Renata de Mello Franco, o Índice de Confiança da Indústria de Transformação encerra o ano com um desempenho surpreendente, após “atingir o fundo do poço” em abril. “A recuperação da confiança, impulsionada pelos bens intermediários, indica que o setor está em uma conjuntura favorável, com aceleração da demanda e estoques ainda em nível considerado baixo. Além disso, o Nuci [Nível de Utilização da Capacidade Instalada] mostrou aumento relevante, voltando, após mais de cinco anos, a patamar próximo à sua média histórica”.

Apesar da queda de 0,4 ponto percentual no Nível de Utilização da Capacidade Instalada, para 79,3%, o segundo mês seguido com resultado negativo, a média do Nuci do quarto trimestre ficou em 79,6%, 4,3 pontos percentuais acima da média do terceiro trimestre. Por outro lado, Renata destaca que o resultado do mês confirma a tendência de desaceleração das taxas de crescimento dos indicadores, tanto de momento atual quanto das perspectivas futuras. “Apesar das expectativas em geral indicarem otimismo, a incerteza elevada, a falta de matérias primas, a elevação de preços e a cautela dos consumidores têm deixado os empresários cautelosos em relação ao segundo trimestre”.

O aumento da confiança foi verificado em 12 dos 19 segmentos industriais pesquisados em dezembro, sendo que 17 deles ficaram acima do nível registrado em fevereiro, antes da pandemia de covid-19 se instalar no Brasil. O Índice de Situação Atual (ISA) avançou 1,7 ponto, chegando a 119,9 pontos, o maior valor da série.

O indicador do nível dos estoques aumentou 3,1 pontos, chegando ao novo recorde de 129,3 pontos. Apresentaram queda a parcela de empresas que consideram os estoques insuficientes, passando de 15,7% para 14,6%, e também as que avaliam os estoques como excessivos, de 8,0% para 6,5%. (Agência Brasil)

Ceará tem maior alta no país em atividade turística, com 85,4%, segundo IBGE

Ceará tem maior alta no país em atividade turística, com 85,4%, segundo IBGE

De julho para agosto, atividades no setor cresceram 85,4% no Estado, que espera potencializar o resultado positivo por conta do selo de segurança global ‘Safe Travels’, que coloca o destino como espaço seguro para o viajante

Com índice de atividade turística mais de quatro vezes acima da média nacional, o Ceará foi o estado brasileiro que, de julho para agosto, apresentou maior aumento de movimentação em relação ao turismo. Enquanto no Brasil a atividade cresceu 19,3% no período, no Ceará o salto foi de 85,4%. Embora o índice não seja suficiente para indicar recuperação das perdas acumuladas ao longo do ano, mostra perspectivas positivas. Para o setor, é sinal de que o turista sente confiança na segurança sanitária local e que o cearense está viajando mais no próprio estado. A ideia é impulsionar esse momento com a conquista do selo de segurança global ‘Safe Travels’, que coloca o destino como espaço seguro para o viajante.

Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador nacional apresenta a quarta taxa positiva seguida neste ano, quando acumulou ganho de 63,4%. As 12 unidades da federação onde o indicador apresentou alta na última avaliação de 2020 são, além do Ceará, Bahia (48,4%), Goiás (47,1%), Paraná (28,8%), Minas Gerais (22,9%), São Paulo (15,8%) e Rio de Janeiro (15,0%). Porém, entre março e abril, período mais crítico da pandemia e para o setor de turismo, a perda nacional nas atividades chegou a 68%.

No Ceará, a expansão de 85,4 % em agosto ocorre após queda de 29,2% no mês anterior. O indicador de agosto ainda não recuperou as perdas ao longo deste ano, que somam queda de 44,2% entre janeiro e agosto. Além disso, comparando com agosto de 2019, o volume também é negativo. Somando seis taxas negativas seguidas antes de agosto, a queda é de 49,1%. Segundo o levantamento, os índices negativos (nos primeiros meses de pandemia e na comparação com 2019) se devem às medidas restritivas para evitar maior disseminação do novo coronavírus. O impacto foi motivado principalmente pela paralisação total ou parcial de equipamentos e serviços ligados ao transporte aéreo e rodoviário coletivo de passageiros, restaurantes, agências de viagens, locação de veículos, pousadas e hotéis.

No acumulado do ano, o agregado especial de atividades turísticas caiu 38,8% frente a igual período de 2019, pressionado, sobretudo, pelos ramos de restaurantes, transporte de passageiros, hotelaria, catering, serviços de comida preparada e agências de viagens. Nessa avaliação, o Ceará apresenta a segunda maior queda (44,2%), ficando atrás apenas do Rio Grande do Sul (45,5%), seguido da Bahia (41,8%), São Paulo (40,4%), Minas Gerais (37,6%), Paraná (37,5%) e Rio de Janeiro (32,1%).

De acordo com a empresária do ramo de hotelaria e presidente do Fortaleza Convention & Visitors Bureau (Visite Ceará), Ivana Bezerra, de março para abril praticamente todos os hotéis fecharam no Ceará. Em julho, 80% reabriram, mas com ocupação muito baixa. Isso porque, no setor, as vendas são programadas, não imediatas, como ocorre, por exemplo, quando uma loja reabre. “O corporativo ainda viaja de última hora, mas essas viagens estavam muito restritas. Em geral, as reservas estão sendo feitas com muita antecedência”, explica.

Dessa forma, como a ocupação em julho havia sido praticamente zero, em agosto as reservas aconteceram e fizeram o indicador crescer substancialmente. “Mas isso não quer dizer que agosto teve uma boa ocupação. A situação só começou a melhorar mesmo com o feriado de 7 de setembro”, diz. No caso do Hotel Sonata de Iracema, que abriu em primeiro de agosto, o crescimento de setembro em relação ao mês anterior foi de 75%. “É a mesma lógica do crescimento em agosto, para quem abriu em julho”, compara, acrescentando que a alta está longe dos índices de anos anteriores.

De todo modo, a presidente do Visite Ceará enxerga um cenário positivo para o setor, mas com cautela. Em anos anteriores, o segundo semestre já começava promissor, puxado pela boa ocupação hoteleira no final de julho, devido ao Fortal e ao Halleluya. Os meses seguintes eram os grandes eventos, como feiras e congressos. Em setembro, outubro e novembro, por exemplo, a ocupação era em torno de 72% até o ano passado. Nos períodos realização de congressos, o índice chegava a 95%. “O impacto desses eventos é muito grande. Mas nossa expectativa é positiva, desde que a pandemia não piore e a gente continue melhorando mês a mês. Vai depender muito do nosso comportamento como cidadão”, avalia.

Sobre o comportamento da atividade turística nas capitais nordestinas, Ivana Bezerra afirma que o destaque cearense se deve ao trabalho de segurança sanitária. Além disso, a conquista local do selo de segurança global ‘Safe Travels’ do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, sigla em inglês) deve fazer diferença na busca por hospedagem no Ceará já neste ano. A certificação foi concedida após a Secretaria do Turismo do Ceará (Setur) apresentar ao órgão os protocolos de biossegurança estabelecidos pelo Governo do Estado. O selo tem como objetivo garantir a saúde dos viajantes e impulsionar a retomada do turismo no mundo. “Agora podemos dizer que temos essa certificação mundial e que o turista pode estar tranquilo no nosso destino. Esperamos que o visitante também cumpra o que foi estabelecido nos protocolos para mantermos juntos o Ceará como destino seguro”, apontou, na ocasião, o secretário do Turismo do Ceará, Arialdo Pinho.

Como não está havendo campanha para divulgar o estado como destino turístico, Ivana Bezerra espera que o selo atraia com base em novos critérios dos viajantes. “No Nordeste, nossos maiores concorrentes são Porto Seguro (Bahia) e Porto de Galinhas (Pernambuco). Aqui, só com Fortaleza não agregaríamos resultado tão positivo. Jericoacoara, Flecheiras e Cumbuco puxam essa alta consideravelmente, principalmente nesse momento, em que o cearense passou a buscar refúgio fora de casa, mas dentro do estado”, diz.

Serviços no Ceará têm alta de 3,8%

Após variação negativa em julho (1,4%), agosto foi positivo para o volume de serviços em geral, no Ceará, com alta de 3,8% em relação ao mês anterior. O indicador local é maior do que o nacional, que aponta avanço de 2,9% no mesmo período. A variação cearense é a quinta maior entre os estados do Nordeste.

Na região, as maiores variações são da Paraíba e Piauí, cada estado com aumento no volume de serviços de 5,3%, seguidos do Maranhão (4,6%) e Rio Grande do Norte (3,9%). Quando a comparação ocorre com agosto de 2019, o indicador cearense é negativo, com recuo de 17,6%. Já no acumulado do ano, a queda corresponde a 15,5%, enquanto nos últimos 12 meses o decréscimo é de 9%.

De acordo com o supervisor da disseminação das pesquisas do IBGE no Ceará, Helder Rocha, comparando os meses de agosto de 2019 e de 2020, neste ano as quedas foram mais acentuadas foram nos serviços de atividades prestadas às famílias (45,5%) e em transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios (27,1%). “As perdas são reflexo das medidas preventivas à pandemia. Quando houve o estímulo ao isolamento social, atingiu de forma intensa e imediata boa parte das empresas que interromperam as atividades devido à pandemia”, justifica.

Os serviços considerados na pesquisa do IBGE são de alojamento e alimentação; de informação e comunicação; de tecnologia da informação e comunicação; telecomunicações; audiovisuais, de edição e agências de notícias; serviços profissionais, administrativos e complementares; serviços técnico-profissionais; transportes, seus auxiliares e correio; transporte terrestre, aquaviário e aéreo; e armazenagem.

Em agosto de 2020, o volume de serviços no Brasil avançou 2,9% frente a julho, na série com ajuste sazonal. Foi a terceira taxa positiva seguida, acumulando alta de 11,2%, no período. Esse resultado sucedeu uma sequência de quatro taxas negativas, entre fevereiro e maio, com perda acumulada de 19,8%. O acumulado no ano caiu 9,0% frente ao mesmo período de 2019. A taxa dos últimos 12 meses recuou 5,3% em agosto de 2020, mantendo a trajetória descendente iniciada em janeiro de 2020 e chegando ao resultado negativo mais intenso da série deste indicador, iniciada em dezembro de 2012.

No país, a alta de 2,9% do volume de serviços, de julho para agosto de 2020, foi acompanhada por quatro das cinco atividades investigadas, com destaque para serviços prestados às famílias (33,3%) e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (3,9%). O primeiro setor registrou a taxa positiva mais intensa da série histórica (iniciada em janeiro de 2011), mas ainda se encontra distante do patamar de fevereiro (-41,9%), mês que antecedeu o início da pandemia de Covid-19. Já a segunda atividade acumula ganho de 18,8% nos últimos quatro meses, após ter perdido 25,2% entre março e abril de 2020. Regionalmente, 21 das 27 unidades da federação tiveram expansão no volume de serviços em agosto, frente a julho. A maior alta foi em Minas Gerais (5,8%) e a maior retração, em Tocantins (5,5%).

Fonte: O Otimista em 15.10.2020

Número de investidores estrangeiros no Ceará mais do que dobra em 10 anos

Número de investidores estrangeiros no Ceará mais do que dobra em 10 anos

Estado possui mais de 5.800 empresas constituídas com capital externo e, mesmo diante da pandemia, segue recebendo investimentos de fora
Localizado em posição geográfica privilegiada perante a Europa, Estados Unidos e Norte da África, o Ceará tem se mostrado, cada vez mais, uma terra de grandes oportunidades para empresários estrangeiros que decidem apostar no Brasil. Nos últimos dez anos, por exemplo, o número de investidores de outros países mais do que dobrou no Estado, passando de 4.104, em 2010, para 8.531 no primeiro semestre de 2020, segundo estudo divulgado durante o evento Ceará Global – O Futuro em 360º.

Elaborado pela Câmara Brasil Portugal no Ceará (CBP-CE), com apoio da Junta Comercial do Estado, a edição 2020 do levantamento B.I. Investimento Estrangeiro no Ceará revela que, da quantidade total de investidores externos atualmente presentes no Ceará, mais de 3.800 são oriundos de dois países europeus: Itália, com 2020 investidores; e Portugal, que conta com 1.854. França (663), Espanha (655) e China (375) completam os cinco principais destaques.

Para Rômulo Alexandre Soares, sócio da APSV Advogados e vice-presidente da Federação Brasileira de Câmaras de Comércio Exterior, o que aproximou o Estado de investidores europeus foram as ligações aéreas entre Fortaleza e importantes destinos da região, desenvolvidas ao longo dos anos. “Costumo dizer que navios transportam mercadorias e aviões transportam investimentos”, afirma.

“Em 1998, quando a TAP começou a operar a rota Fortaleza/Lisboa, houve um forte processo de aceleração de investimentos estrangeiros e, hoje, os portugueses são um dos principais grupos de investidores do Estado. O mesmo tem acontecido com franceses e holandeses, após a chegada do hub da Air France/KLM no Aeroporto de Fortaleza. O fato de ter uma ligação aérea permite criar laços de negócios extremamente difusos”, comenta Rômulo Alexandre.

Para o presidente da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), Eduardo Neves, outro fator que culminou no aumento de investidores estrangeiros no Ceará, ao longo da última década, foi a chegada de grandes empreendimentos ao Estado, como a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), a Siderúrgica Latino-Americana (Silat) e a Vestas, maior fabricante de turbinas eólicas do mundo, localizada no município de Aquiraz.

“Podemos dizer que esses são os maiores investimentos em termos financeiros, mas outro fator interessante é o aumento do turismo no Estado, trazendo mais investidores de pequeno e médio porte, seja no mercado imobiliário, em hotéis, ou também em pousadas e restaurantes. Esse tem sido um movimento muito forte” destaca Eduardo Neves.

Somente no primeiro semestre de 2020, mesmo com toda a instabilidade gerada pela pandemia da Covid-19, 184 novos investidores decidiram aportar recursos no Ceará, segundo o levantamento. Desses, a maioria são pessoas físicas, mas, segundo especialistas, a grande quantidade captada pelo Estado faz com que o impacto econômico seja significativo.

Número de empresas cresce na crise

Além da quantidade de investidores, o número total de empresas com capital estrangeiro no Ceará também cresceu em meio à crise do novo coronavírus, tendo em vista que houve um incremento de 153 novos negócios no primeiro semestre deste ano. Ao todo, o Ceará conta, atualmente, com 5.822 empresas com aportes internacionais, alta de 122,5% ante as 2.616 registradas em 2010.

Das novas empresas com capital estrangeiro que chegaram ao Ceará em 2020, 24 possuem sócios italianos, 21 têm aportes colombianos e 16 de investidores portugueses. Somadas, a mais de 5.800 empresas deste tipo existentes no Estado têm um capital social de R$ 31,22 bilhões, aponta o estudo da CBP-CE.

“A pandemia atrapalhou, sem dúvida, pois interferiu no comércio exterior e nos investimentos, mas a questão do câmbio é um item extremamente importante, porque é quanto você consegue comprar na economia local. Assim, a posição cambial, hoje, é vantajosa para as exportações e para atrair investimentos, pois fica mais barato apostar em negócios no Brasil”, opina Rômulo Alexandre.

Ainda segundo o vice-presidente da Federação Brasileira de Câmaras de Comércio Exterior, diferenciais competitivos do Ceará, como as conexões aéreas, os portos do Pecém e de Fortaleza, assim como a localização geográfica e o ramal ferroviário da Transnordestina, ainda não concluída, dão totais condições de que o Estado siga recebendo investimentos estrangeiros ao longo dos próximos anos, mesmo em uma cenário de retomada da economia global.

“O Ceará tem, sim, como atrair investimentos. Fortaleza é uma metrópole de influência regional, que tem impacto sobre 20 milhões de habitantes, sobre um território envolvendo Ceará, Piauí, Maranhão e parte do Rio Grande do Norte. Se identificarmos as vocações da cidade, temos tudo para avançar, pois ela é privilegiada no aspecto geoeconômico”, diz Rômulo.

Quem também se mostra otimista quanto à chegada de novos investimentos estrangeiros é o presidente da Adece. Segundo Neves, com sua “trinca de hubs”, o Ceará possui um cenário favorável para a captação em diversos setores. “Já estamos sentindo na área de tecnologia e a possibilidade de atrairmos outras empresas tem sido crescente, seja no mercado de e-commerce ou no armazenamento de dados. Na área de logística a tendência é de que tenhamos mais empresas de grande porte” opina.

US$ 4 bilhões em investimentos

Segundo o levantamento da CBP-CE, atualmente o Ceará conta com cerca de US$ 4 bilhões em investimento estrangeiro direto na sua economia, incluindo US$ 4 milhões inseridos nos primeiros seis meses de 2020.

Do início do século até o primeiro semestre deste ano, somente a Coreia do Sul responde por 29% de tudo que foi investido no Estado, principalmente por conta das empresas Dongkuk e Posco, responsáveis pela implantação da CSP, que também tem a Vale em sua composição acionária.

Além dos sul-coreanos, os portugueses também possuem uma participação significativa no investimento estrangeiro do Estado, com 22% do total, o que representa aportes de aproximadamente US$ 3 bilhões ao longo das duas últimas décadas. Alemanha (US$ 1,56 bi) completa o pódio dos destaques.

Segundo o estudo divulgado no Ceará Global 2020, a indústria da transformação foi o setor que mais recebeu investimentos estrangeiros no Estado ao longo dos últimos 20 anos, com US$ 5,53 bilhões. Na sequência, aparece o setor de eletricidade e gás, com US$ 4,66 bilhões no período. A categoria “atividades e serviços complementares aparece na terceira colocação, com US$ 2,19 bilhões.

Para Rômulo Alexandre, há outros setores com potencial para aumentar sua participação e despontar, nos próximos anos, como destaques na captação de investimentos estrangeiros. “Há grandes oportunidades para atrair investimentos na área de serviços e na de telecomunicações, principalmente na parte de dados. O Ceará fez o dever de casa, com transparência, responsabilidade fiscal e investimento em educação. Assim, é natural que a evolução continue”, finaliza.

Fonte: Trends CE em 26/08/2020

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Cearense M.Dias Branco registra receita líquida de 22,2% e bate recorde de R$ 1,8 bilhão

Cearense M.Dias Branco registra receita líquida de 22,2% e bate recorde de R$ 1,8 bilhão

Já o Ebitda atingiu R$ 225,6 milhões no segundo trimestre de 2020, com crescimento de 23,5% e aumento de margem. Empresa divulgou hoje, 7, os resultados financeiros do segundo semestre de 2020

A cearense M.Dias Branco registrou lucro líquido de 51,5% no segundo trimestre de 2020 em comparação ao mesmo período do ano passado. O montante saltou de R$ 100 milhões para R$ 152,4 milhões, conforme números apresentados hoje, 7, pela companhia.

A receita líquida saltou 22,2%, totalizando recorde de R$ 1,8 bilhão. “A continuidade do crescimento acelerado deve-se, sobretudo, à força de nossas 19 marcas, ao aprimoramento constante de nossa operação, à execução disciplinada e focada em resultados e ao conjunto de iniciativas que implantamos ao longo de 2019”, destaca a empresa em seu balanço.

Já o Ebitda atingiu R$ 225,6 milhões no segundo trimestre de 2020, com crescimento de 23,5% e aumento de margem. “O aumento da margem Ebitda deu-se pelo rígido controle das despesas e pela maior diluição dos custos fixos, compensando o aumento dos custos dos insumos cotados em dólar”, pontuou a empresa.

Outra boa notícia foi o aumento das vendas, que aumentou de R$ 450,4 milhões para R$ 536,1 milhões. O crescimento total registrado girou em 19%.

As vendas de massas também cresceram 37,4%, assim como a comercialização de biscoitos (44%). Destaque para o aumento dos volumes de Água e Sal/Cream Cracker e Maria/Maizena, que apresentaram crescimento de dois dígitos. Em relação às regiões, com exceção do Norte, todas apresentaram bons desempenhos com crescimento de volume de dois dígitos, com destaque para o Sudeste e Nordeste”, explica a companhia.

O relatório completo pode ser lido aqui: https://bit.ly/3knOXPs

Fonte: Focus em 07/08/2020

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Agronegócio bate recordes e amplia mercado apesar de pandemia de Covid

Agronegócio bate recordes e amplia mercado apesar da pandemia de Covid

A pandemia do novo coronavírus, que tem provocado estragos na economia global, não impediu que o agronegócio brasileiro batesse recordes de exportação e ganhasse mercado neste ano.

Ao contrário, o setor diz que o surgimento da Covid-19 e suas consequências fizeram com que o mundo desse mais valor à alimentação e à produção nacional, cuja renda foi potencializada pelo câmbio favorável. É o que tem ocorrido em setores como os de proteína animal, soja, milho e café, que têm obtido excelentes desempenhos no mercado externo, inclusive batendo recordes.

Apesar de os PIBs dos Estados Unidos, da China e da zona do euro terem sofrido em virtude dos reflexos da pandemia, as exportações brasileiras têm ido bem. A carne de frango, por exemplo, cresceu 1,7% em volume no primeiro semestre, em comparação ao mesmo período de 2019.

Nos EUA, a economia sofreu queda de 9,5% no segundo trimestre, a maior da história, e já tinha caído 4,8% nos primeiros três meses do ano. A China, primeiro foco do coronavírus, teve a maior queda no primeiro trimestre, de 9,8%, mas cresceu 3,2% no seguinte.

A produção brasileira de carne de frango deverá crescer até 4% em 2020, atingindo 13,7 milhões de toneladas, segundo a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), enquanto as exportações podem avançar um pouco mais, 5%, alcançando 4,45 milhões de toneladas —quase um terço do total.

No primeiro semestre, a Ásia respondeu por 40,7% dos embarques.

Já a carne suína deve ter alta na produção de até 6,5% em comparação com 2019, com exportações crescendo até 33%. Se a produção se confirmar, atingirá 4,25 milhões de toneladas, alcançando pela primeira vez 1 milhão de toneladas exportadas.

“Talvez a Covid-19 tenha despertado para duas realidades, a importância da família e da comida. São coisas que corriam automaticamente, mas, no momento de dificuldade como agora, reforçaram-se as relações familiares e de amizade e, também, da comida”, afirmou Ricardo Santin,
diretor-executivo da ABPA.

Apesar dos avanços, ele disse que a alta nos preços de insumos e do “custo Covid” impactam o setor, mas não o suficiente para frear o crescimento. “O preço do milho subiu 50%, do farelo de soja 25%, e o custo Covid é muito importante. Significativo, mas não tem importância frente ao resultado que estamos conseguindo. As empresas estão enfrentando como necessidade para chegar ao objetivo e girar. Isso tem sido sucesso.”

Só em junho, as exportações de carne suína chegaram a 96,1 mil toneladas, 50,4% mais que o volume embarcado no mesmo mês em 2019 —63,9 mil toneladas. A receita em junho foi 43,4% superior à de igual período no ano passado e chegou a US$ 198 milhões.

Já no setor de grãos as exportações de soja devem subir 8% neste ano, com 79 milhões de toneladas, ante as 73,44 milhões do ano passado, conforme estimativa da consultoria Datagro.

“Graças a Deus as exportações estão indo bem, a perspectiva agora é de melhora de preço. Apesar de o preço ter subido em reais, em dólares, moeda que baliza a maior parte dos gastos, estamos em patamares de 2014/2015”, afirmou Lucas Beber, diretor-administrativo da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso) e produtor rural em Nova Mutum (MT).

A desvalorização do real, afirma ele, é um impulso que o produtor precisava.

Passaram pelo corredor de exportação do Porto de Paranaguá (PR) 13 milhões de toneladas de grãos e farelos de janeiro a julho, 10% a mais que em igual período de 2019. A soja representa mais de 97% do total.

O Deral (Departamento de Economia Rural) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná aponta que 91% da produção de soja do estado já foi vendida.

No total, a colheita foi de cerca de 20,7 milhões de toneladas, 28% a mais do que o produzido no ano passado.

“A maior produção, a preferência dos compradores chineses pela soja brasileira em detrimento à soja americana, e principalmente a relação cambial favorável às exportações, impulsionaram as vendas”, aponta relatório do economista Marcelo Garrido Moreira sobre a comercialização acelerada
em relação à safra anterior.

Para o produtor José Paulo Cairoli, da Reconquista Agropecuária, de Alegrete (RS), a briga entre EUA e China dá ao Brasil a chance de vender ainda mais para o país asiático.

Mesmo que os insumos para a próxima safra custem mais, por causa do dólar, a valorização da soja compensará o investimento, segundo ele. Na última terça (4), o preço da saca chegou a R$ 127 no Porto de Rio Grande, no sul do estado. Acima de R$ 100, mesmo com os custos, a rentabilidade é boa”, diz Cairoli.

Para o segundo semestre, a expectativa de escoamento em Paranaguá gira em torno da demanda externa por milho, apesar de a estiagem no Sul ter comprometido a safra. Só no Paraná, a queda é de 14% em relação à colheita anterior, mas há lavouras com perdas de 40%, segundo a Abramilho (associação de produtores).

Outro produto que tem saltado aos olhos dos chineses é a celulose. Num carregamento que durou três dias na última semana, Paranaguá embarcou 45.758 toneladas do produto, a segunda maior quantidade do item movimentada no complexo, todas com destino ao país asiático.

O café, no ano-safra 2019/20, encerrado em junho, alcançou o segundo recorde histórico de exportações, segundo dados do Cecafé (conselho dos exportadores), com 40 milhões de sacas.
Produtores projetam mais uma safra positiva agora, segundo o pesquisador Renato Garcia Ribeiro, do Cepea, da Esalq/USP.

“Exportar esse patamar numa produção total de 59 milhões de sacas é muito bom. E a safra passada foi teoricamente de bienalidade baixa, ou seja, o reflexo foi bastante positivo”, disse.

Conforme ele, o mercado antecipou muitos contratos nos meses de março, abril e maio, devido à pandemia, e as exportações seguem um ritmo forte.

“O cafeicultor não pode reclamar do volume embarcado. Os preços andaram caindo, mas se recuperaram e foram impulsionados pelo câmbio.”

Fonte: Portos e Navios em 09.08.2020

Mesmo com pandemia, novas contratações crescem 70% no Pecém

Mesmo com pandemia, novas contratações crescem 70% no Pecém

Entre janeiro e junho, 872 trabalhadores foram contratados na região, segundo levantamento do Sine/IDT Pecém. Empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém são responsáveis por expansão do mercado local

Ainda que em meio à crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus, empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) têm conseguido expandir as operações e as contratações. Segundo o Sistema Nacional de Emprego do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (Sine/IDT) no Pecém, 872 pessoas foram contratadas no primeiro semestre desde ano, um crescimento de 70% em relação a igual intervalo de 2019.

O número também é maior que o observado no primeiro semestre de 2018, quando foram contratados 551 funcionários, um salto de 58%.

O gerente do Sine/IDT no Pecém, Grijalba Marques, ressalta que o avanço do mercado de trabalho na região se deu principalmente após o início da construção da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), em 2011. Ele estima que mais de 40 mil trabalhadores passaram pela construção da indústria, que atualmente emprega de 4 mil a 5 mil funcionários.

“Nosso maior atrativo é a siderúrgica e os serviços de empresas ligadas a ela, assim como o próprio Porto do Pecém. Esses geram muitos empregos. Eu até brinco que a CSP parece uma minicidade”, ressalta Marques. Ao longo dos anos, o gerente lembra que mais empresas foram se instalando no Cipp, contribuindo para a expansão do mercado de trabalho do entorno.

Ele ainda destaca a continuidade dos serviços prestados na instituição mesmo com o distanciamento social. “Apesar da pandemia, conseguimos, através das atividades online, manter os serviços funcionando e dar continuidade aos processos de contratação para empresas e atividades que não pararam”.

Marques admite que outros negócios da região suspenderam a operação e algumas até demitiram, como no caso das construtoras responsáveis por obras, mas acredita que com o retorno gradual, os projetos serão retomados, bem como os empregos.

Oferta de vagas
Além das contratações por meio do serviço público de emprego, as vagas ofertadas também cresceram em relação aos dois últimos anos. No primeiro semestre, 1.586 oportunidades foram disponibilizadas no Sine/IDT Pecém, sendo 396 deles apenas para empresas vinculadas à Associação das Empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Aecipp). O volume representa uma alta de 95% em relação a 2019 (810 vagas) e de 170% ante 2018 (587).

“Apesar disso, a pandemia gerou impacto. Nós estimávamos um número três vezes maior pela quantidade e grandeza de projetos previstos para este ano, como a própria duplicação da CE-155, a expansão da fábrica da Apodi, investimentos da Aeris, entre outros”, ressalta o gerente.

Ainda assim, Marques comemora o resultado. Na lista das empresas que mais abriram vagas esse ano estão a própria fabricante de pás eólicas <MC0>Aeris, com 217 oportunidades, e a CSP, com 84 ofertas.

Dentre as ocupações mais oferecidas no período estão: soldador, auxiliar de produção, eletricista, mecânico de manutenção de máquinas industriais, ajudante de obra, técnico instrumentista, montador de andaimes, auxiliar de cozinha e auxiliar técnico mecânico.

Parceria
Buscando facilitar o acesso às vagas em aberto e o encaminhamento de mão de obra qualificada, a Aecipp, em parceria com o Sine/IDT e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) Campus Pecém, lançou o Projeto Aproximar. O presidente da entidade, Ricardo Parente, ressalta que a associação busca fazer um papel de aglutinador, defendendo o interesse das associadas e o desenvolvimento econômico do entorno.

“Costumo dizer que o Cipp é a joia da coroa do Estado. Precisamos cuidar para que o desenvolvimento alcance a todos, de forma que todo mundo evolua. Nosso modelo de governança é pautado pelos 3Ps: as pessoas, os processos e os produtos”, afirma.

Entre as ações do projeto estão o encaminhamento de concludentes de cursos do IFCE a oportunidades de trabalho no Complexo, oficinas de como montar currículo e como se portar em uma entrevista de emprego e até mesmo a realização do primeiro curso de operador termoelétrico do Norte e Nordeste. Parente destaca que os professores foram funcionários das termelétricas instaladas no Cipp e que 50% da turma encerrou o curso com empregos.

“Ainda criamos um canal para aqueles que buscam uma colocação falarem conosco. É um banco de dados, em que já temos 7 mil currículos cadastrados, de residentes de Caucaia e de São Gonçalo, mas também do restante do Estado, do Brasil e até de fora. Já conseguimos gerar 1,8 mil oportunidades de trabalho e qualquer empresa pode consultá-lo”, revela.

Parente ainda detalha que a continuidade de geração de postos de trabalho mesmo durante a pandemia é resultado do planejamento de investimentos realizado pelas empresas a longo prazo.

Saldo negativo
O secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Estado, Maia Júnior, por sua vez, pondera que não há motivos para comemorar o aumento de vagas em determinada região enquanto o saldo cearense ainda está negativo em 37 mil empregos.

“Nossa obrigação é gerar emprego. O governador Camilo Santana sempre nos cobra isso. Vínhamos com saldo razoável, dentro do esperado, até março, quando a pandemia começou a se instalar. É bom que as oportunidades continuem surgindo no Pecém, mas feliz eu vou ficar quando nosso saldo voltar a ser positivo”, reflete.

Ele ainda aponta que o desenvolvimento do mercado de trabalho na região se deu com a diversificação da economia. “Tem havido um crescimento importante no segmento de energias renováveis. Durante a pandemia, a primeira empresa no Cipp fechou, a Wobben. Mas outra fábrica em plena atividade e expansão adquiriu a instalação, a Aeris. Os segmentos químicos, hospitalares e de telecomunicações também têm avançado e empregado bastante”, aponta Maia Júnior.

Fonte: Diário do Nordeste em 23.07.2020