Investimento de US$ 400 mi no Ceará eleva oferta de fertilizantes e de urânio

Investimento de US$ 400 mi no Ceará eleva oferta de fertilizantes e de urânio

Projeto, que está na fase de licenciamento ambiental, deve ter mina operando no final de 2023

Redenção. Essa foi a palavra que Tomas Antonio Albuquerque de Paula Pessoa, prefeito de Santa Quitéria (CE), buscou ao falar sobre uma parceira público-privada que está para ocorrer em sua cidade.

Em seu quarto mandato, e tentando o quinto, Pessoa diz que enfim a região poderá desfrutar de um investimento industrial que vem sendo esperado desde 1976.

O prefeito se refere ao consórcio Santa Quitéria, que une a estatal INB (Indústrias Nucleares do Brasil) e a Galvani em um projeto para a extração de fosfato e de urânio na cidade.

“É um casamento de interesses e oportunidades, realizado em um momento adequado”, diz Carlos Freire Moreira, presidente da INB, empresa que tem o monopólio da produção de urânio no país.

O contrato, ainda com possíveis acertos, dá à Galvani o direito de extração dos minerais. Ela fica com o fosfato e repassa o urânio para a INB. A empresa do setor de fertilizantes assume a operação de extração.

“É um projeto com viabilidades interessantes. Vamos produzir fertilizantes fosfatados de alto teor para uma região que cresce muito”, afirma Ricardo Neves de Oliveira, diretor-presidente da Galvani.

A empresa vai utilizar o fosfato para dois segmentos: o de fertilizantes fosfatados e o de fosfato bicálcico. Este último, destinado à nutrição animal, um setor novo para a empresa.

O executivo aposta no sucesso da operação devido à forte demanda por fertilizantes e por suplementação alimentar nas áreas do chamado Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).

Na avaliação do prefeito de Santa Quitéria, a logística favorável e a proximidade da mina de algumas das principias regiões produtoras de grãos e pecuária vão baratear os custos para os produtores. Agricultores de São Raimundo Nonato (PI) e Balsas (MA) serão dois dos polos que serão bastante beneficiados, diz ele.

Para Oliveira, o novo olhar sobre a sustentabilidade no país vai reverter muita área de pastagens para a produção de grãos. Com isso, a pecuária vai ter de usar mais tecnologia e ser mais produtiva.

Segundo o executivo, a Galvani vai poder atuar no Norte e Nordeste com preços bastante competitivos para agricultores e pecuaristas.

O novo projeto auxiliará o abastecimento do país em duas frentes: reduzirá a importação de fertilizantes e elevará a produção nacional de urânio, tornando o país exportador do excesso neste último caso.

A Galvani, quando o projeto estiver terminado, colocará 500 mil toneladas de fertilizantes fosfatados por ano no mercado. O Brasil importa 72% do que consome.

A empresa elevará também a oferta nacional de fosfato bicálcico em 250 mil toneladas. O consumo anual do produto para suplementação animal é de 1,2 milhão de toneladas.

No caso do urânio, o salto na oferta será gigantesco, segundo Freire. Serão 1.600 toneladas por ano de concentrado de urânio (yellowcake), extraído do ácido fosfórico.

A produção de Santa Quitéria terá capacidade para cobrir as necessidades das usinas Angra 1, 2 e 3, e fornecerá combustível para o abastecimento de pelo menos outras três usinas do porte das atuais.

O Brasil será reconhecido como um potencial fornecedor de urânio enriquecido, um produto com muito mais valor adicionado, diz Freire.

“Uma coisa é ter urânio. Outra é saber processar, e o Brasil está no grupo dos poucos países que já dominam essa tecnologia”, afirma ele.

Segundo Freire, “fala-se muito dos malefícios da energia nuclear, mas pouco dos benefícios”. É uma energia limpa e pode ser levada para perto dos grandes centros de demanda. Além disso, ganha espaço na medicina e na agricultura.

Sobre o acidente ocorrido em Goiânia (GO), em 1987, ele o classifica como um ponto fora da curva. Naquele ano, o caso conhecido como o do césio-137 provocou a morte de quatro pessoas e a contaminação de várias dezenas por radioatividade.

Um dos sérios problemas da região é a falta de água, mas o processo a ser utilizado na extração do fosfato e do urânio vai reduzir em 30% o consumo, segundo Oliveira. Entre 80% e 85% da energia elétrica será gerada na própria unidade.

O projeto, que está na fase de licenciamento ambiental, terá investimentos de US$ 400 milhões a US$ 450 milhões. Serão de US$ 320 milhões a US$ 350 milhões na planta e mais um valor de US$ 80 milhões a 100 milhões em outras operações, inclusive portuária.

A mina começa a operar no final de 2023, mas ainda com baixa produção. Aumenta o ritmo em 2024 e estará a plena carga em 2026. A vida útil da jazida é estimada em 30 anos.

O empreendimento movimentará 2.500 trabalhadores, 500 deles com contratação própria. Freire diz que o objetivo é requisitar o máximo possível de trabalhadores da região. Para o prefeito da cidade, as contratações e a formação de profissionais não serão problemas. Santa Quitéria tem várias escolas premiadas pela liderança na qualidade do ensino no estado.

O projeto da INB e da Galvani dará vida a toda a região, segundo Pessoa. O município faz divisa com 14 outros e tem 45 mil habitantes. Está a 230 km do porto de Pecém.

O prefeito já prevê o caixa da cidade um pouco mais gordo, podendo ser acrescentados R$ 20 milhões aos atuais R$ 90 milhões do orçamento.

Pensa, e faz as contas. O movimento será intenso. Serão pelo menos 700 carretas por semana circulando pelo município, afirma.

Fonte: Folha de São Paulo em 11.09.2020

José Maria Zanocchi, sócio da CBPCE publica artigo internacional

José Maria Zanocchi, sócio da CBPCE publica artigo internacional

O artigo intitulado “O novo modelo brasileiro de geração distribuída: um estudo de caso do desenvolvimento sustentável da matriz energética do país a partir de fontes renováveis” foi publicado no livro “Instrumentos Econômicos para um Futuro de Baixo Carbono”, uma publicação internacional da Edward Elgar Publishing em Londres.

O artigo foi apresentado no Chipre em 2019 na vigésima edição da Conferência Global de Tributação Ambiental e integra a coletânea resultante de uma seleção de dezesseis trabalhos destacados do evento. O livro analisa a implementação de instrumentos de mercado para o atingimento das metas de estabilização climática em todo o Mundo.

Em seu artigo, Zanocchi analisa recentes mudanças no marco regulatório no setor que contribuem para o atendimento da crescente demanda por energia elétrica no Brasil, a partir de fontes renováveis, especialmente a solar fotovoltaica. Com base em dados coletados na pesquisa e no estudo de caso, o autor defende a manutenção de algumas conquistas do setor que se encontram atualmente em revisão pela Agência Nacional de Energia Elétrica, destacando especialmente a necessidade do desenvolvimento sustentável da matriz energética brasileira e os imperativos ecológicos deste século.

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Tempo de recriar o turismo de Fortaleza

Tempo de recriar o turismo de Fortaleza

Com localização geográfica estratégica situada no meio do atlântico, a capital Fortaleza avança e aposta para um novo tempo de desenvolvimento econômico do Ceará a partir dos hubs – aéreo, marítimo e digital – visando oportunidades de internacionalização e de posicionamento no mundo para o turismo e outros setores econômicos, Fortaleza é cidade de povo acolhedor e cheio de humor e concentra a maior oferta de atrativos turísticos, centro de eventos, de cultura, de artesanato, museus, mercados, teatros, shoppings polos de gastronomia, polos esportivos, e vários tipos de serviços turísticos, do estado.

Mesmo assim, não tem sido suficientemente atrativa para reter os visitantes por um tempo diurno mais prolongado que lhes possibilite visitar e conhecer suas feiras e parques, passeios turísticos e espaços urbanos. É ao entardecer e à noite que Fortaleza se tona atraente em suas duas extensas orlas de praias atlânticas, Beira Mar e Praia do Futuro.

Do amanhecer ao final do dia, o movimento dos fluxos turísticos escoa e se dispersa pelas praias do litoral leste e oeste, Sim! isso mesmo. Os turistas vão e voltam em um dia das praias do Ceará para dormir em Fortaleza.

Num outro olhar, o turismo que avança no mundo pós-pandemia é responsável, criativo, promove experiências e vivências, valoriza o local e envolve a participação das pessoas e dos bens materiais e imateriais que referendam a identidade do lugar, da cidade e do destino turístico.

A pandemia do século XXI tem levado os destinos turísticos do mundo à ampla reflexão, inovadora e compatível com uma nova sociabilidade urbana inserida na tecnologia digital de forma a se reinventar para um tempo de desenvolvimento sustentável do turismo.

Para os que pretendem assumir a próxima gestão do turismo de Fortaleza fica aqui o desafio de recriar e inovar o seu produto turístico de forma a posicionar como destino de atração nacional e internacional do entretenimento cultural, lazer dos esportes da terra, dos ventos e do mar, dotando a “cidade criativa do design” com identidade e atratividade e diferenciada frente as demais capitais do Nordeste e do Brasil.

*Por Anya Ribeiro, Arquiteta, Urbanista e consultora especialista em turismo e Diretora da CBPCE

Fonte: Jornal O Povo em 01/09/2020

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Complexo do Pecém quer atrair negócios relacionados à alimentação

Complexo do Pecém quer atrair negócios relacionados à alimentação

Atrair unidades de indústrias da alimentação é uma das prioridades para o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), mais ainda para a Zona de Processamento de Exportação (ZPE). Em reunião com o Sindicato das Indústrias da Alimentação e Rações Balanceadas no Estado (Sindialimentos), a diretora executiva do complexo, Duna Uribe, ressaltou que os incentivos oferecidos pela ZPE Ceará, que já exportou 48,04 milhões de toneladas em cargas, são válidos para empresas de qualquer porte. “Não existe investimento mínimo. Basta seguir os requisitos previstos em legislação para obter os benefícios, incluindo a segurança jurídica de um contrato de 20 anos”.

A executiva afirmou ainda que os incentivos são ainda mais vantajosos para empresas menores, devido a menor capilaridade destas no mercado internacional. Para compor a ZPE, é preciso que no mínimo 80% da receita seja oriundo de exportações. “Como são oferecidos benefícios robustos, é necessário que exista uma atividade de processamento, beneficiando o produto que será exportado”, concluiu. Atualmente a ZPE passa por ampliação. Uma área de 137 hectares será adicionada aos 23 hectares atuais. A previsão de conclusão das obras é o primeiro semestre de 2021, porém as empresas poderão se instalar a partir de novembro de 2020.

Fonte: O Otimista em 02/09/2020

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ZPE Ceará movimentou 48 milhões de toneladas em sete anos; obras de expansão estão em 15%

ZPE Ceará movimentou 48 milhões de toneladas em sete anos; obras de expansão estão em 15%

De janeiro a julho de 2020 foi registrada movimentação de 6,5 milhões de toneladas, entre ferro, placas de aço, carvão mineral, gases industriais, entre outros

A obra de expansão da Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE Ceará) atingiu o percentual de 15%. A expectativa é que a nova fase seja entregue no segundo semestre de 2021.

O setor II da ZPE Ceará será dividido em lotes de tamanhos variados, focados também em empreendimentos de médio e pequeno porte, aumentando as possibilidades de possíveis investidores para a expansão.

No último domingo, 30, o equipamento completou 7 anos de atividades. Ao todo, foram movimentadas 48 milhões de toneladas. ‘Este ano, por causa da pandemia, vimos o setor econômico mundial ser afetado diretamente, mas não paramos. As operações da ZPE continuaram e o trabalho administrativo foi realizado remotamente”, destacou o presidente da poligonal, Mário Lima.

De janeiro a julho foi registrada movimentação de 6,5 milhões de toneladas, entre ferro, placas de aço, carvão mineral, gases industriais, entre outros.

Em 2020 a ZPE Ceará virou membro da World FreeZone Organization (WFZO), ampliando a participação da poligonal no mercado internacional.

Fonte: Jornal Focus em 31.08.2020

Maior navio a atracar no Estado chega ao Pecém para embarcar frutas

Maior navio a atracar no Estado chega ao Pecém para embarcar frutas

Embarcação aporta hoje para levar carregamento à Europa. Produtores de melão estimam um crescimento de pelo menos 10% das exportações da fruta neste ano, puxado pela queda da produção no exterior e pela alta do dólar

Porto do Pecém recebe, neste sábado (29), o maior navio a atracar em um porto cearense. Com 330 metros de comprimento e 48 metros de largura, o MSC Shuba B, receberá contêineres carregados de frutas para exportação.

Mesmo diante da crise global, provocada pelo novo coronavírus, a expectativa é que as exportações de frutas apresentem um crescimento em torno de 10% neste ano, puxado, dentre outros fatores, pela queda da produção de melão na Europa e pela alta do dólar, que deixou o produto brasileiro mais competitivo no exterior.

“Tenho conversado com produtores e essa expectativa de 10% eu acho modesta. Acredito que será mais, porque o início desta safra já está superando as expectativas, o que é um indicativo que pode aumentar bastante esse volume”, diz Sílvio Carlos, secretário executivo do Agronegócio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet).

No primeiro semestre, as exportações de melão, principal fruta voltada ao comércio exterior, cresceram 135%, somando US$ 14,1 milhões. Em igual período do ano passado, o Ceará havia exportado US$ 6 milhões.

Logo após o início da quarentena, em abril, havia preocupação no setor com relação aos contratos de compra da safra deste ano. Mas, segundo Luiz Roberto Barcelos, diretor institucional da Associação das Empresas Produtoras Exportadoras de Frutas e Derivados (Abrafrutas), as encomendas da Europa acabaram surpreendendo e superando a programação de cultivo.

As expectativas estão mudando muito. Há uns dois meses a gente estava bem negativo. Agora está mais positivo, principalmente, porque o câmbio está favorável”.

Barcelos, que também é sócio e diretor de produção da Agrícola Famosa, maior exportadora de frutas do País, diz que devido ao novo coronavírus, a Espanha, principal produtor europeu de melão, enfrentou dificuldade para contratação de mão-de-obra, o que acabou pressionando os custos de produção e aumentando a demanda pelo produto brasileiro.

“Eles tiveram problema para contratar os imigrantes, com isso, diminuíram consideravelmente a produção local”.

A Agrícola Famosa, que tem cerca de 9 mil hectares cultivados, espera exportar em torno de 150 mil toneladas neste ano, um incremento de pouco mais de 10% em relação ao volume registrado no ano passado (135 mil toneladas).

Movimentação

Em 2019, o Porto do Pecém movimentou 11.578 contêineres (TEUs), volume 42% superior ao de 2018. Segundo Raul Viana, gerente de Negócios Portuários do Complexo do Pecém, o crescimento foi impulsionado pelo setor da fruticultura nos estados do Rio Grande do Norte, Bahia, Pernambuco, além do Ceará.

De acordo com dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), de janeiro a junho de 2020, o Ceará foi 11º Estado em exportações, com o embarque de 2 milhões de toneladas, das quais 1,5 milhões foram enviadas pelo Porto do Pecém.

Produção nordestina

Diante dos resultados iniciais desta safra, Raul Viana diz que a expectativa é de que haja um crescimento de pelo menos 30% com relação aos volumes de 2019. “E esse crescimento se deve também ao fortalecimento da fruticultura, principalmente, nos estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia e Pernambuco”, destaca. “Juntos, esses estados produzem para países como Estados Unidos, Holanda, Reino Unido e Espanha, que são hoje os que mais recebem as frutas exportadas através do Porto do Pecém”, diz.

Além de escoar as frutas produzidas no Ceará, o Porto do Pecém vem sendo a principal porta de saída para as frutas produzidas na região do Vale do Rio São Francisco, sobretudo uvas e mangas. Em 2019, o porto cearense foi responsável por 38% das exportações dos produtores da região, enquanto o porto de Salvador escoou 31% e o de Natal, 21%, segundo dados da Associação dos Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco (Valexport).

“O Pecém apresenta um custo operacional menor do que os demais e um trâmite mais rápido”, diz Tássio Lustoza, gerente-executivo da Valexport. Essas vantagens acabam compensando os custos logísticos decorrentes da maior distância do porto cearense em relação ao de Salvador.

De acordo com Tássio, a expectativa dos produtores do Vale do São Francisco é atingir, neste ano, o mesmo patamar de produção de 2019, quando a região registrou recorde de exportação. “A gente entende que está pegando a retomada, pós-pandemia, em um bom momento”.

Novas rotas

Para este ano, o Ceará deverá iniciar as exportações para a China. Mesmo que ainda em pequenos volumes, a expectativa é de que haja um grande potencial a ser explorado no mercado asiático nos próximos anos. “Acredito que a partir de outubro deve sair alguma coisa (para a China). O volume será pequeno, mas o potencial é grande”, diz Barcelos. Ele diz ainda que o volume enviado para o Oriente Médio também deverá crescer.

Segundo Viana, o envio de melão para o mercado chinês poderia “facilmente” triplicar os atuais volumes de exportação da fruta via Pecém. “Contudo, é necessário criar uma solução logística que atenda o ‘shelf-life’ (tempo de prateleira), uma vez que é uma carga perecível e não suportaria uma viagem de 40 dias somente na parte do transporte marítimo. É necessário que todos da cadeia logística se juntem para que seja desenvolvida uma solução para o atendimento deste mercado”.

Além das linhas que já ligavam o Porto do Pecém aos Estados Unidos e ao norte da Europa, em agosto do ano passado, o porto cearense começou a operar um nova linha ao continente europeu com direção a portos no Mediterrâneo, como Valência (9 dias de viagem) e Barcelona (11 dias), na Espanha, e Gênova (13 dias), na Itália. Esse novo serviço, operado pela Mediterranean Shipping Company (MSC), permitiu a conexão dos contêineres de frutas a países do Oriente Médio, a partir de Valência.

Fonte: Diário do Nordeste em 29.08.2020

Ceará Global debate movimentação de cargas

Ceará Global debate movimentação de cargas

A contribuição das cargas movimentadas no Porto de Fortaleza para a internacionalização do Ceará foi destaque no painel “Os Novos Destinos dos Negócios Internacionais do Ceará” promovido pelo Ceará Global: o futuro em 360º, que neste ano realizou edição inédita online. Minério de manganês, escória, óxido de magnésio, clínquer, coque de petróleo, pescados, couros, cera de carnaúba e castanha de caju que embarcam no Porto de Fortaleza para países como França, Bélgica, Índia, China, Estados Unidos, Reino Unido, Holanda, e Espanha, são algumas das cargas que contribuem com a internacionalização do Ceará.

Desde o último mês de janeiro, o equipamento movimentou 685.122 toneladas de granéis sólidos não cereais e 266.656 toneladas de carga geral. A diretora-presidente da Companhia Docas do Ceará (CDC), engenheira Mayhara Chaves, falou na última terça-feira (25) sobre a contribuição do Porto de Fortaleza no cenário de internacionalização do Estado.
A exportação, no Mucuripe, conta também com um item sazonal, no caso, as frutas. A safra neste ano terá início no dia 18 de setembro e deve se estender até o dia 26 de janeiro de 2021, com destaque para o melão, melancia, manga e uva.

Logística
A questão da logística também foi tratada nesse painel, que contou com a participação de Rebeca Oliveira (Complexo do Pecém) e Andreea Pal (Fraport Brasil). De acordo com Mayhara Chaves, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, vem incentivando a logística para melhorar a movimentação de cargas marítimas, aeroportuárias e terrestres no país, além de reduzir o custo do transporte e impulsionar o desenvolvimento socioeconômico.

“A intenção do Governo Federal, por meio do Minfra, é fazer com que a cabotagem cresça além dos 10% registrado nos últimos anos com este incentivo”, pontua a diretora-presidente da CDC.

Fonte: O Estado CE em 28.08.2020

Conheça as três equipes vencedoras do primeiro Hackaton do Ceará Global

Conheça as três equipes vencedoras do primeiro Hackaton do Ceará Global

Anúncio aconteceu durante o painel “O Ceará em 360º”, nesta terça-feira (25)

Depois de 48 horas de maratona online, o Let’s Hack, primeiro hackaton do Ceará Global, premiou, nesta terça-feira (25), as três ideias mais inovadoras de soluções para internacionalização da economia cearense. O anúncio aconteceu durante o painel “O Ceará em 360º”, mediado pela jornalista Neila Fontenele, com a participação da Presidente da Câmara Setorial de Comércio Exterior da ADECE e coordenadora do Núcleo de Práticas em Comércio Exterior (Nupex) da Unifor, Mônica Luz; do Vice-presidente da Câmara Brasil Portugal Ceará (CBPCE), Rômulo Alexandre Soares; e da Fundadora da Muvon, Mariana Zonari.

A primeira edição do Let’s Hack reuniu mais de 500 inscritos de 14 estados do Brasil. Ao todo, 13 times participaram da maratona online de criação. Entre a noite de sexta-feira (21) e a tarde de domingo (23), eles desenvolveram do zero, com o auxílio de 41 mentores, propostas de soluções para melhoria dos âmbitos da internacionalização da economia cearense.

Foram premiadas soluções criadas para apoiar, desenvolver, educar e promover a economia do Ceará em todas as vertentes: comércio exterior, investimento estrangeiro, cooperação internacional e desenvolvimento sustentável.

A Fundadora da Muvon, Mariana Zonari, destacou o sucesso da primeira edição da maratona. “Foram três dias intensos, de trabalho ininterrupto. E o melhor de tudo foi ver tanta gente de outros estados propondo ações voltadas ao desenvolvimento sustentável do comércio internacional e do investimento estrangeiro no Ceará”, pontuou.

As três equipes ganhadoras foram premiadas com R$ 10 mil reais, divididos da seguinte forma: R$ 5 mil para o 1º colocado, R$ 3 mil para o 2º colocado e R$ 2 mil para o 3º colocado. Além da premiação em dinheiro, a equipe campeã ganhou 10 horas de sala de reunião pela Elephant Coworking; registro de marca pela Wettor Marcas e Patentes; mentoria pela Casa Azul Ventures; e 150 pontos do pacote de pontos para Startups Only State pelo escritório APSV Advogados. Os três primeiros colocados irão participar, ainda, do programa de pré-incubação da aceleradora de inovação aberta StartupGrid.

Conheça as soluções vencedoras:

1º lugar – Equipe Oxente

Composição:
Marina Lima Sanção / Fortaleza (CE)
Maria Rita Santos / Vitória da Conquista (BA)
Francisco Bruno Rodrigues Martins / Canindé (CE)
Roberta Rocha Lima Pinheiro / Fortaleza (CE)
Mariana D. Sá Tomaz Nogueira / Fortaleza (CE)

Solução:
Foi desenvolvida uma plataforma web e mobile com perfis de MPEs do Ceará, de Tradings que atuam na região Nordeste (empresas que fazem a venda dos produtos no exterior) e
prestadores de serviços do setor. Através de um B2B, será possível conectar esses atores de maneira simplificada. Por meio de filtros específicos, o aplicativo proverá “matches” (estilo “tinder”…) entre os participantes, facilitando e fomentando as exportações de produtos cearenses.

2º lugar – VTS (Vitta Trade Sustentare)

Composição:
Maira Gazzi Manfro / Caxias do Sul (RS)
Luan Soares da Costa / Gonzaga (MG)
José Luciano de Morais Neto / Fortaleza (CE)
Juliana Mendonça / Fortaleza (CE)
Juliana Ferreira Vivacqua / São Paulo (SP)
Rafael Rodrigues Rocha de Melo / Fortaleza (CE)
Paulo Roberto Mourão Dourado Filho / Fortaleza (CE)

Solução:
Promover a conexão entre as pequenas empresas e produtores de castanha de caju do estado do Ceará com as grandes importadoras estrangeiras. O objetivo é oferecer serviços personalizados para otimizar recursos, garantir a confiabilidade e comodidade nas transações comerciais. A solução é capaz de contribuir também para o desenvolvimento do país em relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), especificamente, destacando alinhamento com o ODS 8 e 9.

3º lugar – Warriors-team

Composição:
Beatriz Amaral de Queiroz / Fortaleza (CE)
Otávio Silva Amarante / Belo Horizonte (MG)
Alejandro Bessa Ortiz / Contagem (MG)
Cássio Antônio Ferreira / Belo Horizonte (MG)
Lannara Natyelle Santos Silva / São Luís (MA)
Paulo Roberto / Contagem (MG)

Solução:
O porto e os donos de containers utilizarão uma integração hardware-software através de uma API que fornecerá informações sobre o plug-in e plug-out em tempo real. Proporcionando, assim, um maior controle do uso de energia e uma visualização de seus principais gastos de forma prática.

Fonte: Ceará Global em 26/08/2020

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Número de investidores estrangeiros no Ceará mais do que dobra em 10 anos

Número de investidores estrangeiros no Ceará mais do que dobra em 10 anos

Estado possui mais de 5.800 empresas constituídas com capital externo e, mesmo diante da pandemia, segue recebendo investimentos de fora
Localizado em posição geográfica privilegiada perante a Europa, Estados Unidos e Norte da África, o Ceará tem se mostrado, cada vez mais, uma terra de grandes oportunidades para empresários estrangeiros que decidem apostar no Brasil. Nos últimos dez anos, por exemplo, o número de investidores de outros países mais do que dobrou no Estado, passando de 4.104, em 2010, para 8.531 no primeiro semestre de 2020, segundo estudo divulgado durante o evento Ceará Global – O Futuro em 360º.

Elaborado pela Câmara Brasil Portugal no Ceará (CBP-CE), com apoio da Junta Comercial do Estado, a edição 2020 do levantamento B.I. Investimento Estrangeiro no Ceará revela que, da quantidade total de investidores externos atualmente presentes no Ceará, mais de 3.800 são oriundos de dois países europeus: Itália, com 2020 investidores; e Portugal, que conta com 1.854. França (663), Espanha (655) e China (375) completam os cinco principais destaques.

Para Rômulo Alexandre Soares, sócio da APSV Advogados e vice-presidente da Federação Brasileira de Câmaras de Comércio Exterior, o que aproximou o Estado de investidores europeus foram as ligações aéreas entre Fortaleza e importantes destinos da região, desenvolvidas ao longo dos anos. “Costumo dizer que navios transportam mercadorias e aviões transportam investimentos”, afirma.

“Em 1998, quando a TAP começou a operar a rota Fortaleza/Lisboa, houve um forte processo de aceleração de investimentos estrangeiros e, hoje, os portugueses são um dos principais grupos de investidores do Estado. O mesmo tem acontecido com franceses e holandeses, após a chegada do hub da Air France/KLM no Aeroporto de Fortaleza. O fato de ter uma ligação aérea permite criar laços de negócios extremamente difusos”, comenta Rômulo Alexandre.

Para o presidente da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), Eduardo Neves, outro fator que culminou no aumento de investidores estrangeiros no Ceará, ao longo da última década, foi a chegada de grandes empreendimentos ao Estado, como a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), a Siderúrgica Latino-Americana (Silat) e a Vestas, maior fabricante de turbinas eólicas do mundo, localizada no município de Aquiraz.

“Podemos dizer que esses são os maiores investimentos em termos financeiros, mas outro fator interessante é o aumento do turismo no Estado, trazendo mais investidores de pequeno e médio porte, seja no mercado imobiliário, em hotéis, ou também em pousadas e restaurantes. Esse tem sido um movimento muito forte” destaca Eduardo Neves.

Somente no primeiro semestre de 2020, mesmo com toda a instabilidade gerada pela pandemia da Covid-19, 184 novos investidores decidiram aportar recursos no Ceará, segundo o levantamento. Desses, a maioria são pessoas físicas, mas, segundo especialistas, a grande quantidade captada pelo Estado faz com que o impacto econômico seja significativo.

Número de empresas cresce na crise

Além da quantidade de investidores, o número total de empresas com capital estrangeiro no Ceará também cresceu em meio à crise do novo coronavírus, tendo em vista que houve um incremento de 153 novos negócios no primeiro semestre deste ano. Ao todo, o Ceará conta, atualmente, com 5.822 empresas com aportes internacionais, alta de 122,5% ante as 2.616 registradas em 2010.

Das novas empresas com capital estrangeiro que chegaram ao Ceará em 2020, 24 possuem sócios italianos, 21 têm aportes colombianos e 16 de investidores portugueses. Somadas, a mais de 5.800 empresas deste tipo existentes no Estado têm um capital social de R$ 31,22 bilhões, aponta o estudo da CBP-CE.

“A pandemia atrapalhou, sem dúvida, pois interferiu no comércio exterior e nos investimentos, mas a questão do câmbio é um item extremamente importante, porque é quanto você consegue comprar na economia local. Assim, a posição cambial, hoje, é vantajosa para as exportações e para atrair investimentos, pois fica mais barato apostar em negócios no Brasil”, opina Rômulo Alexandre.

Ainda segundo o vice-presidente da Federação Brasileira de Câmaras de Comércio Exterior, diferenciais competitivos do Ceará, como as conexões aéreas, os portos do Pecém e de Fortaleza, assim como a localização geográfica e o ramal ferroviário da Transnordestina, ainda não concluída, dão totais condições de que o Estado siga recebendo investimentos estrangeiros ao longo dos próximos anos, mesmo em uma cenário de retomada da economia global.

“O Ceará tem, sim, como atrair investimentos. Fortaleza é uma metrópole de influência regional, que tem impacto sobre 20 milhões de habitantes, sobre um território envolvendo Ceará, Piauí, Maranhão e parte do Rio Grande do Norte. Se identificarmos as vocações da cidade, temos tudo para avançar, pois ela é privilegiada no aspecto geoeconômico”, diz Rômulo.

Quem também se mostra otimista quanto à chegada de novos investimentos estrangeiros é o presidente da Adece. Segundo Neves, com sua “trinca de hubs”, o Ceará possui um cenário favorável para a captação em diversos setores. “Já estamos sentindo na área de tecnologia e a possibilidade de atrairmos outras empresas tem sido crescente, seja no mercado de e-commerce ou no armazenamento de dados. Na área de logística a tendência é de que tenhamos mais empresas de grande porte” opina.

US$ 4 bilhões em investimentos

Segundo o levantamento da CBP-CE, atualmente o Ceará conta com cerca de US$ 4 bilhões em investimento estrangeiro direto na sua economia, incluindo US$ 4 milhões inseridos nos primeiros seis meses de 2020.

Do início do século até o primeiro semestre deste ano, somente a Coreia do Sul responde por 29% de tudo que foi investido no Estado, principalmente por conta das empresas Dongkuk e Posco, responsáveis pela implantação da CSP, que também tem a Vale em sua composição acionária.

Além dos sul-coreanos, os portugueses também possuem uma participação significativa no investimento estrangeiro do Estado, com 22% do total, o que representa aportes de aproximadamente US$ 3 bilhões ao longo das duas últimas décadas. Alemanha (US$ 1,56 bi) completa o pódio dos destaques.

Segundo o estudo divulgado no Ceará Global 2020, a indústria da transformação foi o setor que mais recebeu investimentos estrangeiros no Estado ao longo dos últimos 20 anos, com US$ 5,53 bilhões. Na sequência, aparece o setor de eletricidade e gás, com US$ 4,66 bilhões no período. A categoria “atividades e serviços complementares aparece na terceira colocação, com US$ 2,19 bilhões.

Para Rômulo Alexandre, há outros setores com potencial para aumentar sua participação e despontar, nos próximos anos, como destaques na captação de investimentos estrangeiros. “Há grandes oportunidades para atrair investimentos na área de serviços e na de telecomunicações, principalmente na parte de dados. O Ceará fez o dever de casa, com transparência, responsabilidade fiscal e investimento em educação. Assim, é natural que a evolução continue”, finaliza.

Fonte: Trends CE em 26/08/2020

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Grupo Vila Galé inaugura novo hotel em São Paulo o Vila Galé Paulista, sua 10ª unidade no Brasil

Grupo Vila Galé inaugura novo hotel em São Paulo o Vila Galé Paulista, sua 10ª unidade no Brasil

Representando um investimento de 60 milhões de reais (mais de 9 milhões de euros), o novo hotel localiza-se na rua Bela Cintra, muito próximo da emblemática Avenida Paulista e de algumas das principais atrações da cidade, como a animada Rua Augusta, o Museu de Arte de São Paulo ou o Parque Trianon. Fica também a poucos minutos do aeroporto de Congonhas.

Dedicado ao tema da pintura, o Vila Galé Paulista conta com 108 quartos, pizzaria Massa Fina, cafetaria Vila Galé Café, piscina exterior, sauna e ginásio.

«No ano em que completamos 20 anos de presença no Brasil, inauguramos a 10ª unidade no país e escolhemos a cidade de São Paulo pela importância econômica e cultural. Dada a proximidade com os principais museus e centros culturais, a proposta de arquitetura e design foi inspirada nos principais movimentos de pintura ao longo dos séculos. Por isso, a decoração de cada quarto homenageia um pintor. E nos corredores são explicados os vários movimentos da pintura», explica o presidente da Vila Galé, Jorge Rebelo de Almeida.

Apesar da atual conjuntura e em contraciclo com as tendências do turismo, o grupo continua a apostar e a acreditar no turismo no Brasil.

«Sempre confiamos no potencial turístico brasileiro e trabalhamos para que os nossos empreendimentos sejam importantes polos de desenvolvimento e geradores de empregos. Por isso, temos vindo a consolidar a nossa posição como a maior rede de Resorts do Brasil. A pandemia deixou-nos lições importantes, mas estamos seguros e confiantes na retoma do turismo no país», sublinha Jorge Rebelo de Almeida.

No Brasil, a Vila Galé soma mais três hotéis de cidade, em Fortaleza, Salvador e Rio de Janeiro e ainda os Resorts Vila Galé Marés (Bahia), Vila Galé Cumbuco e VG Sun (Ceará), Vila Galé Eco Resort do Cabo (Pernambuco) e Vila Galé Eco Resort Angra (Rio de Janeiro). Atualmente, todas as unidades estão já a funcionar, após uma paragem de alguns meses devido à pandemia.

Fonte: Publituris em 21/08/2020

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