PIB cearense cresce 2,11% em 2019 e tem desempenho melhor que o nacional

Dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) apontam que o Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará teve desempenho melhor que o nacional em 2019. Enquanto o indicador teve crescimento de 2,11% no estado, Brasil cresceu apenas 1,1%. Setor com maior destaque foi a indústria, que teve retomada no ano passado após queda em 2018 ocasionada pela greve dos caminhoneiros.

Dos três setores que compõem o PIB – Indústria, Serviços e Agropecuária – o primeiro apresentou crescimento de 4,08% no Ceará, em 2019, bem acima do nacional: de 0,5%. Já o segmento de Serviços fechou o ano passado com elevação de 1,78%, também superando o índice no Brasil: de 1,3%. Já o setor agropecuário cearense evoluiu 1,33% em 2019, desempenho equivalente ao nacional, que foi de 1,3%.

O coordenador de contas regionais do Ipece, Nicolino Trompieri, explica que melhor desempenho do Ceará em comparação ao Brasil se dá em grande parte devido ao fato de o Ceará ter um setor de serviços mais abrangentes, principalmente no comércio e turismo. Ele também destaca o crescimento da produção de energia em cerca de 40% ligado à ativação das termelétricas, o que levou a um crescimento maior da indústria.

No setor industrial do Ceará, em 2019, o melhor resultado ficou com o segmento de Eletricidade, Gás e Água (SIUP), com 11,33%, seguido pela Construção Civil, com 3,88%, e Transformação, com 1,25%, enquanto a Extrativa Mineral amargou declínio de -7,21%. Já no setor de Serviços, o melhor resultado ficou com o Comércio, com 4,07%, seguido por Intermediação Financeira, com 2,18%; Transportes, com 1,98%; Alojamento e Alimentação, com 0,98%, e Administração Pública, com 0,26%. Outros Serviços decresceu -1,79%.

Nicolino pondera que, apesar dos números positivos referentes a 2019 não se pode ainda ter uma perspectiva otimista para esse ano. “O momento é de muita cautela para a previsão de 2020 por causa dos efeitos negativos muito grandes da pandemia, são efeitos que passam por várias atividades. É uma crise muito diferente de outras, que tem um problema sanitário, que tá afetando fortemente toda a economia. Por conta desses vários efeitos ainda é cedo para a gente poder dar um tamanho desse efeito negativo para a economia”, analisa.

Antes da pandemia, a projeção é que o PIB cearense crescesse 2,38% em 2020, enquanto o Brasil cresceria 2,25%. Conforme Trompieri, o Ipece está revendo as projeções e analisando os impactos da paralisação da economia para poder traçar novas perspectivas. “Daqui a um tempo a gente deve divulgar a primeira previsão mais apurada de acordo com os últimos fatos. Temos que aguardar o mês de junho, quando a gente marca o PIB do primeiro trimestre, assim como o Brasil”, diz.

Ipece também divulgou o Ipece Conjuntura – Boletim da Conjuntura Econômica Cearense, documento que traz uma análise mais completa do último trimestre. “Detalha bem mais os números retratados no PIB, analisa vários outros indicadores, comércio, indústria, de forma mais detalhada que o próprio número do PIB. É um complemento”, coloca Nicolino.

Fonte: O Otimista em 15.04.2020

Setor de Saúde cearense investe contra pandemia e gera oportunidades de emprego em cenário de crise

A crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus tem levado muitas empresas a cortar gastos e, em muitos casos, a demitir. No entanto, alguns setores produtivos não sofreram cortes e estão até contratando mão de obra para dar conta do aumento da demanda. Em um mês, o segmento hospitalar já abriu mais de mil vagas no Estado – e juntamente com o farmacêutico e de supermercado, são os principais recrutadores.

O Sistema Hapvida, por exemplo, diz ter criado 800 postos de trabalho de março para abril. Do total, 500 foram de vagas temporárias para enfermeiros e técnicos de enfermagem, na rede própria, e o restante para suprir gestantes, pessoas com mais de 60 anos, com doenças crônicas, entre outros. Parte do corpo de trabalho do grupo está atuando de forma remota.

“Além disso, a empresa ampliou diversos serviços, como a teleconsulta, distribuição de insumos por todo o país e mantém uma programação diária nas redes sociais com informações da companhia no período”, informou em nota.

Já a Unimed Fortaleza, por sua vez, prevê que até o fim deste mês cerca de 250 vagas serão abertas para suprir a crescente procura por serviços de saúde.

Segundo a cooperativa, em março foram contratados 73 novos colaboradores, principalmente, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com 34 novos postos. Em abril, até o momento, 54 pessoas foram empregadas, com o setor de emergência liderando, com 16 postos. A Unimed acrescenta que ainda serão admitidos neste mês 253 pessoas, sendo a maior parte delas na UTI (118), emergência (57), clínica médica (42), fisioterapia (26) e centro de distribuição (7).

“Na área assistencial, de atendimento, estamos tendo que contratar a mão de obra porque a demanda está aumentando. E precisamos de um excedente porque há o risco de profissionais adoecerem e precisarem se afastar. Como não tem tanta gente disponível no mercado para contratarmos de uma vez, temos tido custos a mais com hora extra. Esse mês pagamos ou iremos pagar um grande volume. Temos tido aumento de custos e despesas mesmo sem aumento de receita”, explica o presidente da Unimed Fortaleza, Elias Leite.

Ele diz que houve aumento no quadro de profissionais na parte de hospital e clínicas, onde há pronto atendimento para pessoas com suspeita de covid-19.

“A quantidade de pessoas que ainda vão ser contratadas vai depender da curva de contaminação e da substituição de profissionais que venham a adoecer. Estamos contratando principalmente médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem, mas também incrementamos o quadro do serviços gerais, que é muito importante. Ainda aumentamos o número de assistentes sociais e psicólogos. Criamos uma área para acolhimento das famílias de pacientes internados com covid-19”, acrescenta.

Leite também afirma que praticamente 100% da parte administrativa da empresa está home office. “Mas não reduzimos jornadas nem suspendemos contratos de trabalho. O que fizemos foi dar férias para parte dos funcionários, mas não representa grupo significativo. Quanto aos nossos profissionais com idade acima de 60 anos ou alguma morbidade, estamos priorizando a concessão de férias ou realocando para outros departamentos que não a linha de frente”.

O presidente da Unimed Fortaleza ainda diz que o número de atendimentos totais diminuiu. “Felizmente, a população está entendendo que só deve ir ao pronto-atendimento com sinais de alerta. No entanto, a proporção de pessoas que chegam e são internadas tem aumentado”.

Contratação

Nesse movimento de contratações, algumas profissões têm visto a demanda aumentar. O enfermeiro Egberg Santos estava há um mês desempregado quando surgiu uma vaga na Unimed Fortaleza. Ele conta que, por conta da pandemia, o mercado para a profissão cresceu.

“Muitos hospitais abriram pontos de apoio e de emergências para triagem de pacientes com suspeita de covid-19. Também foram abertas UTIs para os pacientes com maior gravidade. O mercado abriu, mas infelizmente por uma situação ruim pela qual a gente está passando”, reforça.

De acordo com Santos, apesar do aumento da demanda, muitos trabalhadores da área estão receosos por causa do novo coronavírus. “Tem muitos funcionários que têm receio de trabalhar com esse perfil de paciente, mas as vagas estão conseguindo ser preenchidas em tempo hábil”.

Ele avalia que muitas empresas estão aumentando os salários como forma de atrair os profissionais. “Elas estão pagando melhor os plantões específicos para trabalhar com o coronavírus”.

O enfermeiro trabalha atualmente no setor de UTI atendendo pacientes diagnosticados ou com suspeita de covid-19 . “Quanto a questão da segurança, a minha empresa oferece todos os equipamentos para a proteção. Não temos este problema lá”.

Equipamentos

A gerente de Recursos Humanos da LocMed Hospitalar (aluguel e venda de equipamentos hospitalares), Cleane Teles, diz que antes da pandemia a empresa já tinha planos para aumentar o efetivo. “Demos seguimento à contratação mesmo com a crescente demanda. E nós estamos conseguindo segurar os empregos atuais”.

Teles afirma que o quadro atual, de cerca de 150 colaboradores, é suficiente para atender a demanda. No entanto, a empresa preferiu continuar com o processo seletivo para oito vagas. “A gente está sendo muito demandado e preferimos não congelar o processo de seleção. Quem estiver interessado pode acessar a nossa plataforma no link jobs.Solides.Com/locmed”.

Essenciais

Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de Estado do Ceará (Sincofarma/CE), Antonio Félix, algumas farmácias aumentaram em até 10% o efetivo. Ele ressalta que esse volume de contratações foi direcionado para os entregadores. “Se tiver ocorrido um acréscimo, deve ter sido no delivery. Porque aumentou a entrega, mas isso estourando 10%”, diz.

Nos supermercados do Ceará também houve aumento da demanda e consequentemente crescimento no quadro de funcionários de algumas empresas. Segundo o vice-presidente da Associação Cearense de Supermercados (Acesu), Nidovando Pinheiro, muitos estabelecimentos estão contratando trabalhadores no formato intermitente.

“Muitos supermercados continuam contratando temporariamente, e as vagas podem se tornar efetivas por conta dessa demanda que teve.. A gente viu várias empresas contratando, mas eu não tenho esse número fechado. No meu supermercado, nós criamos 15 vagas de carteira assinada”.

De acordo com ele, no início da pandemia houve aumento de demanda, mas que vem se estabilizando. “Antes da Páscoa, a gente já vinha percebendo uma movimentação normal. Vamos aguardar agora esse dinheiro – o auxílio emergencial de R$ 600 – que o Governo Federal está disponibilizando para as pessoas. A gente vai esperar esse dinheiro entrar no mercado para ver como ficam as coisas”.

Restaurante muda rotina

O fechamento temporário de bares e restaurantes por conta da Covid-19 fez estabelecimentos mudarem a rotina de trabalho dos profissionais. É o caso, por exemplo, do restaurante Renascença, que mudou a função de recepcionistas e garçons para atendentes e entregadores. Segundo o proprietário, Eduardo Mello, não houve nenhuma demissão na casa. Ele conta que usou todas as disponibilidades permitidas por lei para preservar os empregados.

“Para alguns funcionários, eu dei férias. Para outros, eu fiz a suspensão do contrato de trabalho, outros tiveram a redução de jornada de trabalho e uma parte final eu mantive trabalhando por conta do delivery”, diz.

A mudança de funções envolveu alguns funcionários do restaurante. “No caso da entrega, eu mudei três funcionários. Nas formas de atendimento, eu modifiquei duas funcionárias do salão que passaram a fazer as vendas por telefone. A moça que trabalha na balança passou a trabalhar recebendo os pedidos e atendendo ao drive thru. E os funcionários da cozinha ficaram na linha de montagem”, explica o empreendedor.

Mello diz ainda que o movimento do delivery não alcança o movimento que a casa tinha antes da pandemia. “O delivery é muito aquém do presencial. O faturamento do delivery não representa nem 30% do nosso atendimento presencial. Em média, chega a 20% do que era antes da pandemia”.

Ele conta também que há desafios de adaptação, uma vez que o restaurante não disponibilizava de entrega antes da crise do novo coronavírus. “Nós estamos nos adaptando à nova realidade. A equipe já tinha uma forma de trabalhar e a gente está fazendo mudanças necessárias. Os clientes de delivery são mais exigentes por toda essa questão de higiene e qualidade do produto, mas nós estamos tentando manter a qualidade”, avalia.

Fonte: Diario do Nordeste em 14.04.2020

Plataforma recebe inscrições de ideias inovadoras para economia

A plataforma Somos Um recebe, até a próxima quinta-feira (16), inscrições gratuitas de ideias e soluções inovadoras para a economia pós-pandemia. Os inscritos concorrem à premiação nos valores de R$ 5 mil, R$ 3 mil e R$ 2 mil

A situação de paralisação das atividades econômicas durante a pandemia do coronavírus tem provocado novas perspectivas sobre a economia. Enquanto a crise de saúde pública bloqueia o modo habitual de produção das empresas e organizações, parte da sociedade já se inquieta para emplacar um novo paradigma de negócios no Ceará.

Atrás de encontrar essa inovação, o Desafio Retoma Ceará está com inscrições abertas para gestores públicos, empresários e executivos de empresas privadas, agentes do setor financeiro, professores e estudantes universitários, lideranças comunitárias e demais pessoas interessadas em colocar em prática ideias para uma “nova economia”.

Até a próxima quinta-feira (16), a plataforma online Somos Um, em parceria com o Ninna Hub e a Grow+, inscreve gratuitamente propostas inovadoras nesse sentido. As três melhores ideias concorrem às premiações de R$ 5 mil (primeiro colocado), R$ 3 mil (segundo), e R$ 2 mil (terceiro). As inscrições são individuais ou por equipe, de acordo com o regulamento exposto no site.

“O legal é juntar, por exemplo, um gestor público, com alguém que entende de finanças e parte tributária, com empresário, com o comerciante do bairro, pra ele dizer qual é a dificuldade dele e eles pensarem juntos numa solução”, observa a empresária Ticiana Rolim Queiroz, uma das idealizadoras da iniciativa.

O regulamento sugere uma série de temas para direcionar as ideias: aspectos tributários; economia informal, empreendedores informais e informalidade na economia; ampliação e complementação de renda; e desburocratização da economia. E as propostas devem beneficiar, sobretudo, trabalhadores informais, microempreendedores individuais, microempresários e profissionais liberais.

O objetivo é que as ideias beneficiem diretamente os informais (Artesãos, ambulantes, costureiras, diaristas flanelinhas e outros), Micro Empreendedores Individuais – MEI (Cabeleireiros, manicures, mestre de obras e outros), as Micro Empresas – ME (Mercadinhos, salões de beleza, lanchonetes, lojas de roupas e outros) e profissionais liberais, como advogados, consultores, psicólogos, professores / instrutores e outros.

Início

Ticiana Rolim recapitula que a ideia do Desafio surgiu após cinco dias de quarentena no Ceará. Ao lado de outros empreendedores, a empresária refletiu sobre a necessidade de criar uma oportunidade para as pessoas que tivessem dificuldades de inovar neste período de crise.

“É uma chance de elas colocarem o que criam em prática. Ao invés de só colocar a culpa no governo, é sair do jogo de acusação e ser protagonista, fazer a diferença. A pergunta é ‘como colocar meus dons e talentos a serviço dessa pandemia?'”, sugere ela.

Orientada por um pensamento de desenvolvimento sustentável, a empresária conta que, ainda no mês passado, chegou a dar palestras para outros empresários sobre o que seria a “nova economia”. Ela defende como a sociedade agora precisa encontrar, diante dos efeitos da pandemia, um meio termo entre o “capitalismo selvagem” e a paralisação atual, dois polos de um mesmo pêndulo.

“São dois extremos e nenhum é sustentável. Então é preciso ter calma, refletir e pensar numa forma equilibrada de como ganhar dinheiro e mudar o mundo”, vislumbra.

Até a próxima quinta (17), a plataforma online Somos Um, em parceria com o Ninna Hub e a Grow+, inscreve gratuitamente propostas inovadoras para os períodos de crise e pós-crise econômica

Inscreva-se: http://www.somosumce.com.br/

Fonte: Diário do Nordeste em 13.04.2020

Estado anuncia pacote de apoio às empresas no Ceará

Iniciativas tem o objetivo de aliviar as obrigações fiscais e tributárias dos negócios com o Governo do Estado. Medidas foram anunciadas pelo goveranador Camilo Santana durante transmissão ao vivo pelo Facebook

O Governo do Estado ouviu os pleitos do setor produtivo e anunciou um pacote de medidas para apoiar as empresas no Estado. A iniciativa visa dar suporte fiscal aos negócios cearense ao aliviar as obrigações tributárias. A informação foi confirmada pelo governador Camilo Santa durante transmissão ao vivo pelo Facebook.

A lista de iniciativas conta com a prorrogação do prazo por 90 dias para empresas se adequarem à documentação de ações fiscalizatórias por 90 dias; extinção do pagamento Fundo de Equilíbrio Fiscal por 3 meses; e prorrogação da validade das certidões negativas por 90 dias, para que empresas possam participar de licitações.

A lista de medidas anunciadas pelo governador ainda conta com a prorrogação da apresentação de obrigações acessórias das empresas por 90 dias; suspensão da necessidade de pagamento do refinanciamento por impostos atrasados pelas empresas por 90 dias; suspensão de inscrições na dívida ativa do Estado por 90 dias, para que as empresas evitem problemas fiscais; e a prorrogação por 90 dias dos regimes especiais de tributação.

De acordo com chefe do Executivo estadual, o Estado tem trabalhado para dar suporte às empresas durante a crise econômica causada pela pandemia do coronavírus. Camilo Santana destacou o momento exige união entre os setores da economia para manter os empregos ativos no mercado cearense.

“Isso é para ajudar a garantir os negócios no Ceará e para garantir os empregos das pessoas que trabalham no Estado. Muitas empresas já estão negociando e isso é fundamental, pois esse é um momento de união para protegermos os empregos, as pessoas e as empresas”, disse.

O governador do Estado ainda disse que autorizou a dispensa do pagamento de impostos por parte das micro e pequenas empresas do Simples Nacional ao Governo do Estado por 90 dias.

A decisão, no entanto, ainda necessita de uma autorização da gestão nacional do Simples para entrar em vigor.

Fonte: Diário do Nordeste em 30.03.2020

Covid-19. Governo injeta €776 milhões de liquidez na economia através do Portugal 2020

O secretário de Estado do Planeamento, José Mendes, anunciou ao Expresso que o Portugal 2020 vai injetar €776 milhões na economia portuguesa através de duas medidas extraordinárias. Todos os beneficiários públicos e privados vão receber os fundos mais depressa e os empresários terão também mais um ano para reembolsarem o Estado pelos empréstimos recebidos.

Os principais beneficiários da deliberação da Comissão Interministerial de Coordenação do Acordo de Parceria – CIC Portugal 2020 é a tesouraria das empresas que investem de norte a sul com os subsídios e empréstimos europeus, já que foi ordenado o pagamento quase imediato das faturas submetidas pelos investidores e instituído o diferimento automático das prestações de reembolsos destes incentivos por um período de 12 meses.

“Quanto aos pedidos de pagamento, os empresários vão começar a receber os fundos já a partir desta semana, explicou José Mendes. “Quanto aos reembolsos, os empresários também já não têm de se preocupar em devolver os fundos a partir deste momento pois a suspensão entrou imediatamente em vigor”.

O secretário de Estado estima que esta medida do ministério do Planejamento represente uma injeção de liquidez nas empresas na ordem dos €475 milhões até 30 de junho de 2020. Neste período, os empresários receberão €260 milhões de fundos por via da aceleração dos pedidos de pagamento. Também evitarão devolver ao Estado €215 milhões de fundos por via do diferimento automático dos reembolsos.

Além das empresas, também as autarquias, instituições particulares de solidariedade social (IPSS), escolas e demais promotores de projetos de investimento públicos e privados receberão €301 milhões de fundos através do alargamento da medida de aceleração dos pedidos de pagamento a todos os beneficiários do Portugal 2020.

Como o Expresso avançou este sábado, foram deliberadas outras medidas extraordinárias no âmbito do Portugal 2020 por proposta do ministro do Planeamento.

Por um lado, será considerada a situação de pandemia COVID-19 como motivo de força maior não imputável aos promotores, o que possibilitará de forma simplificada o ajustamento dos projetos, quer ao nível do calendário, da programação financeira, dos custos máximos ou outro tipo de limites impostos na legislação ou nos avisos de concurso, da composição dos objetivos, atividades e investimentos, quer ao nível das metas contratualizadas de realização e resultado.

Por outro lado, serão consideradas elegíveis as despesas incorridas pelos promotores decorrentes do cancelamento ou adiamento de ações e/ou iniciativas, como por exemplo, nas áreas da internacionalização, investigação e desenvolvimento e formação profissional, permitindo assim o reembolso integral das despesas.

Tendo presente a atual suspensão das atividades de formação profissional, reabilitação profissional, medidas ativas de emprego e outras medidas não formativas, ir-se-á continuar a pagar as bolsas de formação e demais apoios sociais, assim como os custos internos associados a estas áreas financiadas pelo Fundo Social Europeu, explica o ministério do planeamento.

Nesta fase de emergência serão suspensas algumas das medidas em curso no Portugal 2020, como seja a Bolsa de Recuperação. O objetivo é garantir que os beneficiários reúnam condições para que continuem a desenvolver os projetos do Portugal 2020 e não desistam dos mesmos.

“No momento difícil que se vive, é importante transmitir uma mensagem de tranquilidade junto dos milhares de promotores de que tudo se fará para que, mesmo com as limitações impostas pelo momento atual, continuem a desenvolver os projetos, ainda que a ritmos e de forma diferente, e com isso possam criar as condições para a fase seguinte de recuperação da nossa economia e criação de emprego”, acrescenta o ministério do planeamento em nota enviada à comunicação social.

Fonte: Jornal Expresso em 30.03.2020

Economia do Mar é um dos debates de destaque do 10°ENLP

Economia do Mar é um dos debates de destaque do 10°ENLP

O mar é um potente aliado da economia do Brasil e especialmente do estado do Ceará. As novas perspectivas apontam para o desenvolvimento de uma Economia do Mar robusta nos próximos anos.

O assunto será debatido em um dos painéis do 10° Encontro de Negócios na Língua Portuguesa, que será realizado em Fortaleza nos dias 29 e 30 de abril na Federação das Indústrias do Ceará (Fiec).

Estudo da Pricewaterhouse Coopers apresentado neste mês na sede da entidade demonstra a escalada do Ceará à liderança no país por possuir todos os setores da economia azul, que passa por portos, alimentos, turismo, dentre outros.

Outros países com saída para o mar já possuem um amplo horizonte de Economia do Mar. O 3° vice presidente de Relações Institucionais da Câmara Brasil Portugal, Rômulo Alexandre, fala da importância de o Brasil observar o exemplo de Portugal.

“A agenda portuguesa é um bom exemplo das melhores práticas mundiais, pois trata o mar como uma prioridade nacional.”

O painel sobre Economia do Mar do 10° Encontro de Negócios na Língua Portuguesa promete mostrar possibilidades que os países participantes do evento possuem de desenvolver políticas e negócios nesse setor.

SERVIÇO
10º Encontro de Negócios na Língua Portuguesa
Dias 29 e 30 de abril de 2020
Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec): av. Barão de Studart, 1980, Aldeota
Entrada gratuita
http://www.cbpce.org.br/10enlp

RODADA DE NEGÓCIOS
Dia 29 de abril, das 14 horas às 18 horas
Inscrições gratuitas até 10 de abril pelo endereço http://bit.ly/rodadaenlp

Vagas limitadas

Fonte: Engaja Comunicação em 11.03.20

Fetranslog, Setcarce e CBP-CE debatem detalhes do Encontro de Negócios em Língua Portuguesa

Fetranslog, Setcarce e CBP-CE debatem detalhes do Encontro de Negócios em Língua Portuguesa

Executivos do Setcarce, da Fetranslog e da Câmara Brasil Portugal no Ceará (CBP-CE) debateram a apresentação das instituições, no 10º Encontro de Negócios em Língua Portuguesa e oportunidades de negócios entre o Brasil e Portugal no setor de transportes.

O evento será realizado nos dias 29 e 30 de abril, na sede da FIEC, das 9 às 18 horas, que terá a apresentação de palestras e painéis sobre os mais variados assuntos, além de uma rodada de negócios, das 14 às 18 horas do dia 29.

Os presidentes Clóvis Bezerra (Fetranslog e Setcarce), coronel Wandocyr Romero (CBP-CE), além do diretor Marcelo Maranhão (Fetranslog e Setcarce), discutiram os detalhes desse evento de grande relevância para as relações comerciais entre o Ceará e Portugal.

A Fetranslog, inclusive, se associou à CBP-CE no final de fevereiro, pois representa e defende os interesses da categoria como questões judiciais e administrativas, colaboração com o poder público, no estudo e solução de problemas que se relacionam com as atividades da categoria de transporte rodoviário de cargas, dentre outras atribuições.

Fonte: Balada In em 09.03.20

Encontro vai orientar micro e pequenas empresas para internacionalização

Encontro vai orientar micro e pequenas empresas para internacionalização

O 10º Encontro de Negócios em Língua Portuguesa terá espaço para intercâmbio de oportunidades entre empresas locais e internacionais

As micro e pequenas empresas representam uma fatia relevante no volume de exportações do Brasil. Dados do Sebrae mostram que esses negócios representavam 40,8% das empresas exportadoras nacionais em 2017.

Devido a essa expressividade no mercado internacional, o 10º Encontro de Negócios em Língua Portuguesa, promovido pela Câmara Brasil Portugal no Ceará, pretende ser um espaço importante para alcançar empresas de pequeno porte que queiram fazer parte dessa estatística.

“As câmaras de comércio portuguesas são desenhadas para dar apoio a essas empresas e o contato com diversos países permite identificar oportunidades de internacionalização, assim como participar da fase de preparação desses negócios para a atividade exportadora. É importante abrir o horizonte das micro e pequenas empresas e fazer com que acreditem que podem alcançar mercados internacionais”, ressalta o presidente da Câmara Brasil Portugal no Ceará, Wandocyr Romero.

Já estão confirmadas as presenças de representantes de 20 países no encontro, que será realizado nos dias 29 e 30 de abril na sede da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). O contato direto com empresários interessados em importar e exportar será potencializado pela Rodada de Negócios, que será realizado no dia 30 de abril.

SERVIÇO
10º Encontro de Negócios em Língua Portuguesa
Dias 29 e 30 de abril de 2020
Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec): av. Barão de Studart, 1980, Aldeota
Entrada gratuita
Inscrições: http://www.cbpce.org.br/10enlp

Rodada de negócios
Dia 30 de abril, das 14 horas às 18 horas
Inscrições gratuitas até 10 de abril pelo endereço http://bit.ly/rodadaenlp
Vagas limitadas

Fonte: Engaja Comunicação em 04.03.20

 

Economia do Mar no Ceará deve dobrar nos próximos dez anos

Economia do Mar no Ceará deve dobrar nos próximos dez anos

De movimentação de cargas nos portos à realização de esportes no mar, atividades realizadas no oceano avançam no Estado, mostra estudo da PwC em parceria com a Fiec. Estado caminha para liderança nacional

A localização e as condições naturais do Ceará favorecem o desenvolvimento de todo o leque de atividades ligadas à Economia do Mar no Estado. O segmento, que inclui desde o setor logístico (com os portos) ao entretenimento e turismo, deve ter atuação dobrada no Estado nos próximos dez anos.

A projeção é feita pelo sócio e líder do Centro de Excelência Global da PricewaterhouseCoopers (PwC) para o Mar, Miguel Marques. Ele revela que o Ceará está tomando a liderança nacional das indústrias do mar. “Acompanhamos o Estado há três anos e o diferencial é que aqui temos todas as atividades relacionadas à economia azul”, destaca.

Marques ressalta que outros estados, por suas dimensões, estão à frente do Ceará em um ou outro aspecto, mas que “no seu conjunto, em todas as atividades, o Ceará é líder” no País.

Estudo
Os resultados de cada segmento estão detalhados na terceira edição do Leme Barômetro PwC de Economia do Mar – Ceará, lançado esta semana pela Federação das Indústrias do Estado Ceará (Fiec) em parceria com a PwC.

Na passagem de 2017 para 2018, quase todas as atividades relacionadas à economia do mar analisadas apresentaram crescimento no Estado. De acordo com o levantamento, a movimentação anual de contêineres foi a que mais se destacou no período, avançando 26,77% no índice utilizado pela PwC, passando de 106,8 para 135,4 pontos.

Ainda apresentaram variações significativas a extração anual de gás natural (17,65%), a produção de camarão, ostras, vieiras e mexilhões (10,14%), a movimentação anual de navios (9,29%) e a produção anual de aquacultura de peixes (8,86%).
Além das atividades tradicionais, também são levadas em consideração as relacionadas a entretenimento, desporto, turismo e cultura. Entre 2017 e 2018, o número de passageiros em trânsito no Porto do Mucuripe cresceu 0,59%.

Ainda sem dados de 2019 fechados, o levantamento estima o avanço dos três indicadores relacionados a transportes marítimos, portos, logística e expedição: movimentação de mercadorias (em toneladas), de contêineres e de navios.

Marques afirma que, principalmente na fileira alimentar do mar e na área de tecnologias, que inclui os cabos de dados submarinos, o Ceará é líder no País.

“O Brasil aparece no Top 10 com mais ligações de cabos submarinos e o Ceará representa muito. Fortaleza é a segunda cidade do mundo com mais cabos submarinos. O Ceará tem tudo para ter ainda mais sucesso na economia do mar”.
Ainda dentro do leque de tecnologias, o representante da PwC lembra da energia eólica renovável offshore – em que as torres eólicas ficam instaladas dentro do mar. “Gostaríamos de incluir as energias renováveis offshore no estudo, dado que o Estado, em terra, já é bastante forte em relação a energias renováveis. Tenho ouvido sobre alguns projetos e estamos na expectativa de os ver na água funcionando. Isso significaria entrar para um clube de vanguarda em energias renováveis offshore e pioneiro a nível nacional”.

Investimentos
Marques lembra que um dos objetivos do Leme Barômetro é auxiliar na tomada de decisões de investidores, além de dar mais oportunidades às classes menos privilegiadas.

“Nós acreditamos que sem conhecer bem a realidade é impossível planejar o futuro. Achamos que este é um forte documento para ajudar a tomar decisões de investimento, financiamento, educação, perceber quais indústrias terão maior valor acrescentado no futuro, quais provavelmente irão perder e terão que se transformar”.

Ele acrescenta que a partir do desenvolvimento das atividades em conjunto haverá mais oportunidades de empregos com mais formação.

“Isso é o que há de novo, porque o mar, pesca, transporte sempre existiram. O que temos é nova maneira de pensar colocando na mesa todos esses planos. Um porto é importante para as embarcações de pesca, de logística, para cruzeiros, para ligações de cabos submarinos. Ou seja, se a gente pensasse como antigamente, cada indústria de forma isolada, algo se perderia”.

O diretor de inovação e tecnologia da Fiec e presidente do Observatório da Indústria, Sampaio Filho, comemora os resultados evidenciados no levantamento e ressalta a importância da iniciativa.

“Existem setores que são da economia do mar, mas não sabem. Para a gente disseminar isso, temos que levar resultados e é exatamente o que esse estudo vem fazer: mostrar para os setores como eles estão inseridos, trabalhar a educação desde os pescadores, dar maior assistência, começar a envolver vários setores mostrando a praticidade”, diz.

10º ENLP
Economia do Mar é um dos setores que será contemplado no 10º Encontro de Negócios em Língua Portuguesa que acontece na FIEC-Federação das Indústrias do Estado do Ceará, nos dias 29 e 30 de abril de 2020.
Para mais informações e inscrições acesse www.cbpce.org.br/10enlp

Fonte: Diário do Nordeste em 03.03.20

Geração de energia limpa avança no Ceará; fotovoltaica cresce 1.362%

Geração de energia limpa avança no Ceará; fotovoltaica cresce 1.362%

Dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) apontam alta de 7% na geração de energia eólica

O potencial do Ceará na produção de energia limpa mostra seus resultados com os dados divulgados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que apontam crescimentos de 1.362% na geração de energia fotovoltaica e 7% na eólica. Em 2019, foram produzidos 825,29 Megawatts (MW) na matriz baseada nos ventos e 44,87 MW na solar.

De acordo com o presidente da Câmara Setorial de Energias Renováveis do Ceará e consultor da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Jurandir Picanço, o amplo crescimento da produção de energia solar é esperado pelo desenvolvimento da geração fotovoltaica que aconteceu durante o ano passado. Ele lembra que, na maior parte de 2018, a base de comparação é bem pequena.

Além disso, o Ceará tem se destacado nos leilões de energia realizados pelo Governo Federal, principalmente em geração fotovoltaica. No Estado já existem projetos em desenvolvimento para matrizes renováveis a serem lançados nos próximos anos. Entre esses o de usina eólica offshore (no mar), que no próximo mês terá uma audiência pública promovida pelo (Ibama) e é o planejamento mais adiantado do País.

Mas o que preocupa o setor, tanto no caso do produção eólica offshore, quanto na geração distribuída (gerada pelo consumidor), é insegurança causada pela falta de legislação específica. “Essa é a garantia de que teremos”, ressalta Picanço.

O doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade de Paderborn, na Alemanha, e professor do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Ceará (UFC), Paulo Cesar Marques de Carvalho, analisa o resultado como positivo para o mercado de energia do Estado e ressalta que o aspecto principal para o crescimento fotovoltaico é porque está em evolução inicial. “No eólico o crescimento é menor por causa da operação”.

Ele explica que o mercado cearense é observado pelos investidores e pesquisadores por possuir grande potencial. O desenvolvimento de projetos deve começar a aparecer como novidade nos próximos anos. “Vemos os parques eólicos em terra indo para as chapadas, como na Ibiapaba, Araripe. E no fotovoltaico o crescimento do residencial.”

Para o gerente executivo Sindicato das Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico do Estado do Ceará (Sindienergia-CE), Ribamar Carneiro, o mercado de energia tem se desenvolvido bem por, entre outros fatores, ter infraestrutura de escoamento. “O Estado tem feito um grande trabalho e há um conjunto de ações que tem atraído investimentos ao Ceará”.

“A partir do Atlas Eólico e Solar do Estado, a Fiec e o sindicato têm trabalhado na divulgação do mercado cearense e o potencial de geração de energia que o Ceará tem, não só nacional, mas internacionalmente”, afirma.

Porém, ante dados positivos, o mercado de energia no Ceará passou também por momento de insegurança com a notícia de que a Wobben desinstalará sua principal unidade de pás eólicas. A informação foi publicada na coluna da jornalista Neila Fontenele, no último dia 19. A empresa é uma das três do setor que estão ativas no Estado. Titular da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e do Trabalho (Sedet), Maia Jr. tranquiliza quanto aos prejuízos na arrecadação e geração de emprego. “Temos que aguardar a definição final, porém, há um fluxo: saem umas (empresas) entram outras. O espaço, havendo mercado, não fica vazio”.

Fonte: Jornal O Povo em 22.02.20