Exportações por via aérea caem 43%; empresários buscam cabotagem

Exportações por via aérea caem 43%; empresários buscam cabotagem

Sem oferta de voos internacionais por quase cinco meses devido às restrições para conter a pandemia, exportadores apostam no transporte marítimo entre portos brasileiros para escoar produção por voos em outros estados

Com a ausência de voos internacionais a partir do Aeroporto Pinto Martins por quase cinco meses devido às restrições adotadas em resposta à pandemia, as exportações cearenses via modal aéreo despencaram 43% no acumulado de janeiro a agosto, em comparação com igual período de 2019. Ao todo, o Estado embarcou US$ 10,345 milhões em mercadorias, totalizando 517,1 mil toneladas, volume 57% inferior ao registrado nos oito primeiros meses do ano passado (US$ 17,9 milhões).

Se até março o Estado contava com frequências quase diárias para cidades da Europa e dos Estados Unidos, hoje apenas dois voos semanais para Lisboa (Portugal) foram retomados, o que tem levado os exportadores a buscarem o modal marítimo para escoar suas mercadorias.

Segundo Heitor Studart, presidente do Conselho Temático de Infraestrutura (Coinfra) da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), as empresas tanto têm embarcado em rotas de longo curso partindo diretamente do Ceará, como têm buscado a cabotagem (navegação entre portos brasileiros) para transportar as mercadorias cearenses a portos do Sudeste para, de lá, serem exportadas por avião.

“O setor aéreo foi o mais prejudicado nessa pandemia e nem todos os voos foram retomados aos níveis de antes. A queda de voos comerciais prejudica muito as exportações cearenses”, diz Studart, que destaca que os exportadores cearenses dependem dos voos comerciais de passageiros, que destinam cerca de 30% do porão das aeronaves ao transporte de cargas, para enviar seus produtos para os mercados europeu e americano. Em estados como São Paulo e Paraná, por exemplo, há oferta de voos fretados e cargueiros para fazer o envio.

Adaptação

É o caso dos exportadores de produtos perecíveis, como frutas e pescados que, segundo Studart, têm buscado a cabotagem para reduzir o tempo de viagem até o destino. “Alguns setores, como o de peixes, lagostas e de frutas, estão tendo que se adaptar a isso, fazendo o transporte intermodal, indo por cabotagem até Santos (SP) ou Paranaguá (PR) de onde podem pegar voos que não temos aqui. Por isso tem sido importantíssima a cabotagem para este momento de recuperação”, diz Studart.

O setor calçadista, principal exportador por via aérea do Estado, enviou neste ano apenas US$ 3,7 milhões em produtos ao exterior, valor 63% menor que o registrado entre janeiro e agosto de 2019. Já por modal marítimo, a queda foi menor, de 33,5%, no mesmo período.

O Ceará ainda exportou, por via aérea, US$ 1,4 milhão em “preparações alimentícias”, US$ 1,3 milhão em “peles e couros”, US$ 628 mil em “obras de pedra” e US$ 464 mil em “máquinas, aparelhos e materiais elétricos”, dentre outros produtos.

Recuperação

Apesar da forte retração no acumulado do ano, as exportações por via aérea vêm se recuperando mês a mês após maio, quando registrou o menor valor mensal exportado no ano pelo modal, US$ 379,7 mil. Em fevereiro, antes das restrições de voos, o Estado enviou US$ 2,641 milhões ao exterior, melhor resultado do ano. E em agosto, foram enviados US$ 1,096 milhão em produtos a partir do Ceará. O valor, no entanto, ainda é 15,2% inferior ao registrado em agosto de 2019 (US$ 1,293 milhão).

Já as exportações por modal marítimo apresentaram em agosto um crescimento de 7,14% em relação a igual mês do ano passado, com o envio de US$ 148,6 milhões. Entretanto, no acumulado do ano apresenta uma queda de 17,9% em relação aos oito primeiros meses de 2019, com o envio de US$ 1,2 bilhão.

“O modal marítimo foi o que mais cresceu no período de pandemia, também em função da crise de preço dos combustíveis”, diz Studart.

Balança comercial

Em agosto, a balança comercial do Ceará acumulou um déficit de US$ 3,5 milhões. As exportações somaram US$ 155,2 milhões no sétimo mês do ano, enquanto as importações somaram US$ 158,7 milhões no período.

Tanto as exportações como as importações caíram na passagem de julho para agosto. No mês passado, foram US$ 155,2 milhões em mercadorias exportadas, queda de 8,5% na comparação com julho, quando o envio de produtos ao exterior havia somado US$ 169,7 milhões.

A superintendente do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Fiec, Ana Karina Frota, avalia que o mercado permanece extremamente vulnerável e que as exportações só devem apresentar uma recuperação a partir do ano que vem. Segundo Karina, a expectativa é de que o Ceará encerre 2020 com a soma de US$ 2 bilhões em exportações, mantendo as previsões feitas ainda em junho.

Caso a cifra se confirme, o Ceará fechará o ano com queda de 13%. Antes da crise, a expectativa era que o Estado exportasse cerca de US$ 2,5 bilhões. No ano, Estados Unidos e China são os principais parceiros comerciais do Estado.

Fonte: Diário do Nordeste em 07/09/2020

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Exportações por via aérea caem 43%; empresários buscam cabotagem

Exportações por via aérea caem 43%; empresários buscam cabotagem

Sem oferta de voos internacionais por quase cinco meses devido às restrições para conter a pandemia, exportadores apostam no transporte marítimo entre portos brasileiros para escoar produção por voos em outros estados

Com a ausência de voos internacionais a partir do Aeroporto Pinto Martins por quase cinco meses devido às restrições adotadas em resposta à pandemia, as exportações cearenses via modal aéreo despencaram 43% no acumulado de janeiro a agosto, em comparação com igual período de 2019. Ao todo, o Estado embarcou US$ 10,345 milhões em mercadorias, totalizando 517,1 mil toneladas, volume 57% inferior ao registrado nos oito primeiros meses do ano passado (US$ 17,9 milhões).

Se até março o Estado contava com frequências quase diárias para cidades da Europa e dos Estados Unidos, hoje apenas dois voos semanais para Lisboa (Portugal) foram retomados, o que tem levado os exportadores a buscarem o modal marítimo para escoar suas mercadorias.

Segundo Heitor Studart, presidente do Conselho Temático de Infraestrutura (Coinfra) da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), as empresas tanto têm embarcado em rotas de longo curso partindo diretamente do Ceará, como têm buscado a cabotagem (navegação entre portos brasileiros) para transportar as mercadorias cearenses a portos do Sudeste para, de lá, serem exportadas por avião.

“O setor aéreo foi o mais prejudicado nessa pandemia e nem todos os voos foram retomados aos níveis de antes. A queda de voos comerciais prejudica muito as exportações cearenses”, diz Studart, que destaca que os exportadores cearenses dependem dos voos comerciais de passageiros, que destinam cerca de 30% do porão das aeronaves ao transporte de cargas, para enviar seus produtos para os mercados europeu e americano. Em estados como São Paulo e Paraná, por exemplo, há oferta de voos fretados e cargueiros para fazer o envio.

Adaptação

É o caso dos exportadores de produtos perecíveis, como frutas e pescados que, segundo Studart, têm buscado a cabotagem para reduzir o tempo de viagem até o destino. “Alguns setores, como o de peixes, lagostas e de frutas, estão tendo que se adaptar a isso, fazendo o transporte intermodal, indo por cabotagem até Santos (SP) ou Paranaguá (PR) de onde podem pegar voos que não temos aqui. Por isso tem sido importantíssima a cabotagem para este momento de recuperação”, diz Studart.

O setor calçadista, principal exportador por via aérea do Estado, enviou neste ano apenas US$ 3,7 milhões em produtos ao exterior, valor 63% menor que o registrado entre janeiro e agosto de 2019. Já por modal marítimo, a queda foi menor, de 33,5%, no mesmo período.

O Ceará ainda exportou, por via aérea, US$ 1,4 milhão em “preparações alimentícias”, US$ 1,3 milhão em “peles e couros”, US$ 628 mil em “obras de pedra” e US$ 464 mil em “máquinas, aparelhos e materiais elétricos”, dentre outros produtos.

Recuperação

Apesar da forte retração no acumulado do ano, as exportações por via aérea vêm se recuperando mês a mês após maio, quando registrou o menor valor mensal exportado no ano pelo modal, US$ 379,7 mil. Em fevereiro, antes das restrições de voos, o Estado enviou US$ 2,641 milhões ao exterior, melhor resultado do ano. E em agosto, foram enviados US$ 1,096 milhão em produtos a partir do Ceará. O valor, no entanto, ainda é 15,2% inferior ao registrado em agosto de 2019 (US$ 1,293 milhão).

Já as exportações por modal marítimo apresentaram em agosto um crescimento de 7,14% em relação a igual mês do ano passado, com o envio de US$ 148,6 milhões. Entretanto, no acumulado do ano apresenta uma queda de 17,9% em relação aos oito primeiros meses de 2019, com o envio de US$ 1,2 bilhão.

“O modal marítimo foi o que mais cresceu no período de pandemia, também em função da crise de preço dos combustíveis”, diz Studart.

Balança comercial

Em agosto, a balança comercial do Ceará acumulou um déficit de US$ 3,5 milhões. As exportações somaram US$ 155,2 milhões no sétimo mês do ano, enquanto as importações somaram US$ 158,7 milhões no período.

Tanto as exportações como as importações caíram na passagem de julho para agosto. No mês passado, foram US$ 155,2 milhões em mercadorias exportadas, queda de 8,5% na comparação com julho, quando o envio de produtos ao exterior havia somado US$ 169,7 milhões.

A superintendente do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Fiec, Ana Karina Frota, avalia que o mercado permanece extremamente vulnerável e que as exportações só devem apresentar uma recuperação a partir do ano que vem. Segundo Karina, a expectativa é de que o Ceará encerre 2020 com a soma de US$ 2 bilhões em exportações, mantendo as previsões feitas ainda em junho.

Caso a cifra se confirme, o Ceará fechará o ano com queda de 13%. Antes da crise, a expectativa era que o Estado exportasse cerca de US$ 2,5 bilhões. No ano, Estados Unidos e China são os principais parceiros comerciais do Estado.

Fonte: Diário do Nordeste em 07.09.2020

Programa de incentivo marítimo BR do Mar é entregue ao Congresso

Programa de incentivo marítimo BR do Mar é entregue ao Congresso

O governo entregou ontem (12) para o Congresso Nacional, em caráter de urgência, o projeto de lei (PL) apelidado de BR do Mar, que estimula a cabotagem – tráfego marítimo entre portos da mesma costa de um país. O texto do PL é fruto de debate entre várias pastas, e deve estimular o transporte de mercadorias internamente e aumentar a competitividade industrial do país.

“Vamos derrubar o custo de transporte no Brasil inteiro. Hoje, o minério vira aço no sul, e chega ao nordeste 40% mais caro do que se tivesse ido para a China e voltado. Isso pelo custo no transporte”, afirmou em redes sociais o ministro Paulo Guedes.

Segundo nota divulgada pelo Ministério da Infraestrutura, o texto do PL criará novas rotas marítimas e reduzirá os custos de transporte nas rotas existentes. O volume de contêineres deve ser ampliado de 1,2 milhão TEU (twenty-foot equivalent unit, em inglês. Medida equivalente a 20 pés, ou 39 metros cúbicos) ao ano para 2 milhões TEUs ao ano.

“O projeto vai permitir o barateamento dos custos. Nós estimamos um aumento da frota em 40% nos próximos três anos”, afirmou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, em vídeo durante o anúncio do BR do Mar.

O projeto usa quatro eixos fundamentais para incentivar a cabotagem: frota, indústria naval, custos e portos. Em relação às frotas, o programa estimula as empresas já existentes e dá mais autonomia a elas, além de desburocratizar o registro e o tráfego de embarcações. Para a indústria naval, o governo pretende estimular a docagem de embarcações internacionais no Brasil, o que aumentará o conhecimento em manutenção e a comercialização de peças e maquinário para navios, estimulando a escalonagem da indústria brasileira.

As ações sobre os custos incidirão sobre os trâmites burocráticos da cabotagem. Taxas e regulamentações devem ser diminuídas e aceleradas. Para o eixo relacionado aos portos, está prevista a agilização da entrada em operação de terminais dedicados à cabotagem. Empresas que não possuem operações em determinados portos também terão vantagens, afirma a nota técnica. A modernização que já vinha sendo feita em portos brasileiros também faz parte do projeto BR do Mar. (Agência Brasil)

Fonte: Agência Brasil em 12/08/2020

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Governo oficializa concessão de cais pesqueiro do Mucuripe

O Ministério da Infraestrutura assinou o contrato do segundo ativo da pasta repassado à iniciativa privada em 2020. Com previsão de R$ 10 milhões de investimento, a concessão do cais pesqueiro do Porto de Fortaleza (CE) foi efetivada para a Compex Indústria e Comércio de Pesca e Exportação, que venceu o pregão eletrônico aberto em março. Por ano, a expectativa é de que cerca de 800 toneladas dos produtos pescados no cais sejam exportadas pela empresa.

Com os investimentos previstos, o governo espera que uma indústria pesqueira se desenvolva no local. Atualmente, a região do cais está desativada e apenas traz custos para a Companhia Docas do Ceará (CDC), aponta o gerente comercial da Compex, Leonardo Marinho. “Essa área, apesar de estar numa localidade nobre, estava desativada há cerca de 20 anos, ociosa. Então é uma oportunidade não só para a gente, mas para tornar área lucrativa para a companhia”, disse Marinho. Para usar o cais, a empresa pagará uma outorga de R$ 3,4 milhões durante os 20 anos de contrato.

A previsão é de que as obras sejam iniciadas no segundo semestre deste ano, por volta de julho e agosto, e as operações em março de 2021. Marinho espera que as orientações de isolamento em razão da pandemia do novo coronavírus já estejam resolvidas quando a empresa começar as atividades de reforma. Câmaras de frigorífico e locais de armazenagem e processamento de peixes e lagostas que vão para exportação devem ser construídos no cais. A expectativa do governo é de que 300 empregos sejam gerados com a concessão.

Os produtos vão para cerca de dez países, com destaque para os Estados Unidos, Austrália e nações da Ásia. Segundo o gerente comercial da Compex, a empresa prevê assistir a um aumento de 15% no faturamento a partir do uso do cais. Ele destacou que a localização nobre irá facilitar a aquisição de matéria de boa qualidade. “Vamos ter produto de melhor qualidade para vender”, disse.

“Este é o primeiro leilão que fazemos para este tipo de empreendimento e um bom indicativo da atratividade de nossa carteira para o pós-crise”, afirmou o ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas. O contrato de concessão foi assinado por meio da Companhia Docas do Ceará, que é ligada à pasta.

Segundo em 2020

O primeiro ativo concedido à iniciativa privada em 2020 dentro do programa de concessões da pasta foi a BR-101/SC. A rodovia foi arrematada em fevereiro pela CCR. Para este ano, 40 ativos sob supervisão do Ministério da Infraestrutura estão programados para ir a leilão, além de quatro renovações antecipadas de ferrovias.

Fonte: Diário do Nordeste em 21.04.2020

Desafios do mar 2030

Alterações climáticas, combate à poluição marinha, aumento do conhecimento sobre os Oceanos e os seus recursos, promoção da economia circular, atração de investimento e governança dos Oceanos são alguns dos desafios transversais que se colocam às fileiras da economia do Mar no horizonte 2030.

A publicação “Desafios do Mar 2030” integra o resultado de um conjunto de trabalhos realizados pelo Cluster do Mar Português, em colaboração com a PwC, contando com a participação de stakeholders da economia do Mar – Empresas, Centros de I&D e Administração Pública Local.

Consulte o Documento aqui: https://lnkd.in/ebE_eij

Fonte: Fórum Oceano – Associação da Economia do Mar em 15.04.2020

Grupo dos Estados Unidos planeja terminal pesqueiro no Pecém

Grupo dos Estados Unidos planeja terminal pesqueiro no Pecém

Secretário Maia Júnior (Desenvolvimento Econômico), que chegou ontem a Berlim para a Fruit Logistica, confirma entendimentos com o grupo norte-americano, com o qual já marcou reunião pessoal para março, no Ceará

Ganha fôlego o setor pesqueiro do Ceará que – além dos R$ 100 milhões de investimentos que promete fazer o grupo espanhol Jealsa – pode ter, ainda neste ano, a chegada de um grupo norte-americano que também descobriu o potencial pesqueiro do Estado e do Complexo Industrial e Portuário do Pecém, onde quer investir em um porto.

Durante a Fruit Logistica, maior feira mundial de frutas, verduras e legumes – pode revelar que, há dois meses, o titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedet), engenheiro Maia Júnior, e seu secretário executivo de Agronegócio, Sílvio Carlos Ribeiro – que chegaram ontem à noite a Berlim – mantiveram a primeira conversa com o representante do grupo norte-americano no Brasil.

O secretário Maia Júnior confirmou a informação e adiantou que houve mais duas conversas sobre o mesmo assunto nos últimos 30 dias, mas nem ele nem Sílvio Carlos Ribeiro quiseram revelar a identidade do grupo, nem suas pretensões.

Uma fonte que acompanha os entendimentos, todavia, disse que a intenção do grupo norte-americano, que também atua no setor pesqueiro nos Estados Unidos, é construir um terminal pesqueiro no Porto do Pecém ou em área próxima dele e, ainda, instalar uma unidade industrial de beneficiamento de pescado na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) Ceará, cuja produção será 80% para exportação e 20% para o mercado interno brasileiro.

Benefícios
Um projeto de lei que tramita no Congresso Nacional está prestes a ser aprovado, modificando a atual legislação de operação das ZPEs, com o que seria ampliado de 20% para 40% o porcentual da produção industrial destinado ao mercado interno, o que agrada ao grupo norte-americano.

Para os investidores norte-americanos, além do atum, essa unidade industrial poderá beneficiar outros peixes, como o pargo, e a lagosta.

No terminal pesqueiro, o grupo dos Estados Unidos pretende operar uma frota própria de 20 barcos de aço e equipados com todos os modernos equipamentos, como câmaras frigoríficas e radares que localizam os cardumes.

Vinda ao Ceará
Outra informação relevante que este repórter apurou junto à mesma fonte é a de que, ainda neste mês de fevereiro, um enviado do grupo virá a Fortaleza para uma conversa pessoal com o secretário Maia Júnior e para conhecer todo o Complexo do Pecém.

“Por enquanto, estamos apenas conversando com os representantes dos norte-americanos”, disse ontem o secretário executivo de Agronegócio da Sedet, Sílvio Carlos Ribeiro, que ainda acrescentou: “O Ceará tem 600 quilômetros de litoral muito rico em pesca. Com parques maiores e modernos, a captura do pescado poderá ser feita em alto mar, para além do litoral cearense”.

Fonte: Diário do Nordeste em 05.02.20

Fiec atrai pesca de Portugal

Fiec atrai pesca de Portugal

Empresas de pesca e da indústria naval de Portugal transferirão, em curto prazo, tecnologia para as suas congêneres do Ceará. Esta é a boa notícia que o presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Ricardo Cavalcante, trouxe de Lisboa e Porto, onde esteve na última semana, em reuniões com a elite do empresariado português dos dois setores. Liderando uma comitiva de colegas empresários da indústria cearense de frios, da qual fizeram parte também o diretor-geral do Senai, Paulo André Holanda, e o diretor de Inovação da Fiec, Sampaio Filho, Ricardo Cavalcante declarou à coluna que o futuro do mundo – e do Ceará, também – está umbilicalmente ligado à economia do mar.

“No Ceará, temos hoje 3.500 embarcações de pesca, cuja média de idade é de 25 anos, ou seja, estamos muito atrasados. Para modernizar essa frota, precisamos, entre outras coisas, de uma boa parceria, e é isto que a indústria naval portuguesa nos promete”, adiantou ele à coluna.

O presidente da Fiec participou em Lisboa da Conferência sobre a Economia do Mar, organizada pela Pricewaterhouse. Impressionou-o a informação de que 65% da proteína do mundo provêm dos oceanos. “A Fiec está na proa desse tema no Brasil”, disse Ricardo Cavalcante.

O Ceará – na sua opinião – tem um futuro brilhante na área da economia marinha, principalmente porque o Governo do Estado e a própria Fiec mantêm conversas com empresas internacionais dos setores naval e pesqueiro. A indústria pesqueira de Portugal exporta US$ 1,2 bilhão em pescado; o Ceará, somente US$ 87 milhões em lagosta, atum e peixes vermelhos. Mas no momento em que empresas europeias e norte-americanos aportarem aqui para investir em escola de pesca e na captura e beneficiamento de peixes – com frotas modernas de barcos – “nossa economia do mar dará um grande salto de qualidade, não tenho dúvida”, concluiu Ricardo Cavalcante.

*A Economia do Mar será um dos setores importantes do 10º Encontro de Negócios na Língua Portuguesa, que ocorre nos dias 29 e 30 de abril.
Para mais informações acesse: www.cbpce.org.br/10enlp

Fonte: Egídio Serpa/Diário do Nordeste em 10.01.20