Escola de gastronomia recebe inscrições para cursos online gratuitos em Fortaleza

Escola de gastronomia recebe inscrições para cursos online gratuitos em Fortaleza

O prazo para requerer participação começa nesta quarta-feira (16) e se encerra na quinta (17). São ofertadas 240 vagas em quatro cursos.

A Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco, da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult), abre inscrições para preencher 240 vagas em quatro cursos gratuitos online voltados para o empreendedorismo em gastronomia. O prazo para requerer participação é até a próxima quinta-feira (17).

Os candidatos serão selecionados pela ordem de inscrição e precisam, dependendo do curso escolhido, ter a partir de 17 anos. Também são pré-requisitos ter o ensino fundamental concluído e disponibilizar de celular, tablet ou computador com acesso à internet.

Para fazer a inscrição basta acessar o site da Secult https://www.secult.ce.gov.br/ ou a página da escola de gastronomia. http://www.gastronomiasocial.org.br/

As vagas estão distribuídas entre os cursos de Gestão de Pequenos Negócios em Gastronomia (60), Boas Práticas na Manipulação de Alimentos pós pandemia (60), Fichas Técnicas: Precificação e Custos e Postura Pessoal (60) e Orientação Profissional (60), totalizando 240.

De acordo com a superintendente da escola, Selene Penaforte, os conteúdos a serem abordados no curso são de grande importância, principalmente em um ano com tantas mudanças ocasionadas pela pandemia de Covid-19.

“Os cursos on-line oferecem aos alunos a possibilidade de ter acesso a formações na área de gastronomia, especialmente dentro do momento atual em que vivemos, com suas transformações e adequações necessárias”, ressaltou.

Confira lista de cursos e horários

Gestão de Pequenos Negócios em Gastronomia
Período: 21 a 30.09.2020 – Horário: Manhã – 9h às 11h15 | Modalidade: Formato on-line e Ensino Remoto.

Boas Práticas na Manipulação de Alimentos pós-pandemia
Período: 22 a 25.09.2020 – Horário: Noite – 19h às 21h30 | Modalidade: Formato on-line e ensino remoto.

Fichas Técnicas: Precificação e Custos
Período: 21 a 29.09.2020 – Horário: Noite – 19h às 21h30 | Modalidade: Formato on-line e ensino remoto .

Postura Pessoal e Orientação Profissional
Período: 23. a 30.09.2020 – Horário: Noite – 19h às 21h30 | Modalidade: Formato on-line e ensino remoto.

Fonte: Diário do Nordeste em 16/09/20

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Tempo de recriar o turismo de Fortaleza

Tempo de recriar o turismo de Fortaleza

Com localização geográfica estratégica situada no meio do atlântico, a capital Fortaleza avança e aposta para um novo tempo de desenvolvimento econômico do Ceará a partir dos hubs – aéreo, marítimo e digital – visando oportunidades de internacionalização e de posicionamento no mundo para o turismo e outros setores econômicos, Fortaleza é cidade de povo acolhedor e cheio de humor e concentra a maior oferta de atrativos turísticos, centro de eventos, de cultura, de artesanato, museus, mercados, teatros, shoppings polos de gastronomia, polos esportivos, e vários tipos de serviços turísticos, do estado.

Mesmo assim, não tem sido suficientemente atrativa para reter os visitantes por um tempo diurno mais prolongado que lhes possibilite visitar e conhecer suas feiras e parques, passeios turísticos e espaços urbanos. É ao entardecer e à noite que Fortaleza se tona atraente em suas duas extensas orlas de praias atlânticas, Beira Mar e Praia do Futuro.

Do amanhecer ao final do dia, o movimento dos fluxos turísticos escoa e se dispersa pelas praias do litoral leste e oeste, Sim! isso mesmo. Os turistas vão e voltam em um dia das praias do Ceará para dormir em Fortaleza.

Num outro olhar, o turismo que avança no mundo pós-pandemia é responsável, criativo, promove experiências e vivências, valoriza o local e envolve a participação das pessoas e dos bens materiais e imateriais que referendam a identidade do lugar, da cidade e do destino turístico.

A pandemia do século XXI tem levado os destinos turísticos do mundo à ampla reflexão, inovadora e compatível com uma nova sociabilidade urbana inserida na tecnologia digital de forma a se reinventar para um tempo de desenvolvimento sustentável do turismo.

Para os que pretendem assumir a próxima gestão do turismo de Fortaleza fica aqui o desafio de recriar e inovar o seu produto turístico de forma a posicionar como destino de atração nacional e internacional do entretenimento cultural, lazer dos esportes da terra, dos ventos e do mar, dotando a “cidade criativa do design” com identidade e atratividade e diferenciada frente as demais capitais do Nordeste e do Brasil.

*Por Anya Ribeiro, Arquiteta, Urbanista e consultora especialista em turismo e Diretora da CBPCE

Fonte: Jornal O Povo em 01/09/2020

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Fortaleza atinge nota máxima de qualidade do meio ambiente

Fortaleza atinge nota máxima de qualidade do meio ambiente

Fortaleza atingiu a nota máxima do Índice de Qualidade do Meio Ambiente (IQM) em 2020. A medição é feita pelo Governo do Estado.

“Para obter este resultado, a Capital atendeu aos critérios avaliativos por implementar iniciativas como a Política Municipal de Resíduos Sólidos, a inclusão social e produtiva dos catadores de materiais recicláveis e a sustentabilidade econômica, além das ações de coleta de resíduos recicláveis nos Pontos de Entrega Voluntária (PEVs)”, destacou o órgão.

A Prefeitura também destacou outras ações como a implantação de Ecopontos nas secretarias regionais, além do Programa Reciclando Atitudes e dos Pontos de Entregas Voluntárias de materiais recicláveis nos terminais de ônibus e nas escolas da rede municipal de ensino.

O órgão também explica que no campo da preservação ambiental segue com uma parceria inédita junto ao Banco Mundial, que reúne ações sustentáveis no meio urbanístico, social e econômico.

Municípios como Abaiara, Acaraú, Cascavel, Chaval, Chorozinho, Icó, Iguatu, Sobral, Jucás, Itapagé também alcançaram a nota máxima no ranking do Governo do Estado.

Fonte: Jornal Focus em 01.08.2020

Startups ganham força em meio à disrupção econômica

Startups ganham força em meio à disrupção econômica

Ceará conta com uma das maiores comunidades do Nordeste e o apoio de entidades como o Sebrae, o que pode ajudar na captação de investimentos
Com a proposta de buscar soluções para os variados desafios do mundo empresarial, as startups têm chamado cada vez mais a atenção de investidores, que vislumbram nas jovens empresas uma boa possibilidade de retorno, sem a necessidade de um aporte tão significativo. No Ceará, as comunidades têm crescido ao longo dos anos e, com o apoio de entidades como o Sebrae, tendem a ganhar ainda mais força no atual momento de disrupção e retomada da atividade econômica, onde a inovação deixou de ser opção e virou necessidade.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), em 2019, o Rapadura Valley, a comunidade de inovação do Ceará, localizada em Fortaleza, contava com 81 startups ativas, o que correspondia a 14,1% do número total do Nordeste. Dessas, 43,4% já estavam em fase de operação e 50% tinham como alvo o B2B (empresas), mercado forte em toda a região. “Sobre o faturamento das iniciativas, destaca-se que 22,86% destas faturaram, no último ano, entre R$ 50 mil e R$ 250 mil”, destaca o mapeamento da entidade.

Membro do Rapadura Valley, Mário Alves, que também é sócio e consultor da Indigital.lab, diz que, atualmente, a comunidade conta com mais de 70 startups cadastradas e mais de 200 empreendedores. Segundo ele, o Ceará certamente possui muito mais gente atuando no ecossistema da inovação, mas que ainda não foi identificada. “É difícil mapear com efetividade, pois a atividade é muito dinâmica, mas temos nos organizado ao longo dos últimos anos e buscado o contato com todas as pessoas ativas. Acredito que temos mais de mil”, opina.

Em 2019, o Rapadura Valley venceu a categoria comunidade revelação no Startup Awards, a maior premiação do ecossistema nacional, o que deu ainda mais destaque ao potencial da comunidade cearense. Para Mário, com o atual momento de incertezas e de preocupação com o futuro da economia, é natural que o meio empresarial busque aumentar o contato com ideias inovadoras e, consequentemente, os investimentos em iniciativas que possam trazer soluções.

“O grande diferencial das startups é a proximidade com o mundo digital, até porque é lá que elas nascem. O atual período ensinou às empresas o quanto é importante ter presença digital para obter vantagem competitiva, então creio que os grandes empresários vão querer estar mais próximos dessa mentalidade, o que deve gerar crescimento de alianças e de investimentos”, diz Mário Alves.

Dentre os segmentos de atuação das startups cearenses, o grande destaque é a área de educação (Edtech), com 15% das iniciativas mapeadas pela ABStartups. “Não é à toa que alguns cases de sucesso da comunidade são da área, entre eles temos a Agenda Edu e a Arco Educação – empresa que começou como uma startup e, atualmente, possui capital aberto na bolsa norte-americana Nasdaq e é avaliada em mais de US$ 2 bilhões”, diz o relatório da Associação.

Além de educação, outras áreas que se destacam entre as startups cearenses são: saúde e bem estar, com 10,6% de participação; varejo e atacado, também com 10,6%; e os segmentos de comunicação e marketing, big data (análise de dados) e direito, ambos com 6% de participação. “São formas de pensar diferente, que podem oferecer grandes ganhos às empresas. Ter esse conhecimento de processos e de ferramentas é essencial”, destaca Mário Alves.

Apoio para o desenvolvimento

Para auxiliar no amadurecimento de suas ideais, as startups cearenses contam com o importante apoio do Sebrae-CE, que, através de algumas iniciativas, tem ajudado a comunidade do Estado a crescer mais forte e capacitada. Uma dessas ações é o programa StartupCE, que realiza uma pré-aceleração de startups selecionadas e a capacitação de seus empreendedores para que posam colocar suas ideias de negócio inovadoras no mercado de forma rápida e consistente.

“O programa seleciona de 20 a 25 empresas e atua na parte de início da startup, através de oficinas, mentorias e rodas de conversa com outros empreendedores. Ao final, há uma apresentação oficial daquelas ideias ao ecossistema”, explica a analista do Sebrae-CE, Marilia Diniz. Segundo ela, já foram realizados três ciclos do StartupCE, com mais de 70 startups e 200 empreendedores participantes. Neste ano, o programa ainda não ocorreu por conta das limitações impostas pela pandemia, mas ajustes estão sendo feitos para o lançamento do próximo ciclo.

“Temos conseguido manter um grau de mortalidade bem abaixo da média. Das startups que passaram pelo programa, 50% continuaram com o mesmo projeto e se desenvolveram, enquanto que, nacionalmente, este índice costuma ser de apenas 20%. Mesmo quem desiste de determinada ideia acaba empreendendo em outros segmentos de uma forma mais capacitada”, destaca Marilia Diniz.

A analista também esclarece que, além do StartupCE, há vários programas nacionais que o Sebrae-CE apoia e executa. Um exemplo é o Capital Empreendedor, que ajuda no momento de buscar financiamento e acessar os investidores. “Tem também o InovAtiva, que é um programa de mentoria e aceleração nacional, em parceria com o Ministério da Economia, assim como o Nexos, que promove a conexão de startups com médias e grandes empresas, através de desafios. Outro exemplo é o Sebrae Conecta, que fornece consultoria e suporte às empresas que precisam, conectando-os com mentores e consultorias. Há uma ação bem ampla, local e nacionalmente”, comenta.

Ainda de acordo com a analista do Sebrae-CE, o que pode contar a favor das startups no atual cenário de retomada da economia é a agilidade, uma das características mais marcantes dessas iniciativas. “As startups mudam, agem e aprendem rápido. Elas ‘erram barato’, o que é fundamental num cenário onde é preciso gastar pouco e criar ações com rapidez”, opina Marilia. Para ela, esse modelo de atuação tem muito a oferecer à sociedade e a potenciais investidores. “Creio que elas podem se destacar muito neste momento de reajuste”, completa.

Desafios a superar

Mesmo em um cenário favorável, ainda há alguns desafios a serem superados para a criação de um ambiente efetivamente promissor às startups cearenses, explica Machidovel Trigueiro, professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Florida International University (FIU/USA). Segundo o acadêmico, que possui pesquisas em Stanford na área de Direito das startups e Inteligência Artificial, o Ceará possui “duas questões limitantes” que devem ser melhoradas.

“Temos a questão da infraestrutura, principalmente no que diz respeito ao acesso à internet para pessoas das regiões mais afastadas do Ceará. Se vencermos esta barreira, haverá uma revolução de oportunidades no Estado, pois estamos perdendo ideias inovadoras e jovens talentos por conta dessas limitações no Interior”, destaca o professor.

Ainda de acordo com Machidovel, outro problema é o crédito, que tem ficado mais escasso no atual período de crise. “Os bancos não estão liberando recursos com facilidade para essas empresas, o que dá ainda mais importância aos investidores privados”, conta.

Para o professor, ao conseguir superar esses desafios, as startups certamente poderão oferecer diferenciais às empresas em meio à economia do “novo normal”, onde muitos processos precisarão ser aperfeiçoados. “As empresas não têm mais como fugir do digital. Quem achar que vai continuar da mesma forma que antes, acabará fechando as portas. Não consigo enxergar uma grande empresa, hoje, sem tecnologia e, mais à frente, sem Inteligência Artificial”, pontua. Dentro deste contexto, diz, as startups podem auxiliar nessa evolução.

Oportunidades no Ceará

Sobre possíveis oportunidades para os empreendedores cearenses, Machidovel Trigueiro, que também é criador da startup Mememoria, que tem como objetivo eternizar digitalmente as memórias em vida, cita alguns setores ainda pouco explorados como opção para quem estiver disposto a apostar em uma ideia. “Um segmento que ainda vejo ser pouco trabalhado pelas startups é o de Turismo, que, inclusive, tem muita força no Ceará. Com o reaquecimento do setor após a pandemia, pode haver uma boa oportunidade de negócio surgindo”, opina.

“Ainda existe muito o que fazer no setor de educação, na agroindústria e na área de logística, que tem um espaço muito grande. Já na questão das fintechs, que são startups ligadas ao setor financeiro, não vejo muita opção para a comunidade cearense concorrer com a evolução que já há no Sul e Sudeste. É um segmento muito saturado e desenvolvido naquelas regiões”, diz Machidovel.

Por fim, o professor e empreendedor avisa que é preciso muita preparação e conhecimento para apostar as fichas numa startup. Conforme diz, “se é para abri-la amanhã, o ideal é que por trás disso haja meses de estudo preliminar”. Para ele, além de estudar profundamente o mercado, os empreendedores também devem buscar uma área que realmente consigam se identificar.

“Procure uma atividade que lhe dê prazer, não só porque pode dar dinheiro. O mercado não está para brincadeira, então é necessário a paixão por aquela atividade para fazê-la crescer. Ademais, é preciso ver como inserir a tecnologia naquela ideia. Não adianta abrir, hoje, um novo negócio sem tecnologia”, finaliza.

Fonte: Trends CE 22/07/2020

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Fortaleza Online completa cinco anos e alcança 52 serviços digitais

Fortaleza Online completa cinco anos e alcança 52 serviços digitais

O Programa Fortaleza Online completou cinco anos após seu lançamento com 52 serviços disponíveis à população da Capital cearense. Ao todo, foram mais de 733 mil documentos emitidos entre licenças, autorizações, alvarás e isenções. Os serviços estão disponíveis 24 horas, sete dias da semana.

No setor da construção, Fortaleza foi a primeira cidade brasileira a concluir um documento de Alvará de Construção em 30 minutos. Antes da virtualização do serviço, a emissão do documento era realizada no prazo de 30 a 60 dias úteis.

Também estão disponíveis serviços como Certificado de Inspeção Predial, Certidão de Logradouro, Confinantes, Endereço e Número, Licença Ambiental Simplificada, Plano de Gerenciamento de Resíduos, Licença de Publicidade, Autorização de Utilização Sonora, dentre outros.

“Mais que desburocratizar, o Fortaleza Online pretende aproximar o Poder Público do cidadão, possibilitando que as oportunidades de ascensão econômica e social promovida pela implantação de novos empreendimentos, edificações e intervenções urbanísticas propiciem uma cidade mais justa, inclusiva, sustentável e competitiva”, destaca a titular da Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), Águeda Muniz.

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Fonte: Focus em 07.07.20

Por que investir no Ceará?

Por que investir no Ceará?

Após uma longa preparação, com reforços em infraestrutura, inovação e capital humano, é hora de o Estado deixar de ser apenas um ‘lugar bonito num canto do globo’ para começar a ganhar pontos com novos vestidores

Já se vê ao longe, como uma pequena jangada perdida na imensidão do mar, o tempo em que o Ceará era identificado apenas com belas imagens praianas e o mito do “sertanejo forte”, além da receptividade e humor característicos de seus habitantes. Às portas da terceira década do Século XXI, o Estado prepara-se para mostrar ao mundo que é, sim, o lugar certo para se fazer negócios a partir de agora. E tal vocação se ampara não apenas nos atributos geográficos, mas também, e cada vez de forma mais significativa, nos avanços em infraestrutura. Trata-se de uma visão que vem ganhando aderência no setor produtivo cearense, pautada eminentemente na inovação e na preparação de talentos voltados ao empreendedorismo.

Tal tendência pode ser captada no desempenho do Estado no Produto Interno Bruto (PIB), que vem crescendo, em média, mais do que o nacional. Para se ter uma ideia, em 2019, o desempenho ficou em 2,11% contra 1,1% do País, com destaque para a indústria e seus 4,08% frente aos 0,5% da Federação como um todo.

Boa parte dessa pujança se deve aos investimentos públicos em infraestrutura realizados nos últimos anos, que abriram caminho para a chamada “Trinca de Hubs”, fazendo valer, enfim, a vantagem da posição geográfica que põe o território cearense numa espécie de “esquina” da América do Sul, mais próxima dos continentes europeu e africano e da América do Norte.

Um dos integrantes da trinca é o hub tecnológico. Nos últimos anos, o Governo do Estado tem investido pesadamente em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Entre as ações, que incluem o processo de migração de todas as suas operações de TI para o ambiente de nuvem, barateando e agilizando processos, destaca-se a atração de empresas com base tecnológica, cujo marco importante, em abril de 2019, é a instalação do Data Center Angonap e a instalação dos dos cabos submarinos Sacs e Monet, num investimento de aproximadamente US$ 300 milhões da multinacional Angola Cables. Os dois cabos ligam, por meio da fibra óptica, as Américas e a África. uma nova rota de conectividade com os Estados Unidos e o continente asiático. Já o prédio de 3.000 m² é mais uma forma de atrair novos provedores de conteúdo e internet e mais investimentos em tecnologia e pesquisa. Tudo valendo-se da posição estratégica no mapa-mundi e da agilidade nas operações, facilitadas pelo conjunto de 14 cabos submarinos – em breve serão 18 – que já chegam à cidade de Fortaleza e faz da Capital um hub de comunicação de dados.

“A melhor localização para os data center ou se dá perto de grandes conglomerados de clientes, e aí o Estado de São Paulo é um grande polo de atração, ou por estarem próximos de hubs de comunicação, caso do Ceará. Porque nem todos os clientes estão concentrados (no mesmo lugar). Existe um grande número de clientes difusos. E a melhor experiência do usuário para esse tipo de serviço seria na utilização de data centers próximos de hubs de comunicação, porque oferece menores tempos de latência, uma melhor gestão de risco e uma maior disponibilidade do serviço. E, naturalmente, o preço cai na proximidade desses hubs. Então há um conjunto de fatores que fazem com que o Ceará possa ser esse polo de atração no Brasil, além de São Paulo, da indústria de data center, que tem como seu principal cliente a computação em nuvem”, explica o presidente da Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice), Adalberto Pessoa.

Aliada à infraestrutura e com investimentos feitos na formação de capital humano em universidades e escolas profissionalizantes, há ainda a intenção, da parte do Executivo estadual, de aplicar a Ciência de Dados na gestão pública. Assim, apostam os gestores, abriria-se caminho para uma otimização na oferta de serviços, resolução de gargalos existentes e uma maior transparência na tomada de decisões do poder público.

Pelo ar
O segundo integrante do trio de hubs cearense é o aéreo, que apresenta como principal trunfo o centro de conexões em operação com o consórcio Air France-KLM/Gol. A localização no globo terrestre, o que faz com que um voo entre Fortaleza e Lisboa dure menos de sete horas, foi novamente um ótimo argumento para a definição da parceria.

Isso sem falar nas obras de requalificação do Aeroporto Internacional Pinto Martins, que agora está sob a gestão de suas operações a cargo da empresa alemã Fraport e deve ser concluída até 2021, num investimento de R$ 1 bilhão. Intervenção que oferece uma capacidade 50% maior para passageiros em um equipamento de 60 mil m².

A mudança de patamar do terminal vem em época oportuna, uma vez que, conforme dados do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), apenas no primeiro ano de funcionamento do centro de conexões, foi registrado um crescimento de 103,88% no número de passageiros internacionais. Outro levantamento, realizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), aponta que Fortaleza passou a atrair um milhão a mais de passageiros com a chegada do novo hub. Se entre maio de 2017 e abril de 2018 passaram por lá 4,9 milhões de usuários, este número passou para 5,9 milhões de maio de 2018 a abril de 2019.

“Não tenho dúvida que vamos ter aqui o melhor aeroporto do Norte e Nordeste do Brasil. Estamos trabalhando, juntamente com a Prefeitura da cidade, para fazer de Fortaleza um grande centro de conexões aérea, conectar Fortaleza com o mundo”, revelou o governador Camilo Santana, quando da ocasião do lançamento da nova área de check-ins do equipamento, em abril de 2019.

Voos diretos internacionais disponíveis a partir de Fortaleza:

– Paris (França);
– Amsterdã (Holanda);
– Frankfurt (Alemanha);
– Lisboa (Portugal);
– Miami e Orlando (EUA);
– Buenos Aires (Argentina);
– Ilha do Sal (Cabo Verde);
– Cidade do Panamá (Panamá);
– Caiena (Guiana Francesa);
– Madri (Espanha).

Hub logístico – do mar à Transnordestina
No hub marítimo, alicerçado no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) e com expectativa de um grande salto em suas operações nos próximos anos após a parceria firmada com o Porto de Roterdã, em outubro de 2018, o grande diferencial, para muitos especialistas, é a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Ceará.

Claro que a posição geográfica, novamente, acaba dando uma boa vantagem ao Estado, umas vez que o equipamento está próximo dos mercados consumidores da Ásia, Europa, África e América do Norte. Além disso, com uma área de 13.337 hectares, o complexo, que acaba por ser uma espécie de hub logístico, oferece infraestrutura rodoviária, ferroviária e portuária, completada pelo atrativo dos incentivos fiscais, a capacitação de pessoas e a segurança energética, entre outros chamarizes para investidores.

“O fato de possuir uma Zona de Processamento de Exportação garante ao CIPP um certo grau de segurança econômica. Isso porque as empresas que ali estão têm a produção voltada para o mercado internacional, como é o caso da siderurgia da CSP (Companhia Siderúrgica do Pecém, empresa baseada no complexo). Nesse contexto, também destacam-se as operações de pás eólicas, que, apesar de não estarem na ZPE, tem grande parte da produção escoada pelo Porto”, explica Igor Pontes, PhD em Logística e professor da Faculdade CDL.

Foram mais de 18 milhões de toneladas movimentadas no Pecém apenas em 2019, conforme dados do Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), mas a expectativa é de que esses números se tornem ainda mais expressivos quando, enfim, forem concluídas as obras da ferrovia Transnordestina, que vai oferecer 30 mil toneladas/ano em capacidade de transporte. Há a expectativa de que as obras na via, que em seu trecho cearense, de 527Km de extensão, que vai ligar o porto à cidade de Missão Velha, na Região do Cariri, cheguem a 30% até o fim deste ano. A intervenção foi iniciada em 2006 e acabou paralisada em 2016, sendo retomada no segundo semestre de 2019.

Inovação como a “grande chance”

De olho no desenvolvimento econômico, o Estado do Ceará busca olhar para o futuro alicerçado em capital humano, que passa, inexoravelmente, pela educação. De acordo com dados da Secretaria de Educação do Estado (Seduc) e baseando-se em estudos sobre a qualidade do ensino, o Ceará possui 55 escolas de ensino médio entre as 100 mais bem avaliadas do Brasil.

Na transição dos jovens para o mercado de trabalho, a palavra inovação tem sido quase onipresente. Pelo Estado, surgem diversas iniciativas voltadas para o tema, caso do Projeto Clusters Econômicos de Inovação (link para a matéria dos clusters), que reúne setor produtivo, poder público e instituições acadêmicas com o objetivo de gerar mais e melhores oportunidades de emprego e empreendedorismo nas 14 regiões de planejamento do Ceará. Dessa maneira, por meio da inserção de ideias inovadoras, que podem vir ainda a incentivar a criação de novas startups nos respectivos clusters econômicos de maior potencial e cuja formação de ensino superior e profissionalizante tenha maior oferta na região, busca-se o tão almejado desenvolvimento.

A ação é conjunta das secretarias do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet) e Ciência e Tecnologia e Educação Superior (Secitece) e a vinculada Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap).

Para gestores locais, a busca por alternativas que não mirem a evolução do PIB estadual apenas pelas lentes da execução massiva de obras de infraestrutura representa a oportunidade de fazer a economia do Ceará crescer de forma ainda mais rápida e segura, mesmo em tempos de economia nacional estagnada.

“É o grande momento que temos para poder fazer nesta crise um novo desenvolvimento diferenciado para o Estado, fugindo simplesmente da questão dos ativos físicos, que são as fábricas, os prédios, as máquinas, e usando algo que temos de muito rico, que são exatamente as cabeças que estão espalhadas pelo Interior”, ressalta Júlio Cavalcante, secretário Executivo de Comércio, Serviço e Inovação da Sedet, e responsável pelo Projeto Clusters Econômicos

Cavalcante acrescenta que essas jovens mentes podem ser encontradas em diversas instituições de ensino, “com uma vontade enorme de resolver problemas. Elas poderão contar com uma estrutura de Comunicação e Internet, num investimento complementado pela iniciativa privada que faz com que o Estado seja um dos mais conectados em banda larga do Brasil.

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Fonte: Trends CE em 30.06.20

Porto de Fortaleza projeta expansão em 2020, sem competir com Pecém

Porto de Fortaleza projeta expansão em 2020, sem competir com Pecém

Para a diretora-presidente da Companhia Docas do Ceará, Porto de Fortaleza deve focar mais em granéis sólidos

A crise causada pelo novo coronavírus vem afetando a economia como um todo no País e no Estado, mas alguns setores vêm registrando impactos diferentes. Sem mencionar percentuais, a diretora-presidente da Companhia Docas do Ceará (CDC), Mayhara Chaves, diz que a expectativa para 2020 ainda é de crescimento no Porto do Mucuripe apesar da retração da atividade econômica. A perspectiva foi apresentada durante transmissão ao vivo organizada pelo Brasil Export – Forum Nacional de Logística e Infraestrutura Portuária na última sexta-feira (15).

De acordo com a representante da Companhia Docas, o Porto de Fortaleza foi, sim, afetado pela crise do coronavírus, registrando uma queda na movimentação de algumas cargas, como os combustíveis, que apresentaram redução na demanda em todo o mundo. Contudo, para outros tipos, o fluxo de mercadorias no terminal apresentou um crescimento exponencial, o que fez com que a administração da empresa revisse a previsão para ano, mas mantivesse uma projeção positiva. Entre as cargas que tiveram alta, segundo Mayhara, está o trigo, que é uma das principais mercadorias desembarcadas no Porto do Mucuripe. A executiva, no entanto, não deu mais dados sobre a perspectiva otimista.

“A movimentação de trigo foi bem maior. A de granel sólido também vem se sustentando, e crescemos 14% mesmo tendo queda na movimentação de combustível. Fizemos um levantamento com os nossos clientes e a expectativa era de que nos mantivéssemos no mesmo patamar do ano passado, mas o cenário agora é outro e esperamos um crescimento em 2020”, disse.

A diretora-presidente ainda comentou que a Docas está considerando elaborar um planejamento para focar em tipos específicos de cargas para impulsionar ainda mais a evolução de movimentação.

Características

Mayhara explicou que a competição entre dois terminais no Ceará (Porto do Pecém e Porto do Mucuripe) não seria um problema, já que há a constatação de perfis diferentes. Ela destacou que o Porto de Fortaleza possuiu um potencial grande para movimentar granéis sólidos, enquanto que o Pecém teria dificuldades logísticas neste ramo de atuação.

A principal característica seria a estrutura de ponte do Pecém contra a estrutura continental construída no Mucuripe. Ela afirmou que competir com o Pecém na movimentação de contêineres poderia ser complicado, considerando a maior estrutura física do porto offshore.

“A companhia docas vem muito focada em contêiner, mas a gente precisa começar a focar mais na movimentação de granéis sólidos. O Porto do Pecém é muito eficaz na movimentação de contêineres, mas temos que focar nas cargas que movimentamos bem e que são importantes, como trigo e combustível”, disse.

Ela reforçou que a existência de dois portos no Estado não seria um problema, contanto que os terminais tivessem perfis específicos. “A gente pode se especializar como porto butique, movimentando cargas específicas, como o manganês, e outros tipos, pois têm sustentado o nosso crescimento a cada ano”.

Fonte: Diário do Nordeste em 18.05.20

Acordo por data center da Amazon no Ceará é ‘questão de tempo’

Acordo por data center da Amazon no Ceará é ‘questão de tempo’

Segundo fonte ligada às negociações, a pandemia atrasou as negociações do novo investimento, mas empresa está dando indícios de que fará aportes no Estado com a abertura de vagas de trabalho

Adiado mais uma vez e posto em suspensão durante a pandemia do novo coronavírus, o acordo entre o Governo do Estado e a Amazon Web Services está mais próximo de acontecer. A previsão, contudo, é que as negociações sejam concretizadas apenas no segundo semestre deste ano.

Um dos indicativos de um “final feliz” para as tratativas é o fato de a empresa já estar anunciando vagas de emprego na Capital. A informação foi repassada por uma fonte interna à gestão estadual. O investimento para projetos no Ceará, no entanto, ainda não foi revelado.

“Estamos mais perto de fechar, mas creio que, considerando todo esse cenário atual, isto venha a ocorrer apenas durante o segundo semestre deste ano. Enquanto isso, eles estão fazendo um trabalho de estruturação de equipe e parcerias de negócios com diversas empresas na região”, explicou a fonte.

Há algumas semanas, a Amazon Web Services vem oferecendo vagas ligadas ao setor de recursos humanos para operar em Fortaleza em uma rede social. Entre as oportunidades listadas na plataforma, estão cargos de “Senior Human Resources Assistant” (assistente de recursos humanos), “Human Resources Business Partner” (recursos humanos – parceiro de negócios), e “Operations Manager” (gerente de operações).

Desde meados de 2016, o Governo negocia para que a empresa invista em um data center no Ceará. As negociações estavam previstas para serem encerradas ainda no segundo semestre do ano passado, mas foram interrompidas por questões técnicas de viabilidade. Estado e AWS já trabalham em outros projetos que deverão proporcionar economia de R$ 380 milhões ao Governo a partir da utilização de tecnologia de armazenamento em nuvem.

Perspectiva
Perguntado sobre a movimentação da AWS, a fonte ouvida pela reportagem – ligada às negociações – classificou a oferta de vagas como um “ótimo indicativo”. A pessoa ainda lamentou a pandemia do novo coronavírus, que teria retardado o processo de articulação da parceria. O principal impacto considerado foi a redução da atividade econômica registrada em todos os países impactados pela doença.

“É um ótimo indicativo, senão não estariam fazendo essa estruturação. Creio ser uma questão de tempo. Fomos atrasados pela pandemia, mas o projeto continua em evolução bastante positiva”, disse. “Assim, creio ser uma questão de tempo a alavancagem dos investimentos deles no Ceará”, completou.

Apesar dos impactos do coronavírus, a pandemia é, também, um dos potenciais do acordo, considerando que o setor de tecnologia da informação poderá sair fortalecido da crise pelo aumento de demanda por conectividade. A negociação ainda é incerta pelas questões de saúde.

Fonte: Diário do Nordeste em 06.05.20

Confira as condições para remarcação e cancelamento de passagens por causa do coronavírus

Confira as condições para remarcação e cancelamento de passagens por causa do coronavírus

Empresas aéreas estão divulgando novas condições para remarcação ou reembolso de passagens

A pandemia de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, está provocando o fechamento de atrações turísticas e de fronteiras em diversos países. A orientação médica para que a população evite sair de casa faz com que passageiros repensem suas viagens, e muitos voos estão sendo cancelados.

Diante desse cenário, as empresas aéreas estão divulgando novas condições para remarcação e reembolso das passagens. Veja abaixo:

GOL
Passageiros da Gol que optarem por não viajar nos voos nacionais, até 14 de maio, podem converter o valor dos bilhetes em créditos para uma viagem futura, que deve ocorrer em até um ano a partir da data da compra. Também há a opção de remarcar a passagem para embarcar até 330 dias a partir da data da compra das passagens originais. Não haverá taxa de remarcação, mas o cliente paga a diferença da tarifa, se houver.

A última alternativa é cancelar a viagem e pedir o reembolso do valor, mas, a depender da modalidade do bilhete, poderá incidir uma taxa de reembolso.

A Gol anunciou nesta terça (17) a interrupção dos seus voos internacionais, a partir do dia 23, até o final de junho. A empresa, porém, ainda não divulgou suas condições de remarcação e reembolso para quem tinha viagem marcada para depois de 14 de maio.

LATAM
Na Latam, quem tinha passagem marcada para um voo até 31 de maio, que foi afetado por cancelamentos, fechamento de fronteiras e estados de emergência, poderá alterar a data da viagem, para o mesmo destino, até o dia 31 de dezembro. Não haverá cobrança de multa ou de diferença tarifária.

No caso de voos que não foram afetados por essas circunstâncias –quando é uma escolha do passageiro não embarcar– a empresa oferece, para quem comprou seu bilhete até 14 de março e iria voar até 30 de abril, uma alteração da passagem sem multa ou diferença tarifária, para partidas até 31 de dezembro.

Já se a passagem foi comprada entre 15 e 31 de março, a remarcação da passagem será feita mediante o pagamento da diferença da tarifa dos voos.

Quem preferir esperar para decidir a nova data da viagem, também terá esse direito. Basta entrar em contato com a Latam e pedir que o valor da passagem seja convertido em créditos, que poderão ser usados em voos até o final do ano.

AZUL
Na Azul, passageiros de voos domésticos com data de embarque até 30 de setembro podem alterar a passagem sem multa, mas pagando a diferença de tarifa. O novo voo deverá ocorrer também até 30 de setembro.

Outra opção é pedir o cancelamento dos bilhetes. Nesse caso, o valor fica como crédito para viagens futuras com a Azul, para voar até um ano após a data de emissão das passagens que foram canceladas.

As mesmas opções incidem sobre os consumidores que tiverem comprado voos com embarque até setembro para Lisboa e Porto (Portugal), Estados Unidos e países da América do Sul.

Fonte: Diário do Nordeste em 18.03.20

Grupo português planeja construir complexo hoteleiro com três prédios na Praia de Iracema/Centro

Grupo português planeja construir complexo hoteleiro com três prédios na Praia de Iracema/Centro

Na esquina perpendicular ao inacabado Acquario, o conjunto com um hotel e dois apart-hotéis com mais de 20 andares está defronte ao mar, a poucos metros do Dragão do Mar e da Caixa Cultural Fortaleza (prédio histórico da antiga Alfândega).

Tramita na Prefeitura de Fortaleza um projeto para a construção de um grande complexo turístico do grupo português Dom Pedro Hotels & Golf Collection, proprietária do Eco-Resort Aquiraz Riviera. Batizado de Iracema, o complexo é composto de três prédios, sendo um hotel e dois apartamentos turísticos (apart-hotéis).

O empreendimento será localizado no terreno de 6.120 m2 onde funcionou a boate Alfândega, na esquina perpendicular à área do Acquario, cujas obras estão há anos paradas. Situado no lado esquerdo da avenida Almirante Tamandaré, tecnicamente a faixa de terreno não está localizada na Praia de Iracema, mas sim no Centro. Os fundos da área dão para a comunidade Poço da Draga e a frente para o Pavilhão Atlântico Fortaleza. O conjunto ficará a poucos metros do Dragão do Mar e da Caixa Cultural Fortaleza (prédio histórico da antiga Alfândega).

O empreendimento foi oficialmente anunciado no último dia 12 de fevereiro, em Lisboa, durante o evento de comemoração do aniversário de 50 anos do grupo Dom Pedro. O anúncio foi feito por Stefano Saviotti, o proprietário do grupo. Por se tratar de projeto especial, “o processo de licenciamento do complexo está na Comissão de Avaliação da Prefeitura de Fortaleza que vai calcular o valor da outorga da alteração de uso do solo”, disse ao Focus a secretária Águeda Muniz (Seuma).

Ou seja, os empreendedores terão que pagar ao município para uso do que os técnicos chamam de “solo criado”. Para se ter uma ideia, a outorga de construção do prédio residencial no terreno que abrigou o hotel Esplanada custou R$ 26 milhões de reais. O dinheiro foi usado em projetos de drenagem e urbanização de bairros da Regional 5.

Após feitos os cálculos, caso a empresa aceite a avaliação, o processo é encaminhado à Comissão de Avaliação do Plano Diretor, que aprecia o projeto em reunião pública do conselho composto por representantes do Poder Público e Sociedade Civil. Após essa apreciação e possível aprovação, assina-se o Termo de Compromisso (contrato entre as partes pública e privada, onde se prevê as condições de pagamento da outorga). Por fim, publica-se a decisão em Diário Oficial para posterior emissão do alvará de construção.

Os três prédios vão ter uma área total construída de aproximadamente 38.500 metros quadrados. Um dos prédios ocupará faixa de 2.392 m2 e terá área total construída de 15.257 m2. O segundo ocupará 2.348 m2 do terreno e abrigará 13.823 m2 de construção. O terceiro ocupará uma área de 1.379 m2 com previsão de 9.377 m2 de área construída.

O grupo Dom Pedro Hotels & Golf Collection construiu sua primeira unidade hoteleira há 50 anos na Ilha da Madeira. De lá para cá, formou-se uma coleção de oito hotéis e resorts, e seis campos de golfe. Entre eles, o Dom Pedro Laguna Beach Resort & Golf, no litoral do Ceará. Inaugurado em 2011 e integrado ao Eco-resort Aquiraz Riviera, o equipamento tem 200 metros de frente para o mar e o único campo de golfe profissional do Ceará.

Fonte: Focus em 26.02.20