Expolog: logística e transformação digital em negócios são temas de evento; Feira começa amanhã, 9

Expolog: logística e transformação digital em negócios são temas de evento; Feira começa amanhã, 9

Evento será realizado em formato digital, reunindo os principais players da logística no Brasil e no mundo

Um dos principais eventos da área logística no Brasil, a Feira Internacional de Logística – Expolog 2020 ocorrerá em edição especial neste ano. Em formato digital, a feira começa nesta quarta-feira, 9, e segue até quinta-feira, 10. O tema deste ano será “A logística e a transformação digital integrando negócios”. Com 15 anos de trajetória, a Expolog trará representantes nacionais e internacionais de destaque do segmento. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas no site do evento.

A programação começa a partir das 9h, com transmissão direta do Centro de Eventos do Ceará para a plataforma virtual da Expolog. A ocasião contará com a participação de 15 personalidades que marcaram a história da feira. Após a abertura, o escritor e empreendedor Maurício Benvenutti, uma das principais referências brasileiras na região do Vale do Silício, nos Estados Unidos, ministrará palestra virtual sobre “Transformação digital integrando negócios e pessoas”.

A programação da Expolog também contará com três seminários técnicos: Seminário Internacional de Logística; “Oportunidades para o Jovem Profissional na Logística” e “Logística no Agronegócio”. Dentro da plataforma do evento, os participantes terão acesso a um pavilhão de exposições digitais, com informações bilíngues, como forma de proporcionar o encontro e interação entre todos. O Seminário Internacional de Logística, inclusive, trará como foco a revolução digital na cadeia de suprimentos, o ecossistema de e-commerce e a geração de negócios.

“A expectativa é alcançarmos mais de três mil participantes, atraídos pela rica programação que está sendo cuidadosamente planejada e ultrapassarmos R$ 500 milhões em negócios realizados e prospectados, marca atingida no ano passado”, ressalta a organizadora do evento, Enid Câmara.

A Expolog é uma realização da Câmara Brasil Portugal no Ceará (CBP-CE), Instituto Future, Prática Eventos e Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Estado do Ceará (SETCARCE).

Serviço:

Expolog 2020

Quando: quarta-feira, 09, e quinta-feira, 10

Onde: https://app.virtualieventos.com.br/expolog2020

Programação e inscrições gratuitas no site do evento
Instagram: @expolog
Facebook: @expolog
Linkedin: @expolog

Fonte: Diário do Nordeste em 08.12.2020

‘Ceará se prepara para ser um grande hub logístico do NE’

‘Ceará se prepara para ser um grande hub logístico do NE’

Avaliação é do advogado especializado em infraestrutura logística e membro do comitê técnico da feira de logística Expolog, Matheus Miller. Neste ano, o evento abordará transformações digitais na integração de negócios

A pandemia do novo coronavírus transformou drasticamente o modus operandi de várias atividades e deixa legados importantes no setor logístico. Na avaliação de Matheus Miller, advogado especializado em infraestrutura logística e membro do comitê técnico da Expolog, maior feira de logística do Norte e Nordeste, o Ceará está bem inserido nesse contexto e conta com uma boa preparação para ser um grande hub do segmento.

“Sabemos que as mudanças têm sido muito dinâmicas, mas o que se pode afirmar é que o Ceará vem se preparando para ser um grande hub de logística no Nordeste”, pontua Miller, destacando equipamentos que alicerçam essa avaliação, como o Aeroporto de Fortaleza e os portos do Pecém e Mucuripe.

“Há ferrovias a serem concluídas. É possível encontrar no Ceará um Estado pronto para satisfazer as necessidades do comércio exterior”, ressalta. Ele frisa, porém, que o desenvolvimento logístico da região está intimamente relacionado ao próprio desenvolvimento econômico, passando pelo consumo e pela produtividade.

“É importante entender que a infraestrutura facilita, mas é preciso que o Estado tenha movimento econômico e que tenha consumo para que esses instrumentos e ferramentas se complementem com isso”, avalia o advogado Matheus Miller.

Um dos legados da pandemia é um olhar diferenciado para o setor logístico em decorrência da paralisação das atividades. O crescimento dos condomínios logísticos – espaços de armazenamento de insumos e produtos que permitem o rateio de custos -, por exemplo, é um desses reflexos.

“Ao paralisar o transporte mundial, a pandemia reacendeu o receio de desabastecimento em certas cadeias produtivas, o que fez com que empresas, que estão nessas cadeias, voltassem a formar estoques próximos de suas plantas produtivas”, explica. Ele afirma que esse é um movimento contrário ao que vinha sendo observado na década de 1990 e início dos anos 2000, quando as empresas foram deixando de formar estoque para evitar a imobilização de capital. Os condomínios logísticos apresentaram, no segundo trimestre de 2020, crescimento de 10,3% em área na comparação com igual período de 2019.

Evento

O impacto das transformações digitais na integração de negócios e as tendências da logística para os próximos anos é o tema da Expolog 2020, que será realizada pela primeira vez em formato digital nos dias 9 e 10 de dezembro. Esta é a 15ª edição da feira. De acordo com Enid Câmara, coordenadora geral da atividade, a expectativa é que o formato digital possibilite um maior alcance ao evento. “A gente está apostando em uma exposição das marcas e isso é um ponto positivo dessa plataforma”, pontua a coordenadora da Expolog.

O evento terá cerca de 100 expositores e mais de 100 palestras, que devem ser acompanhadas por pelo menos cinco mil espectadores. A Expolog conta com a promoção do Diário do Nordeste. É realizada pelo Instituto Future, Prática Eventos, Câmara de Comércio e Indústria Brasil Portugal Ceará e Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Estado do Ceará (Setcarce).

A feira tem também o patrocínio da Associação das Empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Aecipp), da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), do Tecer Terminais Portuários e da Termaco Logística, em parceria com a Confederação Nacional do Transporte (CNT), a Federação das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Nordeste (Fetranslog), a Federação das Câmaras de Comércio Exterior (FCCE), a NTC&Logística e o Sindace.

Fonte: Diário do Nordeste em 07.10.2020

Ceará inicia em outubro embarque de melão para China

Ceará inicia em outubro embarque de melão para China

Produtores já discutem com armadores como será a logística para a primeira viagem, que pode durar até 35 dias. Expectativa é que mercado chinês motive a duplicação da área plantada atual

O Ceará se prepara para dar o maior salto em exportações de frutas nos últimos anos. Até o fim de outubro, produtores locais farão o primeiro teste para enviar melão para a China. Em uma logística que ainda está sendo concluída, a viagem estimada é de 30 a 35 dias e levará seis contêineres do produto para o país asiático. O setor está otimista com a empreitada. Se o resultado for positivo, a expectativa, com o novo mercado, é dobrar a produção local, levar o Ceará ser o maior produtor de melão no país e ampliar a oferta de empregos no campo e nas indústrias do agronegócio.

De acordo com o presidente da Câmara Setorial do Agronegócio, José Amílcar Silveira, o primeiro embarque de melão para a China deve acontecer dia 23 ou 26 de outubro. O evento deve contar com a presença da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina. Os seis contêineres sairão do Porto do Pecém em direção ao Porto de Santos, principal equipamento do tipo no país e maior complexo portuário da América Latina. “É um negócio fantástico. Se a gente conseguir, nossa produção de melão vai dobrar”, antecipa Amílcar.

Segundo ele, a China tem 440 mil hectares plantados de melão. Contudo, a produção não é regular ao longo do ano por conta do período chuvoso, que prejudica o plantio. Já no Brasil, são 20 mil hectares cultivados com melão, sendo 15 mil no Ceará e 5.000 no Rio Grande do Norte, onde as chuvas se restringem a cerca de três meses por ano e não são regulares. Silveira acredita que, efetivada a ponte com o mercado chinês, 20 mil hectares a mais sejam plantados no país, dobrando a capacidade atual, sendo 5.000 novos hectares somente no Ceará e em curto prazo.

Hoje a maioria do produto exportado do Ceará vai para a Europa. Somente um produtor embarca para o continente 300 contêineres por semana. Amílcar Silveira informa que, durante esses meses de pandemia, todos os contratos foram reativados e com procura maior, uma vez que a produção caiu em alguns países. “Com o dólar mais alto, naturalmente vamos ter uma receita maior”, diz, destacando que a expectativa é aumentar em 30% a receita da exportação de frutas em 2020, independente do negócio com a China.

Este ano, em relação à água, Amílcar Silveira afirma que a situação é confortável, devido às chuvas, à efetivação da transposição de águas do Rio São Francisco e ao aporte acumulado no açude Castanhão. Contudo, ele informa que o maior limitador da produção agropecuária local é exatamente a água. “É nosso gargalo, porque não temos grandes rios e o custo para trazer água do São Francisco é caro. Se a água do São Francisco fosse para Fortaleza e o Castanhão abastecesse a agricultura, seria o ideal. Para a pecuária, inclusive, é melhor que chova menos. Se tiver água, não precisamos de chuva. O que falta é reúso, melhorar a eficiência no abastecimento e distribuição, diminuir o desperdício. Só precisa ser eficiente. Hoje o desperdício é de 48%. Se fosse 25%, nós teríamos o equivalente a duas usinas de dessalinização”, explica Silveira.

Segundo o secretário executivo da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Ceará (Sedet), Sílvio Carlos Ribeiro, em anos anteriores, a exemplo de 2019, os produtores exportavam de 100 a 150 contêineres em uma semana. Neste ano, são 250 a 300. “E ainda tem a questão do Oriente Médio e, em outubro, o grande desafio que é a China. Já temos permissão para exportar para lá, mas ainda não tem a logística definida. Os produtores já vão discutir com armadores para fazermos o teste. O problema é o tempo. Da fazenda até a Europa são 10, 12 dias até chegar ao consumidor. Na China, são 30 a 35 dias. Vamos avaliar a qualidade do melão quando chegar lá, a logística, o tempo. Dando certo, vai ser uma reviravolta no mercado”, aposta. Para Sílvio Carlos, a logística para a China sendo positiva, o negócio “vai mudar completamente o mercado, porque o consumo é muito alto. O mundo árabe também comprou bastante ano passado, há muitos países interessados, os Emirados Árabes, a Arábia Saudita”, complementa.

Fonte: O Otimista em 19.09.2020

Porto do Pecém como um hub alternativo para a cabotagem brasileira

Porto do Pecém como um hub alternativo para a cabotagem brasileira

O Ceará de destaca com a estrutura moderna do Porto do Pecém, um enorme parque industrial e uma Zona de Processamento e Exportação

O Brasil criou, em 1990, o Programa Nacional de Desestatização (PND), por meio da Lei 8.031, a qual sofreu diversas alterações que vieram a originar a Lei 9.491/1997, e a Lei 8.630/1993, denominada de Lei de Modernização dos Portos. Este arcabouço jurídico atribuiu à União o direito de explorar o porto organizado, diretamente ou mediante concessão, bem como a quem interessar o direito de construir, reformar, ampliar, melhorar, arrendar e explorar instalação portuária, mediante: (a) contrato de arrendamento; e (b) autorização, cada qual para casos específicos descritos em Lei.

Complementarmente, o Decreto 6.620/2008 firmou políticas e diretrizes para o desenvolvimento e o fomento do setor de portos e terminais portuários de competência da Secretaria Especial de Portos da Presidência da República (SEP/PR) e disciplinou a concessão de portos, o arrendamento e a autorização de instalações portuárias marítimas.

Na primeira quinzena de agosto de 2020, o Projeto de Lei 4199/2020, que institui o Programa de Estímulo ao Transporte por Cabotagem – BR do Mar e altera a Lei nº 5.474, de 18 de julho de 1968, a Lei nº 9.432, de 8 de janeiro de 1997, a Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001, e a Lei nº 10.893, de 13 de julho de 2004, foi notícia nas manchetes.

São aproximadamente 30 anos de ajustes jurídicos que aumentaram eficiência no setor, conforme salientando no estudo de “Análise exploratória da eficiência produtiva dos portos brasileiros” e na possibilidade de entrada de investidores privados no setor no Brasil com a abertura dos portos.

Além disso, o culminar com a navegação de cabotagem pelo PL 4199/2020 abre um mar de possibilidades para operadores privados, pois há uma costa enorme com a maioria das capitais acessível e uma população urbana de aproximadamente 80% nos grandes centros urbanos garantindo um mercado de consumo de bens que tem necessidade de transporte de qualidade e seguro, o que o transporte marítimo de cabotagem pode garantir.

Neste contexto, encontra-se o Ceará e, em destaque, o Porto do Pecém com vinte anos de história e com uma estrutura moderna, um enorme parque industrial e uma Zona de Processamento e Exportação em funcionamento. Trata-se de uma infraestrutura conectada ao mundo com parcerias na China, Coreia, EUA e Europa, caracterizando um Hub Portuário de potencial enorme para o recebimento e distribuição, com a PL 4199/2020, de produtos no Brasil.

É saudável a qualquer investidor antecipar-se no jogo e pós pandemia, com a PL 4199/2020 aprovada, ter uma posição privilegiada no Porto do Pecém pode ser um grande diferencial para a aceleração que pode ocorrer no consumo reprimido durante os últimos anos.

* Pesquisador em Economia dos Transportes e professor da Universidade Federal do Ceará (UFC)

Fonte: Trends CE em 26/08/2020

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Especialista analisa impactos do Programa “BR do Mar” que incentiva mudanças no transporte marítimo

Especialista analisa impactos do Programa “BR do Mar” que incentiva mudanças no transporte marítimo

Chamado de “BR do Mar”, o projeto de lei nº 4.199/20 já está no Congresso Nacional para ser analisado, em caráter de urgência. O programa tem como objetivos incentivar o tráfego marítimo entre portos da mesma costa de um país (cabotagem), estimular o transporte de mercadorias internamente e ampliar a competitividade industrial do país.

Segundo Ricardo Valente, advogado especialista em Direito Marítimo e Portuário, o novo projeto possibilitará a criação de novas rotas marítimas, reduzindo custos de transportes nas rotas já existentes.

“Esse será um importante incentivo para a economia de todo o país, tendo em vista que irá reduzir os custos no segmento, aumentar a frota, desburocratizar o tráfego de embarcações, reduzir taxas e regulamentações e ainda ampliar o conhecimento em manutenção e comercialização de peças para os navios”, destaca Ricardo Valente.

O programa “BR do Mar” ainda prevê a celeridade da entrada em operação de terminais dedicados à cabotagem e a continuidade em iniciativas de modernização que já vinham sendo realizadas em portos brasileiros.

Fonte: InvesteCE em 17/08/20

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