Turismo no Ceará: as oportunidades de investimentos no setor

Turismo no Ceará: as oportunidades de investimentos no setor

Os aeroportos do Estado, os portos do Mucuripe e do Pecém e o Centro de Eventos do Ceará, além das belezas naturais, potencializam o Ceará como destino de recursos financeiros.

A conexão do Ceará com o Brasil e o mundo segue em franca expansão. A infraestrutura proporcionada pela ampliação do Aeroporto Internacional de Fortaleza, a atração de um hub aéreo, a implementação de aeroportos regionais, os portos do Mucuripe e do Pecém e as rodovias estaduais reforçam essa ligação.

Juntamente com os atrativos naturais do Estado, esses diferenciais, certamente, tornam o turismo um dos setores econômicos mais beneficiados. Não apenas pela maior circulação de turistas, mas também pelas oportunidades de investimentos que ainda se vislumbram no setor.

Ao lado da hotelaria, mais parques temáticos e o desenvolvimento do turismo náutico surgem, por exemplo, no leque de opções para quem pensa em investir no turismo cearense.

A atividade representa, hoje, quase 11% da economia do Ceará, índice que cresce acima da média nacional (10%).

Segundo Arialdo Pinho, secretário de Turismo do Ceará, embora todos esses segmentos signifiquem grandes oportunidades para os investidores, o turismo náutico é o que detém o maior potencial de expansão. Afinal, os 573 quilômetros de litoral e os fortes ventos sopram a favor do Estado.“E, mesmo assim, ainda exploramos muito pouco o turismo náutico, que vai muito além da prática de esportes como o kitesurfe e o windsurfe, já consolidados no Ceará.

Temos aí também a exploração de atividades turísticas, em toda a costa, envolvendo vários tipos de embarcações, como os barcos a vela. A receita turística seria ainda maior. Portanto, ainda há muito o que avançar”, revela.

Ao mesmo tempo, Pinho também destaca a prática de mergulho. Nesse sentido, a inclusão de Fortaleza no Programa de Recifes Artificiais da Embratur (Instituto Brasileiro do Turismo) só vem a corroborar o potencial dos verdes mares cearenses com indutor do turismo estadual. “Além de Fortaleza, nós temos, no Ceará, outros pontos de águas rasas, como Icapuí, o que facilitaria o afundamento dos equipamentos para a formação desses recifes artificiais, atraindo, assim, mais turistas interessados na atividade”, afirma.

Entre esses equipamentos, o programa da Embratur prevê, por exemplo, o afundamento de barcos e vagões de trens abandonados, dragas em desuso e tanques de guerra, respeitando os critérios e regras ambientais, a fim de que eles se tornem locais de acúmulo de peixes e virem santuários marinhos.

Em contrapartida, o maior fluxo de turistas de mergulho e interessados em atividades náuticas em todo o litoral, aponta o titular da Secretaria de Turismo do Ceará, aumentaria a demanda por outros investimentos no setor. A saber, hotéis, pousadas, restaurantes e uma gama de outros serviços que orbitam em torno da atividade turística, beneficiando diversos municípios. Um potencial e tanto, diante do fato de que o turismo pode movimentar cerca de 54 segmentos da economia, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

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Fonte: TrendsCE

Do vermelho para o azul: administradora do Porto do Mucuripe aposta em parcerias e concessões

Do vermelho para o azul: administradora do Porto do Mucuripe aposta em parcerias e concessões

Presidida pela engenheira Mayhara Chaves, a Companhia Docas do Ceará apostou numa série de ações para fazer com que a empresa voltasse a ter caixa

Uma companhia pública deficitária que passou do vermelho para o azul. Essa é a nova realidade da Companhia Docas do Ceará (CDC), administradora do Porto do Mucuripe. Os números são mais que satisfatórios: 180% de crescimento do Ebitda* em 12 meses.

Presidida pela engenheira Mayhara Chaves, a CDC apostou numa série de ações para fazer com que a companhia voltasse a ter caixa. As parcerias com empresas, além do aumento constante da movimentação de cargas, deram frutos. Uma prévia foi o resultado financeiro em 2019: R$ 3,33 milhões.

No rol de produtos que alavancaram os números em 2020 estão granéis sólidos (cereais e não cereais), com destaque para o trigo, manganês, escória e clínquer. Nas cargas gerais, as partes de pás eólicas também vêm ganhando espaço, assim como os granéis líquidos. Mesmo com a pandemia, os processos de carga e descarga seguiram um rígido protocolo de medidas de biossegurança.

Para completar, a empresa ainda modelou o berço 106. Construído para receber navio de cruzeiros, quando não está no período da temporada, abriga operações de contêineres.

“Não há dúvida que temos muito trabalho a ser feito para tornar o Porto de Fortaleza cada vez mais competitivo, mas os acertos até aqui foram expressivos. É nessa linha de planejamento, comprometimento e transparência que pretendemos continuar crescendo na movimentação de cargas e na atração de novos clientes com bastante eficiência”, destacou Mayhara Chaves diretora-presidente da CDC.

Concessões
Enquanto as parcerias possibilitaram um aumento de receita para a CDC, as concessões são uma espécie de “cereja” do bolo. O Cais Pesqueiro e a retroárea do Porto do Mucuripe já foram concedidos à iniciativa privada. Quem aguarda para entrar na lista é o Terminal Marítimo de Passageiros, cuja licitação foi cancelada por conta da pandemia da COVID-19.

Também é esperado o arrendamento do Cais Pesqueiro de Camocim, assim como a licitação de uma área destinada à mistura de combustível (antiga Ferrovia Transnordestina Logística) por parte da Secretaria Nacional de Portos e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

* A CDC informou ao Focus que posteriormente detalhará o Ebitda em milhões de reais

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Fonte: Focus.jor em 30.06.20