Martins Castro Consultoria Internacional, sócio CBPCE, organiza webinar sobre carreiras de TI em Portugal, que acontece no dia 9 de fevereiro de 2023

Martins Castro Consultoria Internacional, sócio CBPCE, organiza webinar sobre carreiras de TI em Portugal, que acontece no dia 9 de fevereiro de 2023

Joana Oliveira, da Amazon Web Services e Fernando Belezas, do Instituto Empresarial do Tâmega estão entre os palestrantes do webinar “Portugal de portas abertas aos profissionais de TI: saiba como construir seu futuro na Europa”, que acontece no dia 9 de fevereiro

Os caminhos para a internacionalização profissional na área da tecnologia da informação a partir de Portugal serão apresentados pelos maiores especialistas em mobilidade internacional e recrutamento durante evento online gratuito, no dia 09 de fevereiro. O webinar “Portugal de portas abertas aos profissionais de TI: saiba como construir seu futuro na Europa” terá as participações de Joana Oliveira, territory manager da Amazon Web Service (AWS) e Fernando Belezas, diretor executivo do Instituto Empresarial do Tâmega (IET), centro de inovação, negócios e incubação de empresas na região norte portuguesa.

Organizado pela Move, empresa especializada em mobilidade internacional com soluções em recrutamento e regularização de
profissionais estrangeiros em Portugal, o evento é gratuito e está com inscrições abertas. No dia 9 de fevereiro, a programação se iniciará às 19h30, no horário do Brasil (22h30, em Portugal), com a apresentação “Qual perfil profissional almejado pelas corporações europeias? Com a territory manager da Amazon Web Service (AWS), Joana Oliveira. A especialista falará sobre a atuação da AWS, o perfil dos profissionais na corporação e como acontece o processo de contratação.

Em seguida, o diretor-executivo do IET, Fernando Belezas, apresentará o potencial das cidades do interior de Portugal no desenvolvimento tecnológico e na geração de novas oportunidades de trabalho para profissionais de tecnologia. Segundo ele, é importante que os profissionais de TI, que têm interesse em construir uma carreira na União Europeia, conheçam as regiões portuguesas, seus projetos inovadores, comparando os custos e qualidade de vida antes de optarem pelos centros urbanos. Belezas destaca que na região do Tâmega e Sousa, por exemplo, há centenas de vagas abertas neste momento. A procura por profissionais de tecnologia é crescente na Europa, há estudos que apontam para a escassez de cerca de 800 mil profissionais de TI no continente.

A moderadora do webinar, a especialista em Gestão Estratégica de Negócios e Comércio Exterior, Erika Santos, que é business manager da Move, afirma que Portugal, atualmente, é visto como um hub de tecnologia em ascensão na Europa e tem vivenciado um momento de expansão com unicórnios e programas de referência para empresas e startups.

Recentemente, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, lançou a Fábrica de Unicórnios que tem como objetivo incentivar e atrair startups no desenvolvimento de modelos de negócios inovadores. Ela comenta que os investimentos no setor tecnológico têm tornado o país atrativo aos profissionais de tecnologia de todo o mundo, incluindo os brasileiros. Este cenário foi determinante para que o analista de sistemas Felipe Freitas, de 36 anos, escolhesse Portugal para iniciar a internacionalização de sua carreira. Natural de São Paulo, ele se mudou para Lisboa em agosto de 2021 , mas já atuava profissionalmente para o país de forma remota.

Head de Tecnologia da Martins Castro, Freitas também participa do evento e vai falar sobre sua experiência e desenvolvimento profissional em Portugal. Para ele, o país tem um plano audacioso de se tornar um dos maiores polos de tecnologia do mundo, o que é estimulante para os profissionais da área. “Os altos incentivos do setor público nesta área, como, por exemplo, a organização da WebSummit, as possibilidades de trocas de conhecimentos com pessoas do mundo todo me fizeram escolher o território português para essa jornada na Europa”. Na visão de Freitas, Portugal tem tudo para se consolidar como referência na área de tecnologia também pela qualidade de vida, segurança e a cultura amistosa com os profissionais de outros países. “O país quer receber o estrangeiro e tem criado condições para isso”.

Processos de contratação e regras migratórias As diferenças nos processos de contratação no Brasil e em Portugal compõem a temática da apresentação da fundadora da Hunting TI, Fabiana Tempesta. Responsável por uma das maiores empresas de recrutamento do Brasil e União Europeia, ela abordará sobre as oportunidades e armadilhas nas propostas de trabalho e oferecerá orientações sobre quais aspectos os candidatos devem priorizar na hora de escolher uma vaga.

A mestre em Direito Internacional e especialista em Direito Migratório, Michelle Passos da Silva, vai realizar a apresentação “Uma jornada de mobilidade internacional segura e regularizada.” De acordo com ela, é importante conhecer as formas de acesso a Portugal conforme as regras migratórias, os tipos de vínculos de trabalho e os regimes fiscais para que o profissional faça as melhores escolhas.

Durante a palestra, a especialista abordará ainda sobre os processos e prazos para solicitação da documentação pessoal, agendamento junto ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, reagrupamento de familiares, abertura de conta bancária, entre outros.

Saiba mais:
Webinar “Portugal de portas abertas aos profissionais de TI: saiba como construir seu futuro na Europa”
Data: 09 de fevereiro (quinta-feira)
Inscrições gratuitas:
Horário: 19h30 (BR) / 22h30 (PT)
Duração: 1h30
Inscrições: https://www.sympla.com.br/evento-online/portugal-de-portas-abertas-aos-profissionais-de-ti-saiba-como-construir-seu-futuro-na-europa/1848973

Palestrantes:
● Joana Oliveira, territory manager Amazon Web Services (AWS) Palestra: Qual perfil profissional almejado pelas corporações na Europa?
● Fernando Belezas, diretor executivo do Instituto Empresarial do Tâmega(IET)
Palestra: Portugal além dos grandes centros urbanos para profissionais de tecnologia
● Felipe Freitas, head de tecnologia da Martins Castro Palestra: Minha jornada profissional em terras lusitanas
● Fabiana Tempesta, fundadora da Hunting TI, empresa de recrutamento referência na União Europeia e Brasil
Palestra: Diferenças nos processos de contratação no Brasil e em Portugal
● Michelle Passos da Silva, mestre em Direito Internacional pela Universidade de Lisboa e especialista em Direito Migratório da Move Palestra: Como ter uma jornada de mobilidade internacional segura e regularizada

Fonte: Martins Castro Consultoria Internacional

M. Dias Branco, sócia CBPCE, quer fábrica no exterior para melhorar receita em dólar e diminuir custo em trigo

M. Dias Branco, sócia CBPCE, quer fábrica no exterior para melhorar receita em dólar e diminuir custo em trigo

Empresa está de olho no aumento do preço do trigo nas flutuações cambiais

A M. Dias Branco está colocando em prática plano de internacionalização da marca. A empresa está de olho na ampliação de sua receita em dólar e na diminuição de custo com o trigo. A principal arma para atingir esses dois objetivos é adquiri plantas fora do Brasil. As informações são do site Infomoney.

Uma das razões para a M. Dias Branco pensar nessa tática é o fato do Brasil não ser autossuficiente em trigo. Dessa forma, é preciso importar parte importante do insumo, sobretudo da Argentina. Ucrânia e Rússia, dois produtores de destaque em trigo estão em guerra e isso piorou a situação para os produtores que precisam do grão.

Outra razão para o passo internacional é que a companhia entende que o mercado brasileiro está consolidado, não restando tanta margem para crescimento interno. “O terceiro pilar de crescimento da M. Dias é a internacionalização da companhia. Por dois motivos. Primeiro porque nós já temos um terço do mercado brasileiro. Em algumas regiões, a gente chega a ter 90% de marketshare. Em algum momento a gente vai ter dificuldade de acessar novos mercados aqui no Brasil”, disse Gustavo Theodozio, CFO da empresa.

Fonte: O Otimista em 16.08.2022

M. Dias Branco fecha parceria com a Fiec para alavancar negócio no exterior

M. Dias Branco fecha parceria com a Fiec para alavancar negócio no exterior

A parceria trabalhará com Data Science para subsidiar decisões da empresa de massas e biscoitos no mercado internacional

A M. Dias Branco fechou uma parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) para avançar na internacionalização da marca.

O Observatório da Indústria e o Centro Internacional de Negócios estão trabalhando em uma solução com base em Data Science para subsidiar os novos passos da empresa de massas e biscoitos em novos países.

Hoje, a M. Dias Branco já exporta produtos para 42 países de todos os continentes. A empresa utilizará as informações extraídas pela Fiec para basear decisões e conseguir potencializar resultados no mercado internacional.

DADOS EM INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS
A solução criada pela Fiec parte da coleta de informações de uma ampla base de dados do comércio internacional global, com mais de um trilhão de registros de todas as relações comerciais mundiais.

O projeto, que funciona com técnicas de Big Data e outras metodologias emergentes, ajudará a empresa a identificar países com maior potencial para os produtos da M. Dias Branco. A cada etapa de finalização a empresa terá acesso a informações importantes para tomada de decisão.

No fim do trabalho, a M. Dias Branco receberá um painel analítico que possibilitará visualizar os dados processados e a metodologia desenvolvida conjuntamente.

A solução em desenvolvimento foi idealizada com uso de design thinking e contou com a participação da equipe técnica da M. Dias Branco, Observatório da Indústria e Centro Internacional de Negócios.

EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
Conforme o gerente do Observatório da Indústria da Fiec, Guilherme Muchale, a parceria permitirá à empresa identificar mercados prioritários e auxiliará no plano de expansão.

Ele afirma que a Fiec uniu a expertise da equipe multidisciplinar do Observatório, composta por economistas, designers, analistas de BI, cientistas e engenheiros de dados com as metodologias maduras do Centro Internacional de Negócios para cocriar uma solução inovadora e exclusiva com a M. Dias Branco.

“A empresa tem avançado ao longo dos últimos anos com a implantação de sua cultura Data Driven. Ou seja, a gestão e as tomadas de decisão são cada vez mais orientadas por informações estratégicas”, diz.

CRESCIMENTO NO MERCADO INTERNACIONAL
O diretor de Exportações da M. Dias Branco, César Reis, ressalta que a M. Dias Branco tem intensificado nos últimos anos os investimentos no comércio internacional, registrando crescimento de faturamento em exportações mesmo na pandemia.

Para ele, as informações sobre os países a serem entregues pela Fiec irão auxiliar a resolver a dificuldade da empresa de priorizar mercados.

“São muitos países, muitos produtos e a gente tem recursos limitados. Então, contar com uma ferramenta de priorização, que contenha informações de uma maneira visualmente fácil de compilar e de assimilar pode nos trazer mais agilidade na tomada de decisão”, considera.

Fonte: Diário do Nordeste em 17.07.2021

Missão Websummit Lisboa: CBPCE possui descontos exclusivos

Missão Websummit Lisboa: CBPCE possui descontos exclusivos

A Missão Web Summit Lisboa 2021 é uma missão de negócios, tecnologia e inovação que vai conectar startups e empresários brasileiros com o ecossistema empreendedor de Portugal que figura entre os melhores da Europa que irá acontecer de 31/10 a 06/11 de 2021.

Um dos pontos altos da missão é a participação no Web Summit, a maior e mais importante conferência de tecnologia, inovação e empreendedorismo no mundo, além de contar com diversas visitas técnicas focadas em networking e oportunidades de negócios em uma das mais vibrantes startups-cities da Europa.

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Venha conosco conhecer o ecossistema de negócios em Portugal!

Serviço:
Missão Web Summit 2021
Data: 31.10 a 06.11
Comprar: https://bit.ly/mwebsummit
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Vagas limitadas!!!

APSV Advogados participa de estudo do Banco Mundial que mapeia oportunidades e desafios das capitais brasileiras

APSV Advogados participa de estudo do Banco Mundial que mapeia oportunidades e desafios das capitais brasileiras

O Banco Mundial anunciou ontem os resultados da avaliação do ambiente de negócios nas 27 capitais brasileiras.

Destaque para Fortaleza que é a metrópole do nordeste melhor avaliada no estudo, apesar dos desafios que tem associados a registro de propriedades, execução de contratos e pagamento de impostos.

“Foi um orgulho para nós do APSV Advogados tomar parte num estudo de grande qualidade que mapeia oportunidades e desafios de Fortaleza / Ceará para a atração e promoção de negócios. Esse estudo certamente ajudará a reforçar acertos e corrigir o rumo para os próximos anos.” Destaca Rômulo Alexandre Soares

O Doing Business Subnacional Brasil 2021 apresenta uma análise comparativa do ambiente de negócios nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. Este estudo mede a regulamentação das atividades de pequenas e médias empresas nacionais em cinco áreas: abertura de empresas, obtenção de alvarás de construção, registro de propriedades, pagamento de impostos e execução de contratos.

Clique aqui para ler o estudo completo

Fonte: APSV Advogados

Diretor da CBPCE, Raul Santos, mediará bate-papo com o tema: Ambiente de Negócios no Pós-pandemia, hoje a partir das 19 horas

Diretor da CBPCE, Raul Santos, mediará bate-papo com o tema:
Ambiente de Negócios no Pós-pandemia, hoje a partir das 19 horas

O Ibef Ceará recebe, para um bate-papo virtual, no dia 19 de agosto, às 14h30, o Senador da República Eduardo Girão.

Girão fará uma abordagem sobre “Ambiente de negócios no pós-pandemia: riscos e oportunidades”.

O vice-presidente do Ibef Ceará, Raul Santos, sócio CBPCE, fará a mediação.

Assista a transmissão pelas plataformas Zoom ou YouTube
Zoom: https://bit.ly/3iVu7p6
Youtube: https://bit.ly/3iVu9xe

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Novo berço de atracação começa a operar no Porto do Pecém

Novo berço de atracação começa a operar no Porto do Pecém

Na ocasião também foi realizada a primeira operação simultânea de dois berços; o feito representa elevação de 300m na capacidade operacional do terminal.

O berço 10, nova plataforma de atracação do Porto do Pecém, tem capacidade para receber navios de até 330 metros de comprimento, com calado de até 15,30 metros. O local está operando desde a tarde do último sábado, quando o navio Log-In Polaris desatracou, se tornando a primeira embarcação a utilizar as instalações do berço 10 – localizado no Terminal de Múltiplas Utilidades (TMUT).

A ocasião também marcou a primeira operação simultânea de dois berços do porto. Os berços 10 e 9, onde já estava atracado o navio Hayling Island.

“O resultado gerado pela atracação simultânea nos berços 9 e 10 enche nosso time de orgulho, uma grande emoção ver mais essa etapa do Porto do Pecém. Elevamos nossa capacidade operacional e agora podemos receber até 10 navios simultaneamente”, afirma o diretor executivo de operações do Complexo do Pecém, Waldir Sampaio.

A operação simultânea nos dois berços foi realizada novamente no domingo, com a chegada do navio Maersk Karachi no berço 10. Em ambas as operações de movimentação de contêineres foram utilizados super guindastes operados pela APM Terminals.

Há apenas dois guindastes do tipo STS (Ship to Shore) em operação no Estado do Ceará. Cada um desses dois gigantes possui 87 metros de altura em relação ao solo, além de conseguirem içar até 100 toneladas no modo gancho e 65 toneladas no modo contêiner.

Esses guindastes são compatíveis para operar os maiores navios de contêineres em operação no mundo e estão hoje entre os maiores equipamentos desse tipo na América Latina.

“O novo berço 10 traz uma capacidade adicional de 300m, colocando Pecém dentro de um seleto grupo de Portos na América Latina que podem acomodar os navios New Panamax, com os 600m dos berços 9 e 10 combinados com calados até 15,3m. O novo berço também otimiza o nosso sistema de janelas de atracação, reduzindo o tempo de espera no fundeadouro”, pontua o diretor superintendente da APM Terminals Pecém, Daniel Rose.
O início das operações no berço 10 do Porto do Pecém veio logo após a ANTAQ publicar, na semana passada, o Termo de Liberação de Operação (TLO) que autoriza a operação na área ampliada do Terminal Portuário do Pecém.

Investimentos

A conclusão dessas obras finaliza a segunda fase de expansão do Porto do Pecém, que contemplou uma série de investimentos para elevar a capacidade operacional do terminal portuário.

Dentre eles estão principalmente: a ampliação e pavimentação do quebra-mar; a construção de três novos berços de atracação – 8, 9 e 10 – de navios; e a aquisição da Correia Transportadora de Minérios e do Descarregador de Minérios.

Os investimentos atingiram R$ 1,3 bilhão e incluíram ainda outras obras e equipamentos, como os carregadores de placa e a construção do prédio do Corpo de Bombeiros.

Como parte da modernização do Terminal Portuário do Pecém também foram realizadas obras de ampliação do prédio administrativo; recuperação e modernização das torres de iluminação; construção da subestação de energia e pavimentação da área destinada às operações do scanner de cargas

Fonte: Diário do Nordeste em 03.08.20

Parcerias Público-Privadas são oportunidades para ampliar investimentos no Ceará

Parcerias Público-Privadas são oportunidades para ampliar investimentos no Ceará

Diante da crise econômica desencadeada pela pandemia da Covid-19, é natural que, por algum tempo, os grandes investimentos públicos fiquem restritos por questões orçamentárias. Neste cenário, as Parcerias Público-Privadas (PPPs) despontam como alternativa para garantir a continuidade do desenvolvimento regional, sem que haja desequilíbrio financeiro. No Ceará, este tipo de parceria tem ganhado espaço e tende a ser ainda mais estimulado pelo Governo, que trabalha em projetos viáveis e atrativos, sem abrir mão do interesse coletivo.

Atualmente, o Ceará conta com apenas uma PPP efetivamente contratada, que diz respeito aos serviços de atendimento ao cidadão Vapt Vupt, com três unidades em Fortaleza, uma em Juazeiro do Norte e outra na cidade de Sobral. Assinado em novembro de 2013, com o valor total de R$ 640,6 milhões, a parceria tem um prazo de concessão de 15 anos. Além disso, o Governo estuda uma nova PPP para a administração da Arena Castelão, tendo em vista que o contrato anterior, assinado em novembro de 2010 por R$ 518,6 milhões, e que virou referência nacional pelo bom andamento, venceu em dezembro de 2018.

A grande prioridade no momento, entretanto, é o projeto de implantação, operação e manutenção de uma planta de dessalinização de água marinha, que forneça água para consumo humano nas estruturas hidráulicas existentes da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Conforme Ticiana Gentil, titular da Coordenadoria de Captação de Recursos e Alianças com o Público e o Privado (Cocap), da Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag), o projeto, que já teve seu edital lançado, está tendo um grande interesse por parte do setor privado.

“A Cagece (Companhia de Água e Esgoto do Ceará), dona do projeto, já recebeu mais de 170 questionamentos sobre esta PPP, o que nos deixa otimistas. A ideia é termos a maior planta de dessalinização da América Latina, com vazão mínima de um metro cúbico por segundo (1 m³/s) e capacidade de suprir as necessidades de 720 mil pessoas num primeiro momento”, destaca Ticiana.

Além da planta de dessalinização, o Governo do Estado também estuda, por meio de um convênio com a Caixa Econômica Federal, o projeto de PPP para a implantação do Aterro Sanitário do Cariri, que visa atender os municípios da região. “Antes de acontecer a pandemia, o Governo já trabalhava fortemente nessa interação com o setor privado, posto que essas parcerias geram desenvolvimento, empregos e arrecadação ao Ceará. Agora, com planejamento de longo prazo e ouvindo todas as secretarias, a tendência é de que esses projetos sejam ainda mais estimulados, sempre com transparência”, diz Ticiana.

Ainda de acordo com a titular da Cocap, o fato de o Ceará possuir uma responsabilidade fiscal elevada, sendo referência no Brasil, oferece ainda mais atratividade às empresas privadas interessadas em PPPs. Ela lembra, ainda, que o Estado também conta com uma Lei de Garantias desde 2014, o que passa mais segurança financeira às possíveis parcerias; um grupo técnico focado exclusivamente em PPPs; e um Tribunal de Contas Estado (TCE) que analisa a viabilidade dos projetos, reduzindo os riscos de os mesmos serem interrompidos.

Benefício mútuo

Para Eugênio Vieira, advogado na área de infraestrutura, o grande diferencial de uma PPP é o fato de ela oferecer, efetivamente, benefícios tanto ao poder público, como também para os entes privados que fazem parte da parceria. “No caso do poder público, ele poderá fazer os investimentos necessários, mesmo com recursos mais escassos no atual momento, podendo diferir o pagamento no longo prazo. Além disso, há a vantagem de ter, através do particular, um acréscimo de know-how para conduzir a atividade com maior eficiência”, opina.

Pelo lado do setor privado, Eugênio destaca que, em um cenário de incertezas como o atual, o fato de uma empresa ter a garantia de recebimento numa PPP, trabalhando num modelo onde já estima o seu retorno de capital, traz importante segurança financeira diante da instabilidade econômica vivida pelo País. “São investimentos vultuosos, que oferecem uma segurança considerável. Além disso, a taxa de retorno é competitiva, na comparação com investimentos em títulos públicos, por exemplo”, comenta. Sobre os setores com maior potencial de atrair PPPs no Ceará, o advogado aposta suas fichas em quatro segmentos.

“Eu vejo a área de saneamento básico, com a aprovação do novo marco regulatório, com enorme potencial a ser explorado via PPPs. Além disso, o setor de energias renováveis, considerando que o poder público é um dos principais consumidores de energia, tem tudo para ganhar força e ser mais flexibilizado. Também vejo possíveis parcerias em projetos que possam ser relevantes para o turismo do Estado e no sistema penitenciário, onde é possível vincular melhorias nas unidades à administração privada”, pontua Eugênio Vieira.

O advogado cita, ainda, alguns equipamentos do Ceará, a exemplo da Centrais de Abastecimento do Ceará (Ceasa), como possibilidade de fazer parte de uma PPP para maximizar sua eficiência. Ademais, projetos estruturantes, como a melhoria de rodovias por todo o Estado, também são mencionados por Vieira.

O que diz a lei

No Brasil, as PPPs são reguladas pela Lei Federal 11.079/2004, que oferece as diretrizes para que cada Unidade da Federação crie sua própria legislação. No Ceará, a modalidade de contratação foi editada antes mesmo da lei federal, mas acabou adaptada em 2009, com a Lei 14.391, que trata das PPPs no Estado. O primeiro contrato assinado pelo Estado ocorreu em 2010, para a reforma do estádio Castelão, escolhido para receber jogos da Copa do Mundo da Fifa.

De forma resumida, a Parceria Público-Privada pode ocorrer por meio de duas modalidades: concessão patrocinada ou administrativa. No primeiro caso, o contrato envolve a concessão de serviços públicos ou de serviços e obras públicas, com a cobrança de tarifa aos usuários, que funciona como um complemento à contraprestação mensal paga pelo parceiro público ao privado.

Já na concessão administrativa, não há a cobrança de tarifas ao usuário, uma vez que as contraprestações mensais são realizadas exclusivamente pelo parceiro público ao privado, a partir do início da operação dos serviços. Este tipo de concessão, o mais comum no Brasil, ocorre quando o projeto, mesmo sendo de interesse público, não é rentável ou competitivo para o setor privado.

“A lei também estabelece que o parceiro privado atinja determinados níveis de qualidade e de atendimento do serviço. Há índices que o poder público vincula ao pagamento das contraprestações. Se a empresa não atingir a qualidade e eficiência determinadas no edital, ele pode receber menos recursos do Governo ou até mesmo perder aquela concessão”, explica o advogado Eugênio Vieira.

Desafios para prosperar

Consultor referência nacional em projetos de PPPs, o engenheiro civil André Barbosa, presidente da Oficina Brasileira de Projetos de Infraestrutura Social e Econômica (OBPI), destaca que a eficiência é o grande ponto a ser observado em uma Parceria Público-Privada, ainda mais num cenário de escassez financeira. “O Governo não terá recursos novos para aplicar, então o ideal é destinar as despesas já existentes a projetos que tragam mais eficiência naquela área. Isso é o que justifica uma PPP por parte do poder público”, comenta.

Como forma de conseguir captar bons investimentos através de PPPs, André também menciona que um dos desafios do poder público é criar um ambiente institucional de atração e de boa recepção para com a iniciativa privada, demonstrando que há o interesse e a boa vontade em fazer as parcerias acontecerem.

“Neste aspecto, creio que o Ceará é atrativo, pois tem um histórico positivo com as empresas que o procuram. Há, portanto, uma ambiência positiva no Estado, que também é financeiramente bem administrado. Isso não quer dizer que não há desafios a serem superados, como a severa restrição fiscal e a burocracia presente em praticamente todos os estados brasileiros”, comenta André Barbosa.

Outro ponto destacado por André é que os projetos de PPPs devem ser bem assessorados para evitar a perda de tempo e de recursos em ideias que não sejam efetivamente viáveis. Segundo ele, é preciso deixar de lado o “excesso de otimismo” e focar em questões técnicas para que as parcerias possam prosperar.

“A chave do sucesso é a gente procurar ao máximo a viabilidade daquele projeto, fazendo uma análise minuciosa dos riscos e das especificidades do possível contrato. É preciso ter a certeza de que aquela configuração é realmente factível, pois não há mais tempo ou recursos para se investir em hipóteses”, finaliza.

Fonte: TrendsCe em 17.07.2020

Há notícia boa com a pandemia? Sim, a telemedicina como tendência transformadora

Há notícia boa com a pandemia? Sim, a telemedicina como tendência transformadora

Em artigo do New York Times, a colunista de saúde pessoal do jornal mostra que “a prática médica pela Internet pode resultar em diagnósticos e tratamentos mais rápidos, aumentar a eficiência do atendimento e reduzir o estresse do paciente”.

“Um benefício pandêmico: a expansão da telemedicina”. É este o título de um argo publicado no prestigiado The New York Times mostrando como a telemedicina, que acabou ganhando grande expansão com os isolamentos sociais impostos pelo coronavírus, tende a se tornar transformadora nas relações entre médicos, hospitais e cidadãos. “A prática médica pela Internet pode resultar em diagnósticos e tratamentos mais rápidos, aumentar a eficiência do atendimento e reduzir o estresse do paciente”, diz o texto

O artigo, é assinado por Jane E. Brody, colunista de Saúde Pessoal do NYT que, de tão respeitada no setor científico, é chamada de “A Sacerdotisa da Saúde” pela revista Time. “Mesmo que nenhum outro bem para os cuidados de saúde surja da crise do coronavírus, um desenvolvimento – a incorporação da telemedicina nos cuidados médicos de rotina – promete ser transformador”.

Para ela, “usando a tecnologia que já existe e os dispositivos que a maioria das pessoas tem em casa, a prática médica pela Internet pode resultar em diagnósticos e tratamentos mais rápidos, aumentar a eficiência dos cuidados e reduzir o estresse do paciente”.

Vejam esse trecho em que Jane fala em primeira pessoa: “Sem precisar ir ao consultório ou clínica de um médico, os pacientes podem ter muitas doenças ‘vistas’ em um computador, tablet ou smartphone por um profissional de saúde e receber tratamento prescrito conforme necessário. Para pacientes como eu, que não retornam aos consultórios médicos que me aguardam muito além do horário marcado para a consulta, poder ‘consultar’ o médico em minha casa com mais frequência no horário combinado será mais do que suficiente para incentivar uma visita à telemedicina”.

Parece óbvio que a telemedicina será tendência irrefreável a ser largamente usada pelos planos de saúde. Sem dúvidas que a resultante é tanto baixar os custos dos planos, assim como melhorar o controle da saúde de seus clientes e retirar os cidadãos de intermináveis e, muitas vezes, desnecessárias esperas em antessalas dos hospitais e clínicas. Porém, é fundamental o rigor na avaliação por vídeo dos pacientes para a tomada de decisão quando necessário.

É como ter uma videoconferência com o médico, com a tecnologia melhorando os cuidados de saúde, mesmo de maneiras que ninguém ainda pensou, disse-me a Dra. Angela Fusaro, fundadora da Physician 360, uma empresa de telemedicina.

“A telemedicina definitivamente fará parte do futuro da medicina”, disse Emil Baccash, geriatra do Brooklyn, Nova York, que estabeleceu o acesso remoto para seus pacientes quando o Covid-19 atingiu a cidade. O Dr. Baccash é meu médico pessoal e, durante uma recente visita de telemedicina, enquanto eu estava sentado no meu computador doméstico, ele diagnosticou uma provável lesão no manguito rotador, fazendo-me mover meu doloroso braço direito para diferentes posições. Embora seja provável que seja necessária uma ressonância magnética para confirmar meu problema exato, até que a ameaça do coronavírus diminua e eu possa realizar a varredura com segurança, exercícios de fisioterapia, também disponíveis via telemedicina, podem aliviá-la.

Há quase dois meses, como o coronavírus devastou muitas comunidades grandes e pequenas em todo o país, a maioria dos pacientes não conseguiu ou não quis acessar os cuidados pessoais dos profissionais de saúde. Mesmo que alguém possa ir ao consultório ou clínica de um médico com segurança, quem quer sentar em uma sala de espera onde você ou outro paciente possa transmitir a infecção? Mas, com uma conexão à Internet por meio de um computador, tablet ou até mesmo um smartphone, os pacientes podem mostrar com segurança várias partes do corpo a um examinador, que pode recomendar o tratamento ou solicitar um teste ou prescrição que pode ser entregue na casa do paciente pela farmácia mais próxima.

“A telemedicina não substitui a visão e o exame físico de um paciente”, disse Baccash, que ainda faz ligações quando necessário. “Mas existem alguns pacientes, principalmente idosos, que não conseguem sair de casa. Posso conversar com eles e analisar o problema deles no meu computador, tirar uma foto, digamos, de uma infecção na perna e inseri-la diretamente no prontuário médico. Se for necessário fazer um exame de sangue, posso pedir a um técnico de laboratório em sua casa. Até os raios X podem ser feitos em casa com uma máquina portátil que pode manipular as imagens digitalmente, disse ele.

“Na escola de medicina, somos ensinados que fazer um histórico médico fornece 90% das informações necessárias, e os 10% restantes são provenientes do exame físico”, disse Baccash. “Se você conversar com os pacientes por tempo suficiente, eles dirão o que há de errado com eles, e é por isso que a telemedicina pode ser tão útil – obtemos a maioria das informações de que precisamos ao conversar e ouvir os pacientes. E os pacientes estão mais relaxados e se sentem menos apressados ​​em suas próprias casas. ”

Ele acrescentou que, com uma visita à telessaúde, o médico poderá avaliar as condições de vida de um paciente e determinar como ele ajuda ou dificulta o problema de saúde do paciente. Por exemplo, para aqueles que acordam durante a noite, talvez várias vezes, existe uma pista de obstáculos entre o quarto e o banheiro que é um acidente esperando para acontecer? Quão seguro é o banheiro para pacientes com problemas físicos?

A telemedicina também pode fornecer acesso médico fácil a pacientes que vivem em comunidades rurais a muitos quilômetros de um bom atendimento de saúde. Para muitos problemas de saúde comuns ou cuidados de acompanhamento, pode não ser necessária uma visita médica em consultório. Os pacientes podem ser vistos durante a televisão por uma enfermeira ou um médico assistente.

Mesmo em áreas onde as pessoas não têm boas conexões de banda larga, poderiam ser estabelecidos cibercafés locais que permitam que os pacientes se conectem a especialistas apropriados, talvez a milhares de quilômetros de distância.
“Antes da Covid”, disse Fusaro, “a telemedicina parecia um luxo, mas agora as pessoas pensam que uma experiência de assistência médica baseada em tecnologia se tornará o novo normal”. Mesmo com uma empresa de prestação de serviços como a dela, obter assistência por telemedicina pode apelar para alguém com seguro médico que prefere evitar o tempo e as despesas envolvidos em chegar a um consultório médico ou clínica de urgência e pagar uma franquia, sugeriu ela.

Para muitos milhões de pacientes com condições crônicas de saúde, um recurso inestimável da telemedicina pode resultar do uso de sensores corporais, através dos quais mudanças potencialmente graves no estado de saúde de um paciente podem ser monitoradas remotamente. E como um grupo de especialistas em desordens neurológicas crônicas recentemente observado na JAMA Neurology, “as opções de monitoramento remoto, oferecendo informações confiáveis ​​sobre os problemas que mais importam para os pacientes, capacitarão os médicos a oferecer aconselhamento personalizado aos pacientes por videoconferência”.

Em estudos de pacientes infectados pelo vírus da hepatite C, que causam danos ao fígado, por exemplo, as respostas ao tratamento fornecidas por videoconferência foram tão boas ou melhores quanto entre os pacientes que recebem tratamento em pessoa, relataram pesquisadores que estudam doenças hepáticas crônicas.

Por enquanto, pelo menos, a crise do Covid-19 tornou a prestação de assistência por telemedicina reembolsável por qualquer condição através do Medicare e pela maioria das seguradoras complementares. Também diminuiu os requisitos anteriores de que o paciente e o profissional de saúde estejam no mesmo estado, permitindo que um especialista, por exemplo, em Nova York seja reembolsado por consultar um paciente em Vermont por telemedicina. Para o benefício de todos nós, médicos e pacientes, esperamos que essas novas regras durem muito mais que a pandemia.

Baccash disse que suspeita fortemente que “quando o vírus desaparecer, alguns pacientes que usaram telemedicina preferirão televisores a comparecer ao consultório médico”. No entanto, não importa quão detalhadas sejam essas visitas, ele enfatizou: “Não há substituto para ver um paciente e examiná-lo fisicamente. Caso contrário, você pode perder muito. Exemplos que ele deu incluem um nódulo na mama, um sopro cardíaco ou uma massa no abdômen.

“Cedo ou tarde, temos que examinar os pacientes pessoalmente”, disse ele. “A maioria de nós quer ver os pacientes pelo menos uma vez por ano, com mais frequência – a cada quatro meses, mais ou menos – se eles tiverem uma doença crônica.”

Fonte: Focus em 13.05.20

Setor de Saúde cearense investe contra pandemia e gera oportunidades de emprego em cenário de crise

A crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus tem levado muitas empresas a cortar gastos e, em muitos casos, a demitir. No entanto, alguns setores produtivos não sofreram cortes e estão até contratando mão de obra para dar conta do aumento da demanda. Em um mês, o segmento hospitalar já abriu mais de mil vagas no Estado – e juntamente com o farmacêutico e de supermercado, são os principais recrutadores.

O Sistema Hapvida, por exemplo, diz ter criado 800 postos de trabalho de março para abril. Do total, 500 foram de vagas temporárias para enfermeiros e técnicos de enfermagem, na rede própria, e o restante para suprir gestantes, pessoas com mais de 60 anos, com doenças crônicas, entre outros. Parte do corpo de trabalho do grupo está atuando de forma remota.

“Além disso, a empresa ampliou diversos serviços, como a teleconsulta, distribuição de insumos por todo o país e mantém uma programação diária nas redes sociais com informações da companhia no período”, informou em nota.

Já a Unimed Fortaleza, por sua vez, prevê que até o fim deste mês cerca de 250 vagas serão abertas para suprir a crescente procura por serviços de saúde.

Segundo a cooperativa, em março foram contratados 73 novos colaboradores, principalmente, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com 34 novos postos. Em abril, até o momento, 54 pessoas foram empregadas, com o setor de emergência liderando, com 16 postos. A Unimed acrescenta que ainda serão admitidos neste mês 253 pessoas, sendo a maior parte delas na UTI (118), emergência (57), clínica médica (42), fisioterapia (26) e centro de distribuição (7).

“Na área assistencial, de atendimento, estamos tendo que contratar a mão de obra porque a demanda está aumentando. E precisamos de um excedente porque há o risco de profissionais adoecerem e precisarem se afastar. Como não tem tanta gente disponível no mercado para contratarmos de uma vez, temos tido custos a mais com hora extra. Esse mês pagamos ou iremos pagar um grande volume. Temos tido aumento de custos e despesas mesmo sem aumento de receita”, explica o presidente da Unimed Fortaleza, Elias Leite.

Ele diz que houve aumento no quadro de profissionais na parte de hospital e clínicas, onde há pronto atendimento para pessoas com suspeita de covid-19.

“A quantidade de pessoas que ainda vão ser contratadas vai depender da curva de contaminação e da substituição de profissionais que venham a adoecer. Estamos contratando principalmente médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem, mas também incrementamos o quadro do serviços gerais, que é muito importante. Ainda aumentamos o número de assistentes sociais e psicólogos. Criamos uma área para acolhimento das famílias de pacientes internados com covid-19”, acrescenta.

Leite também afirma que praticamente 100% da parte administrativa da empresa está home office. “Mas não reduzimos jornadas nem suspendemos contratos de trabalho. O que fizemos foi dar férias para parte dos funcionários, mas não representa grupo significativo. Quanto aos nossos profissionais com idade acima de 60 anos ou alguma morbidade, estamos priorizando a concessão de férias ou realocando para outros departamentos que não a linha de frente”.

O presidente da Unimed Fortaleza ainda diz que o número de atendimentos totais diminuiu. “Felizmente, a população está entendendo que só deve ir ao pronto-atendimento com sinais de alerta. No entanto, a proporção de pessoas que chegam e são internadas tem aumentado”.

Contratação

Nesse movimento de contratações, algumas profissões têm visto a demanda aumentar. O enfermeiro Egberg Santos estava há um mês desempregado quando surgiu uma vaga na Unimed Fortaleza. Ele conta que, por conta da pandemia, o mercado para a profissão cresceu.

“Muitos hospitais abriram pontos de apoio e de emergências para triagem de pacientes com suspeita de covid-19. Também foram abertas UTIs para os pacientes com maior gravidade. O mercado abriu, mas infelizmente por uma situação ruim pela qual a gente está passando”, reforça.

De acordo com Santos, apesar do aumento da demanda, muitos trabalhadores da área estão receosos por causa do novo coronavírus. “Tem muitos funcionários que têm receio de trabalhar com esse perfil de paciente, mas as vagas estão conseguindo ser preenchidas em tempo hábil”.

Ele avalia que muitas empresas estão aumentando os salários como forma de atrair os profissionais. “Elas estão pagando melhor os plantões específicos para trabalhar com o coronavírus”.

O enfermeiro trabalha atualmente no setor de UTI atendendo pacientes diagnosticados ou com suspeita de covid-19 . “Quanto a questão da segurança, a minha empresa oferece todos os equipamentos para a proteção. Não temos este problema lá”.

Equipamentos

A gerente de Recursos Humanos da LocMed Hospitalar (aluguel e venda de equipamentos hospitalares), Cleane Teles, diz que antes da pandemia a empresa já tinha planos para aumentar o efetivo. “Demos seguimento à contratação mesmo com a crescente demanda. E nós estamos conseguindo segurar os empregos atuais”.

Teles afirma que o quadro atual, de cerca de 150 colaboradores, é suficiente para atender a demanda. No entanto, a empresa preferiu continuar com o processo seletivo para oito vagas. “A gente está sendo muito demandado e preferimos não congelar o processo de seleção. Quem estiver interessado pode acessar a nossa plataforma no link jobs.Solides.Com/locmed”.

Essenciais

Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de Estado do Ceará (Sincofarma/CE), Antonio Félix, algumas farmácias aumentaram em até 10% o efetivo. Ele ressalta que esse volume de contratações foi direcionado para os entregadores. “Se tiver ocorrido um acréscimo, deve ter sido no delivery. Porque aumentou a entrega, mas isso estourando 10%”, diz.

Nos supermercados do Ceará também houve aumento da demanda e consequentemente crescimento no quadro de funcionários de algumas empresas. Segundo o vice-presidente da Associação Cearense de Supermercados (Acesu), Nidovando Pinheiro, muitos estabelecimentos estão contratando trabalhadores no formato intermitente.

“Muitos supermercados continuam contratando temporariamente, e as vagas podem se tornar efetivas por conta dessa demanda que teve.. A gente viu várias empresas contratando, mas eu não tenho esse número fechado. No meu supermercado, nós criamos 15 vagas de carteira assinada”.

De acordo com ele, no início da pandemia houve aumento de demanda, mas que vem se estabilizando. “Antes da Páscoa, a gente já vinha percebendo uma movimentação normal. Vamos aguardar agora esse dinheiro – o auxílio emergencial de R$ 600 – que o Governo Federal está disponibilizando para as pessoas. A gente vai esperar esse dinheiro entrar no mercado para ver como ficam as coisas”.

Restaurante muda rotina

O fechamento temporário de bares e restaurantes por conta da Covid-19 fez estabelecimentos mudarem a rotina de trabalho dos profissionais. É o caso, por exemplo, do restaurante Renascença, que mudou a função de recepcionistas e garçons para atendentes e entregadores. Segundo o proprietário, Eduardo Mello, não houve nenhuma demissão na casa. Ele conta que usou todas as disponibilidades permitidas por lei para preservar os empregados.

“Para alguns funcionários, eu dei férias. Para outros, eu fiz a suspensão do contrato de trabalho, outros tiveram a redução de jornada de trabalho e uma parte final eu mantive trabalhando por conta do delivery”, diz.

A mudança de funções envolveu alguns funcionários do restaurante. “No caso da entrega, eu mudei três funcionários. Nas formas de atendimento, eu modifiquei duas funcionárias do salão que passaram a fazer as vendas por telefone. A moça que trabalha na balança passou a trabalhar recebendo os pedidos e atendendo ao drive thru. E os funcionários da cozinha ficaram na linha de montagem”, explica o empreendedor.

Mello diz ainda que o movimento do delivery não alcança o movimento que a casa tinha antes da pandemia. “O delivery é muito aquém do presencial. O faturamento do delivery não representa nem 30% do nosso atendimento presencial. Em média, chega a 20% do que era antes da pandemia”.

Ele conta também que há desafios de adaptação, uma vez que o restaurante não disponibilizava de entrega antes da crise do novo coronavírus. “Nós estamos nos adaptando à nova realidade. A equipe já tinha uma forma de trabalhar e a gente está fazendo mudanças necessárias. Os clientes de delivery são mais exigentes por toda essa questão de higiene e qualidade do produto, mas nós estamos tentando manter a qualidade”, avalia.

Fonte: Diario do Nordeste em 14.04.2020