Brasil lança programa de alfabetização em parceria com instituições portuguesas

Brasil lança programa de alfabetização em parceria com instituições portuguesas

O Ministério da Educação (MEC), em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), abriu dia 8 de dezembro 40 mil vagas para professores da área de alfabetização no curso on-line Alfabetização Baseada na Ciência (ABC).

O curso terá início em 11 de janeiro de 2021 e a duração prevista é de 160 horas, no Ambiente Virtual de Aprendizagem do MEC (Avamec). Vídeos, materiais de leitura e tarefas de estudo concebidos de acordo com os princípios da gamificação e dos recursos abertos compõem o acervo.

Com investimento de R$ 6,3 milhões da Capes, o curso ABC é a primeira ação da parceria com instituições portuguesas, que contará também com capacitação presencial de profissionais da educação brasileira[GSM1] , que atuam na alfabetização, em Portugal.

“O objetivo é melhorar a qualidade da alfabetização das nossas crianças, um compromisso do governo brasileiro. Para isso, é preciso preparar e valorizar os nossos professores”, explicou Benedito Aguiar, presidente da Capes. O foco está no ensino dos alunos da pré-escola até o 2º ano do ensino fundamental.

O curso ABC se propõe a ofertar uma qualificação de nível internacional aos profissionais da alfabetização, aliando a teoria e a prática. A iniciativa é parte do Tempo de Aprender, programa de alfabetização escolar, e foi viabilizada por meio de uma cooperação internacional entre a Capes, a Secretaria de Alfabetização (Sealf) do MEC, a Universidade do Porto (UP), o Instituto Politécnico do Porto (IPP) e a Universidade Aberta de Portugal (UAb).

O curso é composto por um Manual Teórico, de 24 capítulos, elaborado pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, e um Programa de Intervenção Prático, desenvolvido pelo Centro de Investigação e Intervenção na Leitura do Instituto Politécnico do Porto. A Universidade Aberta de Portugal ficou responsável por gravar as videoaulas e produzir as legendas para o português do Brasil.

A parceria prevê, além da formação a distância, levar professores alfabetizadores a Portugal em 2021 e 2022. Neste ano, o curso foi convertido para a modalidade on-line por conta do isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Os cinco objetivos de Portugal na presidência da União Europeia

Os cinco objetivos de Portugal na presidência da União Europeia

O ministro português dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, estabeleceu como meta para a presidência portuguesa da União Europeia (UE) cinco objetivos, dois ligados à questão financeira e os outros à vacinação, aos direitos sociais e relações internacionais.

Chegar a final de junho com o Quadro Financeiro Plurianual (QFP – o orçamento para 2021-2027 da UE), todos os regulamentos aprovados e os programas de recuperação nacional de cada país lançados são, na perspectiva do ministro, os dois primeiros e fundamentais objetivos.

O orçamento da União, sobre o qual impendia o problema da condicionalidade dos fundos devido à recusa da Hungria e da Polônia em a aceitar, ficou resolvido no último Conselho Europeu, devendo ficar fechado até final do ano com o Parlamento Europeu.

À presidência portuguesa caberá fazer aprovar as regras e gerir o processo de ratificação pelos parlamentos nacionais.

No que diz respeito ao chamado Fundo de Recuperação e Resiliência (“Next Generation EU”), no valor de 750 mil milhões de euros, terá de supervisionar que todos os membros da União entreguem os seus planos de recuperação o mais rapidamente possível, para que sejam negociados com a Comissão Europeia. Portugal entregou o seu a 15 de outubro, o primeiro dia em que era possível fazê-lo.

Depois dessa negociação com a Comissão, cada plano nacional terá de ser aprovado pelo Conselho, sendo que cada Estado pode, se quiser, fazer “uma espécie de apelo” ao Conselho Europeu.

“Nós temos seis meses para isto”, destaca o ministro.

Entre os vários programas do QFP previstos para ser lançados durante os seis meses da presidência, refira-se o programa Erasmus (já marcado para Viana do Castelo), o novo Corpo Europeu de Voluntariado, o Horizonte Europa e o Europa Criativa.

O terceiro objetivo da presidência portuguesa é o desafio da vacinação gratuita universal dos europeus contra a covid-19 e da contribuição da Europa para a vacinação universal em todo o mundo, sobre a qual o ministro se diz com um “otimismo moderado, real”.

Manifestando a “certeza” de que o processo de vacinação se vai iniciar em janeiro, Santos Silva espera chegar ao fim da presidência “e dizer, não que o processo de vacinação esteja completo em todos os Estados, mas que esteja bem avançado”.

Este “será outro evento transformador, haverá um antes e um depois, é um elemento essencial para a recuperação econômica e social, nós não [a] asseguramos pondo em perigo as condições de saúde, é o contrário, na medida em que se nós formos eficazes e fortes na resposta à pandemia, nessa medida seremos mais rápidos e mais sólidos na recuperação econômica e social”, diz.

O impulso, que o ministro gostaria que fosse “definitivo”, da realização do chamado Pilar Europeu dos Direitos Sociais, e que terá o seu ponto alto na Cimeira Social, em maio, no Porto é, para Santos Silva, o quarto grande objetivo da presidência.

Neste domínio, que compreende o aprofundamento do modelo social europeu, Portugal propõe-se fazer avançar e/ou instituir temas como a nova “garantia para a infância”, a diretiva regulamentar sobre o quadro europeu do salário mínimo, o reforço da garantia jovem, uma nova abordagem política das questões do envelhecimento e, finalmente, a união europeia para a saúde.

O derradeiro desafio português diz respeito à “Europa global”, isto é, às relações internacionais.

Neste capítulo, Augusto Santos Silva não esconde que gostaria de chegar ao fim de junho de 2021 a poder dizer que Portugal contribuiu “para que a abertura da Europa ao mundo […] se faça de forma equilibrada, olhando para os vários polos que constituem hoje a multipolaridade do mundo”, desde os Estados Unidos, China, África, América Latina e Índia, não esquecendo o Reino Unido.

Orçamento aprovado

Nesta quinta-feira, o Conselho da UE aprovou o Quadro Financeiro Plurianual para 2021-2017, de um montante de 1,09 biliões de euros, finalizando o processo legislativo que permite que entre em vigor a 01 de janeiro.

Após a aprovação pelo Parlamento Europeu (PE) do orçamento durante a sessão plenária de quarta-feira, os fundos europeus podem assim começar a ser mobilizados a partir do dia 01 de janeiro de 2021.

O orçamento plurianual da UE prevê a mobilização de 1,09 biliões de euros nos próximos sete anos, tendo sido reforçado, após as negociações entre a presidência do Conselho da UE e o Parlamento Europeu, em 15 mil milhões de euros relativamente à proposta inicialmente feita pelos líderes dos 27 em julho.

Essas verbas adicionais serão, em grande parte, mobilizadas através de multas impostas a empresas por violações em matéria de concorrência e serão sobretudo destinadas ao reforço de “programas emblemáticos da UE”, como o programa de intercâmbio Erasmus+ ou o programa de pesquisa Horizonte Europa.

Em comunicado, o Conselho da UE frisa que o orçamento da UE “será direcionado para novas e reforçadas prioridades em todos os domínios de intervenção da UE, incluindo a transição digital e verde”.

“A política de coesão e a política agrícola comum continuarão a receber um financiamento significativo e irão ser modernizadas para garantir que contribuem da melhor forma para a recuperação econômica e para os objetivos ecológicos e digitais da UE”, frisa o comunicado.

O orçamento prevê também um ‘roteiro’ para a introdução de novos recursos próprios tais como impostos sobre o digital e sobre as transações financeiras, o mais tardar até 2026.

Na quarta-feira, após a aprovação do orçamento pelo PE, o presidente do hemiciclo, David Sassoli, referiu que se tratava de um “orçamento histórico para um momento histórico”.

Falta agora que o Fundo de Recuperação da UE – de um montante de 750 mil milhões de euros – seja implementado, o que só acontecerá quando os parlamentos nacionais dos Estados-membros ratificarem a legislação que permite à Comissão Europeia ir aos mercados emitir dívida para financiar o fundo.

Assim que isso acontecer, a UE ficará assim com um pacote total de 1,8 biliões de euros para os próximos sete anos, dando vida ao que o primeiro-ministro português, António Costa, qualificou de ‘bazuca europeia’.

Fonte: Mundo Lusíada

Novos fundos são um “recurso único” para a diáspora, segundo Governo

Novos fundos são um “recurso único” para a diáspora, segundo Governo

O secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, disse neste dia 10, durante uma conferência sobre a diáspora, que os fundos desbloqueados esta tarde em Bruxelas constituem “recursos únicos” que os emigrantes podem aproveitar se escolherem investir em Portugal.

“Portugal nunca teve tantos recursos para executar em tão pouco tempo e fazer com que a nossa economia recupere desta pandemia e da grave crise a ela associada”, disse o governante, acrescentando que o acordo hoje anunciado em Bruxelas fornece “recursos únicos” para os emigrantes que queiram investir em Portugal.

“Há uma nova fase que se abre com esta necessidade de recuperar as economias e os investidores da diáspora vão encontrar em Portugal recursos únicos que vão poder aproveitar e ter um canal dedicado para isso, particularmente os que queiram estabelecer Pequenas e Médias Empresas nas áreas da saúde, infraestruturas, setor agroalimentar, energias renováveis e mobilidade elétrica, em que temos de ser mais resilientes”, elencou o governante.

Eurico Brilhante Dias falava no webinar ‘Investimento da Diáspora’, que decorre esta tarde em formato virtual a partir de Lisboa, e no qual o ministro dos Negócios Estrangeiros e a ministra da Coesão Territorial deram o pontapé de saída, ainda antes de o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, ter anunciado na sua conta oficial na rede social Twitter um “acordo sobre o Quadro Financeiro Plurianual e o Pacote de Recuperação ‘NextGenerationEU’”.

“Temos de ter medidas específicas para o perfil específico do investidor da diáspora”, disse a ministra Ana Abrunhosa, salientando os 18 milhões de euros captados e os 300 empregos criados ao abrigo dos programas de incentivo ao investimento da diáspora em Portugal, como o Programa Regressar, que oferece condições fiscais mais vantajosas para os emigrantes que queiram voltar ao seu país de origem e que já apoiou 2500 pessoas, num custo de 5 milhões de euros para o Estado.

“Temos um gravíssimo problema de falta de mão de obra em Portugal, e estas pessoas que vêm da diáspora, que as estatísticas dizem estar na casa dos 30 anos e metade com licenciatura, são um grupo qualificado e estão em idade de constituir família, o que ajuda a aumentar a população, que é outra das necessidades em Portugal”, disse a ministra.

Por seu turno, o chefe da diplomacia portuguesa, Augusto Santos Silva destacou que “os portugueses nos mais de 180 países onde estão têm uma força enorme, em primeiro lugar cultural, mas também linguística, institucional e econômica”, colocando o número de emigrantes portugueses num valor perto dos seis milhões.

O webinar Investimento da Diáspora tem como objetivo apresentar o Programa Nacional de Apoio ao Investimento da Diáspora (PNAID) e dar a conhecer os apoios, benefícios e oportunidades para o investimento das comunidades portuguesas em Portugal. Esta é uma iniciativa conjunta das Secretarias de Estado das Comunidades Portuguesas e da Valorização do Interior, que tutelam o PNAID.

Fonte: Mundo Lusíada

Rede global da Diáspora: Sessão de Apresentação no Brasil

Rede global da Diáspora: Sessão de Apresentação no Brasil

A Fundação AEP, em parceria com a Federação das Câmaras de Comércio Portuguesas no Brasil, convidam-no a participar numa sessão online de divulgação da Rede Global da Diáspora no próximo dia 7 de dezembro, pelas 11 H (GMT-3) com a participação da Secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Dra. Berta Nunes e do Secretário de Estado da Internacionalização, Prof. Dr. Eurico Brilhante Dias.

A Rede Global da Diáspora (www.redeglobal.pt) é uma rede social colaborativa, promovida pela Fundação AEP e com o apoio institucional do AICEP e das Comunidades Portuguesas, que liga as empresas nacionais aos portugueses espalhados pelo Mundo, facilitando o networking empresarial e o incremento das relações cross-border no acesso a novos mercados. Tem como principal missão promover a marca Portugal internacionalmente, facilitar a captação de investimento por parte da Diáspora e promover a mobilidade de quadros qualificados, através de um mapeamento da oferta ao nível global.

Inscreva-se no webinar, venha conhecer a plataforma e faça parte da MAIOR REDE COLABORATIVA DA DIÁSPORA PORTUGUESA!

FIN2020 – Fórum Internacional de Negócios, vai decorrer nos dias 26 e 27 de novembro

FIN2020 – Fórum Internacional de Negócios, vai decorrer nos dias 26 e 27 de novembro

A FIN2020 – Fórum Internacional de Negócios, vai decorrer nos dias 26 e 27 de novembro. O evento organizado pela AJEPC – Associação de Jovens Empresários Portugal-China, em sinergia com a Federação Sino-Países de Língua Portuguesa e Espanhola (Federação Sino-PLPE) e a Juventude da União Europeia (JEUNE)e com o apoio da CBPCE este ano será exclusivamente online em virtude da pandemia.

A FIN é um evento de networking internacional, caracterizado pela multissectorialidade, agregando atividades com vista à promoção de conhecimento e estímulo do negócio e da rede de contactos dos participantes.

Apesar de 100% virtual, a dinâmica do evento será mantida com conferências, workshops, páginas de expositor e espaços dedicados ao networking, estabelecimento de sinergias e conexões entre todos os inscritos.

A edição de 2019, que decorreu na Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC) do Porto, Portugal e contou com a presença de 680 participantes provenientes de 46 países de quatro continentes, este ano é o online que vai aproximar os empreendedores de todo o mundo.

Serviço:
FIN2020 – Fórum Internacional de Negócios
Data: 26 e 27 de novembro
Inscreva-se https://bit.ly/inscricaofin2020

Fonte: FIN 2020

Ação milionária faz Portugal vender vinhos no Brasil a partir de R$ 28

Ação milionária faz Portugal vender vinhos no Brasil a partir de R$ 28

Com o objetivo de ampliar a presença e o consumo de vinhos portugueses no Brasil, começa neste final de semana o Festival Vinhos de Portugal, uma ação milionária de promoção dos rótulos do país em cerca de 2,5 mil supermercados das cinco regiões brasileiras. Até o dia 1º de novembro, a bebida será vendida em promoções que vão de descontos nos preços a vendas por volume, com valores a partir de R$ 28 (pode variar de acordo com a política de preços de cada supermercado participante).

Conforme o Bom Gourmet Negócios adiantou no mês de julho, a ViniPortugal (entidade que reúne as vinícolas produtoras do país) está investindo R$ 3 milhões na ação para fomentar um mercado dominado atualmente pelos vinhos chilenos – nossos vizinhos latinos são responsáveis por 42% dos importados consumidos no Brasil, enquanto que os portugueses respondem pela metade disso.

Segundo explicou Carlos Cabral, consultor responsável pelo festival no Brasil, nesta quarta (21), o mercado brasileiro é promissor e vem crescendo ano a ano. Só de janeiro a setembro de 2020, o país importou 1,7 milhão de caixas com 12 garrafas cada, um aumento de 16,2% na comparação com o mesmo período do ano passado.

De janeiro a agosto foram US$ 35 milhões (R$ 196 milhões) importados de Portugal. Nos últimos anos, 3 milhões e meio de brasileiros viajaram à Portugal e voltaram encantados com a hospitalidade, a gastronomia e a facilidade com a língua. E aí chegaram aqui querendo tomar os vinhos que tomavam lá”, disse.

Já Frederico Falcão, presidente da ViniPortugal, conta que a desvalorização do Real frente ao Euro não é um impeditivo para aumentar a presença dos vinhos portugueses no Brasil. Para ele, a chegada dos rótulos em promoção é um incentivo para as pessoas conhecerem os vinhos portugueses, mesmo com um tíquete médio um pouco maior que os chilenos.

Temos 14 regiões de produção muito diferentes umas das outras, com castas específicas de uvas, um mundo a descobrir pelos brasileiros. Para o ano que vem, esperamos aumentar ainda mais a presença no Brasil, percorrendo mais cidades com o festival”, disse.

Segundo os organizadores, participam dos festival os supermercados das redes Carrefour, Pão de Açúcar, Big/Walmart, Festval, Cencosud, Muffato, Makro, operações menores e e-commerces Evino e Wine.com.

Promoções

O festival começou a ser planejado há um ano com um cenário internacional mais estável, quando ainda não se imaginava uma pandemia no meio do caminho. No entanto, mesmo com as limitações impostas e o câmbio desfavorável, a organização decidiu manter a ação dando mais liberdade aos supermercados participantes e melhorando a logística da bebida.

Os supermercados tiveram a liberdade de fazer as suas próprias ações promocionais, mandamos todo o material de divulgação e eles usam como bem entenderem. E pedimos, obviamente, que eles importassem mais vinhos através dos distribuidores ou importação própria (13% deles atuam nesta modalidade”, disse o consultor do festival.

São pelo menos 120 marcas em promoção nos supermercados, com outras tantas criadas especialmente para o festival. Para oferecer um preço mais competitivo, a ViniPortugal incentivou as redes a baixarem as margens praticadas, por conta do câmbio. Com isso, serão ofertados vinhos a partir de R$ 28 entre os mais em conta, ou ainda descontos de 10% a 15%, promoções do tipo ‘leve 2, pague 1’, entre outras.

Ao Bom Gourmet Negócios, a organização do festival ressalta que os supermercados participantes estão aplicando suas próprias ações promocionais de acordo com a viabilidade de cada operação, sem impor um valor mínimo ou vendas com desconto.

Segundo Carlos Cabral, a maioria dos vinhos que serão vendidos durante o festival custa em torno de 2,50 a 3 Euros lá em Portugal, principalmente do Alentejo (29%), vinho verde (17%), Lisboa e Douro (13% cada) e Porto (6,2%). A expectativa é de que os dois primeiros tenham ainda mais aderência no mercado brasileiro.

Concorrência

Dados recentes da consultoria de mercado Ideal Consulting apontam que os vinhos importados representam 30% do total consumido pelos brasileiros, sendo os 70% restantes de rótulos nacionais nas categorias fino e de mesa (aqueles elaborados com variedade não vinífera). A estratégia de Portugal é incrementar esse índice com mais bebidas produzidas no país.

O consultor responsável pelo festival explica que a nação lusitana quer aproveitar a lacuna aberta por outros países que deixaram de fazer ações promocionais no Brasil — em especial os vizinhos latinos.

“Nos dois últimos anos não vimos nenhuma movimentação forte de promoções dos vinhos do Chile, do Uruguai, Argentina e Itália no Brasil, estes países se afastaram daqui. Ninguém se assuste se, no ano que vem, os países voltarem a fazer festivais na esteira deste promovido por Portugal”, completa.”

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Fonte: Gazeta do Povo

Portugal entra para o grupo de países mais digitais na Europa

Portugal entra para o grupo de países mais digitais na Europa

Portugal foi aceite no D9+, o grupo informal de estados-membros que reúne os países europeus com melhor classificação no Índice Anual de Economia e Sociedade Digital (DESI) da Comissão Europeia, mais dois outros países que partilham ambições semelhantes para o Digital Mercado Único.

Do D9+, fazem parte: Dinamarca, Finlândia, Suécia, Holanda, Luxemburgo, Bélgica, Reino Unido, Irlanda e Estónia, aos quais se juntaram a República Checa, Polónia e, agora, Portugal.

O Secretário de Estado para a Transição Digital destaca que «este é um importante reconhecimento do trabalho em curso para que Portugal seja, cada vez mais, reconhecido como um líder da Inovação na Europa. A entrada no D9+ é especialmente relevante numa altura em que estamos em preparação para a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia».

Esta entrada foi acompanhada pela assinatura da posição conjunta sobre Inteligência Artificial, intitulada Innovative and Trustworth AI: Two Sides of the same Coin, um documento não oficial que defende a adoção de uma estratégia Europeia comum para esta tecnologia, centrada na promoção da inovação e minimizando os riscos através da criação de uma estrutura regulativa clara, alinhada com os princípios éticos da União Europeia.

Recorde-se ainda que Portugal foi recentemente considerado pela Comissão Europeia como “país fortemente inovador”, de acordo com a edição de 2020 do European Innovation Scoreboard (EIS 2020), ocupando o 12.º lugar do ranking dos países mais inovadores da União Europeia, tendo subido seis lugares face à posição que ocupava no EIS 2016.

Fonte: IAPMEI

Portugal: Negócios Estrangeiros com 475 milhões, mais 12% que em 2020

Portugal: Negócios Estrangeiros com 475 milhões, mais 12% que em 2020

O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) prevê gastar 475,7 milhões em 2021, mais 51,1 milhões de euros (12%) que a despesa orçamentada para este ano, segundo a proposta de Orçamento do Estado entregue segunda-feira no parlamento.

Segundo o relatório que acompanha a proposta de OE2021, mais de metade daquele montante (299,4 milhões de euros) é financiada pela receita de impostos, sendo o restante proveniente de transferências da administração pública (83,7 milhões), receitas próprias (60,6 milhões) e fundos europeus (32 milhões).

O aumento em relação a 2020, ano em que a despesa consolidada foi de 424,6 milhões, deve-se “sobretudo ao aumento nas despesas com pessoal”, que representam quase metade da despesa do MNE e crescem 11,2%, “e o aumento de aquisição de bens e serviços”, mais 98,3%, aumento que é contudo compensado, face a 2020, pela “diminuição das contribuições e quotizações para organizações internacionais e a diminuição das transferências efetuadas pelo Camões”.

Nas despesas com pessoal (220,5 milhões) destacam-se os serviços internos e externos do ministério (139,9 milhões), o Instituto Camões (36,4 milhões) e a AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (28,3 milhões).

O aumento do montante para aquisições de bens e serviços, que passa de 58,2 milhões em 2020 para 115,4 milhões em 2021, é nomeadamente justificado pela organização da presidência portuguesa da União Europeia (29,8 milhões), da Conferência dos Oceanos (3 milhões) e da participação portuguesa na Expo Mundial do Dubai e promoção do Turismo de Portugal (9 milhões).

Para a presidência portuguesa da UE, que se exerce entre 01 de janeiro e 30 de junho de 2021, o MNE conta com uma verba total prevista de 41,375 milhões.

No capítulo das transferências correntes – 93,7 milhões, menos 27,2% que em 2020 -, a maior fatia (46,3 milhões) destina-se a contribuições e quotizações para organizações internacionais (contra 52,1 milhões em 2020), seguida do Instituto Camões, com 37,8 milhões, para o financiamento dos centros culturais e de cooperação no estrangeiro, transferências para as entidades com as quais o instituto tem protocolos de cooperação e para as organizações não governamentais para o desenvolvimento.

Entre as prioridades do MNE para 2021 estão a de “assegurar a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, promovendo as prioridades da Europa Social, Verde, Digital e Global”, “participar ativamente na construção europeia e na implementação das medidas destinadas à recuperação e reforço da resiliência das economias e sociedades europeias, defendendo os valores europeus e o Estado de Direito”, assim como “a convergência econômica e social, “a implementação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais” e “o papel da Europa no Mundo”.

É ainda prioritário “intensificar a Cooperação para o Desenvolvimento”, com “foco principal na cooperação com os países africanos de língua portuguesa e Timor-Leste, mas alargando a sua geografia e parcerias e diversificando as modalidades de financiamento”.

“Continuar a apoiar a internacionalização da economia portuguesa, concretizando o Programa Internacionalizar 2030”, através do “fomento das exportações, de incentivos à promoção externa e de instrumentos de garantia de gestão de riscos à exportação, promoção do investimento no exterior e atração de investimento direto estrangeiro e da diáspora” é outra das prioridades previstas no documento.

Também o reforço da “ligação e a proteção das comunidades portuguesas no estrangeiro” figura entre as prioridades apontadas, com destaque para o acompanhamento das “comunidades portuguesas e lusodescendentes na Venezuela e na África do Sul e apoiar as pessoas e instituições mais severamente afetadas pelos efeitos da covid-19”.

O Governo compromete-se, ainda em relação às comunidades portuguesas, a “valorizar a importância estratégica da diáspora para a afirmação de Portugal no mundo”, a adaptar a organização diplomática e consular “às novas realidades da emigração portuguesa”, aumentando a “eficiência dos serviços prestados, colocando a tecnologia ao serviço da ação consular, através da implementação do Novo Modelo de Gestão Consular”.

Fonte: Mundo Lusíada

Consulado Geral de Portugal em São Paulo abre concurso para Assistente Técnico

Consulado Geral de Portugal em São Paulo abre concurso para Assistente Técnico

Informa-se os interessados que se encontra aberto um concurso externo com vista ao preenchimento de uma vaga, na categoria e carreira de Assistente Técnico, para exercer funções no Consulado Geral de Portugal em São Paulo.

O prazo para a apresentação de candidaturas termina no dia 16 de outubro de 2020.

Os interessados deverão consultar o edital do concurso, o qual se encontra disponível no sítio de estilo do Consulado Geral de Portugal em São Paulo, bem como no sítio web do Consulado Geral (https://consuladoportugalsp.org.br) e na sua página de Facebook (https://www.facebook.com/consuladodeportugalsp).

Fonte: Mundo Lusíada em 06/10/2020

Luso-brasileiro projeta fábrica de aviões e criação de 1.200 empregos no Alentejo

Luso-brasileiro projeta fábrica de aviões e criação de 1.200 empregos no Alentejo

O português CEiiA e a brasileira Desaer vão esta sexta-feira(25/09) lançar, em Évora, na presença de dois ministros, o programa de desenvolvimento e industrialização do ATL-100, uma aeronave leve de transporte até 19 passageiros e 2,5 toneladas de carga.

O CEiiA, que tem mais de três centenas de engenheiros em Matosinhos a projetar produtos e sistemas de última geração por ar, terra e mar, e a Desaer, empresa brasileira especializada no desenvolvimento de aeronaves, lançam esta sexta-feira, 25 de setembro, em Évora, nas instalações do centro de engenharia no PACT (Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia), o Programa ATL-100.

Este programa resulta da “joint venture” entre o CEiiA e a Desaer e visa “o desenvolvimento e industrialização de uma aeronave ligeira de nova geração para um mercado de curtas distâncias, multi-configurável para maior flexibilidade na logística de passageiros e mercadorias, desenhada para menores custos operacionais e maior sustentabilidade, prevendo a evolução para plataforma neutra em carbono”, explica o centro de engenharia português, em comunicado.

O ATL-100 está configurado para o transporte de passageiros até 19 pessoas e para carga até 2,5 toneladas.

“Com este programa, queremos reforçar de forma definitiva aquele que é o polo aeronáutico nacional em Évora, com o desenvolvimento de um programa completo e inovador que nos permite criar um novo integrador a partir de Portugal, para a industrialização e operação de aeronaves de nova geração”, afirma Miguel Braga, da direção do CEiiA.

Já Roberto Figueiredo, acionista da Desaer, realça que “esta parceria, que agrega competências complementares do setor aeroespacial de Portugal e do Brasil, além de ser um importante projeto de inovação tecnológica e de criação de emprego em ambos os países, assume ainda mais relevância num contexto de crise do setor provocado pela pandemia Covid-19”.

Trata-se do primeiro programa aeronáutico completo que vai desde o desenvolvimento, industrialização e operação de aeronaves de nova geração a partir de Portugal. O lançamento oficial do programa contará com as presenças da ministra da Coesão Social e do ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Com um cronograma de desenvolvimento a cinco anos, este projeto aeronáutico “prevê o envolvimento de mais de 30 empresas e universidades nacionais e internacionais, nomeadamente ligadas aos programas como o MIT”, estimando que o programa ATL-100 “tenha um impacto direto de 1.200 empregos qualificados na região do Alentejo”.

A atração para Portugal deste programa resulta da capacidade criada em Portugal nos últimos anos em programas como o KC-390.

De entre as dezenas de projetos que o CEiiA tem em curso, refira-se, por exemplo, a sua participação precisamente no Programa KC-390, o maior avião até ao momento desenvolvido pela também brasileira Embraer, e ter ganho um contrato para a conceção e o desenvolvimento de algumas das principais aeroestruturas do primeiro modelo de avião a construir pela chinesa Guanyi.

A Desaer é uma empresa de desenvolvimento e fabrico de aeronaves, localizada em São José dos Campos, no Brasil.

Foi em 2017 que ex-quadros da Embraer e do ITA fundaram a Desaer para criar o ATL “como resposta à oportunidade de substituir o Embraer Bandeirante, projeto já apresentado e validado pela Força Aérea Brasileira”.

Fonte: Jornal de Negócios em 24.09.2020