Após Cimeira, Presidente saúda “histórico resultado” que considera excelente para Portugal

Após Cimeira, Presidente saúda “histórico resultado” que considera excelente para Portugal

O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, saudou o “histórico resultado” da reunião do Conselho Europeu, considerando que é excelente para Portugal e que a União Europeia deu “prova da sua força”.

Numa mensagem publicada no portal da Presidência da República, o chefe de Estado “saudou esta manhã em Madrid o histórico resultado do Conselho Europeu, que esta madrugada terminou em Bruxelas”.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, “ao acordar um orçamento de mil oitocentos e vinte mil milhões (1.820 mil milhões) de euros para os próximos sete anos, a União Europeia dá prova da sua força e da sua dinâmica, da capacidade de decidir democraticamente no diálogo, difícil mas profícuo, entre os seus 27 Estados-membros, no respeito de todos e na procura dos interesses comuns”.

“Para Portugal é também um excelente resultado com uma perspectiva de vir a receber mais de 45 mil milhões de euros, uma ajuda determinante para combatermos a crise social e econômica que a pandemia provocou, que deveremos usar com rigor e critério, constituindo uma nova esperança para o futuro de todos nós”, acrescenta o Presidente da República.

Marcelo Rebelo de Sousa encontra-se em Madrid desde segunda-feira, onde terá hoje um almoço com Felipe VI, que partiu de um convite feito pelo rei espanhol nas cerimônias de reabertura da fronteira entre Portugal e Espanha, no início deste mês.

Ainda de madrugada, em Bruxelas, o primeiro-ministro, António Costa, comentou o acordo alcançado no Conselho Europeu considerando que dá “um sinal de confiança” à Europa e a Portugal para a recuperação econômica na sequência da crise provocada pela pandemia de covid-19.

Em declarações aos jornalistas, após o Conselho Europeu ter chegado a acordo sobre um pacote total de 1,82 biliões de euros para retoma econômica, António Costa referiu que, “no total, entre verbas disponíveis através do próximo Quadro Financeiro Plurianual e verbas mobilizadas a partir do Fundo de Recuperação, Portugal terá disponíveis 45 mil milhões de euros” nos próximos sete anos.

“Terminou finalmente este Conselho Europeu – parece que foi o segundo mais longo da história das instituições europeias – e creio que terminou com um sinal importante de confiança para o esforço de recuperação econômica e social que a Europa e Portugal têm de apreender”, afirmou o chefe de Governo português, após o compromisso a 27 alcançado nesta cimeira, que teve início na sexta-feira.

António Costa assinalou que “foi aprovado pela primeira vez um instrumento específico de recuperação econômica, financiado com base em dívida emitida pela União Europeia e que financiará os programas nacionais de recuperação, quer sob a forma de subvenções, quer sob a forma de empréstimos”.

Para o primeiro-ministro, este Fundo de Recuperação junta-se “à ação firme que o Banco Central Europeu tem vindo a desenvolver desde o início da pandemia e também às três linhas de segurança que o Eurogrupo desenvolveu e aprovou de apoio aos Estados, às empresas e também ao emprego”.

Embora inicialmente os subsídios a fundo perdido tivessem “dimensão um pouco maior”, segundo António Costa o passo mais importante” foi os 27 terem assumido, “pela primeira vez e em conjunto, esta emissão de dívida para financiar um programa de recuperação” e com “uma dimensão suficientemente robusta”.

A este fundo acresce o orçamento da UE a longo prazo, relativamente ao qual o primeiro-ministro português destacou que “foi possível ultrapassar os bloqueios que tinham impedido a sua aprovação nas anteriores reuniões do Conselho Europeu”.

O acordo no Conselho Europeu surgiu pelas 05:30 (hora local, menos uma em Lisboa) de hoje, minutos depois de os chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) terem retomado, em Bruxelas, os trabalhos formais a 27.

Nesta reunião, foi então aprovado um Quadro Financeiro Plurianual para 2021-2027 de 1.074 mil milhões de euros e um Fundo de Recuperação de 750 mil milhões, com pouco mais de metade em subvenções.

Relativamente ao Fundo de Recuperação, 390 mil milhões de euros serão atribuídos em subvenções (transferências a fundo perdido) e os restantes 360 mil milhões em forma de empréstimo.

Portugal deverá receber 15,3 mil milhões de euros em transferências a fundo perdido, no âmbito deste fundo.

Fonte: Mundo Lusíada em 21/07/20

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Portugal é o 12.º país mais inovador da União Europeia

Portugal é o 12.º país mais inovador da União Europeia

Pela primeira vez, Portugal faz parte do grupo de países “fortemente inovadores”, atingindo a melhor posição de sempre no ranking do European Innovation Scoreboard 2020, publicação anual da Comissão Europeia.

Foi publicado a 23 de junho o European Innovation Scoreboard 2020, documento que fornece uma análise comparativa do desempenho da investigação e inovação nos países da União Europeia (UE), bem como em outros países europeus e países vizinhos regionais.

O estudo avalia os pontos fortes e fracos relativos aos sistemas nacionais de inovação e ajuda os países a avaliar as áreas nas quais precisam de concentrar os seus esforços para aumentar o seu desempenho em inovação. Para além disso, faz a distinção entre quatro tipos principais de atividade (condições estruturais, investimentos públicos e privados, atividades de inovação, impacto das atividades) que abrangem, no total, dez dimensões de inovação e 27 indicadores diferentes.

A edição 2020 do European Innovation Scoreboard destaca que o desempenho da inovação na UE continua a aumentar a um ritmo constante, e que, em média, o desempenho da inovação da UE aumentou 8,9% desde 2012, com o maior crescimento a verificar-se em Portugal, Lituânia, Malta, Letónia e Grécia.

Portugal é agora um país “fortemente inovador” e o 12.º mais inovador da União Europeia, ainda assim atrás da Suécia, que lidera o ranking da inovação e é seguida por países como a Finlândia, a Dinamarca, a Holanda e o Luxemburgo.

Em 2019, Portugal era líder do grupo dos países “moderadamente inovadores”, tendo em 2020 passado a integrar o grupo de países fortemente inovadores (aqueles que têm desempenho acima ou próximo da média da UE), onde estão os países acima referidos e também outros como a Alemanha e a França. Esta é a melhor posição de sempre de Portugal neste ranking sendo que, para além disso, é líder, pelo segundo ano consecutivo, na dimensão do ranking focada no nível de inovação nas pequenas e médias empresas (PME), seguido pela Finlândia, Áustria e Bélgica.

Segundo o estudo da Comissão Europeia, os pontos fortes em Portugal são o ambiente favorável à inovação, os sistemas de pesquisa e a introdução da inovação no mercado e nas organizações. De acordo com a publicação, o nosso país encontra-se acima da média da UE em indicadores como:

  • as publicações científicas em coautoria com autores fora do espaço comunitário;
  • a penetração da Banda Larga nas empresas;
  • o número de estudantes internacionais de doutoramento;
  • o registo de marcas comunitárias;
  • as despesas com inovação não-tecnológica;
  • a percentagem de empresas com formação em TIC;
  • a percentagem de PME’s com inovação de produtos ou processos, e também ao nível organizacional e de marketing;
  • a percentagem de PME inovadoras que colaboram com outras PME;
  • o emprego em empresas de elevado crescimento de setores inovadores.

Por outro lado, as dimensões em que o país apresenta resultados mais fracos são o impacto nas vendas e os vínculos e ativos intelectuais. Segundo o documento, Portugal encontra-se, ainda assim, abaixo da média europeia em indicadores como a disponibilidade de capital de risco privado, o investimento em I&D pelas empresas, o registo de patentes ou as exportações de serviços intensivos em conhecimento.

Fonte: Jornal Sapo em 17.07.2020

Portugal deve tornar-se um ‘player’ atlântico

Portugal deve tornar-se um ‘player’ atlântico

Portugal deve reforçar a cooperação geopolítica e econômica para se tornar um ‘player’ (ator) atlântico, e não só europeu, segundo uma versão preliminar da proposta de plano de recuperação da economia para os próximos dez anos, divulgada no dia 10.

“O objetivo aqui é transformar Portugal numa potência média do ‘soft power’ [poder de persuasão], ligando a diplomacia, as missões de solidariedade internacional das Forças Armadas Portuguesas, a tecnologia e a necessidade de combater as ameaças globais, para abrir caminho à criação de plataformas colaborativas que podem resolver problemas e abrir novas vias para a cooperação geopolítica e econômica”, lê-se no documento elaborado pelo gestor António Costa Silva.

O documento, intitulado “Visão Estratégica para o plano de recuperação econômica e social de Portugal 2020-2030”, evoca as missões de solidariedade em diferentes países africanos em que as Forças Armadas têm participado, as quais “dão credibilidade a Portugal, promovem a solidariedade internacional e abrem portas no mundo”.

“Todo este trabalho extraordinário das Forças Armadas e da rede diplomática portuguesa, que é importante para abrir linhas de cooperação geopolítica e econômica, deve ser reforçado, ampliado e integrado, para transformar Portugal num ‘player’ não só europeu, mas atlântico”, afirma.

Definindo o ‘soft power’ de Portugal como a “capacidade de agregar vontades e fazer funcionar redes a uma escala pluricontinental”, o documento aponta como “vital” ampliá-lo para pôr em diálogo “as nações do Atlântico, desde os seus aliados tradicionais, como o Reino Unido e os EUA, as nações do Atlântico Sul, do Brasil a Angola, passando pelos outros países de expressão portuguesa”.

Dá como exemplos projetos de cooperação com os países do Norte de África “para minimizar o avanço da desertificação, combater a ameaça climática e a escassez de água”, e com as nações do Atlântico Sul “para preservar as rotas internacionais de comércio e prevenir os ataques piratas”.

Propõe ainda “promover com as nações do Atlântico uma grande plataforma de cooperação para estudar o oceano, compreender o seu funcionamento e lutar contra as alterações climáticas” e “erigir uma grande plataforma do Atlântico capaz de proteger o oceano, a segurança das redes de comércio e energia, reduzir as ameaças e construir políticas para minimizar a poluição e combater as alterações climáticas”.

“Uma grande parceria para ‘defender’ o Atlântico no século XXI vai muito para além da concepção tradicional de defesa e significa uma parceria para lutar e resolver os desafios comuns, minimizar os riscos e ameaças e assegurar a estabilidade e prosperidade econômica”, sustenta.

Defende, neste contexto, uma parceria científica e tecnológica e a cooperação geoeconômica entre as nações do Atlântico “para o desenvolvimento sustentável dos recursos energéticos e minerais e para proteger o oceano e os seus ecossistemas”.

António Costa Silva desenvolve o reforço da cooperação geopolítica e econômica com os países atlânticos na parte consagrada ao “enquadramento geoestratégico e os futuros possíveis de Portugal”, mas faz múltiplas referências à importância do oceano ao longo do documento, propondo nomeadamente a criação, nos Açores, de uma grande Universidade do Atlântico.

“O país deve criar uma grande Universidade do Atlântico e um centro de previsão do clima, atraindo parceiros internacionais para os Açores, que é um dos melhores sítios do mundo para estudar a interação entre o oceano e a atmosfera, a terra e o ar, e esse conhecimento é valioso porque pode prevenir e mitigar a ocorrência de fenômenos climáticos extremos, quando as mudanças estruturais de combate às alterações climáticas e o avanço na descarbonização da economia ainda não estão a surtir efeito”, afirma.

Para António Costa Silva, o “renascimento comercial e energético” da bacia do Atlântico mostra que “Portugal não é um país periférico”, tendo antes “uma posição absolutamente extraordinária” com a geografia como “o maior” dos recursos.

“O Oceano Atlântico está a ressurgir como grande plataforma energética e comercial”, afirma, apontando que “vai ser uma das grandes vias marítimas do século XXI”, o que representa “uma possibilidade imensa de mudar o estatuto e a trajetória” de Portugal.

“Temos que pensar em redes, em ‘hubs’, em polos agregadores de valências e produtores de riqueza e na inserção das nossas cidades, dos nossos portos, das plataformas logísticas, das cadeias de valor, de Portugal, nessas redes mundiais energéticas, comerciais, financeiras, tecnológicas, sem esquecer as redes do conhecimento”, defende.

No início de junho, o Governo confirmou que convidou o gestor da petrolífera Partex António Costa Silva para coordenar a preparação do programa de recuperação econômica, na sequência da pandemia de covid-19, e que este tinha aceitado o convite “como contributo cívico e ‘pro bono’”.

Em entrevista à agência Lusa a 04 de junho, António Costa Silva afirmava que a recuperação econômica ia “ser lenta”, impulsionada pelo fator “medo”.

“Acho que vai ser lenta, porque nós temos aqui a erupção de um fator novo que também tem consequências econômicas, que é o medo”, afirmou.

Fonte: Mundo Lusíada em 13.07.20

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Portugal aceitará entrada de passageiros brasileiros com teste negativo da Covid-19

Portugal aceitará entrada de passageiros brasileiros com teste negativo da Covid-19

Governo português divulgou nota anunciando exceção para passageiros brasileiros em caso de viagens essenciais; apenas voos de São Paulo e Rio de Janeiro serão permitidos

Após a divulgação da retomada do fluxo aéreo da União Européia o Brasil teve voos restringidos para os países europeus. Portugal anunciou exceção para o Brasil, onde será admitida a entrada de passageiros que testem negativo para o novo coronavírus.

Em nota publicada no Diário da República Eletrónico, o governo português anunciou que apenas os voos provenientes São Paulo e Rio de Janeiro serão aceitos. Os passageiros brasileiros devem portar, no momento do embarque, teste com resultado negativo para a Covid-19, realizado nas últimas 72 horas antes do embarque.

No entanto, apenas viagens por motivos essenciais – como trabalho, estudo, saúde e retorno de residentes – serão autorizadas. Caso não apresentem o teste para o vírus, os passageiros poderão ter entrada recusada no território português, segundo versão publicada no Diário da República.

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Fonte: Diário do Nordeste em 07.07.20

Revista VemTambém promove sorteio de viagem à Portugal

Revista VemTambém promove sorteio de viagem à Portugal

A VemTambém chega com uma novidade incrível: um sorteio exclusivo que vai levar dois assinantes para Portugal com hospedagem e passagens pagas e ainda + R$ 1.500,00 (para o assinante sorteado) para gastar como quiser.

Para concorrer é simples: você assina a revista VemTambém digital totalmente grátis, indica para quantos amigos quiser (a partir de três) e além de receber conteúdos e promoções exclusivas da revista, você ainda concorre a uma viagem para Portugal (doze dias na rede Vila Galé de hotéis*). O assinante sorteado e o assinante que o indicou ganham a viagem.

Quanto mais pessoas indicar, mais chances de ganhar. (o número de assinantes indicados é ilimitado). A VemTambém tem pautas exclusivas de viagens com o melhor conteúdo de turismo.

Premiação:
– Passagem aérea ida e volta para duas pessoas.
– Hospedagem com café da manhã para duas pessoas em apartamento duplo. (cada ganhador poderá levar um acompanhante, a hospedagem fica por nossa conta). Os doze dias serão divididos em hotéis do roteiro definido pela Vemtambém.
– R$ 1.500,00 em dinheiro para o assinante sorteado.

Para participar é só assinar pelo link https://bit.ly/sorteiovemtambem ou pelo Instagram da Revista VemTambém da @vemtambem.

Obs.: O regulamento será enviado por e-mail junto ao certificado de assinatura.

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Fonte: Revista VemTambém em 24.06.20

As dez lições de pandemia de Marcelo Rebelo de Sousa

As dez lições de pandemia de Marcelo Rebelo de Sousa

Presidente da República abordou a forma como o vírus obrigou a população mundial a ficar de quarentena

“Olá boa tarde, chamo-me Marcelo Rebelo de Sousa e sou professor. E hoje vou matar saudades”. Foi assim que o Presidente da República começou a teleaula na RTP Memória. Durante cerca de meia hora, o Presidente da República deu 10 “lições da pandemia” ao alunos da telescola. A intervenção sobre cidadania passou assim a ser uma explicação sobre o covid-19 e a forma como ele chegou a Portugal e apanhou o Mundo de assalto.

Marcelo começou por elogiar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e a resposta à pandemia. E apesar da Europa ter andado “distraída no início” foi “menos egoísta do que a maior parte do mundo”.

O Presidente da República divaga um pouco sobre o que foi a sua quarentena e de como foi difícil morar perto da praia sem poder nadar ou ficar sem dar abraços e beijos. Passeava à noite mesmo “sem ter propriamente cães ou gato”, mas não punha “o pé na praia”. E quando pode mergulhar foi como se fosse o “primeiro banho da vida”, como quando tinha cinco ou seis anos.

O distanciamento social foi e é importante e o Presidente da República tem saudades dos beijos e abraços. “Tenho fama de beijoqueiro e sou beijoqueiro”, admitiu Marcelo, revelando que o filho que veio do Brasil não resistiu a dar-lhe um abraço e um beijo na despedida, mesmo contra as regras.

Por fim dedicou uma palavra a quem não se adaptou ao ensino à distância: “Não fiquem desanimados que não é o fim do mundo.” Pois, “a grande aula da vossa vida foi viver o que viveram”.

O projeto #EstudoEmCasa é uma parceria entre o Ministério da Educação e a RTP para a produção de conteúdos televisivos dirigidos aos alunos do 1.º ao 9.º anos de escolaridade durante a pandemia de covid-19.

Eis as dez lições da pandemia por Marcelo

1. ª A coisa mais importante da vida é a vida e a saúde. O divertimento e o desporto nada significam sem a saúde. Profissionais de saúde, médicos e enfermeiros

2.º Em muitos momentos cada um foi para seu lado. É bom que quando chegarem as vacinas cheguem para todos porque não há cidadãos de primeiro e de segunda.

3.ª A Europa andou distraído no início. Percebeu tarde, mas percebeu. Foi menos egoísta.

4.ª Epidemia pega-se com muita facilidade. Ficamos em casa semanas ou meses porque houve quem fosse trabalhar. Os médicos, os homens de lixo, os polícias, os seguranças…

5.º O vírus ataca toda a gente, mas sobretudo os mais idosos como eu que tenho 71 anos, os mais doentes do coração e dos pulmões. E a vossa obrigação é pensar que não são eternos. Usar a máscara quando necessária, a distância social quando imposta e a limpeza.

6.ª O vírus ataca todos, mas sobretudo os mais pobres, os sem tetos, os que vivem em camaratas ou em casas sem condições. Um em cada cinco pessoas que vivem em Portugal estão abaixo do limiar da pobreza.

7.ª Milhares de emigrantes que quiseram vir a Portugal nas férias da Páscoa e nós tivemos de lhes pedir para não virem para não haver o risco de contágio e eles sacrificaram-se. E agora pedimos aos milhares que se preparam para vir de férias de verão que tenham cuidado com os avós.

8.ª Vocês passaram largas semanas em casa fechados, com os irmãos, pais e avós e estiveram distante de outros familiares e amigos. Foi mesmo um irritação, uma guerra. Nunca nos últimos anos estiveram tanto tempo juntos como agora. Isso é uma sensação única, mesmo nos momentos em que não corre bem e se irritam … isso é inesquecível. É o melhor que temos na vida.

9.ª Eu já vivi algumas epidemias, mas nada comparado com isto. Olhemos para a China, onde já se fala na segunda vaga. Nunca se estudou tanto pela Internet, nunca se trabalhou tanto de casa com o computador, nunca se falou tanto com colegas, amigos, parentes através da Internet como nos últimos meses. Eu descobri o valor das pequenas coisas. Não poder viajar, sair de casa, jogar à bola, pequenos gestos, um encontro ou conversa com um amigo ganha importância. Eu passeei quilómetros no Palácio de Belém. O que parece pequeno torna-se enorme. Por vezes chamamos a isso saudade, mas se não for saudade é vontade de encontrar.

Agora pensem em quem não sai de casa. Ponham-se na posição deles. Imaginem o que é estar preso em casa. Vocês estiveram e agora deêm valor a quem está preso em casa. Devem encontram-se com bom senso. Outro dia fui a um concerto e de repente entra no placo a banda que ia tocar e os dois artistas que iam cantar e houve um aplauso louco. Era um aplauso de até que enfim. Eu como sabem nado duas ou três vezes por semana. E durante o período que não se podia nadar eu passeava à noite, um passeio higiénico à noite e evitava olhar para praia, não sabia quanto tempo tinha de ficar sem nadar. Quando pude dei um passeio no paredão da praia e no primeiro dia que pude nadar soube-me como se tivesse cinco ou seis anos que foi quando comecei a mergulhar.

Aos 13-14 anos pensava que ia viver eternamente. O esforço teve de ser de todos. E agora o que me apetece é abraçar e beijar as pessoas. Eu tenho fama de beijoqueiro. É verdade sou beijoqueiro. Os pais educaram-me assim. O meu filho que vive em São Paulo, epicentro da pandemia no Brasil e no Mundo, neste momento, veio visitar-me e esteve cá 15 dias e mantivemos o distanciamento social, mas no momento de se despedir, o meu filho não resistiu e abraçou-me e beijou-me. Ainda bem que não havia câmaras a filmar.

10.ª Para vocês para quem o ano não correu assim tão bem, não fiquem desanimados que não é o fim do mundo. A grande aula da vossa vida foi viver o que viveram.

Fonte: DN em 16.06.20

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10 de junho: Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades

10 de junho: Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades

No dia 10 de Junho celebra-se o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. O feriado nacional assinala ainda o dia da morte do poeta Luís Vaz de Camões, em 1580, autor d´Os Lusíadas.

No Ceará, o Vice-Consulado de Portugal em Fortaleza, Câmara Brasil Portugal, Sociedade Beneficente Dous de Fevereiro e Associação Jangada de Sagres festejam esse dia com bastante alegria, hoje, 10 de junho a partir das 16 horas na página do Facebook da Câmara Brasil Portugal, você terá acesso ao evento online.

PROGRAMAÇÃO

– Playlist Luso-brasileira
– Mensagens da Sec. Estado da Comunidades Portuguesas (Dra. Berta Nunes) e Embaixador de Portugal no Brasil (Dr. Jorge Cabral)
– Participação especial de Dep. Assembleia da República pelo circulo fora da Europa (Dr. José Cesário)
– Novos cidadão portugueses no Ceará
– Prêmio Martim Soares Moreno 2020
– Apresentação de artistas luso-brasileiros

Acesse e participe: www.facebook.com/cbpce
Acesse nossa playlist: https://bit.ly/playlist10dejunho

Fonte: CBPCE em 10.06.2020

Mensagem da Secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Sra. Berta Nunes, por ocasião do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas

Mensagem da Secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Sra. Berta Nunes, por ocasião do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas 10 de junho de 2020

Neste Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, quero saudar todos os portugueses e luso descendentes que vivem nos mais de 190 países onde existe registo da presença de cidadãos nacionais.

Sendo uma celebração conjunta do nosso país, de todos os portugueses e luso-descendentes, da nossa cultura e da nossa língua, permitir-me-ão, caros compatriotas, uma saudação especial à nossa Comunidade na África do Sul, país no qual, a par da Região Autónoma da Madeira, estava previsto realizarem-se as cerimónias do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas este ano.

Juntamos, em Portugal, por ocasião da comemoração do Dia Nacional, a evocação de um dos nossos maiores poetas, que “cantou”, com arte e engenho, os primeiros passos da Globalização dados pelos nossos navegadores há mais de cinco séculos. Feitos que perduram na memória coletiva e que recordamos, entre 2019 e 2022, nas comemorações da primeira viagem de circum-navegação.

A partir de 1978 as “comunidades portuguesas” foram associadas ao Dia de Portugal, num justo reconhecimento do seu significado para o nosso país, da valorização da sua ligação a Portugal e do contributo que dão para a afirmação do Portugal no mundo. A afirmação de um Portugal competente, confiável, resiliente, vinculado aos valores europeus, humanista, empreendedor, inovador e solidário.

Como escreveu Ferreira de Castro, “os homens transitam do Norte para o Sul, de Leste para Oeste, de país para país, em busca de (…) um futuro melhor”. Nós, Portugueses, também o fizemos. Somos globais. Nunca nos bastámos: enquanto país, enquanto Estado, sobretudo enquanto gente. Fomos, saímos, desbravámos, prosperámos, mas sempre mantendo a ligação a Portugal e à cultura portuguesa.

À data de hoje, estima-se que cerca de um terço da população com nacionalidade portuguesa – 5,3 milhões – vive fora de Portugal. Portugal tem comunidades com mais de 75 mil pessoas, espalhadas por quatro continentes (Europa, América, África e Ásia) para além de núcleos relevantes na Oceânia. Temos perto de 700 cidadãos portugueses e luso-descendentes eleitos, a desempenhar funções politicamente relevantes. Existem cerca de 2.000 associações de matriz portuguesa pelo Mundo, a cumprir uma importante missão de promoção cultural e de natureza filantrópica e social, que deve ser reconhecida.

Vivemos, por estes dias, um momento de exceção, mas unidos, conseguiremos ultrapassar as dificuldades.

Quero deixar uma palavra de conforto para as famílias dos nossos conterrâneos que, em Portugal ou no estrangeiro, foram vitimados pela pandemia bem como para aqueles que estão a sentir os seus efeitos negativos nas suas vidas. Juntos, com o trabalho louvável do pessoal de saúde, das forças de segurança, dos professores, entre tantos outros profissionais valiosos, nos quais se incluem também os portugueses que vivem e trabalham no exterior, estamos a começar a retomar, com adaptações, o nosso dia-a-dia.

Ao longo dos últimos sete meses, tive já o privilégio de ter estado em contacto com algumas das nossas Comunidades. Visitei o Brasil, França, Luxemburgo e a Venezuela. Planeio retomar essa interação com todos vós no estrangeiro, assim que as condições o permitam.

É nosso objetivo, no Ministério dos Negócios Estrangeiros e na Secretaria de Estado, continuar a estreitar a proximidade entre Portugal e as Comunidades Portuguesas. Ao mesmo tempo, garantir que os nossos nacionais no estrangeiro têm a proteção e o apoio adequados, quando dele necessitam. Procurar que o atendimento seja próximo, o mais abrangente possível, célere e adaptado aos dias de hoje, sempre que as circunstâncias o permitam.

Para tanto, são disso exemplo o Novo Modelo de Gestão Consular, cujas primeiras medidas estão já a ser implementadas, as melhorias ao Programa Regressar, a atenção permanente ao Ensino do Português no Estrangeiro, a reformulação dos mecanismos de Apoio Social, a aprovação para breve, do Programa Nacional de Apoio ao Investimento da Diáspora (PNAID) ou a melhoria das condições técnicas, tecnológicas e de recursos humanos dos Postos Consulares, entre outras medidas.

No dia de Portugal, quero ainda enaltecer o importante trabalho de toda a Rede Diplomática e Consular, diferentes Serviços do Estado, Associações e Organizações Comunitárias, Conselheiros das Comunidades e de todos aqueles que, nas mais variadas áreas, contribuem para dignificar o nome do nosso país no estrangeiro.

Porque sei que muitos portugueses no estrangeiro querem vir de férias a Portugal, repito que são muito bem-vindos e tudo faremos para que possam reencontrar a família e amigos neste Verão.

Portugal é o somatório de todos os portugueses, sem distinções. As comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo são dos melhores representantes do nosso país, da sua cultura e da sua história! Obrigada em nome de Portugal.

Berta Nunes

Secretária de Estado das Comunidades Portuguesas

 

No Dia de Portugal, Marcelo diz que é tempo de acordar e fazer mudanças com coragem

No Dia de Portugal, Marcelo diz que é tempo de acordar e fazer mudanças com coragem

O Presidente de Portugal defendeu hoje que é tempo de Portugal acordar para a nova realidade resultante da pandemia de covid-19 e fazer as mudanças que se impõem, com coragem, sem voltar às soluções do passado.

“Portugal não pode fingir que não existiu e existe pandemia, como não pode fingir que não existiu e existe brutal crise económica e financeira. E este 10 de Junho de 2020 é o exato momento para acordarmos todo para essa realidade”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, na cerimónia comemorativa do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, em Lisboa.

O chefe de Estado, que discursava nos claustros do Mosteiro dos Jerónimos, acrescentou: “Não podemos entender que nada ou quase nada se passou, como não podemos admitir que algo de grave ou muito grave ocorreu e esperar que as soluções de ontem sejam as soluções de amanhã, como não podemos concordar com a inevitabilidade da mudança e nada fazer por ela”.

O Presidente da República apontou os próximos meses e anos como “uma oportunidade única para mudar o que é preciso mudar com coragem e determinação” e rejeitou que se opte por “remendar, retocar, regressar ao habitual, ao já visto, como se os portugueses se esquecessem do que lhes foi, é e vai ser pedido de sacrifício e se satisfizessem por revisitar um passado que a pandemia submergiu”.

Na sua intervenção, de cerca de dez minutos, Marcelo Rebelo de Sousa criticou também que se pense que “é já chegada a hora de fazer cálculos pessoais ou de grupo, de preferir o acessório àquilo que durante meses considerámos essencial, de fazer de conta que o essencial já está adquirido, já passou, já cansou, já é um mero álibi para apagar a liberdade e controlar a democracia”.

Fonte: Portugal Digital em 10.06.2020

Revista Vem Também divulga um especial sobre Portugal em casa

Revista Vem Também divulga um especial sobre Portugal em casa

Portugal é a nação mais a ocidente do continente europeu. A arquitetura emociona, a fé é muito parecida com a nossa e a culinária é um verdadeiro deleite.

Hoje, vamos pegar nossas malas imaginárias e pousar em Terra portuguesa com certeza!

Acompanhe o 7º destino do “Viaje Sem Sair de Casa com a VemTambém”

Conheça os palácios mais incríveis de Portugal

Você vai fazer um passeio pela história, descobrir curiosidades sobre os reis portugueses e se encantar com a beleza impressionante desses lugares. Veja só!

Palácio de Mafra

Localizado a cerca de 25 quilômetros de Lisboa, o Palácio Nacional de Mafra é, na verdade, uma obra de enormes dimensões, que reúne um palácio, uma igreja e um monumental mosteiro em estilo barroco alemão. A construção, que data do período em que Portugal recebeu mais ouro do Brasil, começou modesta, mas chegou a ter 52 mil trabalhadores envolvidos. Tem uma das mais lindas bibliotecas da Europa, decorada com mármores preciosos, madeiras exóticas e incontáveis obras de arte de grandes mestres.

Palácio Nacional da Ajuda

Antigo Palácio Real, é hoje, em grande parte, um museu, estando instalados no restante do edifício a Biblioteca Nacional da Ajuda, o Ministério da Cultura, a Galeria de Pintura do rei D. Luís I e a Direção Geral do Patrimônio Cultural. Com estilo neoclássico dominante, foi palco de banquetes e recepções para o Rei Eduardo VII da Inglaterra, Afonso XIII da Espanha, Guilherme II da Alemanha, o presidente francês Émile Loubet, entre outros chefes de Estado em visita ao país. Assim como no período da monarquia, hoje é utilizado pelo Estado português para cerimônias oficiais.

Palácio Nacional de Queluz


Construído no século XVIII na cidade de Queluz, este palácio é um dos últimos grandes edifícios em estilo barroco rococó erguidos na Europa. Inicialmente foi construído como um recanto de verão para D. Pedro de Bragança, e também por isso é conhecido como “o Versalhes português”, embora seja bem menor que sua referência francesa. Uma das alas do Palácio é hoje reservada para hospedar exclusivamente chefes de Estado estrangeiros em visita a Portugal. Foi neste palácio que D. Pedro I nasceu em 1798 e, depois de voltar do Brasil, morreu no mesmo quarto de seu nascimento, em 1834.

Palácio de Bussaco

O Palácio Real de Bussaco fica na zona da Bairrada, próximo a Mealhada – zona Centro d e foi o último legado arquitetônico dos reis de Portugal, erguido como pavilhão real de caça por ordem de D. Carlos I. Abriga atualmente o Palace Hotel de Bussaco, um verdadeiro castelo de conto de fadas, erguido no meio de uma linda floresta de 105 hectares, que oferece uma experiência única de se hospedar num verdadeiro palácio real, considerado, desde 1917, como um dos mais belos, românticos e históricos hotéis do mundo. Com estilo neomanuelino, este palácio é caracterizado pelo estilo super rebuscado, incríveis painéis de azulejo e mobiliário suntuoso.

Palácio Nacional da Bolsa

O Palácio Nacional da Bolsa é um lindo edifício de estilo eclético, com influência direta do neoclássico oitocentista, da arquitetura toscana e do neopaladiano inglês, construído em 1842 para abrigar a Associação Comercial da cidade do Porto. Atualmente é um dos edifícios históricos mais visitados da cidade, com destaque para o Salão Árabe com estuques feitos com caracteres arábicos em ouro ocupando todas as paredes e teto da sala. Aliás, é neste salão que são recebidos reis e chefes de Estado que visitam a cidade.

Palácio de Monserrate

Construção eclética construída no parque de mesmo nome, o Palácio de Monserrate foi erguido na Serra de Sintra para ser a residência de verão do inglês Sir Francis Cook, o visconde de Monserrate, e inaugurado em 1858. Para sua obra foram necessárias mais de 2 mil pessoas, com 50 delas trabalhando exclusivamente no jardim. Depois de terminadas as obras, os Cook empregaram cerca de 300 pessoas para cuidar da casa, do parque e da família. Desde 1995, a Serra de Sintra e o Parque de Monserrate, onde fica o palácio, foram classificados pela Unesco como Patrimônio Mundial pela Paisagem.

Palácio Nacional da Pena

Considerada uma das principais edificações do estilo romântico do século XIX no mundo, o Palácio da Pena foi o primeiro palácio nesse estilo na Europa, tendo sido construído 30 anos antes do famoso Castelo de Neuschwanstein, na Alemanha. Fica no topo da Serra de Sintra, a 500 metros de altitude, oferecendo também uma vista deslumbrante da região. Foi residência de vários reis portugueses e os ambientes do palácio estão recuperados fielmente, como se a corte ainda morasse no local.

Festa de São João do Porto

O burburinho se inicia alguns dias antes, com a ornamentação da cidade. Bandeirinhas, palcos, além de barracas de comida e bebida. Os participantes se preparam para os festejos com a aquisição de martelinhos de plásticos. Infelizmente, substituíram os tradicionais alhos-poró, que trariam sorte, usados para “martelar” os passantes. Outra tradição da festa é ofertar ramos de manjericão, chamados manjericos, com ensejos de saúde, sorte e fortuna, ou em outra intenção, a paquera! Soltar balões, pular fogueiras, “êta São João danado de bão”! São tradições que foram mantidas ao longo dos séculos. A respeito dos balões, conta-se que serviam para avisar do início da festa, ou para cultuar o sol, e das fogueiras, a purificação e a proteção contra os maus espíritos. As simbologias se mantiveram e são vivenciadas até hoje em nossos “arraiás”. Marquei encontro com alguns familiares, que para cá vieram, na Praça da Liberdade, onde os festejos já estavam bem animados. Esta praça, considerada o coração da cidade, é onde está a Câmara Municipal, além da estátua equestre de D. Pedro IV. Seguimos para a Estação São Bento. Aqui não deixamos de apreciar a Sala dos Passos Perdidos, com seus belíssimos painéis de azulejos. Descemos pela Rua Mouzinho da Silveira em direção à Ribeira, viramos à esquerda na concorrida Rua de São João e seguimos até alcançarmos o Cais da Ribeira. Proporcionando um belo visual, tendo ao fundo Vila Nova de Gaia e a Ponte Luís I sobre o rio Douro, é aqui o local de maior concentração. Ficamos na Praça da Ribeira, com sua intrigante fonte, em que um imenso cubo parece ser sustentado por jatos d’água.

Sempre recebendo algumas “marteladas”, parávamos para saborear as irresistíveis sardinhas e pimentões na brasa, além de outras comidas típicas portuguesas, ou para vermos e ouvirmos, danças e músicas, numa alegria espontânea e contagiante. Durante os festejos são contratadas bandas para apresentações ao ar livre e organizados bailes em alguns clubes privados. O cheiro de sardinha assada domina o ar. No céu, centenas de balões são como estrelas que descem juntas, para mais de pertinho, participarem dos festejos.

O ápice da festa é o espetáculo, à meia noite, de fogos de artifício, às margens do rio Douro. Mas a festa não acaba aí, os jovens permanecem nas praças, onde são apresentados shows musicais ou caminham até a foz do rio para apreciar o nascer do sol na praia.

 

Pratos típicos do Porto

Durante o São João do Porto, as barraquinhas dispostas ao longo das ruas oferecem o que há de mais típico da culinária local.

Encontramos com facilidade a tradicional Francesinha, um calórico sanduíche, composto de vários tipos de carne e embutidos, cobertos por uma generosa porção de queijo derretido, e, por vezes, acompanhado de ovo e batatas fritas, além de um molho picante. Foi uma invenção do senhor Daniel Silva que, após ter residido em Paris, fez uma versão do croque-monsieur, e batizou o prato em homenagem às “mulheres picantes da França”.

Outra receita do Norte de Portugal, cantada até no fado, é o Caldo Verde, que, verdinho e a fumegar na tigela, é uma tradição que remonta ao século XVI, quando os trabalhadores utilizavam os ingredientes mais facilmente encontrados na região. O caldo verde é uma sopa espessa e saborosa, composta de couve, batata e linguiça portuguesa.

As tradicionais sardinhas portuguesas, fresquinhas e assadas na brasa, possuem um incrível sabor e, além de saudáveis, compõem os cardápios de bares e restaurantes.

A receita do Bacalhau à Gomes de Sá foi idealizada por José Luís Gomes de Sá Júnior, natural da cidade do Porto, no final do século XIX, e tem sua receita original registrada. Um prato saboroso que tem como ingredientes: postas de bacalhau, batatas, alho, cebola, ovos cozidos, azeitonas, salsinha e azeite de boa qualidade. Em sua elaboração, as postas de bacalhau, já demolhadas, são cobertas com leite quente durante cerca de duas horas. O alho e a cebola são dourados no azeite. As batatas, já cozidas, são cortadas em rodelas e misturadas com as lascas de bacalhau que foram retiradas da imersão no leite e, junto com o alho e a cebola, transferidas para uma travessa. Leva-se ao forno por cerca de quinze minutos. Antes de servir, acrescentam-se azeitonas pretas, salsinha picada e rodelas de ovos cozidos. Uma importante orientação do autor da receita: o prato deve ser servido quente, bem quente!

A VemTambém recomenda: fique em casa e siga as normas de segurança recomendadas pela Organização Mundial da Saúde para logo retomarmos nossa rotina normal.

Fonte: Revista Vem Também em 18.05.20