M. Dias Branco revela plano para conquistar Sul e Sudeste do Brasil

M. Dias Branco revela plano para conquistar Sul e Sudeste do Brasil

A companhia cearense M. Dias Branco, fabricante nacional de biscoitos e massas e detentora de marcas como Adria, Piraquê e Vitarella, está se preparando para avançar também nas regiões Sul e Sudeste do País. Hoje, 60% da receita da empresa vêm do Norte e Nordeste. Para isso, desenvolveu uma estratégia que incluiu a aquisição de empresas já consolidadas no mercado, parcerias com startups, investimentos em mídia e novas linhas de produtos.

“Nossa estratégia divide o Brasil em dois. Na defesa, estão o Norte e Nordeste, enquanto no ataque temos o Sul e o Sudeste. A ideia é, de um lado, proteger nosso mercado principal, e, de outro, avançar. Para conseguir colocar esse plano em prática, passamos a olhar também para startups brasileiras”, disse à Forbes Gustavo Theodozio, vice-presidente de investimentos e controladoria do grupo.

Ele afirmou que a compra da Piraquê pelo grupo, em 2018, estimulou o plano de expansão da companhia, começando com a desconcentração da marca, que saiu do Rio de Janeiro em direção a São Paulo e Minas Gerais.

“[A M. Dias Branco] é líder nacional nas categorias de biscoitos e massas, mas com presença muito forte no Norte e Nordeste. Isso significa que existe uma avenida de crescimento a ser explorada pela companhia, que inclui o Sul e Sudeste”, destacou.

Fonte: O Otimista

Tecer Terminais, sócia da CBPCE embarca a maior pá eólica da história do Porto do Pecém

Tecer Terminais, sócia da CBPCE embarca a maior pá eólica da história do Porto do Pecém

O Complexo do Pecém (Cipp S/A) realizou publicação nas redes sociais nesta quarta-feira, 12, comemorando o recorde de embarque de uma pá eólica de 80,1 metros para a alemã Nordex, a maior da história do Porto, que iniciou suas operações em março de 2002

O equipamento é produzido na Área Industrial do Complexo do Pecém pela Aeris Energy. O embarque foi realizado no berço 7 do terminal portuário do Pecém, após operação de teste realizada em conjunto pelas prestadoras de serviços operacionais Tecer e Unilink.

“Essa foi uma operação teste, de embarque de um protótipo que será minunciosamente avaliado no continente europeu. Mas essa foi também uma operação que demonstrou mais uma vez a capacidade do nosso time de operações em embarcar um componente de dimensões únicas no histórico operacional do terminal portuário do Pecém”, frisa Waldir Sampaio, diretor de Operações do Porto do Pecém.

A pá eólica tem mais do que o dobro das outras pás (34,57m cada) embarcadas no navio Trinitas, que já está a caminho da Europa, onde a pá de 80,1 metros passará por verificações técnicas, segundo informa a empresa administradora do complexo.

“Com o comprimento inédito da pá, tivemos que assegurar que não haveria danos na peça durante todo o processo de içamento, embarque e transporte. Assim, foi necessária toda uma estrutura de logística integrada para posicionar a pá estrategicamente, evitarmos danos e assim obtermos o sucesso nessa operação, que contou com vários detalhes técnicos que tiveram que ser desenvolvidos de forma singular”, complementa o gerente comercial da Tecer, Carlos Alberto Alves.

Fonte: O Povo

SM Consultoria: PIS E COFINS, STF decide excluir ICMS da base de cálculo

SM Consultoria: PIS E COFINS, STF decide excluir ICMS da base de cálculo

O Supremo Tribunal Federal, em 13/05/2021, por meio do julgamento dos Embargos de Declaração no Recurso Extraordinário nº 574/706/PR, decidiu que, a partir de 15/03/2017 o ICMS destacado na nota fiscal deve ser excluído da base de cálculo do PIS/COFINS, e não o efetivamente recolhido, como defendia a Fazenda Nacional.

Dessa forma, está garantido o direito de restituição dos valores pagos a maior nos últimos 5 anos contados da data do protocolo das ações, daquelas empresas que ingressaram em juízo até 15/03/2017. Por sua vez, para as para as empresas que propuseram ações judiciais a partir 16/03/2017, só será possível a restituição dos valores pagos a partir desta data. Em qualquer desses casos, após o trânsito em julgados das mencionadas ações.

As empresas que não propuseram qualquer ação judicial, só poderão pedir a restituição dos valores pagos a maior a partir de 16/03/2017. O pedido de restituição poderá ser feito de duas formas: administrativo ou judicial. Na via administrativa, poderá a RFB indeferir o pedido de restituição dos créditos por falta de normativo vinculante, razão pela qual orientamos que os clientes, nesta situação, impetrem mandado de segurança objetivando a declaração do direito de compensação. Alternativamente, a empresa deve ingressar diretamente com mandado de segurança requerendo o mencionado direito com base na decisão do STF.

A SMC e a SMA estão à disposição para que sejam tomadas as medidas necessárias para o resguardo do direito das empresas, sejam de forma administrativa ou através de ação judicial visando restituir os valores pagos indevidamente.

Fonte: SM Consultoria

Prática Eventos: Vantagens de fazer eventos online

Prática Eventos: Vantagens de fazer eventos online

Fazer eventos online é uma ótima ideia para quem quer inovar e busca soluções em meio a essa pandemia que estamos vivendo.

A transmissão de eventos de forma online está, cada vez mais, sendo requisitada por pessoas de vários lugares do mundo. E, é preciso ficar atento às mudanças no cenário de eventos.

Existem muitas vantagens ao produzir um evento totalmente online.

Alcance mais público
Por ser um evento totalmente online, pode alcançar proporções muito grandes na internet. Afinal, qualquer pessoa, de qualquer lugar do mundo, poderá participar do seu evento.

Baixo custo de investimento
Por ser um evento online, você consegue minimizar custos de forma bem expressiva.

Alguns tipos de custo que você pode minimizar: aluguel de espaço, contratação de grandes equipamentos de som e iluminação, dentre vários outros fatores.

Então, quando se compara aos tipos de eventos presenciais, organizar um evento online, seja ele qual for: curso, seminário, palestra, webinar…sai bem mais barato!

Quer saber mais vantagens de fazer um evento online? Acesse o site da Prática Eventos (praticaeventos.com) e fique por dentro!

Fonte: prática Eventos

 

O APSV, sócio da CBPCE, contribui com o Prêmio Otimista de Inovação

O APSV, sócio da CBPCE, contribui com o Prêmio Otimista de Inovação

A primeira edição do Prêmio Otimista de Inovação reconhecerá projetos de potencial tecnológico e de impacto socioambiental do Ceará, dando voz a startups que solucionam desafios reais com ideias inovadoras.

Uma iniciativa orientada pelos ODS da ONU e que tem tudo a ver com o APSV. Como contribuidores da premiação, O APSV irá oferecer o propulsion package de assessoria jurídica aos ganhadores, os quais terão todo o suporte da equipe do escritório para crescer e continuar fazendo a diferença.

As inscrições acontecerão de 01/05 a 30/05 e podem ser feitas no link
https://ootimista.com.br/inovacao/

Fonte: APSV

Exportações da M. Dias Branco avançam 112,6% no primeiro trimestre

Exportações da M. Dias Branco avançam 112,6% no primeiro trimestre

A receita líquida das vendas para o exterior cresceram 112,6% no período, totalizando R$ 42 milhões. Com câmbio favorável, a companhia pretende ampliar a participação nos mercados da América Latina e dos Estados Unidos.

Mesmo com os resultados ainda pressionados no mercado brasileiro, as exportações da M. Dias Branco, líder nacional em massas e biscoitos, seguiram em ritmo acelerado no primeiro trimestre deste ano. A receita líquida das vendas para o exterior cresceram 112,6% no período, totalizando R$ 42 milhões. No mesmo período de 2020, as exportações totalizaram R$ 20 milhões.

Segundo informou o diretor de Relações com Investidores e Novos Negócios da M. Dias Branco, Fábio Cefaly, durante a teleconferência realizada nesta segunda-feira, 10, a ideia da companhia é aproveitar o câmbio favorável para ampliar a participação na América Latina e nos Estados Unidos.

A M. Dias Branco fechou o primeiro trimestre deste ano com 65 clientes internacionais, distribuídos em 30 países. No primeiro trimestre de 2020, a companhia tinha 56 clientes internacionais, em 23 países.

Desempenho em março
Considerando apenas o mês de março, houve um crescimento de 39,3% no volume dos produtos produzidos ante fevereiro (141,4 mil toneladas), e de 40,3% na receita líquida (R$ 612,1 milhões).

Já na comparação com março de 2020, o preço médio dos produtos vendidos pela companhia tiveram um aumento de 26,4%, passando de R$ 3,4, o quilo, para R$ 4,3, o quilo. Hoje, a empresa detém 32,6% do mercado nacional de massas e biscoitos.

Parceria com a Ambev
Para realizar uma distribuição de seus produtos com maior capilaridade, a M. Dias Branco anunciou uma parceria com a Ambev, para vendas através por meio do marketplace da cervejaria.

Avaliação de analistas
No mercado doméstico, a companhia sinalizou que continuará com foco de expansão nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, considerada a área de ataque.

“Acreditamos que a competição continua acirrada, com a receita da companhia mais pressionada na ‘Zona de Ataque’ (Sul, Sudeste e Centro-Oeste)”, comentaram os analistas Isabella Simonato e Guilherme Palhares, do Bank of America. “Esperamos que os volumes permaneçam pressionados e bem voláteis ao longo do ano”, disseram em relatório divulgado nesta segunda.

Fonte: Focus.jor

World Travel Awards indica Dom Pedro Laguna Beach Resort & Golf Collection como o melhor da América Latina

World Travel Awards indica Dom Pedro Laguna Beach Resort & Golf Collection como o melhor da América Latina

O Dom Pedro Laguna Beach Resort & Golf Collection está em celebração. Mais uma vez, o “Melhor Resort Brasileiro 2020” pelo World Travel Awards volta a ter três indicações nas categorias: “Melhor Resort de praia da América do Sul 2021”, “Melhor Resort da América do Sul 2021” e “Melhor Resort do Brasil 2021”.

“Ao longo do último ano, temos trabalhado para surpreender todos os nossos hospedes da melhor maneira e seguindo todos os protocolos e medidas de segurança e prevenção. Nosso compromisso é na qualidade, dedicação e segurança de todos que nos escolhem.” Diz Pedro Ribeiro, Sales Director do Grupo Dom Pedro & Golf Collection

Acesse a https://www.worldtravelawards.com/ para conferir e votar nos concorrentes ao prêmio.

Fonte: Revista Vemtambém

Termaco Logística renova certificação de qualidade

Termaco Logística renova certificação de qualidade

Uma das grandes operadoras nordestinas de logística integrada, a cearense Termaco acaba de obter a renovação de sua Certificação Internacional de Qualidade ISSO 9001:2015.

Com 35 anos de atividades, a Termaco tem um time de 800 colaboradores e movimenta, diariamente, 800 toneladas de carga fracionada nos modais rodoviário e aéreo.

Fonte: Egídio Serpa

EDP abre inscrições para o Starter Business Acceleration 2021

EDP abre inscrições para o Starter Business Acceleration 2021

Startups podem se inscrever na edição do programa mundial de aceleração da EDP até 24 de maio. Todos os módulos serão realizados virtualmente.

As inscrições para o Starter Business Acceleration estão abertas e vão até o dia 24 de maio. O programa de inovação aberta da EDP, multinacional que atua em toda a cadeia de valor do setor elétrico, estimula a conexão com startups e a geração de novos negócios, além de impulsionar a inovação no setor de energia. A edição de 2021 será totalmente virtual.

Ao longo do programa, as startups participantes terão a oportunidade de apresentar as suas soluções e co-criar com as diferentes unidades de negócios da EDP no Brasil, Espanha, Estados Unidos e Portugal, que, juntas, atendem cerca de 12 milhões de clientes. As selecionadas para cada módulo do programa entrarão em contato com todos os parceiros, independentemente de sua localização.

O programa tem três módulos: Pitch Online, o Módulo Global e a Grande Final. Do total das candidaturas, serão selecionadas 30 startups para participarem do Pitch Online por meio de etapas locais, em cada país. No Brasil, por exemplo, as startups participação de sessões informais de pitch, em diferentes plataformas, com a participação de convidados importantes do mercado, além de outras novidades que serão reveladas em breve.

Após as etapas realizadas em cada país, serão escolhidas 10 startups, ao todo, para integrarem o Módulo Global e a Grande Final, quando será anunciado o vencedor, que recebe um prêmio de 50 mil euros. Além disso, as startups ainda podem ser avaliadas pela EDP Ventures, veículo de investimento de capital de risco do Grupo EDP, para receberem aporte financeiro, além de conhecimento e experiência de mercado. Durante o programa, as startups vão ter acesso a benefícios, como o aconselhamento de mentores e especialistas ligados à indústria de energia, experts em inovação, para apoiar o piloto e dar projeção internacional ao mesmo.

“O Starter Business Acceleration tem o propósito de promover uma conexão relevante com o ecossistema, assim como gerar oportunidades de bons negócios para a EDP e as startups de energia. Estamos em busca parceiros que nos apoiem no desafio de acelerar a transição energética. Mais do que mentorias e financiamento para desenvolver projetos-piloto, buscamos parceiros que possam revolucionar o setor de energia conosco. Por isso, estamos comprometidos em apoiar o empreendedorismo e valorizar a inovação de ponta a ponta. Queremos que as startups cresçam conosco, até encontrar um modelo de negócios viável e escalável”, afirma Andrea Salinas, Diretora de Inovação da EDP no Brasil.

Desafios
Em linha com as áreas estratégicas da EDP, o Starter Business Acceleration está à procura de projetos em sete categorias: soluções para clientes, inovação digital, armazenamento de energia, energias limpas, redes inteligentes, acesso à energia e processos internos inovadores.

Em 2020, o Starter Business Acceleration recebeu o recorde de 820 candidaturas de 74 países, com o Brasil na liderança do número de inscrições – 127. Ao todo, 30 startups foram selecionadas para desenvolver negócios com a EDP e suas parceiras, sendo sete delas brasileiras: Atlas Power, Energy Source, GreenAnt, IndustryCare, Plataforma Verde, Nuveo Technologies e eConciliador. No Brasil, a EDP realizou oito provas de conceito com as startups selecionadas no programa do ano passado, impactando cerca de sete áreas de negócio da Companhia. Em nivel global, foram 15 projetos-pilotos confirmados e mais 18 que estão sendo avaliados, além de dois investimentos concluídos pela EDP Ventures, que trouxeram soluções inovadoras para as várias áreas de negócio da empresa, em diferentes geografias. A edição teve a startup norte-america Yotta Energy como a grande vencedora.

As candidaturas podem ser enviadas até dia 24 de maio em: www.theenergystarter.com.

O Starter Business Acceleration é um projeto de open Innovation da EDP gerido pela Beta-i, uma consultora de inovação colaborativa com base em Lisboa (Portugal).

Sobre a EDP no Brasil
Com mais de 20 anos de atuação, a EDP é uma das maiores empresas privadas do setor elétrico a operar em toda a cadeia de valor. A Companhia, que tem mais de 10 mil colaboradores diretos e terceirizados, possui seis unidades de geração hidrelétrica e uma termelétrica, além de atuar em Transmissão, Comercialização e Serviços de Energia. Em Distribuição, atende cerca de 3,5 milhões de clientes em São Paulo e no Espírito Santo, além de ser a principal acionista da Celesc, em Santa Catarina. Foi eleita em 2020 a empresa mais inovadora do setor elétrico pelo ranking Valor Inovação, do jornal Valor Econômico, e é referência em Governança e Sustentabilidade, estando há 15 anos consecutivos no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3.

Fonte: Portugal Digital

Governança tributária, por Ítalo Bandeira e Carlos Oliveira da Abax Consultoria

Governança tributária, por Ítalo Bandeira e Carlos Oliveira da Abax Consultoria

1. AMBIENTE TRIBUTÁRIO BRASILEIRO

Vivemos no Brasil envoltos em um dos sistemas tributários mais complexos do mundo. A árdua tarefa de apurar os tributos devidos, além da prestação de informações ao fisco, tem se tornado um desafio hercúleo para as empresas. Estudo recente do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), publicado no ano de 2020, com estatísticas acumuladas desde a promulgação da constituição de 1988, sinaliza dados estarrecedores sobre a nossa realidade no âmbito tributário:

Considerando o peso dos tributos na economia brasileira, chegamos à conclusão de que esse emaranhado de normas e obrigações, além da crescente majoração dos tributos, tem representado impacto relevante no ambiente de competitividade das empresas no Brasil.

Por outro lado, as autoridades fazendárias têm, cada vez mais, obtido sofisticação na forma de fiscalizar e punir as empresas que se encontrem em situação de não conformidade, seja no recolhimento dos tributos, ou seja, na sua correta forma de apuração, seja na entrega das diversas obrigações eletrônicas hoje existentes e que exigem um conhecimento profundo e grande cuidado das pessoas que validam o conteúdo daquilo que será entregue ao fisco.

Esse contexto ganhou ainda mais notoriedade com o advento do ambiente digital a que foram submetidas as empresas nos últimos anos, com implantação de projetos como o da Nota Fiscal Eletrônica e do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED). Nesse contexto, a velocidade com que o fisco cruza e critica as diversas informações prestadas pelas empresas, passou a exigir investimentos de grande monta em equipes e tecnologias para mitigação de riscos.

A análise ocorre não somente entre as diversas informações prestadas pelas empresas em uma mesma obrigação acessória, e que muitas vezes devem ter informações coincidentes para não caírem na famosa malha fina das autoridades fiscais, como também os chamados cruzamentos externos, ou seja, aqueles em que o fisco critica quando compara as mesmas informações prestadas pelo contribuinte, com aquelas prestadas com os entes que com esse se relacionam: fornecedores, clientes, autoridades fiscais de outras esferas, cartórios de registro de imóveis, dentre outros.

Face a toda essa complexidade fiscal, estamos vivendo um momento importante no Brasil, em que se discute e se avança efetivamente na tão esperada reforma tributária. Os projetos de lei que visam reformar nosso sistema tributário têm por premissa básica a sua simplificação, tanto por meio da consolidação das legislações estaduais, quanto pela eliminação e consolidação de tributos, acarretando, por conseguinte, numa redução de custos com apuração dos tributos e com a prestação de informações ao fisco.

Assim, a reforma tributária, capitaneada mais fortemente pela PEC n. 45/2018 (Câmara), apesar de também constarem na pauta da discussão a PEC n. 110/2019 (Senado), e as propostas do governo e de partidos da oposição, tem como objetivo a redução de até 95% das horas gastas com tributos sobre consumo. Ou seja, busca-se um sistema voltado para as empresas produzirem mais e melhor com menos custos e desenvolvimento para o país. O cerne da reforma são os tributos sobre o consumo, que seriam representados pelo Imposto sobre Bens e Serviços – IBS ou o Imposto sobre Valor Agregado – IVA.

Entre os referidos projetos de reforma tributária, o principal foco da discussão tem sido a tributação deixar de se concentrar fortemente na base consumo e adotar a tributação sobre o valor agregado (IVA). Vários países do mundo caminharam nesse sentido, dentre eles, nos últimos 20 anos, vale citar Índia, Vietnã, Austrália, entre outros.

Adotado pela primeira vez nos anos 50 pela França, essa é a forma mais comum de arrecadação que incide sobre o consumo, vigente hoje em 168 países, segundo dados da Endeavor. A despeito das mudanças tecnológicas e culturais pelas quais o mundo passou e tem passado, os IVAs seguem como tributos importantes para o equilíbrio fiscal dos países. Os que já o tem, fazem reformas para adaptá-lo a essa nova realidade, os que não o tem, fazem reformas para implementá-lo.

2. GOVERNANÇA TRIBUTÁRIA

2.1. CONCEITOS

Diante de todo o exposto, se torna cada vez mais importante a implantação da Governança Tributária nas empresas. O modelo de governança tributária deve levar em consideração alguns pilares relevantes: i) prevenção e mitigação de riscos – compliance; ii) Aproveitamento de oportunidades, por meio da utilização de incentivos e benefícios fiscais, e planejamento tributário das operações praticadas pela empresa, bem como o acompanhamento das rotinas e ações do setor tributário das organizações que, como antes mencionado, demandam relevante tempo e cuidado, exigindo-se, portanto, rígido controle de vasto back log de atividades.

A Governança Tributária consiste exatamente nessa estruturação de procedimentos que levem o contribuinte à implementação de uma cultura preventiva nos aspectos de riscos e oportunidades tributárias, considerando ser o tributo um item muito relevante na sua formação de preços.

Esse modelo de governança será obtido mediante um processo contínuo onde esses aspectos são revisitados constantemente, com uma equipe multidisciplinar e com tecnologia adequada, além da integração com as diversas áreas envolvidas na operação: logística, compras, comercial, marketing, tecnologia da informação, dentre outros.

Assim, além de acompanhar as constantes alterações na legislação tributária que precisam ser recepcionadas e introduzidas no ambiente tributário da organização, devem ser também previamente pensados os modelos que abrigarão novas operações, novos produtos e novos mercados.

2.2. IMPLANTAÇÃO DE UM MODELO DE GOVERNANÇA TRIBUTÁRIA

Uma vez demonstrada a importância da adoção de uma governança tributária nas organizações, torna-se importante comentarmos acerca de um modelo que contemple as principais ações voltadas à sua implantação.

De um modo geral, o modelo de Governança Tributária que propomos compreende especificamente a adoção de três pilares fundamentais, que são: i) revisões ou auditorias fiscais permanentes, bem como assessorias fiscais; ii) ações constantes de Planejamento Tributário; e iii) a criação de um comitê fiscal. Passamos a expor cada um desses aspectos.

Uma boa prática de governança tributária deve ter em seu contexto ações de revisões ou auditorias permanentes das práticas e procedimentos fiscais adotados, seja por meio de uma equipe interna destinada especificamente para esse fim, ou mesmo, e em muitos casos o recomendável, mediante empresas de consultoria e assessorias externas contratadas com esse objetivo, uma vez que essas empresas realizam constantes trabalhos dessa natureza junto a diversas empresas, o que lhes permite opinar e recomendar soluções fiscais a partir de suas experiências.

Assim, uma assessoria ou consultoria fiscal permanente possibilita à empresa identificar e corrigir riscos e contingências fiscais, seja por meio da adequada apuração dos tributos, como também pelo correto cumprimento das obrigações acessórias fiscais. Como mencionado anteriormente, nossa legislação é deveras complexa e dinâmica, de modo que ter uma área, ou consultoria focada especificamente nas revisões, certamente poderá trazer uma grande redução e mitigação de riscos e contingências fiscais, as quais, como se sabe, podem acarretar penalidades pecuniárias severas para as empresas.

Bem assim, ações de planejamento tributário também devem ser uma constante no bojo da governança tributária das organizações. É de conhecimento geral que o planejamento tributário possibilita uma geração de caixa e resultado com mais acertos e menos riscos, além de também permitir calcular melhor o preço dos produtos de uma empresa. Dentro de uma estrutura de governança tributária, uma efetiva gestão de planejamento tributário que tem por objetivo reduzir os tributos gerados pela empresa de forma lícita, atendendo as exigências da legislação brasileira, deve ser constantemente realizada.

É indiscutível que um planejamento tributário bem realizado pode ser um grande diferencial competitivo nas organizações empresariais. A definição de produtos, a localização da empresa (visando a eventual obtenção de incentivos fiscais), a forma de comercialização desses produtos e a estruturação da cadeia de distribuição (aspectos logísticos), tudo isso sendo realizado à luz de um planejamento tributário amparado nas normas fiscais, pode efetivamente ser um diferencial estratégico nas empresas.

Por fim, ainda como ações de implantação da governança tributária, a implantação de um comitê fiscal também se mostra uma excelente iniciativa. O comitê fiscal se constitui de um fórum criado nas organizações com objetivo de congregar um grupo de agentes internos e externos da empresa, visando analisar, discutir e encaminhar soluções no que tange aos procedimentos tributários.

Por meio do Comitê Fiscal, as organizações podem atuar na revisão de processos operacionais vigentes, visando a redução de carga tributária; podem discutir ações de planejamento tributário de novas operações; atuar na redução de contingências fiscais; promover o debate prévio acerca das alterações nas legislações e novas exigências do Fisco (novos benefícios e obrigações acessórias); além de possibilitar a integração e motivação colaborativa da equipe interna da empresa.

Como mencionado, normalmente o comitê fiscal é formado por membros internos e externos da empresa, constando entre aqueles internos as diretorias, as áreas de controlaria, contabilidade, fiscal, jurídico, tecnologia da informação – TI, entre outros eventuais, e como membros externos os assessores/consultores fiscais, advogados, auditoria externa e demais consultorias. Bem assim, além das áreas mencionadas, poderão ainda participar em caráter eventual, outras áreas como: custos, suprimentos, e setor comercial. Por fim, as reuniões do comitê ocorrem em periodicidade a depender da necessidade de cada empresa, variando entre mensal, bimestral ou trimestral.

2.3. PRINCIPAIS ERROS E PONTOS DE ATENÇÃO RELACIONADOS COM A GOVERNANÇA TRIBUTÁRIA

Alguns erros que são cometidos pelas empresas ao não observarem os pontos descritos anteriormente podem ter impacto relevante em seu fluxo de caixa, seja pela imposição de multas advindas de não conformidades na apuração de tributos e prestação de informações ao fisco, seja pelo não aproveitamento de melhores práticas que incorrem em carga tributária menos onerosa para a sociedade.

Dentre esses principais aspectos, destacamos:

  • Escolha do melhor regime de acordo com atividade e realidade do ponto de vista de margem de lucro de cada negócio (Regime do Lucro Presumido, Lucro Real Anual, Lucro Real Trimestral, etc.);
  • Não utilização de possibilidades de reduções tributárias disponíveis: incentivos estaduais, SUDENE, Lei do Bem, etc.;
  • Falta de um double check das obrigações entregues ao fisco, por time externo que pode aportar experiências de mercado;
  • Inadequada implantação de parâmetros do ERP utilizado pela companhia e falta de atualização de cadastros de produtos (NCMs), dentre outras revisões periódicas relevantes que devem ser realizadas no sistema ERP;
  • Falta de antecipação com o time tributário, das estratégias operacionais que a empresa pretende implementar, evitando ter que proceder com ações corretivas;
  • Estudo sobre o melhor local a se instalar, expansões, ou seja, discutir e definir a melhor operacionalização das atividades à luz do planejamento tributário;
  • Estudo sobre a melhor forma societária de constituição dos diversos negócios que orbitam a empresa, visando redução de carga tributária.
  • Esses pontos elencados, se bem observados e conduzidos por um bom modelo de governança tributária, serão definitivos para o diferencial competitivo e até mesmo da sobrevivência de qualquer negócio.

2.4. RESULTADOS DE IMPLANTAÇÃO DE UM BOM MODELO DE GOVERNANÇA TRIBUTÁRIA

Finalmente, com uma adequada implantação de um modelo de Governança Tributária, muitos frutos podem ser colhidos. Dentre os principais ganhos de procedimentos bem sucedidos de Governança Tributária, destacamos:

  • Aumento de rentabilidade e melhoria do fluxo de caixa, com adoção de planejamentos tributários e utilização adequada de incentivos e benefícios fiscais;
  • Melhoria na relação com o fisco, o que gera maior credibilidade junto aos entes governamentais, inclusive a melhoria do histórico do contribuinte e redução de intervenções fiscais na empresa (fiscalizações, etc.)
  • Maior integração entre os diversos departamentos da companhia, resolvendo as questões na origem e de forma antecipada e preventiva;
  • Redução de custos com multas e penalidades fiscais;

Antecipação de identificação de riscos e contingências, que podem ter planos de ação discutidos previamente pelo Comitê Fiscal.
Diante de todo o exposto, entendemos que a governança tributária exerce um papel fundamental na gestão estratégica das organizações. Sem dúvida, a sua adoção enquanto ações efetivas de planejamento tributário e compliance, ancoradas ainda em fóruns e comitês internos permanentes, possibilita um diferencial competitivo para as empresas em qualquer cenário ou ambiente social, sobretudo atualmente, em que vivemos um ambiente de mudanças dinâmicas, além de estarmos inseridos em um complexo sistema tributário.

Por: Carlos Augusto de Oliveira Júnior e Ítalo Bandeira Fernandes – Sócios fundadores da Abax Auditoria e Consultoria. Em 23/04/2021.