Diretor da Fetranslog-NE afirma que alta do petróleo obriga o reajuste dos fretes

Diretor da Fetranslog-NE afirma que alta do petróleo obriga o reajuste dos fretes

Ele destaca que é preciso haver um consenso entre embarcadores e transportadores de um modo geral, para que seja dada uma condição mínima de trabalho, e não ocorra o risco de desabastecimento.

A invasão da Ucrânia pelas tropas russas gerou uma forte reação internacional, de embargo comercial a produtos oriundos da Rússia, inclusive o petróleo, está gerando uma alta desenfreada nos preços dessa importante commodity no mercado internacional. Já existia uma defasagem em relação ao preço dos combustíveis brasileiros. Com a guerra no Leste da Europa e a elevação do preço do barril do petróleo Brent, a Petrobras aumentou seus preços nas refinarias.

Segundo o presidente em exercício do Setcarce e diretor da Fetranslog Nordeste, Marcelo Maranhão, isto é algo pontual. “O petróleo varia muito. É difícil até fazer uma composição de custos, tem uma volatilidade muito grande. O certo é que neste momento, em caráter emergencial, as empresas de transportes precisam reajustar seus fretes”, afirmou.

Citou como exemplo um caminhoneiro que pegou uma carga em São Paulo para trazer para Fortaleza, com o preço do frete ajustado antes da alta do diesel e percorreu mil quilômetros, ou um terço do trecho. Neste momento houve a alta nos postos. Então, ele não vai conseguir completar a viagem, pois o gasto com o combustível, que representa mais de 50% do custo do frete, inviabilizaria qualquer ganho.

Ele destaca que é preciso haver um consenso entre embarcadores e transportadores de um modo geral, para que seja dada uma condição mínima de trabalho, e não ocorra o risco de desabastecimento. “Inclusive na próxima terça-feira (15), estarei viajando para Brasília, pois fui convocado para uma reunião emergencial convocada pela Federação Nacional dos Transportes, para que possamos discutir todas essas questões”, disse Maranhão.

O dirigente lembrou que está havendo uma ampla negociação entre integrantes dos setores de transporte e logística com seus clientes, e o Governo Federal está adotando algumas medidas emergenciais, a fim de garantir o fornecimento de produtos de primeira necessidade, como alimentos, medicamentos, combustíveis, entre outros, para garantir o abastecimento da população.

E destacou que é preciso aguardar o desenrolar da guerra na Ucrânia, a fim que o fornecimento do petróleo russo possa ser retomado, o que traria uma certa normalidade para a situação. “Mas tudo depende das definições do conflito que está ocorrendo no Leste Europa e estamos acompanhando de perto essa situação. Mas não existe um risco de desabastecimento imediato”, completou Marcelo Maranhão.

Fonte: portalin

Sérgio Melo, sócio da CBPCE, acredita em M & A movido por fundos

Sérgio Melo, sócio da CBPCE, acredita em M & A movido por fundos

A pandemia doeu com intensidades diferentes nas empresas. Sergio Melo fala que algumas empresas acumularam caixa e outras se viram obrigadas a recorrer a empréstimos e financiamentos.

“Para os negócios com sinergias, as operações de M & A aumentaram e continuarão aumentando, onde as empresas capitalizadas estão adquirindo as empresas com alto grau de endividamento”.

Ele vê os fundos de Private Equity abarrotados de dinheiro e precisando fazer aquisições. Daí o pico.

Só a empresa dele, neste momento, assessora cinco possíveis negociações de M & A. Há algum consenso no mercado: o aquecimento vai perdurar.

Fonte: Jornal O Povo

Tecnologia com propósito, por Rômulo Alexandre Soares

Tecnologia com propósito, por Rômulo Alexandre Soares

Na semana passada, a praia do Cumbuco recebeu a programação internacional da 3ª Escola de Verão em Inteligência Artificial promovida pelo Iracema Digital e que reuniu pesquisadores do Brasil, Canadá, China e EUA.

O encontro híbrido ocorreu no Hub Cumbuco, bem perto das areias que testemunharam em setembro de 2019 um contraste próprio desta nova era dos extremos, as primeiras marcas de óleo de um gigantesco derramamento que manchou as águas do nordeste do Brasil e a épica quebra do Guinness World Record de velejo coletivo, batido durante o festival Winds for Future, cujas cenas percorreram o mundo, ao superar a marca anterior do, nada mais nada menos, galáctico Richard Branson.

Trazer a Escola de Verão para o Cumbuco reforçou uma agenda que coloca a tecnologia a serviço de um propósito: o desenvolvimento sustentável. E é importante que se diga que desenvolvimento sustentável não envolve apenas meio ambiente, mas aspectos sociais, como diversidade, educação e redução da pobreza, e de governança, como participação popular em assuntos coletivos e anticorrupção.

Quando, em 2018, um grupo de jovens do Ceará voltou de Lisboa após Web Summit, decidido a criar o Winds for Future, e fazer dele um grande festival de tecnologia na América Latina, não havia espaço para outra alternativa senão estabelecer um movimento com foco nos objetivos do desenvolvimento sustentável e conectando-se com a agenda global para 2030 e a Década do Oceano, iniciativas convocadas pelas Nações Unidas.

Foi assim que, de um evento, surgiu um movimento e, com ele, no início da pandemia, o Hub Cumbuco abriu as suas portas, numa iniciativa que conecta comunidade e poder público, tirando do papel uma estrutura física que engloba um coworking, um ecoponto e um espaço para ações de articulação comunitária e educação ambiental e trazer para o ecossistema local startups com soluções conectadas às dores de ambientes turísticos costeiros.

Além disso, esse mesmo movimento, passou a apoiar uma série de ações de impacto, como a certificação Bandeira Azul, liderada pela prefeitura de Caucaia e que chama a atenção para os efeitos da crise climática e as graves consequências da introdução dos plásticos e esgotos no oceano.

Além da Escola de Verão, o Hub Cumbuco apoia o Revive, uma plataforma igualmente concebida pelo Iracema Digital e governo do estado do Ceará, cujo lançamento, em novembro de 2020, também foi no Cumbuco. O Revive é a vitrine do empreendedorismo cearense, que permite visualizar o ecossistema de TIC, quer na sua dimensão regional, quer setorial e de impacto.

Associar de forma permanente o Cumbuco à Escola de Verão em Inteligência Artificial e plugar essa comunidade ao Revive, fez parte de um plano desafiador. Por um lado, mostrar o caráter internacional dessa praia que fala muitas línguas, e de outro, como o ecossistema da economia criativa do Ceará pode ajudar a estabelecer ali, a primeira praia inteligente do Brasil, que usa tecnologia para promover pertencimento e avançar na comunicação que engaja as pessoas para os ODS.

Sem dúvida, um dos maiores desafios e oportunidades trazidos pela tecnologia, conecta-se com a participação direta da sociedade nas decisões que impactam a vida das pessoas.

Por Rômulo Alexandre Soares

Publicado no Jornal O Povo de 11/02/2022

M.Dias Branco quer ampliar participação no mercado islâmico

M.Dias Branco quer ampliar participação no mercado islâmico

Exportando para África e Oriente Médio, a empresa cearense aposta na Gulfood, maior feira de alimentos e bebidas do mundo

Líder nacional de massas e biscoitos, a M.Dias Branco quer ampliar sua participação no mercado islâmico. Exportando para África e Oriente Médio, a empresa cearense aposta na Gulfood, maior feira de alimentos e bebidas do mundo, realizada em Dubai, nos Emirados Árabes.

O carro-chefe são as marcas Fit Food, Frontera e Smart, com grande apelo internacional. “Estamos otimistas em levar as novidades ao público global”, afirma César Reis, diretor de exportação da M. Dias Branco.

A companhia ainda traz consigo as marcas Richester, Isabela e Adorita.

Investimento em exportação

Para atender as exigências dos novos mercados, a M.Dias Branco tem investido em pesquisa de desenvolvimento.

Há produtos que saem com embalagens específicas, com dados de rotulagem em área. Entram nesse rol biscoitos e massas da Richester, além do creme vegetal Adorita Tropical.

Possui também a certificação Halal, qualificando-se para exportar seus produtos para o mercado islâmico. Além disso, o portfólio conta com certificações internacionais que atestam qualidade, segurança alimentar, do trabalho e do meio ambiente, como a FSSC 22000, que abrange todo o sistema de gestão da segurança de alimentos, reconhecida pela Global Food Safety Initiative (GFSI).

Fonte: Focus.jor

Cooperar ou competir no mundo das corporações? Por Yunare Targino

Cooperar ou competir no mundo das corporações? Por Yunare Targino

Seria o ser humano naturalmente competitivo ou o meio o influencia para que se torne assim? As relações sociais nos conduzem à competição, fazendo-nos provar, o tempo todo, que somos os melhores em alguma coisa?

Certa vez, um dirigente no momento de receber uma distinção comentou o seguinte:
“Nesta companhia tem havido uma autêntica corrida entre os departamentos e vemos várias vezes a impossibilidade de acompanhar o ritmo. Esta corrida oscila nos resultados e não considero o negócio como um trabalho e sim como um jogo, cujo espírito sempre nós temos que incutir no pessoal mais novo”.

Ao longo dos anos identifiquei aspectos diretamente relacionados com o ambiente empresarial: poder, hierarquia, confiança, visão sistêmica, calçar os sapatos do outro, empreendedorismo, diversidade e negociação.

Quando a hierarquia tem um impacto negativo numa organização, o que acontece é que impede a inovação, a expressão de ideias e o fluxo de informação, ou seja, quando a estrutura hierárquica é “forte” demais, a informação não chega ao topo.

Entretanto, a lógica e a essência são necessárias para gerar ideias, não devendo existir hierarquias, como não devem existir líderes, mas sim facilitadores conectados nos valores da organização para se coordenar e integrar comportamentos encontrando o equilíbrio em que a competição é mais saudável e as alturas em que só através da colaboração é possível atingir o fim pretendido.

Em particular para os líderes, a ideia de “calçarem os sapatos dos outros”, “quando se tem poder, perde-se a ‘perspectiva’ em relação aos que nos rodeiam”.

Esta capacidade unicamente humana de “entrar na cabeça dos outros e saber o que eles sentem” pode ajudar-nos a ser melhor a competir – se conseguirmos antecipar qual a próxima jogada do nosso “oponente”, mas também nos ajuda a perceber melhor a outra pessoa, podendo ser mais “rentável” optarmos pela colaboração. E, para os líderes e apesar de difícil pois “quem manda sou eu”, esta capacidade é de extrema importância.

Na verdade, tanto a competição como a cooperação envolvem competências que podem ser “treinadas” e melhoradas, mas, para nosso bem, é imperativo sabermos quando e como temos de fazer a “mudança” entre ambas e qual “persona” devemos ser em cada uma das interações e contextos que definem as nossas vidas.

Outro dia ouvi de minha amiga Leila:

Certa vez um agricultor que tinha o melhor milho da região por anos, foi lhe perguntado como ele garantia a melhor plantação da região e ele respondeu que distribuía o milho na região e por polinização eu garanto que o outro também tenha o bom milho e também recebo o melhor por cooperação.

Sejamos nós um pai ou mãe a pensar nos filhos, uma pessoa a pensar no seu parceiro, um colega a pensar noutro colega, um líder a pensar num colaborador ou vice-versa – nos ajudará a ganhar um maior controle sobre a nossa vida, como também a atingir o tal equilíbrio entre a competição e a colaboração que nos conduzirá a uma forma mais plena de contato com a plenitude.

Por mim, por você, por todos!

Por Yunare Marinho

Layanna Pontes retorna a associação com CBPCE

Layanna Pontes retorna a associação com CBPCE

Layanna Pontes é advogada vocacionada em consultoria de Migração e Regularização de estrangeiros no Brasil desde 2006.

O acompanhamento é feito presencial ou de forma remota (on-line), orientando desde o Planejamento Migratório, Fiscal, Autorização de residência (visto), Regularização de Estrangeiros, Regularização de Imóveis e Licenciamento ambiental.

Contatos:
Layanna Pontes
layannapontes@hotmail.com

 

Qair fecha acordo com primeiro navio de produção de Hidrogênio Verde do mundo

Qair fecha acordo com primeiro navio de produção de Hidrogênio Verde do mundo

O grupo Qair International, através da subsidiária Qair Brasil, anunciou nesta sexta-feira (4) acordo com a Energy Observer, o primeiro navio de hidrogênio do mundo. O Energy também é o primeiro embaixador francês dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), tornando-se um parceiro oficial de sua rede mundial Odyssey para ações nos próximos 3 anos.

A motivação da parceria é acelerar a transição da matriz energética mundial através da tecnologia. A Qair vai compartilhar com o Energy Observer sua visão internacional e multilocal do desenvolvimento da produção de energia limpa.

O Energy Observer funciona com emissão zero de carbono. Ele atua como um como um laboratório para a transição energética. Ele foi pensado para otimizar a geração de energia solar, eólica e hídrica. Em cada um desses campos, o laboratório envia experimentos, desenvolve, otimiza e reúne os componentes mais eficientes do mundo. Em seguida, armazena sua produção de energia em baterias e, principalmente, em um sistema completo de hidrogênio renovável produzido a partir da eletrólise da água proveniente do mar.

A parceria também vai estudar e preservar o meio marinho, ambiente em que atua, e que estão levando o grupo à apoiar tal iniciativa destinada à descarbonizar e preservar os oceanos. “Estamos muito satisfeitos em contar com a Qair entre nossos parceiros oficiais. Essa colaboração é muito consistente: a Qair é uma empresa ágil, internacional e um player versátil no campo das energias renováveis, assim como o Energy Observer! A sua experiência será preciosa para a continuação da nossa Odisséia ao redor o mundo”, disse Victorien Erussard, presidente e fundador do Energy Observer.

A Qair é um produtor independente de energia exclusivamente renovável com atuação em 17 países. Ela cria, financia, constrói projetos eólicos, solares, hidrelétricos e de hidrogênio verde por conta própria há mais de 30 anos.

Fonte: O Otimista

Sociedade Beneficente Dous de Fevereiro completou 150 anos, e nova diretoria é empossada

Sociedade Beneficente Dous de Fevereiro completou 150 anos, e nova diretoria é empossada

“Dous” de Fevereiro de 1872. Um grupo de Portugueses fundava a Sociedade Beneficente Portuguesa Dous de Fevereiro em Fortaleza . Muitos deles jamais regressariam à sua terra natal . Esta era a forma de cultivar a saudade e o seu bem estar . Os valores luso-brasileiros passavam a ter porto seguro através de uma associação que é uma das mais longevas do Ceará e do Brasil . Pouco numerosa mas influente a comunidade portuguesa via assegurado o ponto de encontro , o convívio, os socorros mútuos , a cultura.

Beneficência como pedra angular, cultura como alicerce , convívio como a doce mobília desta casa que nos acolhe desde sempre.

Esta semana no dia “dous “ de Fevereiro foi o dia da homenagem aos nossos fundadores e sócios que no legaram este patrimônio de experiencias que perpetua esta casa. No Mausoléu da SBP no Cemitério São João Batista foi hora de emocionada gratidão . Honramos também com homenagens nosso Primeiro Presidente Comendador Ribeiro da Cunha e o nosso Primeiro Procurador Manoel Pereira Valente.

Oriundo de Braga em Portugal para o longínquo Ceará , como poderia imaginar Pereira Valente que um descendente seu criado em Aveiro, Portugal, filho de um Português e de uma Cearense, seu trineto, viria a ser Presidente precisamente hoje.

Esta é a casa em que tantos familiares meus já prestaram serviço como diretores e presidentes incluindo o meu pai Jaime de Pinho Neto Brandão.

As celebrações do Sesquicentenário durante um ano são a oportunidade de exaltarmos esse agradecimento e esse exemplo . Até hoje esta casa ainda se mantem com contribuições patrimoniais efetuadas pelos nossos antecessores e pela energia e tempo dedicado com abnegação por muitos como os diretores e sócios presentes aqui hoje .
Destaco sobremaneira a dedicação do nosso Presidente António de Pinho Oliveira que após 13 anos de Presidência com muita dedicação e empenho em circunstâncias muito difíceis nos confia agora a grande responsabilidade da Presidência. A nossa diretoria agora empossada tem missão muito clara.

Durante o ano de celebrações expressar gratidão, sublinhar o exemplo dos que nos antecederam.
Temos prevista a publicação da obra histórica sobre a Comunidade Portuguesa e a SBP Retomar na sede em edição histórica a celebração presencial do Dia de Portugal em 10 de Junho de 2022.

Integrar e promover iniciativas para as celebrações dos 200 Anos da Independência do Brasil

Somos Beneficência e Cultura. Para executar nossa missão necessitamos de recursos. Edgar Cardoso um grande engenheiro português deixou-nos grande obras entre elas pontes icônicas como a ponte da Arrábida no Porto . Obras de Arte . No entanto para cada ponte que se constrói quase toda a sua estrutura é para suportar a si mesma .

Apenas uma parte da estrutura uma parte pequena é para suportar os veículos que circulam por cima dela . Da mesma maneira mantemos esta estrutura patrimonial que temos de gerir com o máximo de zelo possível . Nossa Galeria Comercial e nossa Sede Social . Não podemos perder nunca o foco de que visamos beneficência, cultura. Promovemos o encontro e convívio e os valores luso-brasileiros. Temos por isso de maximizar nossos recursos sobretudo num momento mais difícil como este que atravessámos nos últimos dois anos.

É nosso objetivo fomentar novos usos para a nossa sede social , recuperar com versatilidade o salão nobre que será multiusos. Teremos uma sede adequada para eventos, encontros corporativos. Nosso espaço é especial, oferece soluções internas e ao ar livre, estacionamento próprio, duas piscinas, campo de jogos, biblioteca . Estamos mesmo na praia e temos o conforto do acesso quase pé na areia.

A nossa comunidade luso-brasileira terá uma infraestrutura ainda melhor para poder desfrutar também ela a sua sede. Se a sede é adequada para ser locada e rentabilizada é ainda melhor para nós que a desfrutamos sobretudo aos domingos, mas que poderemos usufruir cada vez mais durante a semana.

A atual administração de recursos permite-nos afirmar que as mensalidades recebidas dos sócios são integralmente destinadas para beneficência e cultura e a parcimoniosa administração assegura os custos fixos.

Vamos fazer ampla reflexão sobre os desafios que o associativismo cultural e de beneficência atravessa no Brasil, Vamos promover a adesão de sócios que se entusiasmem com o nosso projeto e que desejem efetivamente contribuir e rejuvenescer a nossa missão. Temos de estar à altura da responsabilidade de receber este legado . Com imaginariam um dia nossos fundadores que um dia voos diretos ligariam Fortaleza a Lisboa e um cabo submarino de fibra ótica entre estas duas cidades seria instalado a poucas centenas de metros deste local?

Fortaleza é agora a capital com maior PIB do Nordeste, Estamos num momento crucial de reflexão sobre o futuro da nossa Associação mas que pode ser também auspicioso. Se estivermos ancorados nos valores da Beneficência e Cultura , bens perpétuos e universais, teremos assegurado vida longa para a nossa Sociedade Beneficente Portuguesa.

Finalizo com as sábias palavras de incentivo do filósofo Agostinho da Silva “o que um faz, por todos faz ; o que a coletividade avança a todos favorece”

O Presidente da Beneficente Portuguesa
Francisco Neto da Silveira Brandão

“Conecte-se 2022”: Mais de 100 empresárias de vários países partilham experiências de negócios em Portugal

“Conecte-se 2022”: Mais de 100 empresárias de vários países partilham experiências de negócios em Portugal

Empreendedoras lusofalantes de oito países realizam encontro presencial com uma programação focada no desenvolvimento de parcerias e no estreitamento de laços empresariais.

Empreendedoras de quatro continentes e oito países estarão reunidas, entre os dias 7 e 9 de março, num encontro empresarial cujo objetivo é a partilha de experiências e o desenvolvimento de negócios e parcerias. O “Conecte-se 2022”, evento que acontece em Portugal, vai aproximar mulheres que, além de estarem conectadas pelo empreendedorismo, também estão unidas pela língua portuguesa.

Realizado pelo Clube Mulheres de Negócios de Portugal, o “Conecte-se 2022” não poderia ocorrer em momento mais oportuno para o empreendedorismo feminino. No Brasil, por exemplo, mais de nove milhões de mulheres estão à frente dos seus próprios negócios, segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), realizada pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE). O país é o sétimo num ranking mundial de proporção de empreendedorismo feminino, conforme dados do Global Entrepreneurship Monitor (GEM).

O empreendedorismo feminino também se mostra cada vez mais relevante em Portugal. Ao longo de 2020, 75% dos projetos de criação de negócios levados a cabo por brasileiros neste país são encabeçados por mulheres, de acordo com o Alto Comissariado para as Migrações (ACM).

A preocupação com esse contexto, e a possibilidade de impulsionar as mulheres no setor empresarial, serviram de estímulo para a realização do “Conecte-se 2022”, como destaca Rijarda Aristóteles, presidente do Clube. “Queremos promover uma experiência feminina única que reúna empresárias de língua portuguesa de todo o mundo para um encontro intenso de aprendizagem, networking e inspiração para novos negócios”, afirma.

Programação
As atividades do “Conecte-se 2022” vão ser realizadas nas cidades do Porto e Lisboa, escolhidas por fazerem parte de uma já conhecida rota empresarial de Portugal. A programação conta com mesas-redondas, entrevistas, espaços para relacionamentos empresariais, lançamentos de livros e discussões sobre atividades empresariais como a vinicultura e a ourivesaria.
A estimativa é que o evento reúna, diariamente, 100 participantes entre empresárias de diversos países e ramos; empreendedoras locais; e líderes empresariais e institucionais. As inscrições para o “Conecte-se 2022” podem ser feitas pelo site, usando o link  www.clubemulheresdenegociospt.com/conecte-se .

Sobre o Clube
O Clube Mulheres de Negócios de Portugal é uma iniciativa criada para conectar empreendedoras do mundo todo, estabelecendo, assim, uma rede em língua portuguesa com foco na realização de negócios e trocas de experiências empresariais femininas.

O Clube investe nas conexões entre empresárias para estimular a geração de negócios sustentáveis, leves e de sucesso, além de promover a liberdade financeira feminina. Formalizado em março de 2020, surgiu com o objetivo de responder às necessidades das empreendedoras diante dos desafios impostos pela pandemia.

Idealizado por mulheres e para mulheres, o Clube tem como diferencial a forma como entende e pratica o relacionamento empresarial, dando voz às empreendedoras nas tomadas de decisões e na elaboração de ações, sempre com a intenção de potencializar novos negócios e parcerias.
 
Conecte-se 2022
Quando: de 7 a 9 de março
Onde: Portugal
Inscrições: www.clubemulheresdenegociospt.com/conecte-se

Contacto imprensa:
Rijarda Aristóteles
Presidente do Clube Mulheres de Negócios PT
+351 968 499 990
+55 15 99693 1210 Brasil – Jornalista Kelly Moraes

Diretor da Fetranslog-NE é entrevistado pelo portal O Otimista

Diretor da Fetranslog-NE é entrevistado pelo portal O Otimista

Com décadas de experiência em logística, o presidente do Setcarce – segundo sindicato mais antigo do setor em atividade no País – fala sobre os desafios da atividade no Brasil e Ceará.

Para ele, um novo modelo de transporte é necessário, algo que passa pela integração dos modais e investimentos em energia limpa, com destaque para o hidrogênio verde.

Marcelo Maranhão tem experiência de décadas em logística no Brasil. Atualmente cumpre mandato na presidência do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística no Estado do Ceará (Setcarce), o segundo mais antigo do setor em atividade no Brasil. Também é vice-presidente extraordinário para o transporte de granéis e sólidos da NTC&Logística.

Toda essa experiência lhe dá uma visão realista da logística no País, atividade que tem desafios importantes a serem superados, a fim de que o Brasil não fique estagnado.

Em entrevista ao O Otimista, ele aponta problemas e sugere possíveis soluções para o setor, estratégico também para a economia cearense, principalmente neste momento de atração de novos investimentos ao Estado.

O Otimista: Vamos começar falando sobre os 80 anos do Setcarce, um dos principais sindicatos patronais do setor. O que tem programado para comemorar essa data?

Marcelo Maranhão: O Setcarce completa agora, no dia 13 de abril, 80 anos de fundação. É o segundo sindicato no segmento de transporte mais antigo em funcionamento no Brasil. Todos os meses, nós teremos eventos destinados aos associados e não associados. Fóruns de RH, discussões tributárias, discussões sobre o custo do transporte e dois grandes eventos. Um será a festa dos 80 anos, em que o Setcarce vai premiar algumas autoridades com o Prêmio Otacílio Correia. O prêmio foi criado em 2009 para homenagear pessoas que trabalharam pelo transporte de carga. O segundo evento será em novembro, com a Expolog. Iremos fazer um movimento diferenciado do que fizemos nos outros anos. Ao contrário do que imaginávamos no contexto da pandemia, o evento cresceu, tomou proporção internacional.

O Otimista: Quais foram as mudanças que a pandemia impôs ao setor de logística?

Marcelo Maranhão: Mudou por completo a forma de fazer logística no mundo. Não só no Brasil, não só no Ceará. As novas tecnologias aplicadas na programação, na logística, no transporte rodoviário. Além do problema criado pela pandemia no mundo todo, principalmente nos portos. Então, é necessário fazer um novo modelo de logística. O mercado de logística absorveu bem esse novo modelo de transporte.

O Otimista: Mais de 70% das cargas movimentadas no País são no modal rodoviário, o que torna o Brasil dependente das estradas. Esse modelo precisa mudar mais rapidamente e com a inserção de outros modais?

Marcelo Maranhão: Vai mudar. Aliás, já está mudando com a abertura do novo modelo da BR do Mar, permitindo que empresas internacionais invistam na cabotagem no Brasil. Esse modal deve ter um crescimento grande nos próximos cinco ou dez anos. Além disso, o Ministério da Infraestrutura tem feito um esforço para melhorar a condição ferroviária. O transporte rodoviário vai ser prejudicado com isso? Não. Caminhão não foi feito para rodar trechos de 3 mil quilômetros. Nós pegamos um caminhão no Ceará e vamos até o Rio Grande do Sul. O ideal para o caminhão é que ele trabalhe na faixa de até 800 quilômetros. Para isso, os modais são complementares. Nada melhor do que o casamento cabotagem e transporte rodoviário. Aí nós teremos um transporte bem mais eficiente e bem mais barato. Aí ganha o embarcador, o transportador e o consumidor.

O Otimista: Quanto à BR do Mar, apesar de termos mais de 2 mil quilômetros de litoral, também temos uma área muito maior ainda no interior do Brasil. Essa BR do Mar também contempla a navegação fluvial dos rios que são navegáveis no País?

Marcelo Maranhão: No primeiro momento, ela contempla a Bacia Amazônica. Acreditamos que, posteriormente, a gente consiga interligar a Bacia do Sudeste. Mas a interiorização vai acontecer com mais força com a ferrovia, na longa distância, e com a rodovia na curta e média distância. Essa é a integração dos modais que deve acontecer. No caso do Ceará, a Transnordestina tem que sair, tem que funcionar, interligar toda aquela região produtora agrícola do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. E trazer essa safra para ser escoada através do Porto do Pecém. E o sentido inverso, principalmente na carga fracionada para o comércio, indústria… Aí, sim, entra o modal rodoviário. Porque vai entregando de cidade em cidade, ponto em ponto, empresa por empresa. Aí os modais vão se conversando, porque o ferroviário e o marítimo não chegam em todo canto, mas o rodoviário chega.

O Otimista: Além dessa ressignificação de haver mais possibilidades de conexão, diminuir as distâncias dessas viagens de caminhão, quais outras principais mudanças que o setor deve passar, principalmente, na questão do hidrogênio verde e de outras fontes menos poluentes?

Marcelo Maranhão: O setor de logística é muito receptivo a alterações. Vai levar algum tempo para que a indústria produza os equipamentos, no caso, os caminhões para utilizarem o hidrogênio verde. Nós já temos exemplos de caminhões de fora de estrada, que trabalham em minerações, funcionando com hidrogênio verde. O modal de combustível fóssil naturalmente vai se esgotando. E vamos ter dois modais. Um deles, que pra nós é ideal pela nossa capacidade de produção, é o hidrogênio verde. O outro é o elétrico.

O Otimista: Sobre o Custo Brasil, quais são os principais entraves para que se diminua o preço da logística?

Marcelo Maranhão: O primeiro é combustível. Nós não temos eficiência no transporte. Nós temos uma frota já um pouco ultrapassada, com alto consumo, principalmente em relação ao autônomo. Ainda temos uma grande parcela do transporte rodoviário feito por autônomos agregados às empresas. Mas nós precisamos de um programa de fornecimento de combustível. Não sabemos quanto vai custar o combustível amanhã. Essa insegurança é que complica a vida do empresário do transporte autônomo. Isso reflete diretamente no embarcador e consumidor final.

O Otimista: Em relação à peleja entre governadores e governo federal quanto ao ICMS sobre combustíveis, a decisão a respeito o congelamento influi tanto assim no preço final ou o que complica mesmo é essa política de preços da Petrobras?

Marcelo Maranhão: Em média, o ICMS sobre o combustível no Brasil está em 28%. Pagar 28% de imposto de circulação num produto que julgamos ser essencial para o País é altíssimo. Aí vem a política da Petrobras, que, no meu entender, não é correta. Combustível é material essencial para o funcionamento do País. Não pode ser política de governo. É preciso que as partes busquem uma solução definitiva e duradoura na política de preços dos combustíveis. Você não pode acordar e o combustível ter subido 8%, 10%.

O Otimista: Agora vamos falar dos fatores locais…

Marcelo Maranhão: O transporte se mede por eficiência. No Ceará, nós temos uma situação de uma malha viária bem melhorada. O principal corredor logístico no Ceará é o Anel Viário, que faz a interligação dos dois portos: Mucuripe e Pecém, permitindo também a interligação das regiões Norte e Sul do Estado. Nós estamos há 12 anos na construção desse Anel Viário. Precisamos resolver isso em definitivo, inclusive, acabando com insegurança do tráfego no local. Todo dia, vemos acidente no Anel Viário, muitas vezes com mortes. Isso é inadmissível. Na mesma situação do anel viário, nós temos a CE-155, ligação da BR-222 com o Porto do Pecém.

O Otimista: Qual o problema dessa rodovia?

Marcelo Maranhão: A gente precisa pontuar que a cereja do bolo da logística do Ceará é o Porto do Pecém. Nós temos um projeto de 10, 15 anos atrás que não está pronto. Não foi aplicado. E já não atende mais às necessidades do porto. Um exemplo: quando começamos a construção dessa rodovia, as pás eólicas que são produzidas na região do entorno do Porto do Pecém mediam 36 metros. Hoje já temos pás medindo 109. Estamos com um projeto de rodovia que está atrasado e estamos construindo uma coisa que já não atende. É como dar uma vacina que já não vai funcionar. É preciso rever esse projeto.

O Otimista: A Câmara Setorial de Logística, da qual o senhor também faz parte, já está fazendo uma articulação ligada a essa questão?

Marcelo Maranhão: Aí entra a história da pandemia. Durante esse período da crise sanitária, dificultou um pouco esse trabalho das câmaras de modo geral. Mas a Câmara de Logística vem trabalhando com força em cima disso. A gente tem um apoio grande da Adece. O problema é que as questões são muito maiores, não depende exclusivamente da Adece, não depende exclusivamente do Governo do Estado. Tem que pegar todos os anuentes: embarcador, transportador e governo, sentar e definir os projetos. Mas isso vem melhorando. Você vê o próprio Anel Viário, que não está em situação ideal, deixa muito a desejar, mas melhorou muito nos últimos três, quatro anos.

Fonte: O Otimista