M. Dias Branco e a transformação digital
A M.Dias Branco, uma das maiores do setor de produção de alimentos do país, precisou assumir uma postura de humildade ante o mercado para que houvesse a adaptação da tradicional empresa à transformação digital, conforme contou Yunare Marinho Targino, gerente de Processos Industriais.
“Há quatro anos, quando começamos a perceber essa necessidade de inclusão de soluções em analytics e outras tecnologias, fomos começar primeiro a fazer benchmark externo. Saímos de casa, de dentro da nossa caixinha, para visitar empresas que já estavam à frente nesse tema para que a gente pudesse evoluir”, revela Targino.
O processo de adesão a novas tecnologias envolveu também escolher o melhor parceiro. “Várias empresas, consultorias especializadas, chegavam à nossa porta. Aí, a gente teve que fazer visitas para ver aquilo que iria agregar valor ao nosso momento e resolver algumas das nossas dores, até que nos associamos à empresa que, na nossa visão, foi a melhor escolha”, detalha.
Experimentando inovações
Na sequência, depois de escolher o parceiro que ajudaria a empresa a trilhar o caminho da transformação digital, a M. Dias Branco escolheu pontos para colocar em prática alguns pilotos, de forma que as soluções tecnológicas mostrassem, de fato, que poderiam agregar valor, reduzir custos e gerar resultados.
“Anos depois, a gente vem fazendo essa expansão – e aí entram todas as nossas plataformas – dessa jornada das tecnologias a de manutenção preditiva dos pontos mais críticos”, diz Targino ao mencionar o papel das novas tecnologias, especialmente de analytics, em processos de manutenção do maquinário da M. Dias Branco em suas diferentes plantas.
Para criar um sistema eficiente de domínio das informações e de decisões orientadas por esses dados, a empresa colocou em prática uma medida ousada. “Temos uma planta em Fortaleza que é a nossa fornecedora de gordura para as 17 fábricas. Foi lá que fizemos nosso piloto, sabendo que, se desse certo lá, seria possível replicar em outros lugares”, afirma o executivo.
Capital humano especializado
Mas Targino destaca que não basta tecnologia e boas estratégias de transformação digital. É preciso mão de obra qualificada para tirar o plano do papel.
Isso traz à tona o debate sobre a necessidade de cientistas e analistas de dados dentro das organizações da indústria de alimentos. “Essa é a nova competência necessária às organizações”, diz o gerente de Processos Industriais da M. Dias Branco.
“Nosso desafio, com os nossos analistas, tem sido ver não só a informação, mas captar toda a análise do processo, em toda a cadeia. E isso tem sido algo novo para nós”, acrescenta.
Diante disso, a M. Dias Branco segue seu caminho de transformação digital tendo como norte a atenção sobre novas soluções e a humildade de reconhecer que uma empresa com muitas décadas de vida talvez não tenha o vigor e a velocidade que a inovação exige, mas que é possível acompanhar de perto as novidades e colocá-las em prática sem demora para não ficar atrás da concorrência.
“Organizamos toda a nossa estrutura e fizemos nosso roadmap para que a gente não se perca nesse processo. Porque as novas gerações de empresas estão vindo aí, em um ritmo muito forte e a gente precisa estar conectado e organizado. E a ideia é essa: ver as boas práticas, visitar, fazer conexões para construir uma nova história daqui em diante”, conclui o executivo da M. Dias Branco.
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Fonte: Food Connection