Turismo precisa de R$ 50 mi para se recuperar da pandemia no CE
Demanda foi apresentada por empresas cearenses a bancos
Um dos setores mais prejudicados pela pandemia do novo coronavírus, o segmento de turismo e evento no Ceará demanda pelo menos R$ 50 milhões em crédito para, pelo menos, amenizar os efeitos da crise.
A necessidade foi apresentada, ontem (12), durante encontro virtual promovido pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) entre 300 empresas representantes do Banco do Nordeste (BNB) e da Caixa.
O gestor de Acesso ao Crédito para os Pequenos Negócios do Sebrae Ceará, Sílvio Moreira, aponta que, através do acompanhamento da instituição a entidades representativas do setor, o próprio segmento solicitou um contato mais próximo com os bancos.
“A gente vem mantendo um alinhamento com as entidades representativas do turismo. Nós conversamos e apresentamos as principais opções de crédito. No último alinhamento, eles mesmos disseram que queriam se aproximar do BNB e da Caixa porque eles têm melhores condições. Então, criamos esse encontro virtual de crédito, para apresentar as linhas e intermediar o contato”, afirma.
Segundo ele, na inscrição, os empresários informaram dados e valores que pretendem solicitar. As informações serão repassadas aos bancos para formulação de propostas. “As linhas têm condições e algumas restrições, mas são as melhores disponíveis no mercado apontadas pelo próprio setor”, ressalta Moreira.
Opções de crédito
No caso da Caixa, o gestor do Sebrae aponta que a principal vantagem é a não apresentação de garantias. “É uma parceria da Caixa com o Sebrae. A própria instituição entra como avalista, não sendo preciso apresentar garantia real, como carro, imóvel. Já a principal condição é que os sócios da empresa e o negócio não possuam restrições, ou seja, não estejam negativados”.
No caso do BNB, a linha de crédito apresentada foi o FNE Emergencial, criada após o início da chegada da pandemia ao País. Moreira aponta que o diferencial dessa opção são os baixos juros, de apenas 2,5% ao ano, uma das mais baixas tarifa, segundo Moreira.