Investimentos em energias renováveis no Ceará são esperados pelo setor em 2021

Investimentos em energias renováveis no Ceará são esperados pelo setor em 2021

Os investimentos e fomentos mais esperados para 2021 estão relacionados às energias limpas. Para isso, é necessária ambiência favorável aos negócios, com estratégias assertivas para atração de capital e geração de emprego e renda

Após estagnação imposta pelas dificuldades da pandemia, o setor elétrico no Ceará espera volta do crescimento já em 2021. Assim como outros segmentos industriais, reinvenção e adaptações foram imperativas às empresas.
O Sindicato das Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico do Estado do Ceará (Sindienergia) destaca que foram agregados investimentos em ações de prevenção e, principalmente, adotados protocolos de saúde e segurança para que a energia pudesse ser fornecida sem interrupções de qualquer ordem.
“Sentimos o impacto da pandemia, como todos os segmentos e toda a sociedade. Tivemos retração de novos negócios e investimentos. Porém, como um todo, conseguimos manter nossas atividades por sermos essenciais, independente da situação”, analisa o presidente do Sindienergia, Luís Carlos Queiroz.
Ele acrescenta que as empresas de infraestrutura de redes buscaram melhoria da produtividade para manter o atendimento, principalmente aos consumidores residenciais, cujo consumo cresceu e demandou mais estrutura de atendimento. O consumo anual de energia elétrica no Brasil em 2019 foi de cerca de 482 TWh. Se o crescimento médio próximo a 1% ao ano for mantido em 2020, o número deve chegar a impressionantes 487 TWh.

Projetos
Além dos investimentos contínuos do setor em energias renováveis, são esperados projetos de infraestrutura de redes de interligação e aumento na demanda de energia em 2021. “Estamos confiantes na retomada da atividade produtiva e com isso voltamos a expectativa para novos investimentos e melhoria no crescimento. A perspectiva para os próximos anos é, portanto, positiva”, completa Luis Carlos.

Ele mira ainda a ampliação da entidade, atraindo novos associados para somar aos atuais 60 empresários. “Acredito que o papel de auxiliar na condução desse processo no Ceará será bastante desafiador, estratégico e nos provoca a apoiar esse crescimento com celeridade, utilizando as muitas ferramentas já existentes em favor do trabalho das empresas”, finaliza.

Avanços
Com o controle da pandemia e a consequente retomada da confiança do mercado, devem ser restabelecidos os investimentos, as atividades das cadeias produtivas, o ritmo industrial e o crescimento tão almejado. Os investimentos e fomentos mais esperados para 2021 estão relacionados às energias limpas, ou seja, as fontes renováveis. Para isso, é necessária ambiência favorável aos negócios, com estratégias assertivas para atração de capital e geração de emprego e renda.

O Brasil usa três vezes mais energia limpa do que a média mundial. A energia solar cresceu 92% em 2019 no país e deve quadruplicar nos próximos 10 anos. Só em outubro de 2020, o setor de energia solar no país alcançou 305 mil empreendimentos de energia solar fotovoltaica em operação, beneficiando pelo menos 400 mil unidades operadoras.

No Ceará, o cenário de ascensão do setor não é diferente: 13,3% da potência eólica instalada no Brasil, com 2,054 GW; 8,8% da potência solar fotovoltaica instalada, com 218 MW, já considerando as usinas em Aquiraz (Região Metropolitana de Fortaleza); e por 5,2% da potência termelétrica instalada no país, com 2,158 GW. Os números são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Entre eólicas e solares, a promessa é que o estado adicione 1,368 GW à matriz energética nos próximos anos.

Fonte: O Otimista

Vila Galé oferece “ritual de ano novo” no Satsanga SPA & Wellness

Vila Galé oferece “ritual de ano novo” no Satsanga SPA & Wellness

O Satsanga SPA & Wellness, SPA exclusivo da Rede Vila Galé Hotéis, desenvolveu um ritual de ano novo com até três horas de duração, para clientes e hóspedes dos hotéis da Rede nas capitais São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Fortaleza. O objetivo é desintoxicar o corpo e relaxar a mente, restabelecendo a harmonia, e o equilíbrio, para começar o novo ano com boas energias, mesmo na cidade.

Na chegada ao hotel, a recepção é feita com um delicioso Welcome Coffee. Neste momento são servidos lanchinhos e suco naturais (ou detox) e salada de frutas, em um ambiente leve e agradável, preparando o corpo e a mente para receber as terapias.

Os procedimentos terapêuticos são realizados em apartamento exclusivo. Primeiramente, a esfoliação corporal estimula a circulação sanguínea e a remoção das células mortas. Em seguida, é feita uma ducha com ervas frescas que renovam as energias e o bem estar.

A massagem corporal é o ápice do ritual. É feita com óleo vegetal de semente de uva e óleo essencial de limão siciliano, que eliminam as toxinas e revigoram a pele, enquanto o(a) cliente descansa em um ambiente exclusivo. O ritual é finalizado com uma degustação de chás.

Os agendamentos devem ser feitos previamente, diretamente com os hotéis, por meio de telefone, e-mail, ou pessoalmente, caso o(a) cliente prefira.

Hotel Vila Galé Paulista | Tel. 11.3100-0200 | paulista@vilagale.com | Valor: R$ 425,00 reais;
Hotel Vila Galé Rio de Janeiro | Tel. 21.2460-4500 | rio@vilagale.com | Valor: R$ 425,00 reais;
Hotel Vila Galé Salvador | Tel. 71.3263-8888 | salvador@vilagale.com | Valor: R$ 280,00 reais;
Hotel Vila Galé Fortaleza | Tel. 85.3846-4400 | fortaleza@vilagale.com | Valor: R$ 280,00 reais.

Fonte: Diário do Turismo

Ivens Jr, presidente do Conselho da M.Dias Branco, sobre 2021: “Desafiador”

Ivens Jr, presidente do Conselho da M.Dias Branco, sobre 2021: “Desafiador”

Pode até parecer desanimador, mas o empresário pondera sobre o futuro: “Tempos desafiadores impõem cautela e prudência, mas nada de desânimo. Oportunidades vão surgir e é preciso estar preparado para saber aproveitá-las”.

Quem conversa com Ivens Dias Branco Jr. acerca do que virá em 2021 ouve uma avaliação repleta de precaução: “Estamos acompanhando todos os acontecimentos e procurando nos preparar para o próximo ano. Acredito que será um ano muito desafiador”.

Por “desafiador” entenda-se que o cabeça da empresa que lidera o competitivo mercado nacional de massas e biscoitos fincou os pés no chão diante de tempos que vão continuar difíceis, mas pondera: “Tempos desafiadores impõem cautela e prudência, mas nada de desânimo e nem pânico. Oportunidades, com certeza, irão surgir. É preciso estar preparado para saber aproveitá-las.”

O setor que tem o trigo importando como matéria prima trabalha com uma variável que as empresas não controlam: o câmbio. A desvalorização do Real diante do Dólar foi o maior obstáculo da M.Dias Branco durante 2020.

Fonte: Focus

5G deve acelerar desenvolvimento da indústria e agronegócio no CE

5G deve acelerar desenvolvimento da indústria e agronegócio no CE

Com evolução na automação e implementação da internet das coisas, a quinta geração poderá possibilitar um uso ainda maior de sensores e máquinas inteligentes, gerando fluxos ágeis e melhores decisões, projetam especialistas

Com a chegada de novas tecnologias, vários processos na sociedade tendem a evoluir consideravelmente. Com a implementação do 5G, o agronegócio e a indústria cearense poderão registrar, na próxima década, um enorme salto de produtividade e eficiência se conseguirem assimilar soluções que poderão gerar uma capacidade de tomar melhores decisões a partir de um fluxo de dados muito maior, além de ter processos ainda mais automatizados. A perspectiva foi apresentada por pesquisadores da área e por representantes do setor de telecomunicações.

De acordo com o professor Emanuel Bezerra Rodrigues do departamento de computação da Universidade Federal do Ceará (UFC), os ganhos em produtividade nas empresas do segmento industrial e agropecuário estarão baseados na capacidade de utilizar um número consideravelmente maior de sensores e máquinas automatizadas no dia a dia dos negócios. Mesmo que a quarta geração (4G) da telecomunicação sem fio já permita a utilização de sensores atualmente, Bezerra explicou que o 5G possibilitará um uso ainda maior desses sistemas.

No agronegócio, por exemplo, ele citou a possibilidade de utilizar drones automatizados para fazer medições dos campos de produção, ou fazer aplicações de pesticidas, além de poder aplicar chips nos animais para ter leituras vitais constantes.

Na indústria, a utilização de dos sistemas automatizados, sensores e inteligência artificial poderia acelerar o processo de decisão dos empresários pela comunicação constante gerada pelo imenso fluxo de dados gerado pelas informações de produção.

O professor da UFC explicou que o 5G permitirá que as empresas possam se valer do conceito de Internet das Coisas, que não seria possível com o 4G, que suporta um fluxo de comunicação inferior à nova geração e tem menos confiabilidade quanto à velocidade de transmissão dos dados e da latência. “O 5G, em relação à indústria, temos o conceito da indústria 4.0, que envolve muitas tecnologias como robótica, nuvem, Internet das Coisas (IOT, na sigla em inglês). Então o 5G habilita essa conectividade dentro de uma indústria inteligente. Teremos a aplicação de sensores, inteligência artificial e outras funcionalidades com a chegada dessa nova tecnologia”, disse Emanuel Bezerra.

“No agronegócio, de uma forma similar, a evolução pelo 5G se baseia muito nas questões de IOT, então os sensores e equipamentos que estão no campo enviando informações e dados servirão para que as pessoas possam tomar decisões muito mais precisas e ágeis, já que a conectividade sem fio será de alta confiabilidade para equipamentos que usarem o 5G”, completou.

Evolução
A opinião é corroborada pelo professor e coordenador grupo de pesquisa em telecomunicações sem fio (GTEL) da UFC, Rodrigo Porto. Contudo, ele explicou que – apesar das universidades e operadoras de telecomunicação, segundo ele, estarem prontas para lidar com essa nova tecnologia -, os empresários terão um papel fundamental em saber identificar as próprias necessidades para buscar soluções otimizadas baseadas no 5G.

Outro ponto importante, segundo Porto, é que as operadoras também precisarão repensar a forma de aproximação com os empresários, para também conseguir oferecer soluções otimizadas às empresas à partir dessas novas possibilidades tecnológicas.

“Podemos ter uma eficiência energética muito grande nas empresas, considerando o uso de inteligência artificial, por exemplo. Uma empresa de cimento aqui no Ceará já aplicou esse conceito e teve um ganho de eficiência, mas claro que isso leva um tempo para que isso possa funcionar, até porque as operadoras precisarão se reinventar para conseguir dialogar com os empresários e desenhar soluções que serão positivas e otimizadas para os negócios, até porque a tecnologia é muito nova”, explicou Porto.

Ele também comentou que o 5G poderá apresentar ainda novas aplicações no futuro que não são conhecidas hoje, podendo gerar uma década inteira de desenvolvimento e ganhos em produtividade para os setores da indústria e agronegócio cearenses, se houver a intenção de se aproveitar essas novas tecnologias.

Operação
Contudo, essa evolução deverá ser gradual, segundo Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco, uma vez que o mercado ainda está à espera do leilão de frequência de operação do 5G no Brasil, que deve ser realizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) no próximo ano.

Atualmente, segundo Tude, a quinta geração ainda utiliza o “core da rede 4G”, então já é possível perceber o avanço de velocidade e redução de latência, mas as novas aplicações (pensando em IOT) só deverão estar disponíveis a partir de 2022. “Só não temos o 5G porque não foi feito o leilão ainda. Quando isso for feito as operadoras poderão ofertar o 5G, mas eles vão gastar muito para comprar a frequência e vão de investir na rede, isso leva tempo”.

O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), André Montenegro, avalia que a indústria cearense está bem preparada para a chegada da tecnologia 5G, pronta para utilizá-la na ampliação da produtividade em diversas atividades dentro do setor.

“O cearense se adequa muito facilmente às novas tecnologias e nós estamos preparados. Será muito importante para que os programas trabalhem com muito mais velocidade. Na Construção Civil, por exemplo, temos uma tecnologia no planejamento de obras que impede o retrabalho e, com isso, temos grande ganho em produtividade. O 5G ajudaria a alavancar essa produtividade, utilizando menos recursos para fazer mais”, explica ele.

Montenegro lembra ainda a importância da tecnologia no desenvolvimento do trabalho realizado pelo Observatório da Indústria da Fiec. “Vai aumentar a capacidade dos nossos computadores e isso vai melhorar o trabalho com dados”, pontua Montenegro. “A Fiec já utiliza inteligência artificial no Observatório da Indústria”, arremata.

Fonte: Diário do Nordeste em 29/12/20

Mármores e granitos podem render US$ 100 mi anuais em exportações ao Ceará

Mármores e granitos podem render US$ 100 mi anuais em exportações ao Ceará

Terceiro maior exportador de mármores e granitos do Brasil, com uma participação de 3%, depois do Espírito Santo e Minas Gerais, o Ceará deverá atrair 10 novas empresas para o Estado nos próximos cinco anos.

Com isso, poderá ampliar as exportações dos atuais US$ 23,3 milhões (até novembro) para US$ 100 milhões, o que lhe dará a segunda colocação no ranking nacional do setor. No mercado interno, a expectativa também é favorável sinalizando um 2021 bastante próspero.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Mármores e Granitos do Estado do Ceará (Simagran), Carlos Rubens Alencar, considera que o avanço se deve à grande visibilidade que o setor vem tendo dentro e fora do País. Mais da metade (56%) do volume total exportado é de blocos, notadamente quartzitos in natura, mas ele acredita que é possível ampliar o beneficiamento local no próximo ano, com agregação de valor, já que vem sendo aumentada a capacidade de desdobramento das rochas.

Os municípios cearenses que mais exportam são Caucaia, Santa Quitéria e Uruoca.“Além de deter, em suas minas, dentre outras, a Taj Mahal, a mais desejada rocha que se tornou grife internacional, o Estado tem disponibilidade de espaço, na segunda fase da Zona de Processamento de Exportações (ZPE), para abrigar novos empreendimentos do setor de minerais. As maiores empresas extratoras e de transformação de pedras já estão aqui e outras tantas estão a caminho”Carlos Rubens Alencar, presidente do Simagran

Leia a matéria completa no site do Trends CE 

Turismo ajuda a alavancar desenvolvimento de Fortaleza

Turismo ajuda a alavancar desenvolvimento de Fortaleza

Nos últimos anos, Capital cearense passou a receber um fluxo mais intenso de visitantes domésticos e internacionais. Ações de divulgação do destino e aprimoramento da infraestrutura dão mais relevância à atividade

Responsável por cerca de um terço das riquezas produzidas por Fortaleza, o turismo foi um importante vetor do desenvolvimento socioeconômico da Capital nos últimos anos. A atividade integra o setor de serviços, que corresponde a 70% do Produto Interno Bruto (PIB) do Município, e tem o seu fortalecimento assinalado pelo aumento no número de voos que recebeu nos últimos anos, passageiros domésticos e internacionais e, consequentemente, crescimento da atividade econômica – a mais pujante entre todas as capitais nordestinas em 2018.

O economista e professor Allisson Martins reforça que o turismo é “elemento-chave na economia local” e catalisa atividades econômicas como alojamento, alimentação, transportes e atividades recreativas, culturais e desportivas. “Nos últimos anos, é notório o fluxo consistente de voos e de passageiros, especialmente estrangeiros, de forma mais recente, consolidando Fortaleza como cidade do turismo de lazer e negócios”, detalha.

De fato, números da Empresa Brasileira de Transporte Aéreo (Infraero) e da Fraport Brasil, administradora do Aeroporto de Fortaleza desde 2017, mostram crescimento no número de voos e de passageiros embarcados e desembarcados de 2012 para cá. Em 2019, 7,2 milhões de passageiros passaram pelo terminal cearense – 1,2 milhão a mais que os 5,9 milhões em 2012, um crescimento de 22%. Foram 59,6 mil pousos e decolagens de aeronaves do terminal aeroportuário de Fortaleza, entre voos domésticos e internacionais.

O titular da Secretaria do Turismo do Município de Fortaleza, Alexandre Pereira, afirma que cada turista que vem a Fortaleza deixa, em média, R$ 3 mil, impactando mais de 50 setores da economia local. “Quando o turista chega ao aeroporto, ele impacta positivamente quem trabalha no aeroporto, o motorista de táxi ou de aplicativo que ele solicita para se locomover, o hotel, desde o dono à camareira, porteiro e recepcionista, faz compras, movimenta as barracas de praia, então são muito setores impactados”.

Ele detalha que o turismo é baseado em três pilares, sendo um deles a infraestrutura, e que ações como as obras de requalificação de algumas áreas, a exemplo da Avenida Beira-Mar, cuja previsão de conclusão é janeiro de 2021 (as obras estão com execução de quase 100%, assim como as da Avenida Desembargador Moreira), são fundamentais para a atração de turistas.

“Toda essa infraestrutura, com um novo aeroporto, possibilita essa atração de turistas. O segundo pilar é a promoção turística de Fortaleza como destino, porque a gente disputa esse turista com outros lugares do mundo”, detalha Alexandre Pereira.

De acordo com o titular da Setfor, o terceiro pilar é a capacitação. “Eu acho que talvez esse seja o pilar mais importante. Não é só a capacitação dos atores do turismo de Fortaleza, mas das pessoas que moram na Cidade. Cada vez mais nós temos que fazer uma cidade que seja boa para nós, fortalezenses. Se for boa para nós, vai ser boa para qualquer turista. Não existe estratégia de cidade para turismo, existe estratégia de uma cidade que monta uma estrutura para o turismo e cuida das pessoas, capacita os agentes que trabalham na cidade, e aí ela estará pronta para receber o turista, porque ela é boa para o morador”, reforça o secretário.

Na avaliação dele, isso fez com que Fortaleza se tornasse o destino mais cotado para turismo em janeiro de 2021, conforme levantamento do site Decolar.com, o que sugere uma recuperação gradual do fluxo mesmo após o baque provocado pela pandemia.

Pereira também ressalta o resultado mais recente do Produto Interno Bruto da Capital cearense, divulgado esta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica (Ipece), no qual Fortaleza aparece com R$ 67,02 bilhões em riquezas produzidas no ano de 2018, ultrapassando pela primeira vez desde 2002 a capital baiana Salvador.

“Em 2011, por exemplo, a economia de Fortaleza, então 2º lugar entre as capitais do Nordeste, apresentava um Produto Interno Bruto inferior a Salvador em torno de R$ 3 bilhões e superava Recife em R$ 3,7 bilhões. Os dados recentes publicados pelo IBGE mostram uma rápida evolução e pujança econômica da nossa Capital nos últimos anos”, explica Allisson Martins. “Fortaleza superou a capital soteropolitana em R$ 3,4 bilhões e abriu uma vantagem em relação a Recife de R$ 14,6 bilhões”, diz.

Ele explica que o turismo é importante dentro do processo de desenvolvimento econômico de Fortaleza ao longo dos últimos anos, mas destaca ainda outras atividades dentro do próprio setor de serviços que tiveram destaque no crescimento da Capital. “Em grande medida, alcançar o posto de cidade mais rica do Nordeste decorre sobretudo do avanço do setor de serviços na economia de Fortaleza, que engloba atividades de comércio, turismo, transportes, saúde, educação e atividades financeiras, por exemplo”, pontua Martins.

“As atividades de educação e saúde, além das externalidades positivas nos ganhos de produtividade e qualidade de vida, também demonstram trajetória econômica crescente e referências em âmbitos nacional e internacional, inclusive com empresas listadas em bolsas de valores, que ativam diferentes atividades e ramos econômicos, como mão de obra especializada, serviços de informação, entre outros”, acrescenta o professor e economista.

Perspectivas
Para Allisson Martins, o cenário atual aponta para um futuro promissor. “As atividades de Serviços apresentam tendência global de crescimento, fundamentalmente baseada na economia do conhecimento, de maneira que os serviços de informação e comunicação serão atividades extremamente relevantes”, detalha. Ele arremata que, nesse sentido, Fortaleza possui diferenciais importantes sob a ótica geográfica e de infraestrutura, com o hub de telecomunicações na Praia do Futuro.

Fonte: Diário do Nordeste em 18.12.2020

Volta do transbordo de combustíveis no Pecém deve elevar arrecadação

Volta do transbordo de combustíveis no Pecém deve elevar arrecadação

Em fevereiro, Petrobras vai retomar operação suspensa desde 2014 no Ceará. Combustível chegará em navios grandes e será distribuído a embarcações menores, que farão o transporte para estados do Norte e Nordeste

A retomada do transbordo de combustíveis no Porto do Pecém anunciada ontem (17) pelo governador Camilo Santana deve alavancar a arrecadação de impostos do Estado. A operação, que estava suspensa desde 2014 pela Petrobras, voltará a ocorrer em fevereiro do ano que vem e permitirá a distribuição de combustíveis de navios maiores para navios menores, que transportarão o combustível para outros estados do Norte e Nordeste.

A retomada foi anunciada após reunião entre o Governo do Ceará, Petrobras e o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp). De acordo com o titular da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), Maia Júnior, o Estado buscava a estatal para retomar a operação no porto cearense. “O governador Camilo Santana havia notificado a Petrobras sobre a necessidade de continuar com suas obrigações contratuais e retomar essa movimentação de combustíveis, que são óleo diesel, gasolina, etanol, para retomar o projeto de transformar o Porto do Pecém em um grande hub de combustíveis”, aponta.

“Nós conseguimos licenciar essa operação junto ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais) e a partir de fevereiro que vem, a Petrobras volta a realizar essa operação conosco”, afirmou Danilo Serpa, presidente do Complexo do Pecém (Cipp S/A).

A operação será retomada inicialmente com três navios para transporte de 200 mil m³/mês, mas segundo Camilo, há perspectiva de ampliação.

O titular da Sedet-CE, Maia Júnior, pontua que o grande objetivo com a medida é fortalecer a arrecadação estadual proveniente de combustíveis, ampliando as receitas e a rentabilidade do Porto do Pecém. “Sabemos que o ano de 2021 será um ano difícil, então é preciso melhorar as receitas e a rentabilidade do porto”, explica o titular da Pasta.

Maia Júnior acrescentou que o presidente da Petrobras, Roberto Castello, disse que “o Pecém e o Estado do Ceará são estratégicos” e que a estatal “quer operar novamente em toda a plenitude dentro do Pecém”.

O consultor na área de Petróleo e Gás, Bruno Iughetti, explica que o transbordo estava suspenso desde 2014 porque o Porto de Itaqui, no Maranhão, havia oferecido, à época, melhores condições para que a Petrobras realizasse lá a operação.

Preço ao consumidor
Ele afirma que a operação de transbordo vai impactar a arrecadação do Estado, mas não deve influenciar no preço dos combustíveis ao consumidor no Ceará, porque a logística de transporte continua a mesma. “O produto destinado aos postos é, foi e será feito pelo Porto de Fortaleza. É importante que se diga: a logística de abastecimento continuará sendo da mesma forma que já vem ocorrendo. Esse combustível não será descarregado no Pecém”, explica Iughetti.

Fonte: Diário do Nordeste em 17.12.2020

Hotel Sonata é o primeiro do Ceará a conquistar o Selo Lazer Seguro

Hotel Sonata é o primeiro do Ceará a conquistar o Selo Lazer Seguro

O Hotel Sonata de Iracema conquistou nesta quarta-feira (16) o selo Lazer Seguro, emitido pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). Foi o primeiro hotel do Estado a ganhar o reconhecimento. O Sonata obteve o selo após a vigilância sanitária avaliar que o empreendimento se adequa aos novos protocolos do Governo do Estado estabelecidos em decreto especial.

Para que os hotéis funcionem no período de validade do decreto, que vai de 15 de dezembro de 2020 a 4 de janeiro de 2021, precisam receber o selo emitido pela Sesa. “Estamos muito felizes em ver a equipe toda empenhada em atender os protocolos e exigências necessárias para atuar durante esse período que exige tanto cuidado”, destaca a diretora do Sonata, Ivana Bezerra Rangel. 

 “É fundamental que os estabelecimentos respeitem às regras para que possamos ter uma alta estação com bons números, dentro do possível, e de forma segura”, ressalta o secretário do Turismo do Ceará, Arialdo Pinho. Dentre as exigências, está a limitação de ocupação dos quartos ao número de três adultos ou dois adultos com três crianças e de ocupação máxima em 80% da capacidade do hotel. 

A decisão tem como base a avaliação de todos os indicadores e relatórios sobre a Covid-19 no Ceará desenvolvidos pelos profissionais de Saúde, e que apontam para que a população não relaxe nos cuidados diários, principalmente quanto ao uso obrigatório de máscara e evitar aglomerações. 

Testagem na rede hoteleira
Visando o período da alta estação, que vai de dezembro a fevereiro, teve início nesta quarta (16) a testagem para Covid-19 na rede hoteleira vinculada à Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Ceará (ABIH). A iniciativa é fundamental para identificar o surgimento de novos casos da doença e, com isso, evitar a proliferação do vírus no território cearense.

“Nós queremos garantir que a alta estação no Ceará ocorra de forma segura. Testar os profissionais precocemente é, nesse momento, importante para que aqueles que estejam doentes sejam afastados e que não haja transmissão para hóspedes e funcionários”, explica Magda Almeida, secretária executiva de Vigilância e Regulação da Sesa.

A princípio, serão testados aproximadamente 2.400 trabalhadores da rede hoteleira cadastrados previamente pela ABIH na plataforma Saúde Digital. Os profissionais devem realizar os exames no Hotel Praia Centro, localizado na Avenida Monsenhor Tabosa, 740, na Praia de Iracema, em Fortaleza. O atendimento será das 8h às 12h e das 13h às 17h.

7 Coworking é a nova sócia da CBPCE

7 Coworking é a nova sócia da CBPCE

O espaço foi inspirado nos novos modos de trabalho, que foram acelerados e adotados em maior escala ao longo da quarentena. “Temos salas individuais, de reuniões e espaços coletivos confortáveis, que respeitam as normas de segurança, conforme os órgãos de saúde responsáveis”, afirma o Diretor-presidente, João de Sá. O preço varia conforme os serviços prestados: coworking meio período ou dia inteiro; utilização do local como endereço comercial (para receber correspondências) ou como endereço virtual (com serviço telefônico ou sala de reunião por cinco dias); e atendimento telefônico.

“Muitas empresas precisaram se reinventar quanto à modalidade de trabalho durante a pandemia, afinal, os serviços deixaram de ser presenciais por algum tempo. Com isso, o home office foi adotado por grande parte das empresas. Porém, os coworkings e os escritórios compartilhados, mostraram-se uma das alternativas mais viáveis para o momento atual. Os profissionais autônomos têm a oportunidade de realizar networking com pessoas das mais diversas áreas. Desse contato, podem surgir ideias inovadoras, negócios que geram negócios, uma verdadeira cultura colaborativa. Aqui pode nascer um novo case de sucesso”, pontua a Ceo do , Priscila Priscila de Sá.

O Seven Coworking contém o maior número de estações de trabalho, e é o único coworking de Fortaleza com heliponto, possui localização privilegiada, com a melhor vista da cidade: fica no prédio WSTC, na avenida Washington Soares, nº 3663, torre 2, 15º andar. Com uma arquitetura moderna, o WSTC se situa próximo a shopping centers, bancos e outros empreendimentos que movimentam a região. Conta com vagas para estacionamento, bicicletário, acessibilidade para pessoas com deficiências e segurança interna.

Contatos:
85 9 9719-0555
contato@7coworking.com.br | misael.barbosa@7coworking.com.br
Av. Washington Soares, 3663 – 15º andar – Fortaleza/CE
www.7coworking.com.br

BR do mar: A mudança da logística brasileira para a rota marítima

BR do mar: A mudança da logística brasileira para a rota marítima

Cabotagem está em foco no projeto BR do Mar, que avança no Congresso e pode ser aprovado no início de 2021. Mercado espera que a nova legislação possa corrigir problemas e estimular rotas pelo mar

Aprovado na Câmara dos Deputados e em discussão no Senado, o projeto que estimula o transporte marítimo de cargas entre portos nacionais, o BR do Mar, significaria mudança de perspectivas na logística nacional. Há um grande potencial não desenvolvido no Brasil, que, devido à falta de segurança jurídica e estrutura de política portuária, desestimulava investimentos. A proposta do Governo projeta mudar isso.

E a iniciativa é para transformar a costa brasileira num verdadeiro ponto de transporte por cabotagem. De acordo com o Projeto de Lei (PL 4.199/2020), as empresas poderão alugar um navio vazio para navegação entre portos do País, a partir da liberação progressiva do uso de embarcações estrangeiras, o que dará um reforço à oferta nacional.

A partir de quatro anos de aprovação da PL, não haverá limites para o afretamento, desde que observadas as condições de segurança definidas. Outro progresso a ser implementado será o uso de bandeira do país de origem destes navios. Isso permitiria uma flexibilização, ao vincular obrigações legais, desde comerciais, fiscais e trabalhistas ao país da bandeira do navio, desde que os tripulantes tenham a garantia mínima de 13º salário, adicional de um terço de férias, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e licença-maternidade. E mais, a tripulação dos navios deve ter 2/3 de brasileiros.

Dentre as metas do Ministério da Infraestrutura, está a ampliação da carga anual de contêineres transportados, de 1,2 milhão de TEUs (unidade de medida para cargas) obtidos no ano passado, para 2 milhões de TEUs, em 2022. Também prevê incrementar em 40% a capacidade da frota marítima dedicada à cabotagem nos próximos três anos.

Para o diretor do Centro de Estudos em Transporte da Fundação Getúlio Vargas (FGV Transportes), Marcus Quintella, os benefícios do incentivo ao transporte de cargas entre portos nacionais vão desde ao aumento de competitividade, desburocratização do setor portuário – que até então afastava usuários -, até a qualificação de empresas atuantes na operação e de novos negócios no setor.

“Na matriz de transporte nacional, a cabotagem representa 11%, e se restringe praticamente (aproximadamente 80%) à movimentação de líquidos e gasosos. Precisamos avançar muito ainda no transporte de contêineres, cargas gerais.”

O diretor do FGV Transportes ainda aponta que o projeto vai ajudar no desenvolvimento do conceito de multimodalidade logística, diminuindo custos aos empresários e reduzindo as emissões de gases. “Teoricamente, vai tirar os caminhões das rodovias. Logicamente, o BR do Mar vem mudar esse perfil do Brasil – que transporta 60% das suas cargas nas estradas – ao retirar as grandes distâncias dos caminhões”, completa Quintela.

Pedro Moreira, presidente da Associação Brasileira de Logística (Abralog), parceria da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (ABAD) no Comitê Logística, destaca que o BR do Mar proporcionará a entrada de mais empresas neste mercado, que tem atualmente três prestadoras de serviço.

Segundo dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), 160 milhões de toneladas de cargas foram transportadas por cabotagem de janeiro a outubro deste ano. Pedro afirma que ainda é pouco e há grande potencial de exploração. “Os custos elevados inibem a utilização da cabotagem. Esse é um dos motivos que o Agro e outros setores da economia, como o Atacadista-Distribuidor, ainda utilizam pouco esse modal”.

Carlos Alberto Nunes Filho, gerente comercial da Tecer Terminais Portuários Ceará e diretor da Câmara Brasil-Portugal na área de Logística, diz que a aprovação da PL estabeleceria uma política de longo prazo positiva para a logística nacional, com potencial positivo para os portos cearenses.

O projeto de cabotagem consolida o Estado como hub portuário, opina Carlos Alberto, servindo para entrada e saída de cargas do Ceará e de estados vizinhos. Ele cita o caso de percurso de mercadorias em longas distâncias, como automóveis, que saem em caminhões-cegonha desde São Paulo numa operação custosa e arriscada, vide o aumento do roubo de cargas. Lembra que um caminhão abasteceria uma concessionária, já o navio renderia todo o Estado.

“A operacionalização deve ser mais rápida do que esperamos. Existe uma expectativa de curto prazo por novas rotas – como a que foi confirmada no Porto do Pecém para o Espírito Santo na semana passada, de cargas que estão na rodovia indo para o (modal) marítimo”, analisa.

PROJETO BR DO MAR
A medida legislativa tem como objetivos:
– Aumentar a oferta da cabotagem, incentivar a concorrência.

– Criar novas rotas e reduzir custos.

– Entre outras metas, o Ministério da Infraestrutura pretende ampliar o volume de contêineres transportados, por ano, de 1,2 milhão de TEUs (unidade equivalente a 20 pés), em 2019, para 2 milhões de TEUs, em 2022.

– Além de ampliar em 40% a capacidade da frota marítima dedicada à cabotagem nos próximos três anos, excluindo as embarcações dedicadas ao transporte de petróleo e derivados.

+ Para a formulação do programa foram realizadas reuniões com autoridades do governo, usuários, armadores, representantes da construção naval e sindicatos de marítimos.

O QUE É CABOTAGEM?
A cabotagem é a navegação entre portos ou pontos do território brasileiro utilizando via marítima ou fluvial. É um modo de transporte seguro, eficiente e que tem crescido mais de 10% ao ano no Brasil, quando considerada a carga transportada em contêineres.

EIXOS DO PROGRAMA: foca em quatro eixos temáticos – frota, indústria naval, custos e porto.

FROTA – O programa estimula a frota em operação do País para que as Empresas Brasileiras de Navegação (EBNs) tenham maior controle e segurança na operação de suas linhas. Desta maneira, propõe que a empresa que detém frota nacional poderá se beneficiar de afretamentos a tempo (quando o navio é afretado com a bandeira estrangeira, o que permite que ela tenha menores custos operacionais).

EXPECTATIVAS
+ Empregos

O PL traz a obrigatoriedade de tripulação composta por, no mínimo, 2/3 de brasileiros, nos afretamentos a tempo, viabilizada com a estratégia da subsidiária estrangeira.

+ Segurança Jurídica

O regime de admissão temporária para embarcações afretadas, sem registro de declaração de importação, com suspensão total do pagamento dos tributos federais, já é previsto em Instrução Normativa da Receita Federal, e passa a constar em Lei.

+ Novos investidores

Criação da Empresa Brasileira de Investimento na Navegação (EBN-i), que irá constituir frota e fretar as embarcações para EBN’s operarem, dispensando a necessidade de estas investirem em frota própria.

– Burocracia

Determinação para que os processos realizados nos portos sejam mais simples para a cabotagem do que para o comércio exterior. Possibilidade de usar meio digital como comprovante de entrega e recebimento de mercadoria. Não será mais necessário guardar o “canhoto” da nota.

Fonte: Ministério da Infraestrutura