FETRANSLOG-Ne, sócia CBPCE, Recebe O Registro Sindical

FETRANSLOG-Ne, sócia CBPCE, Recebe O Registro Sindical

Publicado no Diário Oficial da União o deferimento do Registro Sindical da FETRANSLOG-NE, concedendo-a personalidade sindical.

Nesta última terça-feira, (27/10/2020), foi publicado no DOU – Diário Oficial da União o deferimento do Registro Sindical da FETRANSLOG-NE (Federação das Empresas de Transportes de Cargas e Logística do Nordeste), concedendo-a personalidade sindical.

Fundada em 2018, com sede em Fortaleza/CE, fruto da união dos sindicatos patronais dos estados do Nordeste, a FETRANSLOG-NE tem como base territorial e jurisdição os estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba.

O Registro Sindical vem chancelar uma luta iniciada há anos, capitaneada pelo Presidente Clovis Bezerra, para trazer uma maior e mais qualificada representação do setor de transporte de cargas e logística do Nordeste em todo território nacional.

A FETRANSLOG-NE recebeu apoio institucional da CNT (Confederação Nacional dos Transporte), a qual é entidade filiada, através do Presidente Vander Costa, que foi fundamental para construção do alicerce da federação.

O Presidente Clovis destacou a contribuição da CNT no caminho até a obtenção do Registro Sindical: “O sentimento que o setor de transporte do Nordeste traz a CNT e ao Presidente Vander é gratidão. A estrutura disponibilizada e o trabalho desenvolvido pelo Valter Luís (Diretor de Relações Institucionais), Guilherme Sampaio (Chefe de Gabinete), da Dra. Renata Maffini (Jurídico) e todo o corpo de colaboradores da entidade demonstram a atenção que a entidade tem com nossa região. O Nordeste hoje, definitivamente, possui representação”.

Também filiada a NTC&Logística, igualmente importante para sua constituição, a FETRANSLOG-NE representa os sindicatos do SETCEMA (Maranhão), SINDICAPI (Piauí), SETCARCE (Ceará), SETCERN (Rio Grande do Norte) e SETCEPB (Paraíba).

Baixe aqui a publicação: Anexo DOU, de 27/10/2020, Seção 1, Nº206, pag.63

Fonte: Festranslog em 29.10.2020

Ceará será um dos focos da Embratur em promoção interna de turismo

Ceará será um dos focos da Embratur em promoção interna de turismo

Estado deve receber press trip organizada pela Embratur para promover o turismo interno no Brasil

As belezas naturais, a possibilidade de aliar praia, serra e sertão em um só lugar e a fama de um povo hospitaleiro são alguns fatores que contribuem para que os viajantes mantenham o Ceará no topo da lista entre os destinos que querem visitar. O presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Gilson Machado Neto, diz que o Estado é essencial para o setor de turismo no País, já que tem um grande potencial atrativo, o que é importante para fortalecer mercado doméstico.

De acordo com o executivo, dados do Google demonstram que as procuras por “turismo de natureza”, especialidade do Ceará, saltaram de 10% para 54% durante a pandemia do novo coronavírus, o que leva a Organização Mundial do Turismo (OMT) a mencionar o Brasil como o País que tem o melhor potencial atrativo na retomada econômica do setor no pós-pandemia.

“Em 2019, o Ceará já vinha tendo destaque nos números para o turismo, apresentando crescimento maior do que estados vizinhos do Nordeste, inclusive. A região e o Ceará incluído são essenciais para o setor no Brasil”, afirmou.

Divulgação do trade

Um dos objetivos da Embratur atualmente, lembrou Gilson Machado Neto, é realizar campanhas publicitárias para ajudar a divulgar os locais que investem em “turismo de natureza”, um dos indutores da retomada econômica do setor.

A instituição, pontuou o executivo, continuará ajudando o trade nacional dentro do País até seis meses após o término da pandemia, quando voltará a divulgar o Brasil no exterior. No entanto, a conexão com o trade nacional, com os estados e com os municípios, permanecerá para mostrar aos demais que a segurança sanitária dos locais é garantida.

“Precisamos aproveitar esse momento de restrições de viagens ao exterior para fortalecer nossas qualidades entre os próprios brasileiros. Neste primeiro momento, o ticket médio e até o tempo de permanência serão alterados, principalmente por causa de promoções que serão importantes para a retomada econômica. Já vemos aumento de procura para viagens aéreas, maior taxa de ocupação hoteleira, números mais positivos no comércio em geral. Claro, tudo também decorre de novas notícias com relação a vacinas, medicamentos e o controle da pandemia em cada localidade”, destacou o presidente da Embratur.

Impulso

Para o titular da Secretaria de Turismo (Setur), Arialdo Pinho, o Ceará é um dos locais mais procurados como destino há, pelo menos, cinco anos, estando sempre no pódio dos mais visitados. A divulgação que será feita pela Embratur neste ano, acredita ele, se dá por esses resultados e impulsionará o turismo do Estado.

“Nós estamos bem situados nacionalmente, e as campanhas publicitárias sempre serão bem-vindas. Fizemos uma recentemente, inclusive, mas o comitê de saúde da retomada ainda não autorizou a divulgação, para evitar aglomerações. A expectativa é que voltemos no primeiro semestre de 2021”, afirmou.

Conforme o secretário, a volta dos voos, especialmente os internacionais, ao Aeroporto de Fortaleza deixa representantes do setor do turismo otimistas de um modo geral, embora o patamar de faturamento pré-pandemia deva ser registrado em apenas dois anos, avalia o titular da Setur.

“Teremos que aprender a conviver com esse vírus. Alguns meses serão bons, outros ruins, mas isso é no mundo inteiro, não só aqui. Se a sociedade tivesse a consciência de seguir os protocolos de segurança sanitária, nós estaríamos muito bem. O problema é que uma parte faz, mas outra não. Tem gente achando que o vírus não existe, que o isolamento social é pressão. Até que um familiar pegue a doença”, disse o secretário. Para ele, a taxa de ocupação hoteleira no fim do ano deverá atingir o patamar de 70% do total.

‘Segunda onda’

Segundo a presidente do Visite Ceará, Ivana Bezerra, se houver uma “segunda onda” de Covid-19 no Estado, como foi apontado pelo Consórcio Nordeste na última sexta-feira (23), o turismo será bastante afetado, uma vez que o setor, na opinião da empresária, é um dos mais “sensíveis” quando comparado aos demais.

“Não é uma ‘segunda onda’, mas sim a primeira, que nunca deixou de existir. Logo no início, as pessoas tiveram cuidado, se resguardaram, e agora ‘baixaram a guarda’. Houve um relaxamento da população, e os casos da doença aumentaram. O turismo será impactado negativamente porque é um setor sensível e que depende muito de como anda a economia, de como está a situação no local de destino quanto à segurança sanitária. Ninguém vai arriscar a vida em uma viagem se tiver o risco de contaminação”, salientou ela.

Arrecadação tributária

Ivana Bezerra chama atenção para os municípios que têm o turismo como principal fonte de recursos e que tiveram – e continuam tendo – queda na receita, o que contribui significativamente para uma redução da arrecadação tributária no mês e no ano.

Para tentar reduzir os prejuízos, explica a presidente do Visite Ceará, o setor tem realizado campanhas publicitárias para fomentar o turismo doméstico no próprio Estado. “Estamos mantendo o foco no local agora. Fomos os primeiros a receber o selo mundial de qualidade mundial na questão da segurança sanitária, o que é importante”, ressaltou.

Fonte: Diário do Nordeste em 24.10.2020

Empresa chinesa reforça interesse de exportar aerogeradores pelo Porto do Pecém

Empresa chinesa reforça interesse de exportar aerogeradores pelo Porto do Pecém

Em encontro com o secretário de desenvolvimento econômico do Ceará, representantes da Mingyang afirmaram que poderão fornecer equipamentos para usinas de energia eólica offshore para o Brasil e para o exterior

O Governo do Estado recebeu mais uma visita dos representantes da Mingyang Smart Energy. Em diálogo com o secretário de desenvolvimento econômico e trabalho do Ceará, Maia Júnior, o vice-presidente da empresa chinesa, Ben Gao, reforçou a intenção em transformar o Porto do Pecém em um hub de exportações de equipamentos para usinas de energia eólica offshore tanto para o Brasil e exterior.

Maia Júnior ainda destacou os esforços do Estado em garantir condições atrativas para que as empresas do setor de energias renováveis possam se instalar no Ceará.

“Nós, do Governo do Estado, estamos trabalhando de forma ágil e com o compromisso de criar condições para atrair empresas que produzem energias renováveis para o Ceará. Nos comprometemos em fornecer todo o apoio institucional para que o projeto da Mingyang seja consolidado. Estamos muito felizes e entusiasmados para estabelecer essa matriz de energia limpa no Ceará e no Brasil”, disse.

A Mingyang firmou um acordo com o Governo do Estado no último dia 9 de setembro para a instalação de um parque de fabricação de aerogeradores focados na produção de energia eólica em alto mar (offshore).

Projetos

Atualmente, no Ceará, há quatro projetos de geração de energia eólica offshore, que somados, deverão gerar cerca de 5 gigawatts (GW) de potência. A expectativa do Estado é que os projetos estejam operando nos próximos 5 anos.

Em Amontada, em uma área com 15 km de frente ao continente, o projeto do Complexo Eólico Marítimo Asa Branca deve produzir 400 MW.

A BI Energy trabalha com dois projetos: um em Caucaia e outro em Camocim. O primeiro deverá operar com 48 turbinas offshore e 11 semi-offshore, gerando um total de 598 MW de potência. Já o parque de Camocim deverá ter 100 aerogeradores e capacidade instalada de 1,2 GW.

Além disso, a Neoenergia está desenvolvendo estudos preliminares e iniciou o licenciamento junto ao Ibama de um parque em Amontada que deverá produzir 3 GW.

Fonte: Diário do Nordeste em 19.10.2020

Ceará está em fase final de negociação para abrigar mais dois data centers

Ceará está em fase final de negociação para abrigar mais dois data centers

Outros dois players internacionais de TI estão “em processo de certificação para homologação junto à Etice”, adianta Maia Júnior

O Ceará poderá abrigar, em breve, até seis data centers, consolidando-se como um dos principais hubs de tecnologia de dados no continente. Maia Júnior, secretário do Trabalho e Desenvolvimento Econômico do Estado, confirmou que duas grandes empresas do setor estão finalizando entendimentos com o Governo do Estado. “Temos duas negociações na reta final de negociação além dos que já captamos para o Ceará. Já temos quatro, sendo três prontos e um estágio de implantação”, completou. Maia ressaltou ainda que, além de já ter projetos em andamento na área de tecnologia de dados com companhias do porte de IBM, Google, Microsoft, Amazon e Oracle, “o Ceará tem mais dois grandes grupos mundiais em processo de certificação para homologação como providers de TI junto à Etice (Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará)”. “Essa cadeia do HUB tecnológico está em um momento muito propício de atração de investimentos”, avaliou. O gestor também comemorou o anúncio oficial da B2W (Lojas Americanas, Submarino e Ponto Frio) sobre a instalação de um centro de distribuição no Estado. A estrutura vai permitir ao grupo efetuar entregas em até 24 horas em endereços em um raio de até 400 km de distância do centro de distribuição.

Pandemia e o apetite para investir
Maia Júnior contabiliza ainda entendimentos com duas indústrias calçadistas (além da recém anunciada unidade da Vulcabrás para produção da Mizuno) e “quase 100 processos de solicitações de incentivos de empresas diversas”. “A gente esperava esses resultados até um pouco mais para frente, mas parece que o período de pandemia fez mostrar aos investidores, tanto do Brasil quanto de fora, que o Ceará está muito bem posicionado para receber grandes investimentos, em logística, em e-commerce e indústria de forma geral”.

Plano Pecém
Outra novidade que a Sedet deve apresentar até dezembro é um business plan para orientar a ocupação do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) e da ZPE. “É toda uma estratégia nova, finalizando o projeto com equipes do CIPP, da Sedet e do Porto de Roterdã. Queremos aprovar no conselho até o fim deste ano”, completa.

Fora da curva
Este plano de ocupação deve dar origem também a um guia sobre o CIPP e a ZPE “para que a gente possa ampliar a busca de grandes investimentos”. “O Pecém é um projeto bem fora da curva para o futuro do Ceará. É um projeto diferenciado, principalmente pela logística portuária de primeira linha”, prossegue Maia.

Mais 500 Pague Menos
Com valorização de 7,4% no valor da ação desde a sua estreia na B3, no mês passado, a Pague Menos projeta abrir 500 lojas no Brasil até 2025, chegando a cerca de 1,6 mil unidades. Segundo o CEO da companhia, Mário Queirós, filho do fundador Deusmar Queirós, dos R$ 713 milhões levantados com o IPO, quase 65% deve ir para a expansão da rede. A redução de endividamento vai consumir 20% do valor e 17% será direcionado para desenvolvimento de tecnologias e serviços. “Passamos a reforçar nosso discurso aos investidores de que somos uma rede nacional, com escala, e não regional”, afirmou o CEO, Mário Queirós, em entrevista ao Valor Econômico.

Produtos da Ceart ganham novo ponto de venda
Inaugurada ontem (15), no shopping Jardins Open Mall, a loja colaborativa BIRDS vai comercializar produtos de artesãos cearenses, via parceria com a Central de Artesanato do Ceará (CeArt). “É mais uma oportunidade para as pessoas terem acesso ao legítimo artesanato cearense. Convido a todos para que adquiram e valorizem o trabalho desses artistas”, afirma a primeira-dama do Ceará, Onélia Leite Santana, uma das articuladoras da parceria.

Fonte: O Otimista em 16.10.2020

Mesmo com crise, geração fotovoltaica dobra de tamanho no Ceará

Mesmo com crise, geração fotovoltaica dobra de tamanho no Ceará

Demanda por sistemas fotovoltaicos fez com que o setor apresentasse um crescimento de mais de 100% de janeiro a outubro. Setor espera fechar o ano com mais do que o dobro da potência instalada de 2019

Mesmo com a crise provocada pela suspensão de atividades econômicas durante a quarentena, sobretudo no segundo trimestre, quando as vendas atingiram o pior nível do ano, o setor de energia solar fotovoltaica no Ceará já apresenta um crescimento de mais de 100% no ano, tanto em potência instalada como em número de unidades geradoras.

“Este é um setor que, já há alguns anos, cresce muito além da economia. E mesmo nesse período de pandemia vemos um crescimento muito acentuado”, diz Jurandir Picanço, consultor de energia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). De 1º janeiro até 13 de outubro, a quantidade de unidades geradoras de energia fotovoltaica no Ceará cresceu 101,8%, chegando a 8.796. E a potência instalada passou de 65,5 megawatt (MW), em janeiro, para 135,4 MW, alta de 100,5%.

Picanço destaca ainda que os custos desses sistemas vêm diminuindo enquanto a eficiência aumenta. “Cada vez mais, os consumidores têm identificado a vantagem em produzir a própria energia em comparação com a energia comprada da concessionária. Enquanto as empresas querem divulgar o uso desse tipo de geração para fortalecer suas marcas”. Hoje, 178 municípios cearenses têm unidades geradoras fotovoltaicas, alta de 11,2% no ano.

Equipamentos

No início do ano, quando a duração da quarentena ainda era incerta, uma das principais preocupações do setor era quanto ao abastecimento do mercado local de equipamentos importados, como placas solares e inversores. O problema se agravou em abril, mas, hoje, com a retomada das atividades e das compras externas, a expectativa é que as importações sejam normalizadas até o fim do ano.

Segundo Igor Batista, gerente executivo da Sou Energy e diretor de inovação do Sindicato das Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico do Estado do Ceará (Sindienergia-CE), a empresa, especializada na instalação de sistemas fotovoltaicos, iniciou o ano preparada para atender a um forte crescimento do setor no Estado. Com isso, acabou formando um estoque que permitiu que a empresa atendesse à demanda mesmo nos piores meses da crise. Batista conta que, por conta de estoque, suas vendas cresceram 300%, de janeiro a setembro.

“Diferente de alguns distribuidores, a gente tinha se preparado muito bem para o ano de 2020. E quando veio a crise, houve uma queda na demanda de estabelecimentos comerciais e um aumento no segmento residencial”, diz Batista. “Depois de uma queda nas vendas de 30% em abril, o setor começou a se recuperar, em junho e em julho batemos o nosso recorde de vendas em um mês. Hoje, já estamos com uma alta de 300%. Em outubro devemos bater um novo recorde mensal e a ideia é manter essa pegada até o fim do ano”, diz.

Fonte: Diário do Nordeste em 14.10.2020

Utilização de energia solar se populariza e apresenta crescimento de 80% no país

Utilização de energia solar se populariza e apresenta crescimento de 80% no país

Sistema que utiliza placas solares ganhou impulso com a pandemia. Dos negócios instalados em Fortaleza, 77,9% são em residências. Redução de impactos ambientais e economia na conta são vantagens na escolha do modelo

O uso mais intenso de energia durante a pandemia fez muitos usuários repensarem o consumo do recurso. Nesse contexto, a energia fotovoltaica ou solar surgiu como alternativa limpa, renovável e mais acessível para residências.
Além da redução no impacto ambiental, a instalação de um sistema de energia solar pode representar redução de 95% no valor da conta. Neste ano, até setembro, o setor apresenta crescimento de 80% no país. No Ceará, o serviço tem-se popularizado ao ponto de Fortaleza ser a terceira cidade no Brasil e primeira no Norte e Nordeste com maior capacidade instalada de energia fotovoltaica. Das 2.525 unidades geradoras localizadas na capital cearense, 1.969 são em residências, o que equivale a 77,9% do total.

Investimento
Segundo pesquisa do Canal Solar, portal gerador de conteúdo na área, os investimentos no setor ultrapassaram R$ 62 milhões entre janeiro a junho deste ano. O país conta com 285.366 mil sistemas fotovoltaicos instalados, segundo a Associação Brasileira Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Em dezembro de 2019, o país gerava 1 gigawatt (GW) de potência. Neste ano, a unidade de potência já é de 3.77 gigawatts. A ampliação do serviço acompanha tendências mundiais. Na Europa, a Agência Internacional de Energia (AIE) considera que a energia fotovoltaica será uma das principais matrizes de energia elétrica no continente até 2025. Entre as vantagens de ter um sistema do tipo estão a produção de energia limpa, diminuição dos efeitos socioambientais e redução na conta de energia.

Retomada
Mas o crescimento na pandemia não foi imediato. Os meses de março e abril foram de retração no setor. Só em meados de junho, com o início da retomada das atividades econômicas, a demanda por energia solar começou a crescer. Na Sou Solar, o mês de junho já equiparou o faturamento de fevereiro. Julho, agosto e setembro, por sua vez, registraram recordes sucessivos na receita. “Fizemos um trabalho muito forte de prospecção em abril, começamos a vender para gente que não era nosso cliente. Tínhamos muito material para fazer pronta entrega. Em maio fizemos uma série de treinamentos online e ações institucionais, trabalhamos um mix de produtos, relacionamentos, preços competitivos. Isso fez a diferença”, explica o biólogo e gerente executivo da empresa, Igor Batista.
A Sou Energy atua como distribuidora desses sistemas. Com cinco anos de mercado, é a maior no Norte e Nordeste e está entre as dez maiores do país. De acordo com o diretor da empresa, Carlos Kléber, nos últimos 12 meses o faturamento cresceu 300% em relação a novembro de 2019.

Contratações
Nos últimos meses, a empresa contratou e ampliou o espaço físico, funcionando em um prédio de 3.400m² na BR-116. “O estado que mais compra da gente é o próprio Ceará. Em seguida estão Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco e Bahia”, pontua, acrescentando que a expectativa é que o faturamento duplique até dezembro.
Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem 311.375 unidades geradoras de energia fotovoltaica em 5.042 municípios, sendo que 338.435 unidades recebem créditos – isso porque uma unidade geradora pode enviar energia solar para mais de um ponto receptor.
No Ceará há 8.306 unidades geradoras de todas as classes (residências, comércio, indústria) e 10.549 recebendo crédito em 177 municípios. A potência instalada no estado é de 129,4 megawatss. Quase 50% dessa potência, aproximadamente 60 MW, concentra-se na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Sozinha, a capital abrange 35,7 megawatts.

Estado
Os municípios que concentram a maior parte da potência instalada são, além de Fortaleza, Juazeiro do Norte, Eusébio, Aquiraz, Iguatu, Limoeiro do Norte, Maracanaú, Russas e Caucaia, nessa ordem. Das 8.036 unidades cearenses, 6.040 são em residências.
Já em Fortaleza, dos 2.525 geradores de todas as categorias, 1.969 são em residências. O Ceará se destaca no ranking nacional. Isso porque Fortaleza é a terceira capital com maior capacidade instalada, ficando atrás apenas de Uberlândia e Rio de Janeiro.
Segundo Igor Batista, a classificação mineira se deve à isenção de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para usinas com capacidade acima de 5 megawatts de potência.
Na mesma lógica, o Rio ganhou isenção neste ano e alavancou o volume de unidades geradoras. Já Fortaleza se sobressai devido também ao volume de unidades, mas também às condições climáticas. “Tem sol em abundância, mas o clima não é extenuante e existe brisa. A estação de energia solar é influenciada pela temperatura. Tem que quer luz, mas quanto menor a temperatura, melhor. O ideal é ter mais ventilação e boa luminosidade, por isso a brisa de Fortaleza ajuda tanto”, justifica.

Moda sustentável com economia

A Estilo Feitiço decidiu produzir 100% da energia empregada em sua fábrica no bairro Montese, na Capital, e em toda a rede de lojas. O parque solar sobre a estrutura fabril de 1.500m² custou pelo menos R$ 800 mil, um investimento de retorno a médio prazo.
Manu Corrêa, gerente de marketing da Estilo Feitiço, lembra do compromisso da marca com a sustentabilidade. “Sabendo que a indústria da moda é uma das mais poluentes, quando temos possibilidade de reduzir os impactos, a gente faz. São exemplos o tingimento ou fibras mais naturais que a gente aplica sempre que possível na nossa cartela de matérias-primas. Ao analisarmos a possibilidade de ter energia limpa, abraçamos a causa”, justifica.

Ações
Ela lembra ainda ações de desestímulo ao uso de sacolas e canudos plásticos e às práticas cotidianas de reciclagem de papel e tecido, com descarte consciente dos demais resíduos. A Feitiço abandonou as sacolas plásticas no ano passado. “Temos reduzido também o uso de poliéster, que é um dos materiais de mais difícil decomposição. Fazemos parte de um meio que está pedindo ajuda. Temos por obrigação ajudar, porque queremos ser positivamente relevantes dentro da sociedade”, completa Manu.

Investimento recompensa

Ao lado de Fortaleza, municípios da Região Metropolitana são os que mais atraem projetos de energia solar. No caso das residências, o custo inicial fica em torno de R$ 20 mil para o consumo equivalente a R$ 500 em energia elétrica. O retorno do investimento pode ser em cerca de três a três anos e meio. Mas o maior valor é o impacto gerado no meio ambiente.

Segundo o biólogo Igor Batista, considerando que o equipamento não tem vida útil menor do que 15 anos, o consumidor teria um benefício de 10 anos economizando e gerando mais receita para outras aplicações domésticas. Além disso, a contribuição com o meio ambiente representa um valor agregado irrestrito. “De todas as formas de energia, há as extremamente poluentes, como o carvão mineral, que também é muito caro. É preciso investir em fontes renováveis e não poluentes. A energia renovável, como a solar, é extremamente limpa. No caso da hidrelétrica, a área que precisa ser alagada é gigantesca, que afeta áreas verdes e espécies animais e vegetais”, compara. Como informa Batista, a energia solar reduz o custo na geração e na transmissão do recurso.

Para instalar o sistema em uma casa, é preciso fazer um estudo do espaço, especialmente no telhado, que receberá os módulos fotovoltaicos. Cada placa solar acumula 18kg por metro quadrado, o que exige segurança na infraestrutura do espaço. “A empresa prepara o projeto, desenha, dá entrada na concessionária de energia. O mais comum é o modelo ligado à rede, em que o consumidor injeta energia excedente na rede e recebe crédito na sua conta”, explica Igor Batista. Já a concessionária troca o medidor de energia. Na prática, um sistema residencial, em uma casa que consome o equivalente a 30 KW por mês terá economia de 95% na conta. Os outros 5% se referem custos obrigatórios, como a taxa de iluminação pública.

Fonte: O Otimista em 12.10.2020

Ambiente promissor fará Ceará avançar na inovação, aponta estudo

Ambiente promissor fará Ceará avançar na inovação, aponta estudo

Segundo índice de inovação 2020, elaborado pela Federação das Indústrias do Ceará, o Estado apresenta uma capacidade para a inovação maior do que o seu real desempenho neste ano, o que sinaliza mais desenvolvimento futuro

Assim como em 2019, o Ceará ficou na 13ª posição no ranking nacional de inovação elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) em 2020. No Nordeste, o Estado ficou na 3ª colocação, atrás de Pernambuco (11º) e da Paraíba (12º), segundo o Índice Fiec de inovação dos estados. No entanto, os demais indicadores sinalizam a formação de um ambiente promissor que deve fazer o Estado avançar nos próximos anos.

No ranking de “capacidades”, que avalia o ambiente para inovação dos estados, o Ceará ficou na 11ª posição, e no ranking de “resultados”, que avalia a inovação em si, o Estado ficou na 13ª colocação.

Apesar da melhora no ranking de capacidades, passando da 13ª colocação em 2019 para a 11ª posição neste ano, o Ceará manteve o 13º lugar tanto no ranking de resultados como no ranking geral. Para a Fiec, essa discrepância demonstra “uma aptidão ociosa do Ceará, uma capacidade maior que seu real desempenho, e que poderia estar sendo mais bem aproveitada para a efetividade de inovação”.

Embora o Ceará não tenha avançado em termos gerais, o economista Guilherme Muchale, gerente do Observatório da Indústria da Fiec, destaca a qualidade da pós-graduação, da participação de mestres e doutores na indústria e da produção científica. No entanto, ele diz que a indústria local não se beneficia completamente do potencial da produção acadêmica. “A qualidade das instituições tem evoluído muito nos últimos anos, mas a gente não consegue traduzir isso em resultado”, diz. “Os nossos mestres e doutores não têm conseguido aumentar o número de patentes no Estado, o que nos deixa na 19ª colocação no item ‘propriedade intelectual’. Além disso, estamos apenas na 23ª posição quanto à competitividade global dos setores tecnológicos, porque a nossa indústria ainda é muito concentrada em setores de baixa tecnologia”.

Produção científica

De acordo com o estudo, o Ceará ficou na 10ª posição tanto em “produção científica” como em “inserção de mestres e doutores na indústria”. No quesito “qualidade da pós-graduação”, ficou em 11º e em “qualidade da graduação”, em 16º. Para Muchale esses indicadores poderão ter reflexo no resultado geral dos próximos anos. “Como a capacidade de inovação do Estado está em uma melhor posição, é possível que haja um ganho no futuro. Fica mais fácil alavancar porque já há uma base de ciência e tecnologia no Estado. E isso nos deixa otimista”.

Ciência e tecnologia

Com relação aos investimentos públicos em ciência e tecnologia, o Ceará aparece na 14ª colocação no País e na 5ª posição no Nordeste. O indicador considera as despesas com ciência e tecnologia como porcentagem das despesas totais. “O investimento público em educação não tem trazido o mesmo ganho dos investimentos do setor privado”, diz Muchale.

Para o economista, a atração de mestres e doutores para a iniciativa privada tem sido um dos desafios para alavancar a inovação no Estado. “Essas capacidades seriam intensificadas com a inclusão dessas pessoas no setor privado, que apresenta uma maior capacidade para o desenvolvimento da inovação, transformando com mais velocidade conhecimento em riqueza. E o Ceará tem uma situação fiscal que favorece esses investimentos”, diz.

Para a Fiec, ao criar um ambiente propício por meio de investimentos, “o setor público pode ser altamente eficaz em mitigar” incertezas e estimular o setor privado a investir em inovação. “Parte fundamental desse apoio se dá por meio do investimento público em Ciência e Tecnologia (C&T), o qual funciona como catalizador do investimento privado, atraindo novos atores e compartilhando os riscos inerentes ao processo”.

Infraestrutura

Além dos investimentos diretos em ciência e tecnologia, Muchale diz que empreendimentos como a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) é de extrema importância para o aumento da competitividade e desenvolvimento de áreas relacionadas à inovação, já que proporciona um intercâmbio e concorrência com mercados mundiais.

“A ZPE traz uma competitividade autêntica, sendo um vetor de desenvolvimento muito importante para o Estado. Mas, para isso, a gente precisa atrair indústrias intensivas em inovação e tecnologia. A gente já tem uma academia com robustez técnica, o que precisamos agora é de integração”.

No quesito “infraestrutura e inovação”, o Ceará ficou na 11ª colocação no Brasil e na 3ª posição do Nordeste, atrás de Pernambuco (8º) e Sergipe (9º). “O Ceará está bem na parte de infraestrutura de tecnologia, mas ainda está mal no que se refere a parques tecnológicos”, diz Muchale.

Fonte: Diário do Nordeste em 12.10.2020

Ceará recebe selo mundial de destino seguro

Ceará recebe selo mundial de destino seguro

O selo tem como objetivo garantir a saúde dos viajantes e impulsionar a retomada do turismo no mundo

O estado do Ceará recebeu, nesta quinta-feira (8), o selo de segurança global ‘Safe Travels’ do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, sigla em inglês). De acordo com a Secretaria de Turismo (Setur), a certificação foi concedida após a pasta apresentar ao órgão os protocolos estabelecidos pelo Governo do Estado do Ceará. O ‘Safe Travels’ visa garantir a saúde dos viajantes e impulsionar a retomada econômica do setor de turismo no mundo.

“Aguardamos ter todos os protocolos prontos e aprovados para dar entrada no processo junto à WTTC e agora podemos dizer que temos essa certificação mundial e o turista pode estar tranquilo no nosso destino. Esperamos que o visitante também cumpra o que foi estabelecido nos protocolos para mantermos juntos o Ceará como destino seguro”, aponta o secretário estadual do Turismo, Arialdo Pinho.

Promoção aos principais mercados

De acordo com a Setur, após a conquista do selo, a pasta dará início ao trabalho de promoção do estado do Ceará nos principais mercados, nacionais e internacionais, o que ajudará na retomada econômica do setor de turismo, segundo Arialdo Pinho, reconquistando os números aos poucos os números dos últimos anos. “A pandemia afetou o setor em todo o mundo, aqui nao seria diferente. Mas a partir de um planejamento, vamos conseguir essa recuperação”, completa o secretário.

O selo de segurança global ‘Safe Travels’ foi lançado pelo World Travel & Tourism Council (WTTC) para conceder a destinos e empresas do setor de turismo que adotassem e cumprissem os protocolos de higienização e distanciamento social. O ‘Safe Travels’ tem apoio da Organização Mundial do Turismo (OMT) e mais de 200 grandes empresas do turismo no mundo. A certificação segue as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Fonte: Diário do Nordeste em 08.10.2020

‘Ceará se prepara para ser um grande hub logístico do NE’

‘Ceará se prepara para ser um grande hub logístico do NE’

Avaliação é do advogado especializado em infraestrutura logística e membro do comitê técnico da feira de logística Expolog, Matheus Miller. Neste ano, o evento abordará transformações digitais na integração de negócios

A pandemia do novo coronavírus transformou drasticamente o modus operandi de várias atividades e deixa legados importantes no setor logístico. Na avaliação de Matheus Miller, advogado especializado em infraestrutura logística e membro do comitê técnico da Expolog, maior feira de logística do Norte e Nordeste, o Ceará está bem inserido nesse contexto e conta com uma boa preparação para ser um grande hub do segmento.

“Sabemos que as mudanças têm sido muito dinâmicas, mas o que se pode afirmar é que o Ceará vem se preparando para ser um grande hub de logística no Nordeste”, pontua Miller, destacando equipamentos que alicerçam essa avaliação, como o Aeroporto de Fortaleza e os portos do Pecém e Mucuripe.

“Há ferrovias a serem concluídas. É possível encontrar no Ceará um Estado pronto para satisfazer as necessidades do comércio exterior”, ressalta. Ele frisa, porém, que o desenvolvimento logístico da região está intimamente relacionado ao próprio desenvolvimento econômico, passando pelo consumo e pela produtividade.

“É importante entender que a infraestrutura facilita, mas é preciso que o Estado tenha movimento econômico e que tenha consumo para que esses instrumentos e ferramentas se complementem com isso”, avalia o advogado Matheus Miller.

Um dos legados da pandemia é um olhar diferenciado para o setor logístico em decorrência da paralisação das atividades. O crescimento dos condomínios logísticos – espaços de armazenamento de insumos e produtos que permitem o rateio de custos -, por exemplo, é um desses reflexos.

“Ao paralisar o transporte mundial, a pandemia reacendeu o receio de desabastecimento em certas cadeias produtivas, o que fez com que empresas, que estão nessas cadeias, voltassem a formar estoques próximos de suas plantas produtivas”, explica. Ele afirma que esse é um movimento contrário ao que vinha sendo observado na década de 1990 e início dos anos 2000, quando as empresas foram deixando de formar estoque para evitar a imobilização de capital. Os condomínios logísticos apresentaram, no segundo trimestre de 2020, crescimento de 10,3% em área na comparação com igual período de 2019.

Evento

O impacto das transformações digitais na integração de negócios e as tendências da logística para os próximos anos é o tema da Expolog 2020, que será realizada pela primeira vez em formato digital nos dias 9 e 10 de dezembro. Esta é a 15ª edição da feira. De acordo com Enid Câmara, coordenadora geral da atividade, a expectativa é que o formato digital possibilite um maior alcance ao evento. “A gente está apostando em uma exposição das marcas e isso é um ponto positivo dessa plataforma”, pontua a coordenadora da Expolog.

O evento terá cerca de 100 expositores e mais de 100 palestras, que devem ser acompanhadas por pelo menos cinco mil espectadores. A Expolog conta com a promoção do Diário do Nordeste. É realizada pelo Instituto Future, Prática Eventos, Câmara de Comércio e Indústria Brasil Portugal Ceará e Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Estado do Ceará (Setcarce).

A feira tem também o patrocínio da Associação das Empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Aecipp), da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), do Tecer Terminais Portuários e da Termaco Logística, em parceria com a Confederação Nacional do Transporte (CNT), a Federação das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Nordeste (Fetranslog), a Federação das Câmaras de Comércio Exterior (FCCE), a NTC&Logística e o Sindace.

Fonte: Diário do Nordeste em 07.10.2020

Estudo confirma estimativa do PIB do Ceará superando o do Brasil

Estudo confirma estimativa do PIB do Ceará superando o do Brasil

Levantamento do Núcleo de pesquisas Econômicas da Universidade de Fortaleza aponta que a atividade da economia cearense deverá superar a média do País em todos os cenários neste ano e em 2021

Com uma boa situação fiscal, na comparação com outros estados brasileiros, e com o retorno da maior parte das atividades econômicas suspensas durante o período de quarentena, o Ceará deverá apresentar um desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) melhor do que o do Brasil, tanto no fechamento de 2020 como no de 2021. De acordo com o Núcleo de Pesquisas Econômicas (Nupe) da Unifor, para este ano, o PIB estadual deverá apresentar uma retração entre 5,9% e 2,8%, com cenário mais provável de -4,4%. Para o País, o Nupe estima uma queda de 6,7% a 3,6%, com cenário mais provável de -5,1%.

O cenário confirma a previsão já apresentada pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) em junho deste ano de que o PIB estadual deverá encolher 4,92% em 2020, enquanto o nacional terá queda de 6,5%.

“O Ceará é o Estado da federação que tem as contas públicas mais ajustadas. Nos últimos anos, o Estado teve condições de fazer caixa para fazer investimentos em infraestrutura, como a ampliação do Porto do Pecém, o hub aéreo e outros projetos que estão em andamento. E esses investimentos atraem empresas para o Ceará”, destaca o professor Chico Alberto, coordenador de Ciências Econômicas da Unifor. “Então é natural que o Ceará, assim como em anos anteriores, tenha um desempenho econômico melhor do que o Brasil, o que se reflete nas estimativas do PIB para 2020 e para 2021”.

Para 2021, o Nupe estima um crescimento do PIB cearense de 2,8%, no cenário pessimista, a 5,6%, no cenário otimista, com resultado provável de 4,2%. Já para o Brasil, o núcleo de pesquisas prevê um crescimento de 2,1% até 4,9%, com cenário mais provável de 3,5%. “O desempenho da economia do Ceará em relação à do Brasil é resultado de uma tendência histórica. De 2014 para 2019, enquanto o PIB do Brasil caiu 2,5% o do Ceará apresentou um crescimento de 0,87%”, diz Alberto.

O professor e economista Ricardo Eleutério destaca ainda que o modelo de retomada das atividades adotado no Ceará vem se mostrando mais eficiente do que o de outras unidades da federação.

Resultados

“A gente vem tendo um comportamento do PIB melhor do que o nacional e isso se deve sobretudo ao programa de reabertura gradativa da economia do Ceará, que foi bastante planejado pelo setor público e contou com a participação de economistas e do setor privado”, afirma Eleutério.

No segundo trimestre de 2020, ante igual período de 2019, o PIB cearense apresentou uma retração de 14,55%. Já no primeiro semestre de 2020, a queda foi de 7,58%, enquanto no acumulado dos últimos quatro trimestres verifica-se um decréscimo de 2,72%, o que sinaliza um movimento de recuperação ao longo dos meses. Para 2021, o Nupe avalia que há uma previsão de retomada do crescimento da economia cearense, puxada pela execução de “grandes investimentos públicos estruturantes planejados”, que influenciará atividades ligadas à cadeia de produção da construção civil. A movimentação deve aumentar a produção e consequentemente a massa salarial, além da arrecadação de tributos no Estado.

Para o Brasil, as expectativas da variação do PIB setorial para 2021 mostram uma recuperação muito tímida. Para a indústria é esperado um crescimento de 4,7%; para o setor de serviços de 3,5%; e para o setor agropecuário de 2,5%.

Câmbio

Em relação ao comportamento da taxa de câmbio, o Nupe aponta que o Real está entre as moedas mais desvalorizadas do mundo em 2020, o que vem favorecendo as exportações. Mas que a perda de força não é exclusividade do real.

Fonte: Diário do Nordeste em 07.10.2020