Como acelerar 10 anos de avanços tecnológicos na sua empresa em poucos meses; Google ensina

Como acelerar 10 anos de avanços tecnológicos na sua empresa em poucos meses; Google ensina

Empresa criou programação especial para comemorar o Dia Nacional da da Micro e Pequena Empresa e auxiliar empreendedores

A restrição das atividades em decorrência da pandemia do novo coronavírus forçou e acelerou a digitalização de centenas de negócios, viabilizando a continuidade da operação no período. Para ajudar os empreendedores a fazer essa adaptação e potencializar os resultados de quem já deriu aos canais digitais, o Google inicia nesta segunda-feira (05) uma série de ações para auxiliar. Uma delas é como acelerar dez anos de avanços tecnológicos em poucos meses para acompanhar o crescimento do novo consumo à distância.

Apesar da crescente adesão das micro e pequenas empresas ao ecommerce, levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) revela que 12% dos que ainda não utilizam o ecommerce não sabem como aplicar ao seu negócio.

Recente pesquisa do Google em parceria com a IPSOS também demonstra que 54% dos participantes estão comprando mais em lojas online durante a pandemia e que 43% deles não veem mais razão para ir até a loja física quando têm a opção de comprar online.

Analisando os dados gerais do ecommerce no Brasil, como cada segmento se adaptou e as iniciativas individuais que mais geraram retorno, o Google elencou tendências e dicas de posicionamentos que deram certo durante a pandemia.

1- Uso do marketplace

Segundo a Associação Brasileira do Comércio Eletrônico (Abcomm), apenas em março, 107 mil novos estabelecimentos se registraram no ambiente online. A opção pode ser mais rápida e barata do que desenvolver uma plataforma própria em meio à crise.

2 – Lojistas físicos que apostaram no online

Empresas físicas que resolveram apostar nos canais digitais acabaram saindo na frente e com um aumento de tráfego superior. Enquanto lojas presentes on e offline avançaram 63% no tráfego em junho, aquelas exclusivamente virtuais apresentaram alta de 39%, segundo dados do SimilarWeb.

3- Crescente concorrência

Outra tendência capturada pelo Google é que, com o maior número de compras de produtos do dia a dia através da internet, as lojas iniciaram um corrida para disponibilizar em seus canais tais itens e capturar parte das vendas, aumentando a concorrência e com marcas diversificando seus segmentos de atuação.

Dessa forma, a plataforma enumerou três estratégias para vender em canais digitais:

– Acelerar os planos de vender no e-commerce, focando em produtos de higiene ou não perecíveis
– Prezar por entregas bem feitas e dentro dos prazos
– Tornar possível entregas mais robustas, como acontece nos deliveries de supermercado

Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa

Aproveitando as comemorações do Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa, o Google preparou uma programação para ajudar empreendedores. Uma das ações é um treinamento no Google Academy sobre o novo comportamento do consumidor e insights para ajudar o pequeno negócio a se reinventar.

Já para aqueles que precisam dar os primeiros passos nas vendas on-line, atrair clientes e ter sucesso nessa nova empreitada, o Google e a Loja Integrada lançam a Jornada Quero Vender Online, que será realizada entre os dias 6 e 8 de outubro, começando sempre às 12h.

Os empreendedores também poderão contar com mentorias, que acontecerão entre os dias 13 de outubro a 24 de novembro, e abordarão temas desde como tirar uma ideia do papel a gestão das emoções para empreender.

Além dos novos projetos, a plataforma continua com o programa Cresça Suas Vendas com o Google que, até o momento, já ajudou mais de 35 mil negócios a criarem suas lojas virtuais. Nele, os inscritos recebem ferramentas e cursos de graça.

Fonte: Diário do Nordeste em 05.10.2020

Luso-brasileiro projeta fábrica de aviões e criação de 1.200 empregos no Alentejo

Luso-brasileiro projeta fábrica de aviões e criação de 1.200 empregos no Alentejo

O português CEiiA e a brasileira Desaer vão esta sexta-feira(25/09) lançar, em Évora, na presença de dois ministros, o programa de desenvolvimento e industrialização do ATL-100, uma aeronave leve de transporte até 19 passageiros e 2,5 toneladas de carga.

O CEiiA, que tem mais de três centenas de engenheiros em Matosinhos a projetar produtos e sistemas de última geração por ar, terra e mar, e a Desaer, empresa brasileira especializada no desenvolvimento de aeronaves, lançam esta sexta-feira, 25 de setembro, em Évora, nas instalações do centro de engenharia no PACT (Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia), o Programa ATL-100.

Este programa resulta da “joint venture” entre o CEiiA e a Desaer e visa “o desenvolvimento e industrialização de uma aeronave ligeira de nova geração para um mercado de curtas distâncias, multi-configurável para maior flexibilidade na logística de passageiros e mercadorias, desenhada para menores custos operacionais e maior sustentabilidade, prevendo a evolução para plataforma neutra em carbono”, explica o centro de engenharia português, em comunicado.

O ATL-100 está configurado para o transporte de passageiros até 19 pessoas e para carga até 2,5 toneladas.

“Com este programa, queremos reforçar de forma definitiva aquele que é o polo aeronáutico nacional em Évora, com o desenvolvimento de um programa completo e inovador que nos permite criar um novo integrador a partir de Portugal, para a industrialização e operação de aeronaves de nova geração”, afirma Miguel Braga, da direção do CEiiA.

Já Roberto Figueiredo, acionista da Desaer, realça que “esta parceria, que agrega competências complementares do setor aeroespacial de Portugal e do Brasil, além de ser um importante projeto de inovação tecnológica e de criação de emprego em ambos os países, assume ainda mais relevância num contexto de crise do setor provocado pela pandemia Covid-19”.

Trata-se do primeiro programa aeronáutico completo que vai desde o desenvolvimento, industrialização e operação de aeronaves de nova geração a partir de Portugal. O lançamento oficial do programa contará com as presenças da ministra da Coesão Social e do ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Com um cronograma de desenvolvimento a cinco anos, este projeto aeronáutico “prevê o envolvimento de mais de 30 empresas e universidades nacionais e internacionais, nomeadamente ligadas aos programas como o MIT”, estimando que o programa ATL-100 “tenha um impacto direto de 1.200 empregos qualificados na região do Alentejo”.

A atração para Portugal deste programa resulta da capacidade criada em Portugal nos últimos anos em programas como o KC-390.

De entre as dezenas de projetos que o CEiiA tem em curso, refira-se, por exemplo, a sua participação precisamente no Programa KC-390, o maior avião até ao momento desenvolvido pela também brasileira Embraer, e ter ganho um contrato para a conceção e o desenvolvimento de algumas das principais aeroestruturas do primeiro modelo de avião a construir pela chinesa Guanyi.

A Desaer é uma empresa de desenvolvimento e fabrico de aeronaves, localizada em São José dos Campos, no Brasil.

Foi em 2017 que ex-quadros da Embraer e do ITA fundaram a Desaer para criar o ATL “como resposta à oportunidade de substituir o Embraer Bandeirante, projeto já apresentado e validado pela Força Aérea Brasileira”.

Fonte: Jornal de Negócios em 24.09.2020

Agricultura cearense deve crescer 20% e chegar a R$ 3,5 bi em vendas

Agricultura cearense deve crescer 20% e chegar a R$ 3,5 bi em vendas

Resultado de uma boa quadra chuvosa e do aumento da demanda interna e externa, a produção de frutas deve puxar o bom desempenho da agricultura local neste ano. Algodão e hortaliças também são destaque

Menos impactada pela pandemia e beneficiada por uma boa quadra chuvosa, a agricultura cearense deve encerrar o ano com um crescimento da ordem de 20% e chegar a R$ 3,5 bilhões em vendas, segundo estima o secretário executivo do Agronegócio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Estado (Sedet), Sílvio Carlos Ribeiro.

Ele avalia que esse cenário, aliado a um crescimento das vendas ao mercado interno e externo, contribuirá para esse desempenho, maior que o notado em 2019. Se a projeção se confirmar, a expectativa dele é que o Produto Interno Bruto (PIB) da agricultura do Estado do Ceará suba mais de 6%. A projeção não leva em conta os produtos da pecuária, que, segundo o secretário, ainda estão sendo analisados.

A fruticultura, segundo Sílvio Carlos, é um dos segmentos que mais deve contribuir para o resultado do setor – ele prevê que um avanço também de 20% da produção das frutas neste ano, já que houve uma demanda mais alta tanto do mercado nacional como internacional. O número, porém, é contestado pela Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas (Abrafrutas), que prevê um crescimento um pouco mais modesto, mas também significativo, de 10% frente a 2019.

O secretário executivo do Agronegócio lembra que, durante os meses mais intensos de isolamento social, os exportadores de frutas estavam na dúvida se teriam ou não demanda vinda na Europa, especialmente de melão e melancia, o que os deixou apreensivos. Mas encomendas da Europa acabaram surpreendendo e superando a programação de cultivo.

“Além de mais pedidos, o câmbio ajudou bastante para eles exportarem. Nós temos muitos pedidos de melão e melancia. Até brincamos que faltariam nos supermercados. Com as parcerias firmadas com outros países, isso tende a aumentar”, diz.

Sílvio Carlos destaca que o Estado do Ceará é bem visto no exterior e tem um bom “cartão de visitas” quando se refere a frutas, o que gera interesse em outros países em comprar da região, especialmente as que são das áreas livres de plantação, localizadas em Aracati, Icapuí, Itaiçaba, Quixeré, Limoeiro do Norte e Jaguaruana.

“Estamos empolgados com essa parceria que será firmada com outros países. A gente vê representantes do setor indo atrás de mais áreas livres de plantação. Temos aqui 70 mil hectares irrigados, mas temos capacidade para irrigar 286 mil. Isso só não ocorre porque não temos reservas hídricas satisfatórias e ainda não temos uma infraestrutura adequada. Mas isso vai mudar. Todos estão empolgados com isso (aumento da procura pelas frutas)”, pontua Sílvio Carlos.

O presidente da Associação das Empresas Produtoras Exportadoras de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Luiz Roberto Barcelos, endossa que a pandemia não impactou negativamente o setor. Ele avalia que o aumento das vendas do setor se deu porque as pessoas estavam mais preocupadas com uma alimentação mais saudável e demandaram, especialmente, as frutas cítricas e as que precisam ser descascadas, como banana, melão e manga.

O setor tem como expectativa que o Ministério da Agricultura firme mais parcerias para vendas de frutas<MC0>, aponta Barcelos, de forma que os produtores rurais tenham mais oportunidades de vendas. “Há conversas para exportarmos para a outros países, mas nada certo ainda. Nossa função é manter as área livres de pragas, porque ficaremos impedidos de exportar. Esperamos que ocorra até o próximo ano”.

Produção de caju
Outra cultura que deve apresentar um crescimento robusto neste ano é a do caju – o Ceará é líder nacional na exportação de castanha, tendo sido responsável por 81,58% das exportações brasileiras do produto no ano passado. Segundo o presidente da Câmara Setorial do Caju, Rodrigo Diógenes, a previsão é que 2020 tenha uma safra entre 5% e 10% maior que a do ano passado. No entanto, os fortes ventos e precipitações ocorridos entre junho e julho, especialmente no litoral, causaram um aumento na quantidade de doenças do cajueiro, o que está deixando a situação preocupante, com possibilidade de não concretizar esse aumento na safra 2020.

Por outro lado, ele pondera que a cadeia produtiva do setor tem avançado no beneficiamento dos produtos derivados do caju, o que valoriza os produtos comercializados. “O número de fábricas, pequenas fábricas de cajuína e beneficiamento da castanha, está aumentando. Hoje em dia, no Ceará, tudo o que se produz de caju é consumido internamente. Esperamos aumento significativo de produtores e empreendedores que não vendem mais o caju como matéria-prima, mas buscam transformá-lo na sua própria fazenda e já comercializar o produto acabado, agregando valor”, salienta Diógenes.

Ele explica que o setor já esperava uma elevação considerável do consumo de produtos oriundos do caju e da castanha, já que há uma demanda mais forte de consumo por produtos naturais.

“Temos a banana, que se aproveita in natura e em doces, por exemplo. Hoje em dia, com o caju também se faz isso. Existe, atualmente, uma tendência grande de se utilizar a fibra do caju para substituir a fibra animal. Então, apesar dessa preocupação, há uma elevação do aproveitamento integral da produção do caju, equilibrando as contas do produtor”, ressalta.

Algodão
Apesar de o carro-chefe do crescimento da agricultura local ser a fruticultura, Sílvio Carlos acrescenta que o desempenho do setor também será impulsionado pelas culturas de algodão e hortaliças, especialmente as de tomate e pimentão.

O Ceará já foi o segundo maior produtor de algodão do nos anos 70 e hoje está numa animada retomada, principalmente nas regiões do Centro-Sul e Cariri.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Algodão de Campina Grande (PB), em parceria com a Secretaria do Desenvolvimento Econômico do Ceará (Adece) e as secretarias municipais de Agricultura, implantaram em 2016 o projeto Modernização do cultivo do algodão no Estado do Ceará, voltado para a produção de algodão de sequeiro.

Em 2018, foram cultivados 30 hectares no Cariri. No ano seguinte, a área expandiu para 700 hectares. Em 2020, a expectativa é mais que dobrar o cultivo do ano passado.<CF73>

Safra 2019
De acordo com a Pesquisa Agrícola Municipal de 2019 (PAM), divulgada na última quinta-feira (1) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a safra agrícola do Ceará teve uma elevação de 8,3% no ano passado e ocupa a 5º posição no ranking entre os estados do Nordeste. O valor das principais culturas do Estado alcançou o montante de R$ 2,91 bilhões.

A pesquisa do IBGE também informou que algumas culturas subiram fortemente. É o caso da banana (14,6%); tomate (14%); maracujá (11,2%); milho (10,4%); feijão (9%); castanha de caju (8.8%); e mandioca (6,6%).

Quanto aos municípios, Guaraciaba do Norte foi o que registrou maior valor da produção agrícola no ano passado. O município responde por cerca de 7% do valor total do Estado, com um montante de R$ 205 milhões, um avanço de 41% em relação a 2018.<MC0>

Fonte: Diário do Nordeste em 01.10.2020

Ceará atraiu mais de R$ 56 bilhões em investimentos no mês de setembro

Ceará atraiu mais de R$ 56 bilhões em investimentos no mês de setembro

Quem encabeça a lista são os projetos de geração de energia offshore (capaz de aproveitar a força dos ventos nos mares)

Mesmo com a retração do PIB e a economia local aos poucos se recuperando, o Ceará faz o dever de casa no que diz respeito à atração de investimentos. Em setembro foram aproximadamente R$ 56,8 bilhões na somatória de projetos captados. É o que revela o titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), Maia Júnior.

Quem encabeça a lista são os projetos de geração de energia offshore (capaz de aproveitar a força dos ventos nos mares). Com capacidade de produção estimada em 5,2 GW, são R$ 50 bilhões. “O Ceará está se posicionando na dianteira. Cada GW representa R$ 10 bilhões. Uma torre offshore é capaz de gerar 15 MW de energia. Já uma onshore (em terra) gera 4,2 MW. Conseguimos também uma fábrica de aerogeradores no valor de R$ 400 milhões”, pontua.

Maia também elenca a refinaria da Noix Energy, na Zona de Processamento de Exportação (ZPE), no Pecém. Os investimentos giram em R$ 4,2 bilhões. No rol entra a assinatura do memorando de entendimento da usina de Itataia, cujo investimento gira em R$ 2,2 bilhões.

“São segmentos econômicos estruturadores que só confirmam o pioneirismo do Estado”, reforça Maia.

Vulcabras em Horizonte
Após a Vulcabras fechar acordo com a Alpargatas para a aquisição da Mizuno do Brasil, Maia relata que o time da secretaria entrou em campo para atrair os investimentos para o Ceará.

“No mesmo dia do anúncio, entrei em contato com o Pedro (Grendene). Falei para o governador da situação e ele se prontificou a buscar o negócio”, destacou. Ainda relevou que a Vulcabras foi assediada por outros Estados.

“Eles ainda vão detalhar o projeto para poder formalizar o acesso às políticas de incentivo. Será praticamente uma nova fábrica, apesar de fazerem no mesmo complexo fabril”, complementou Maia sem destacar o montante a ser investido no novo empreendimento.

Fonte: Jornal Focus em 28.09.2020

Turismo: baixo índice de contaminação fortalece Ceará como destino

Turismo: baixo índice de contaminação fortalece Ceará como destino

Setor debate a articulação entre os agentes públicos e privados do trade para que gargalos surgidos na pandemia sejam superados. Aposta é de que índice de movimentação pré-pandemia seja atingido no 2º semestre de 2021

A redução dos índices de mortes e de contaminação por Covid-19 no Ceará deve formar a base de divulgação para que os turistas voltem ao Estado, segundo defendem alguns representantes do trade turístico local.

A ideia é que o desempenho do Ceará no combate à disseminação pelo novo coronavírus seja levado aos viajantes e ajude a atrair turistas nas próximas temporadas – as quais devem ter os brasileiros como principais clientes.

O fomento e a promoção do destino “Ceará” durante a retomada é uma forma de restabelecer esse patamar vivenciado pelo turismo no ano passado, acredita a presidente do Sindicato das Empresas Organizadoras de Eventos e Afins no Estado do Ceará (Sindieventos-CE), Circe Jane Teles. Ela avalia que, se esse processo for bem planejado e organizado, os resultados já serão aparentes em 2021.

A recuperação dos voos também é uma preocupação dela. Para solucionar esses desafios, a presidente do Sindieventos-CE aposta no trabalho conjunto entre a iniciativa pública e privada.

“Precisamos estar em sintonia, tanto o poder público quanto o privado, para entendermos quais são os pontos favoráveis, como a gente pode colocar Fortaleza e outros municípios, e o Estado como um todo, na prateleira do mercado de turismo e de eventos”, aponta.
O questionamento deve guiar os debates promovidos pelo Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade do Sistema Fecomércio Ceará (Cetur), a partir de hoje (25), no canal do YouTube da Fecomércio.

Ampla divulgação

Para seduzir esse público nacional de turistas que vem avançando de forma tímida e atraí-lo a novos destinos, o presidente do Sindicato Estadual dos Guias de Turismo do Ceará (Sindegtur), Alberto Augusto, também aposta na ampla divulgação da situação de segurança sanitária vivenciada pelo Ceará nesta fase da pandemia.

“Se nós conseguirmos destacar isso diante do público do Brasil e até internacional, nós vamos ter consequências favoráveis de que o turismo volte a passos mais rápidos, mais largos. Por enquanto, ele está muito tímido, e o turismo local muito avançado”, afirma.
A alta temporada de férias não deve potencializar de forma significativa o setor agora, segundo Augusto. “O ‘boom’ só deve acontecer a partir da metade do ano que vem, se a pandemia estiver em estágio controlado”.

Outros potenciais

Mas, para tornar o Ceará uma referência no turismo para os cenários nacional e internacional, Circe Jane aponta ser necessário que as iniciativas pública e privada invistam também em destinos que não envolvam somente sol e mar.

“Acho que a gente tem que atrair novos equipamentos, resorts, além de também estabelecer um foco no turismo diferenciado, não só de sol e praia, mas tem colocar pontos no Ceará, como serra e sertão. Fazer o geoparque Araripe ter um fomento a mais de fluxo turístico, ou seja, essas regiões que ainda não são contempladas com um fluxo satisfatório. Precisamos divulgar nossas riquezas”, reforça.
Augusto cita o turismo direcionado à prática de esportes, além dos recursos naturais, como possibilidade que deve ser analisada pelo segmento.

Fonte: Diário do Nordeste em 24.09.2020

Governo Federal pretende atrair R$ 10 bilhões com venda de portos

Governo Federal pretende atrair R$ 10 bilhões com venda de portos

O presidente Jair Bolsonaro espera, até o fim de 2022, repassar 31 portos à iniciativa privada. Caso esta ação se concretize, a arrecadação total deve chegar a mais de R$ 10,7 bilhões.

Este valor foi estimado pelo secretário de Portos do Ministério da Infraestrutura, Diogo Piloni, em entrevista ao jornal Valor Econômico. Segundo Piloni, quatro terminais em portos têm licitação agendada para o dia 18 de dezembro: dois em Aratu (BA), para a movimentação de grãos e minérios, um de veículos em Paranaguá (PR) e um de granéis líquidos em Maceió (AL).

Piloni ainda afirma que a equipe econômica deu sinal verde para o valor pago pelos grupos vencedores nos leilões seja revertido diretamente a favor das autoridades portuárias (Companhias Docas).

Fonte: Terra Brasil em 21.09.2020

Ceará inicia em outubro embarque de melão para China

Ceará inicia em outubro embarque de melão para China

Produtores já discutem com armadores como será a logística para a primeira viagem, que pode durar até 35 dias. Expectativa é que mercado chinês motive a duplicação da área plantada atual

O Ceará se prepara para dar o maior salto em exportações de frutas nos últimos anos. Até o fim de outubro, produtores locais farão o primeiro teste para enviar melão para a China. Em uma logística que ainda está sendo concluída, a viagem estimada é de 30 a 35 dias e levará seis contêineres do produto para o país asiático. O setor está otimista com a empreitada. Se o resultado for positivo, a expectativa, com o novo mercado, é dobrar a produção local, levar o Ceará ser o maior produtor de melão no país e ampliar a oferta de empregos no campo e nas indústrias do agronegócio.

De acordo com o presidente da Câmara Setorial do Agronegócio, José Amílcar Silveira, o primeiro embarque de melão para a China deve acontecer dia 23 ou 26 de outubro. O evento deve contar com a presença da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina. Os seis contêineres sairão do Porto do Pecém em direção ao Porto de Santos, principal equipamento do tipo no país e maior complexo portuário da América Latina. “É um negócio fantástico. Se a gente conseguir, nossa produção de melão vai dobrar”, antecipa Amílcar.

Segundo ele, a China tem 440 mil hectares plantados de melão. Contudo, a produção não é regular ao longo do ano por conta do período chuvoso, que prejudica o plantio. Já no Brasil, são 20 mil hectares cultivados com melão, sendo 15 mil no Ceará e 5.000 no Rio Grande do Norte, onde as chuvas se restringem a cerca de três meses por ano e não são regulares. Silveira acredita que, efetivada a ponte com o mercado chinês, 20 mil hectares a mais sejam plantados no país, dobrando a capacidade atual, sendo 5.000 novos hectares somente no Ceará e em curto prazo.

Hoje a maioria do produto exportado do Ceará vai para a Europa. Somente um produtor embarca para o continente 300 contêineres por semana. Amílcar Silveira informa que, durante esses meses de pandemia, todos os contratos foram reativados e com procura maior, uma vez que a produção caiu em alguns países. “Com o dólar mais alto, naturalmente vamos ter uma receita maior”, diz, destacando que a expectativa é aumentar em 30% a receita da exportação de frutas em 2020, independente do negócio com a China.

Este ano, em relação à água, Amílcar Silveira afirma que a situação é confortável, devido às chuvas, à efetivação da transposição de águas do Rio São Francisco e ao aporte acumulado no açude Castanhão. Contudo, ele informa que o maior limitador da produção agropecuária local é exatamente a água. “É nosso gargalo, porque não temos grandes rios e o custo para trazer água do São Francisco é caro. Se a água do São Francisco fosse para Fortaleza e o Castanhão abastecesse a agricultura, seria o ideal. Para a pecuária, inclusive, é melhor que chova menos. Se tiver água, não precisamos de chuva. O que falta é reúso, melhorar a eficiência no abastecimento e distribuição, diminuir o desperdício. Só precisa ser eficiente. Hoje o desperdício é de 48%. Se fosse 25%, nós teríamos o equivalente a duas usinas de dessalinização”, explica Silveira.

Segundo o secretário executivo da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Ceará (Sedet), Sílvio Carlos Ribeiro, em anos anteriores, a exemplo de 2019, os produtores exportavam de 100 a 150 contêineres em uma semana. Neste ano, são 250 a 300. “E ainda tem a questão do Oriente Médio e, em outubro, o grande desafio que é a China. Já temos permissão para exportar para lá, mas ainda não tem a logística definida. Os produtores já vão discutir com armadores para fazermos o teste. O problema é o tempo. Da fazenda até a Europa são 10, 12 dias até chegar ao consumidor. Na China, são 30 a 35 dias. Vamos avaliar a qualidade do melão quando chegar lá, a logística, o tempo. Dando certo, vai ser uma reviravolta no mercado”, aposta. Para Sílvio Carlos, a logística para a China sendo positiva, o negócio “vai mudar completamente o mercado, porque o consumo é muito alto. O mundo árabe também comprou bastante ano passado, há muitos países interessados, os Emirados Árabes, a Arábia Saudita”, complementa.

Fonte: O Otimista em 19.09.2020

Ministro diz que Nordeste terá investimentos de R$ 26 bi para expansão energética

Ministro diz que Nordeste terá investimentos de R$ 26 bi para expansão energética

O chefe da pasta participou junto ao presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira da inauguração de nova etapa do complexo solar de Coremas (PB)

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, destacou nesta quinta-feira, 17, que 56% da previsão da expansão da capacidade de geração de energia elétrica brasileira até 2026 se dará na Região Nordeste. Segundo ele, os investimentos devem chegar a cerca de R$ 26 bilhões.

O chefe da pasta participou junto ao presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira da inauguração de nova etapa do complexo solar de Coremas (PB).

Durante o evento, o ministro ressaltou em especial o potencial energético da região na produção de energias limpas, a eólica e solar. “O Nordeste se destaca pela sua extraordinária contribuição nas gerações solar e eólica, fontes que representam hoje cerca de 11% da nossa capacidade de geração e serão 25%, em 2030”, disse.

O ministro também citou o perfil acima da média mundial do País de produção de energia limpa. “As nossas fontes limpas e renováveis representam 85% da geração de energia elétrica brasileira, enquanto a média no resto do mundo é 24%”, disse.

Ele também mencionou a segurança energética do Brasil, mesmo durante a pandemia da covid-19. “O Brasil é um exemplo para o mundo em termos de sustentabilidade na geração e energia elétricas. Estamos vendo na pandemia alguns países com apagões e aqui estamos com segurança energética; fontes limpas 85% da energia.”

Fonte: Diário do Nordeste em 17.09.2020

Refinaria entra no rol de grandes projetos privados no CE, que somam R$ 56 bilhões

Refinaria entra no rol de grandes projetos privados no CE, que somam R$ 56 bilhões

Iniciativa privada é responsável pela aplicação dos recursos no Estado, em parcerias com o governo estadual e com o federal, no caso da Usina de Itataia. Resultado aparecerá com geração de empregos e atração de novas indústrias

Ao fim deste mês, o Ceará deve somar R$ 56,64 bilhões em investimentos estruturantes, que não se limitam exclusivamente à instalação de empresas, mas à atração de novas indústrias e fomento de desenvolvimento local. Além do acordo firmado semana passada para estabelecimento de indústrias na área de energia (investimento de R$ 50,4 bilhões) e os R$ 4,240 bilhões anunciados ontem para a refinaria de petróleo, o Estado deve firmar, no fim de setembro, aplicação de mais R$ 2 bilhões para a construção da Usina de Itataia, no município de Santa Quitéria. Com os três aportes, o Ceará passa a ser destaque no país por movimentar tamanho volume em negócios estruturantes nestes meses de pandemia.

De acordo com o titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Ceará (Sedet), Maia Júnior, no fim do mês o projeto para a Usina de Itataia deve ser assinado pelo Estado, Governo Federal e Consórcio Santa Quitéria, formado pela estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e Empresa Galvani Indústria Comércio e Serviços S.A. A finalidade é explorar, na mina localizada no município de Santa Quitéria, urânio e fosfato. “Dentro de uma lógica estratégica, são três grandes projetos que vão ter como consequência uma boa geração de empregos e desenvolvimento local”, acredita o secretário.

São avanços para uma nova economia, na avaliação de Maia Júnior. Isso porque as atrações envolvem energias renováveis, bens e geração de energia solar e eólica. “Agora estamos consolidando as energias offshore. Atraímos uma fábrica semana passada. Com o projeto de energia, turismo, o hub de aviação e indústria de datacenter, o Ceará está criando – além das velhas economias, como agronegócio, têxtil, turismo e indústria de calçados – novas oportunidades de fortalecer sua base econômica. Do ponto de vista futuro isso tudo dá ao Ceará uma estrutura mais sólida de desenvolvimento”, considera.

Só com Itataia, o investimento estimado é de US$ 400 milhões de dólares, o que equivale a cerca de R$ 2 bilhões. Trata-se de um acordo semipúblico, pois o INB é o detentor de exploração da mina de urânio no Brasil, mas uma empresa do setor de fertilizantes que vai produzir o subproduto da mina, que é o fosfato. A produção local, segundo Maia Júnior, deve reduzir em 50% as importações brasileiras as fosfato e bicálcio. A expectativa é que a exploração e produção gerem em torno de 2.000 empregos diretos. A previsão é que a mina passe a operar por volta de 2023, sendo que o projeto deve ser iniciado no fim de 2021 ou início de 2022.

“São três notícias extraordinárias”, diz Maia Júnior. Além da refinaria e da Usina de Itataia, ele se refere ao contrato assinado semana passada com chinesa Mingyang Smart Energy, que construirá uma fábrica de aerogeradores para utilização em parques eólicos offshore, instalados no mar do Ceará. Com 15 fábricas na China, a companhia pretende investir R$ 400 milhões no Ceará. Somados aos investimentos do projeto Asa Branca e da Neoenergia, Maia Júnior informa que o Ceará soma R$ 50,4 bilhões em aplicações em energia limpa. “São três notícias extraordinárias para o Estado, em um momento difícil, em que o Nordeste todo teve articulação de atração”, diz.

“Considerada a maior jazida de urânio do Brasil, Itataia foi descoberta na década de 1970. Em 2004 formou-se o consórcio do Projeto Santa Quitéria (PSQ), formado pela estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e a Empresa Galvani Indústria Comércio e Serviços S.A. Segundo informações da INB, o PSQ está na agenda de prioridades do Governo Federal. A empresa aponta como justificativa a “recuperação do Brasil pós-pandemia da covid-19, com foco na balança comercial tanto para o urânio como para o fosfato”. O objetivo da exploração, segundo a estatal, é produzir fertilizantes fosfatados granulados destinados à agricultura, fosfato bicálcico utilizado para suplementação animal e urânio para a produção de energia elétrica.

Entre os benefícios do projeto a INB destaca ainda a condução de investimento pela iniciativa privada, a diminuição da importação de fertilizantes, a receita prevista, arrecadação de impostos, distribuição de produtos fosfatados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e desenvolvimento da “rota tecnológica”. Ainda conforme a estatal, a exploração em Itataia será baseada na economia de água, dispensará barragem de rejeitos, substituirá biomassa por coque de petróleo e terá maior aproveitamento do minério.

Pesquisas apontam que a produção do fosfato deve garantir a exclusão de elementos radioativos que representam risco para pessoas e ecossistema. Segundo informações do Ministério de Minas e Energia, o país importa urânio enriquecido no valor de R$ 100 milhões mensais para abastecer as usinas Angra I e II. O Movimento pela Soberania Popular na Mineração no Ceará defende que as comunidades atingidas participem das decisões e que o projeto contemplem políticas públicas que humanizem a economia, as relações com o espaço e minimizem riscos de contaminação.”

Investimento na refinaria é de R$ 4,240 bi, com implantação em até 30 meses

Após mais de 60 anos de espera, finalmente o Ceará terá uma refinaria – não pública, como foi ventilado no início dos anos 2000, mas com investimento privado. Nessa quarta-feira, o memorando de entendimento para a instalação do projeto foi assinado entre Governo do Estado e a companhia brasileira Noxis Energy. Com investimento de R$ 4,240 bilhões, a refinaria de petróleo deve gerar 150 empregos diretos e 3.000 indiretos. O maior impacto, contudo, é para o desenvolvimento local. Através da refinaria, novas indústrias podem se instalar no Estado, inclusive montadora de veículos. O fator determinante para a efetivação do projeto neste ano de incertezas econômicas foi o fato de o Ceará ser o único estado brasileiro com uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE) em pleno funcionamento.

O governador Camilo Santana assinou o documento com o diretor-presidente da Noix, Gabriel Debellian, e Márcio Dutra, principal investidor. Os secretários do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), Maia Júnior, e do Meio Ambiente (Sema), Arthur Bruno, também estavam presentes. “Sempre tivemos um objetivo de implantar no Ceará uma refinaria e uma siderúrgica. Em 2017 conseguimos abrir a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), formada pela brasileira Vale e as coreanas Dongkuk e Posco, um grande investimento de todas as partes. Agora, para a instalação da refinaria da Noxis Energy, nós também nos colocamos à disposição para viabilizar a sua instalação. É um grande investimento para o nosso Estado e para os cearenses”, aponta o governador.

Após o licenciamento ambiental, a implantação está prevista para ocorrer no máximo em 30 meses. Em funcionamento, a refinaria terá como principal produto o óleo combustível marítimo (bunker), com capacidade de refino de 50.000 BBL/dia. Mas, plenamente implantada, a produção prevista é de 1.500.000 (hum milhão quinhentos mil) toneladas/ano de combustível, até 2025. Sediada no Rio de Janeiro, a Noxis Energy atua na área de refino de petróleo com plantas em processo de instalação em locais estratégicos ao longo da costa brasileira.

“Estar no Ceará é muito estratégico para a nossa empresa, pois o Estado apresenta condições favoráveis em posicionamento geográfico em um mercado com demanda significativa de derivados num raio de 200 km, instalações necessárias como o moderno Porto do Pecém, e pode atender também o Porto de Itaqui no Maranhão. Por falta de oferta, os navios vêm para o Brasil supridos de combustível para a viagem de retorno, e assim nos colocamos como principal fonte de reabastecimento de um bunker limpo, que terá uso compulsório nas embarcações já em 2020, reduzindo o teor de enxofre de 3,5% para 0,5%”, explica Gabriel Debellian. O presidente da Noxis garante também que a prioridade para a mão de obra essencial da refinaria será de cearenses.

Originalmente, a refinaria seria instalada no Maranhão. Contudo, a localização e as vantagens estratégicas locais foram preponderantes. Na avaliação do secretário Maia Júnior, daqui em diante o momento é de desenvolver projetos e obter licenças ambientais e de órgãos públicos licenciadores de obras. A ação, para o secretário, representa um segundo grande passo para a estruturação da política de desenvolvimento econômico, pois se trata de um investimento estruturador. O outro projeto a que Maia Júnior se refere é a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP).

“Como a ideia inicial era de um projeto voltado para exportação, o fato de o Ceará ter a única ZPE em funcionamento no Brasil foi um fator decisivo”, ressalta. Como contrapartida, o Estado oferta terrenos que hoje estão alugados e incentivos fiscais. Como já é definido pela ZPE, a produção e exportação do petróleo refinado não gerará imposto. Desse modo, a vantagem local é mais ampla. “A refinaria vai gerar um outro de consumo e indústrias complementares. Como vamos exportar, estamos agregando valor ao petróleo bruto, produzindo combustíveis, criando novas economias, fortalecendo a visão de futuro do porto e consolidando todo o arranjo planejado para o Pecém”, contextualiza.

Como reforça o secretário, “uma indústria não se abre nem se fecha da noite para o dia, sempre foi base de desenvolvimento em qualquer país do mundo”. Apesar de considerada de pequeno porto, Maia Júnior afirma que a refinaria pode ser ampliada de acordo com a demanda. Além disso, a instalação suscita uma nova lógica de crescimento no setor. Como se trata de uma indústria de base, a expectativa é que sua instalação agregue a vinda de outras indústrias, como a petroquímica. “Com essa nova estruturação, os desdobramentos futuros incluem negócios complementares, como a indústria automobilística, por exemplo. Não há mais impeditivo de se formar a complementação da cadeia, com uma base de refino, atrelada à indústria petroquímica”, sinaliza.

O secretário lembra ainda que a refinaria resgata antigos planejamentos para o Ceará, de outros governos. Isso porque desde os anos 1960 se ventila a possibilidade de o estado ter uma refinaria de petróleo. A condição mais próxima ocorreu no início dos anos 2000, quando a instalação de uma refinaria da Petrobras mobilizou estados nordestinos a barganharem a obra. Na ocasião, a decisão foi pelo estado de Pernambuco, onde a Refinaria Abreu e Lima foi instalada, está em operação, mas neste ano passa pela possibilidade de ser privatizada. No Nordeste, o outro equipamento do tipo é a Refinaria Landulpho Alves-Mataripe, construída nos anos 1960 na Bahia e também, à época, vislumbrada para ser instalada no Ceará. Na região, portanto, a refinaria cearense será a terceira, mas a primeira privada.

Fonte: O Otimista em 16.09.2020

ESG: Environmental, Social & Governance. Por Karyna Gaya

ESG: Environmental, Social & Governance. Por Karyna Gaya

Conheça o termo que está sendo cada vez mais utilizado como critério para avaliação e investimento em empresas

Empresas que adotam melhores práticas ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês, como são conhecidas internacionalmente) estão no foco de investidores quando da construção de suas carteiras e da gestão de risco, fortalecendo o conceito de investimentos sustentáveis.

Mas o que isso significa? Que consultores financeiros, bancos e fundos de investimentos estão considerando critérios “ESG” para avaliar empresas de acordo com seus impactos e desempenho em três áreas: meio ambiente, sociedade e governança.

Critérios ambientais ajudam o investidor a entender o relacionamento da empresa com o mundo natural e a sua dependência de recursos naturais. São avaliados fatores como mudança climática, emissão de carbono, uso de recursos naturais, poluição e resíduos.

Já as métricas sociais ajudam na visualização de potenciais preocupações em relação a direitos humanos, relações trabalhistas, comunidades e com o público em geral. Medidas relacionadas à saúde, segurança, diversidade, treinamento de colaboradores, responsabilidade com o consumidor, relação com a comunidade e atividades beneficentes são levadas em consideração quando de investimentos considerando fatores ESG.

Companhias com boa governança, por sua vez, são mais confiáveis e menos propensas a ceder para corrupção, tornando-se mais atrativas para investimentos. Direitos dos acionistas, composição do Conselho de Administração (independência e diversidade), política de remuneração da diretoria e fraudes são avaliados no critério ESG de governança.

No Brasil, a adoção de critérios ESG se encontra em estágio inicial. Em um primeiro momento, investidores se concentraram primordialmente em assuntos reputacionais e em escândalos de corrupção para avaliação de riscos, tornando a governança corporativa o foco inicial de atenção.

Essa abordagem, contudo, começa a evoluir. Seja para avaliação por investidores ou, antes disso, para manter um crescimento sustentável, empresas devem considerar questões ambientais e sociais, além das questões de governança corporativa, evitando impactos negativos em curto, médio e longo prazos.

Vale então refletir sobre os seguintes questionamentos: Quais questões ambientais, sociais e de governança são financeiramente relevantes para cada companhia ou indústria? Como as companhias estão lidando com esses riscos? Como esses riscos vão afetar o valor de longo prazo da companhia?

Deve-se ter em mente, por fim, que a atenção aos critérios ESG revela a tendência dos investidores em não priorizar empresas com potencial de passivos ambientais, trabalhistas e relacionadas à corrupção, bem como a preocupação de geração de valor ao longo do tempo, direcionando investimentos a empresas empenhadas em preservar o meio ambiente, a diversidade e a ética

Fonte: Focus em 16/09/2020

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