Qair Brasil concreta primeiro aerogerador de Complexo Híbrido no Ceará

Qair Brasil concreta primeiro aerogerador de Complexo Híbrido no Ceará

Projeto prevê instalação de 49 aerogeradores V150 da Vestas a uma potência de 205,8 MW em sua primeira fase, chegando a 405 MW finais de capacidade eólica e solar

A subsidiária brasileira da desenvolvedora de soluções em energias renováveis Qair concluiu na semana passada a concretagem de sua primeira fundação de aerogerador em território nacional, localizado no canteiro de obras do Complexo Híbrido Eólico e Solar PV do Serrote, no município do Trairi, no Ceará. A iniciativa prevê a instalação de 49 aerogeradores V150 da fabricante dinamarquesa Vestas e capacidade instalada total de 205,8MW em sua primeira fase. Estão previstas ainda mais duas etapas, sendo a segunda eólica e uma última Solar PV, o que permitirá atingir a capacidade instalada de 405MW.

“A concretagem da primeira fundação de turbina eólica é um marco na nossa empresa, uma vez que simboliza o início de uma história que tem tudo para ser de grande sucesso”, comenta Gustavo Silva, diretor de Operações da Qair Brasil, controlada do grupo Qair International, de origem francesa, e com operações em doze países no mercado de energias renováveis.

Empreendendo no Brasil desde o início de 2018, inicialmente sob a denominação de Quadran Brasil, a empresa experimentou significativa alteração na sua razão social e identidade visual, mas mantendo sua posição de mercado, desenvolvendo projetos em diferentes estados da região Nordeste, e com sua sede administrativa situada em Fortaleza.

Fonte: Canal Energia

Fiec lança estudo para orientar indústrias a produzirem itens de combate à pandemia

FIEC lança estudo para orientar indústrias a produzirem itens de combate à pandemia

A Federação ds Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) lançou, na última quinta-feira (21), o estudo “Estratégias para a Reorientação Produtiva da Indústria Cearense frente à Covid-19”. O objetivo do material é orientar os representantes do setor a produzirem itens de combate à pandemia do novo coronavírus.

O estudo contém um mapeamento de panorama geral; desenho técnico, materiais, equipamentos necessários; alternativas produtivas, patentes e possíveis empresas fornecedoras.

“O estudo consiste numa iniciativa para contribuir com aquelas indústrias que vejam a possibilidade conversão de suas produções industriais para os itens médicos essenciais de maior demanda pelo sistema de saúde”, explica Byanca Pinheiro, analista de Gestão e Prospectiva Estratégica do Observatório da Indústria.

Entenda
De acordo com a Fiec, o colapso do sistema de saúde, temido por consequência da disseminação do covid-19, não se dá apenas pela falta de leitos hospitalares ou da falta de profissionais da área da saúde. Conforme a instituição, além dos equipamentos de respiração mecânica, vários itens também são necessários para o tratamento eficaz dos doentes, tanto para aumentar suas chances de sobrevivência quanto para proteger os profissionais de saúde que estão incumbidos nesta tarefa.

O fornecimento de itens como luvas, máscaras, cateteres, tubos endotraqueais e outros listados neste documento, pontua a entidade, é fundamental para que as atividades hospitalares não cessem e para que nenhum paciente deixe de receber um tratamento digno.

Fonte: Marcia Travessoni em 25/05/20

Plano de retomada da economia poderá ser anunciado na manhã desta quarta-feira (27)

Plano de retomada da economia poderá ser anunciado na manhã desta quarta-feira (27)

Versão final deverá ser apresentada pelo Governo do Estado aos representantes dos setores da economia cearense ainda nesta quarta (27)

Segundo o secretário de desenvolvimento econômico e trabalho do Estado, Maia Júnior, o projeto deverá ser anunciado na manhã de hoje (27) pelo governador Camilo Santana.

“Vamos apresentar a versão final ainda hoje, às 19h, para os representantes da economia para que possam analisar e fazer alguma consideração. Se tudo for aprovado, o governador deverá apresentar amanhã pela manhã”, disse Maia.

A afirmação foi dada durante uma transmissão ao vivo realizada pelo Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Ceará.

Apesar do decreto de isolamento social, Maia Júnior afirmou que 75% da economia do Estado – considerando o valor adicionado bruto – está operando normalmente durante a pandemia. Considerando todos os serviços essenciais, isso representaria 60% do empregos ativos no Estado.

“Temos hoje 75% da economia e 60% dos empregos operando normalmente. E boa parte desses 75% são serviços essenciais. Estamos planejando agora para reabrir os 25% da economia e os 40% dos empregos que estão parados”, afirmou Maia.

PROFISSIONAIS LIBERAIS
Sobre os profissionais liberais, o titular da SDE disse apenas que o plano de retomada contempla de forma favorável o setor. Ele não detalhou em qual das etapas de liberação do plano de reabertura a categoria será incluída, mas disse que os profissionais podem ir “esquentando os tamborins”.

O plano de retomada do Governo do Estado deverá ser baseado em até 4 fases e durar pelo menos 56 dias, com 14 dias por etapa.

A data de início, no entanto, deverá ser baseado nos índices de saúde, considerando possíveis reduções ou estabilização das taxas de contaminação, internações e óbitos causados pelo novo coronavírus. Entre cada fase, os índices serão monitorados pelos especialistas da área da saúde.

COFRES PÚBLICOS
Maia ainda destacou que crise causada pela pandemia afetou consideravelmente a situação dos cofres públicos do Estado. Segundo ele, a arrecadação do Estado, em abril, apresentou uma queda real de quase 28% em relação a igual período do ano passado.

Além disso, a expectativa é que a situação em maio indique uma queda ainda maior.

“Não estamos nos endividando como o governo central, até porque não podemos fazer isso. Então não temos dívida, mas temos uma queda de receita. Em março, a queda foi de 1% na arrecadação própria do Estado. Em abril, do ponto de vista real, foi de quase 28%. E maio ainda estamos acompanhando, mas pode ficar pior que abril”, disse Maia.

Fonte: Diário do Nordeste em 27/05/20

Portal do governo disponibiliza solicitações de importação e exportação de produtos controlados

Portal do governo disponibiliza solicitações de importação e exportação de produtos controlados

A partir de agora, demandas como solicitar, alterar ou cancelar autorização sobre importação e exportação de produtos controlados – consideradas prioritárias no enfrentamento à pandemia de coronavírus (Covid-19) – podem ser realizados no Portal do governo federal, o Gov.br.

A digitalização de nove serviços relacionados a produtos controlados integra o Plano Digital da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que começou a ser implementado no ano passado. Desde então, 99 serviços da Anvisa foram transformados em digitais.

Ainda na última semana, outros sete tipos de solicitações relacionadas a saneantes e uma a agrotóxicos também passaram a ter acesso on-line. Com o Plano Digital e a consequente aceleração da digitalização de seus serviços públicos, a expectativa, conforme a Anvisa, é melhorar o acesso dos usuários e otimizar ainda mais o trabalho de servidores e os recursos disponíveis.

“O plano possui uma visão estratégica, alto engajamento com relação às entregas e alinhamento com os padrões e ferramentas utilizados pelo governo federal para melhorar a vida da sociedade”, afirma o secretário de Governo Digital do Ministério da Economia, Luis Felipe Monteiro.

A Secretaria de Governo Digital é o órgão central da transformação digital do governo federal e apoia os demais nas ações nessa área. São 700 serviços do governo federal já digitalizados desde janeiro do ano passado, o que gera economia de R$ 2,2 bilhões anuais. Quem mais poupa é o cidadão – R$ 1,5 bilhão por ano – ao deixar de se deslocar para os órgãos públicos e gastar com despachantes para agilizar a solução de suas demandas.

A Estratégia de Governo Digital recém publicada estabelece a meta de 100% de digitalização nos mais de 3,3 mil serviços do governo federal até o final de 2022.

Serviços recém-digitalizados pela Anvisa

Os nove procedimentos relacionados a produtos controlados agora disponíveis no Gov.br são:

> Autorização de Importação de substância, planta ou medicamento controlado;
> Autorização de Exportação de substância, planta ou medicamento controlado;
> Autorização de Fabricação para Fim Exclusivo de Exportação;
> Autorização para Fim de Desembaraço Aduaneiro;
> Autorização Especial Simplificada para Estabelecimento de Ensino e Pesquisa;
> Certificado de Não Objeção para Importação;
> Certificado de Não Objeção para Exportação;
> Cota de Importação Inicial;
> Renovação de cota de importação.

Os novos sete serviços digitais relacionados a saneantes e um a agrotóxicos:

> Alteração de registro de saneantes;
> Renovação de registro de saneantes;
> Cancelamento de registro de saneantes;
> Registro de saneantes de risco 2;
> Autorização de ativo novo para uso domissanitário;
> Emissão de certificado de registro de saneante;
> Comunicação da fabricação de saneante exclusivo para exportação;
>Solicitação de alteração de monografia do ingrediente ativo – uso domissanitário (agrotóxicos).

(*) Com informações da Ascom/Anvisa

Fonte: Comex do Brasil em 25/05/20

TAP anuncia planos de voo e amplia ligações para o Brasil

TAP anuncia planos de voo e amplia ligações para o Brasil

A TAP publicou nesta segunda-feira o seu plano de voo para os próximos dois meses que implica 27 ligações semanais em junho e 247 em julho, sendo a maioria de Lisboa, de acordo com dados divulgados pela companhia aérea.

Ao longo deste mês e à medida que foram levantadas algumas das restrições impostas às companhias aéreas, a TAP foi adicionando voos, nomeadamente para Londres e Paris, entre Porto e Lisboa, dois voos por semana para S. Paulo e um voo semanal para o Rio de Janeiro, sendo que, com isso, a operação da TAP no final do mês de maio será de 18 voos por semana.

Em junho, de acordo com o mesmo plano, a companhia aérea planeia voltar a operar mais voos intercontinentais, incluindo dois por semana para Nova Iorque (Newark), um para Luanda, a partir de dia 15, e outro para Maputo. Em Portugal, as ligações entre Lisboa e a Madeira passarão a ser diárias, sendo que no final de junho a TAP contará com 27 voos semanais.

Em julho, a transportadora conta aumentar significativamente as ligações, ainda que em valores muito distantes dos três mil semanais que registava antes da pandemia.

Assim, nesse mês o plano da companhia aérea aponta para 247 voos por semana, com um reforço das redes europeia e intercontinental, um valor de perto de 19% da sua operação normal, contabiliza a TAP.

Haverá assim uma reposição de voos na Europa, que passam dos atuais dois destinos (Londres e Paris), para um total de 21, sendo que na parte intercontinental há um aumento da operação para o Brasil, com o retorno de voos para Recife e Fortaleza.

Serão ainda reforçadas as rotas para a América do Norte, onde será retomada a operação para Boston e Miami, bem como para Toronto, sendo que para África serão recuperadas as ligações para Praia, São Vicente e Dakar.

Serão também repostas ligações diretas do Porto a Paris, Luxemburgo e à Madeira, sendo que neste último caso a Região Autónoma contará, assim, com duas ligações por dia para Lisboa e dois voos por semana para o Porto, sendo ainda reiniciadas as ligações ao Porto Santo (de Lisboa), com dois voos semanais.

Para os Açores, a TAP passará a ter voos diários entre Ponta Delgada e Lisboa e haverá um crescimento para três voos semanais à partida da Terceira. Por sua vez, Faro contará com a reposição de dois voos por dia para Lisboa, indicou a TAP.

A companhia aérea já tem a informação disponível no seu ‘site’, avisando que estas rotas podem vir a ser alteradas caso as circunstâncias o exijam.

A TAP tem a sua operação praticamente parada desde o início da pandemia, à imagem do que aconteceu com as restantes companhias aéreas, prejudicadas pelo confinamento e pelo encerramento de fronteiras apara conter a covid-19.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou quase 345 mil mortos e infetou mais de 5,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 2,1 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.330 pessoas das 30.788 confirmadas como infetadas, e há 17.822 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

No Brasil, são 363 mil diagnosticados com COVID-19, quase 150 mil recuperados, e 22.666 óbitos, segundo dados deste domingo do Ministério da Saúde.

Fonte: Mundo Lusíada em 25/05/20

Consciência coletiva para a retomada do turismo no CE

Consciência coletiva para a retomada do turismo no CE

À frente da Câmara Setorial de Turismo e Eventos, abrigada no âmbito da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará – ADECE, Anya Ribeiro conta que, durante a pandemia, o papel da Câmara tem sido de reunir as dificuldades das instituições que são parceiras para ajudá-las a enfrentar o momento de crise.

A presidente, que já foi secretária de turismo do Ceará, reforça, no entanto, não sabe quando será possível a retomada do turismo. “Pelo plano do Governador Camilo Santana, as atividades de turismo, eventos e futebol só deverão retomar 56 dias após o pico da pandemia, quando voltar, a tendência é fazermos turismo dentro do estado”. Anya explica que isso acontecerá porque as pessoas saberão como está o controle da pandemia onde residem, o que trará segurança na hora de viajar. “Nesse sentido também estamos conversando com outras regiões para que elas possam, juntos com Fortaleza, estarem se organizando para receber essa retomada, acolher o cearense dentro do Ceará”.

A presidente ainda frisa que o trabalho que tem feito à frente da Câmara Setorial de Turismo e Eventos é de conscientização para que todos trabalhem unidos. “Esse momento é de muita cooperação, de aglutinar as empresas. O turismo não se faz só na hora da hospedagem, precisa de avião, de eventos, de alimentação… A cadeia precisa estar muito mais unida nessa retomada, recriar a sociedade para um novo turismo”, ressalta.

Fonte: Márcia Travessoni / Diário do Nordeste em 21.05.20

Crise não inibe e número de cearenses na Bolsa de Valores salta 43%

Crise não inibe e número de cearenses na Bolsa de Valores salta 43%

Mesmo com circuit brakers sucessivos em março e a instabilidade trazida pelo novo coronavírus, o investidor do Estado bateu recorde de crescimento no número de participantes na B3 entre janeiro e abril deste ano

Contrariando a ideia de que, em momentos de crises, cresce o nível de aversão a ativos de risco, o investidor brasileiro, em geral, e o cearense, em particular, acabou aumentando de maneira significativa sua presença na bolsa de valores ao longo de 2020. Mesmo diante de uma das maiores crises econômicas já vistas, o número de investidores pessoa física cresceu de forma consistente desde janeiro, mês após mês.

No Ceará, a quantidade de investidores passou de 30.127, no último dia de 2019, para 43.823, no fim de abril, um incremento de 45% e um recorde histórico para o Estado. E se forem considerados os investidores de todo o País, o incremento foi de 42%.

Além dos motivos que, desde o ano passado, já vinham atraindo investidores para o mercado de capitais, como a queda da taxa básica de juros (Selic), que derrubou a rentabilidade dos títulos de renda fixa, o que se tem visto no decorrer deste ano é o pequeno investidor buscando aproveitar a queda dos preços para comprar ações, diferente do que ocorria em outros momentos de crise, quando a reação normal era buscar segurança em ativos com menor volatilidade. Em março, pior mês do ano para a bolsa, quando o Ibovespa despencou mais de 30% com a ocorrência de seis circuit breakers, a quantidade de investidores cearenses cresceu 10%, com a chegada de mais de 5 mil novas pessoas.

Informação

Para Raul dos Santos Neto, vice-presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Ceará (Ibef-CE) e diretor da CBPCE, o movimento que tem sido observado agora se deve também ao maior grau de informação por parte do investidor, maior entendimento dos riscos envolvidos, e à facilidade em realizar as operações. “O nível de conhecimento sobre o mercado financeiro ampliou-se. Profissionais que não são da área, como médicos e advogados, têm participado mais do mercado. Além disso, há o auxílio das plataformas de negócios, de corretores independentes e dos grandes bancos, que ajudaram na conscientização sobre o mercado de ações”.

O vice-presidente do Ibef-CE destaca ainda a atratividade dos preços dos ativos, após as recentes quedas. “Mesmo diante da queda recente da bolsa, no início da pandemia, em março, as pessoas continuam sacando fortemente recursos de renda fixa e de produtos tradicionais e ampliando suas posições em bolsa”, diz Raul dos Santos. “A bolsa neste momento está extremamente descontada, com empresas subavaliadas, de modo que há muita oportunidade de ganho no mercado”.

Quando registrou seu ponto mais baixo de 2020, no dia 23 de março, aos 63 mil pontos, o Ibovespa amargava uma queda de 46% no ano. Mas, desde então, a bolsa já subiu 22%, reduzindo a queda do ano para 33%. Com o aumento de participação, o investidor pessoa física representa hoje cerca de 25% das negociações da B3 em maio, a maior participação desde agosto de 2010, quando eram 27%. Naquela época, a Bolsa chegou a 610 mil CPFs, recorde batido apenas sete anos depois. Hoje, no entanto, são 2,385 milhões de CPFs cadastrados.

Mesmo diante de oportunidades pontuais no mercado, é preciso ter cautela na escolha dos ativos. “Apesar desse cenário muito complexo a gente ainda vê pessoas físicas entrando na bolsa de valores. E isso é um pouco diferente de do que a gente via em outras crises”, diz o economista Gilberto Barbosa, do escritório Arêa Leão. “Mas a gente ainda está em um cenário de muita incerteza”, ele diz.

Para Raul dos Santos, no caso específico do Ceará, também contribui para a popularização dos investimentos em ações é a participação de empresas cearenses na bolsa. “Aqui nós temos empresas como a M. Dias Branco, a Hapvida, a Arco (plataforma de ensino), o que acaba despertando muito a curiosidade das pessoas”, ele diz. “Além disso, mais recentemente houve um fato muito importante que deve ser destacado, que é o aumento da tolerância a risco. O Brasileiro enxergava o mercado de ações como sendo de extremo risco, mas isso se dava muito mais por não conhecer esse mercado do que propriamente pelo risco em si. O que se vê hoje são pessoas mais tolerantes, buscando rentabilizar melhor os seus recursos”.


Investidor estrangeiro

Por outro lado, enquanto o investidor brasileiro vem ampliando suas posições, sustentando a recuperação da Bolsa, que saiu dos 63 mil pontos após os tombos de março para 80 mil pontos em maio, os investidores estrangeiros tiveram, em 2020, a maior saída já registrada, com a retirada de R$ 71 bilhões do mercado de capitais brasileiro desde janeiro. “Com o dólar alto e a taxa de juros muito baixa cria um ambiente que faz com que o investidor estrangeiro deixe o País”, diz Raul dos Santos.

No entanto, o vice-presidente do Ibef-CE espera que, tão logo essa crise passe, o mercado volte a receber novas empresas, como vinha ocorrendo até o início do ano, com abertura de capital de novas companhias. “Em breve, deverão entrar no mercado de bolsa novos players, ampliando o leque de opções para o investidor, como a própria Cagece, que já vinha preparando o IPO, e deu uma segurada por conta dessa crise. Mas assim que houver uma retomada as coisas deverão acontecer”.

Para Gilberto Barbosa, com a Selic no patamar mais baixo da história e com a expectativa de mais cortes, a tendência é que o investidor continue buscando oportunidades na bolsa de valores.

Fonte: Diário do Nordeste em 18.05.20

O novo normal, Por Joaquim Cartaxo

O novo normal, Por Joaquim Cartaxo

Artigo do superintendente do Sebrae/CE, Joaquim Cartaxo, publicado na edição de 18 de maio do Jornal O Povo

“Como viver em tempo de crise” é um livro publicado pela Bertrand Brasil em 2013, no qual há o texto “Entender o mundo que nos espera” de Edgar Morin.

Morin afirma que “as crises agravam as incertezas, favorecem os questionamentos; podem estimular a busca de novas soluções e também provocar reações patológicas, como a escolha de um bode expiatório. São, portanto, profundamente ambivalentes”.

A pandemia do Covid-19 acentuou o ambíguo, paradoxal, contraditório do ambiente mundial independentemente do cenário que apostemos. Vivenciamos na prática o aguçamento das incertezas sobre quando e como venceremos a pandemia; explicações para pôr fim ao coronavírus de especialistas e palpiteiros; conjecturas sobre quem seria o responsável pelo aparecimento do vírus.

Frases de efeito se consolidam no senso comum: não seremos os mesmos no pós-pandemia. Quem não será? Os ricos, os pobres? Para responder essas indagações, se lê, se ouve, se vê que existirá uma “nova normalidade”. Será nova por quê? A desigualdade entre pessoas e regiões haverá desaparecido? Racismo, machismo, preconceitos estarão banidos? A democracia será plena? As práticas que destroem o patrimônio ambiental da Terra estarão erradicadas?

“A nova normalidade” virá quando sairmos do surto de coronavírus, mas não será tão nova assim. Com certeza continuará ambivalente: de um lado, o admirável mundo novo da internet, aplicativos, inteligências artificial, robótica, democracia digital, home working, vídeo call; do outro lado, o velho mundo do apartheid social em fase assustadora de crescimento com a exclusão socioeconômica, cultural e digital, de milhões de brasileiras e brasileiros.

Estudo, mais recente, do IBGE sobre desigualdade é devastador. A massa real de rendimento, que soma as rendas mensais de todos brasileiros, foi de R$ 213,4 bilhões em 2019. Deste total, os 10% mais ricos embolsaram 43,1%. Já os 10% mais pobres ficaram com 0,8%.

Qualquer que seja o mundo pós-pandemia, precisaremos enfrentar essa perversa realidade, resultante do crescimento global concentrador de riqueza e destruidor da ecologia planetária.

Joaquim Cartaxo – arquiteto urbanista e superintendente do Sebrae/CE

Fonte: Sebrae-CE em 18.05.20

Porto de Fortaleza projeta expansão em 2020, sem competir com Pecém

Porto de Fortaleza projeta expansão em 2020, sem competir com Pecém

Para a diretora-presidente da Companhia Docas do Ceará, Porto de Fortaleza deve focar mais em granéis sólidos

A crise causada pelo novo coronavírus vem afetando a economia como um todo no País e no Estado, mas alguns setores vêm registrando impactos diferentes. Sem mencionar percentuais, a diretora-presidente da Companhia Docas do Ceará (CDC), Mayhara Chaves, diz que a expectativa para 2020 ainda é de crescimento no Porto do Mucuripe apesar da retração da atividade econômica. A perspectiva foi apresentada durante transmissão ao vivo organizada pelo Brasil Export – Forum Nacional de Logística e Infraestrutura Portuária na última sexta-feira (15).

De acordo com a representante da Companhia Docas, o Porto de Fortaleza foi, sim, afetado pela crise do coronavírus, registrando uma queda na movimentação de algumas cargas, como os combustíveis, que apresentaram redução na demanda em todo o mundo. Contudo, para outros tipos, o fluxo de mercadorias no terminal apresentou um crescimento exponencial, o que fez com que a administração da empresa revisse a previsão para ano, mas mantivesse uma projeção positiva. Entre as cargas que tiveram alta, segundo Mayhara, está o trigo, que é uma das principais mercadorias desembarcadas no Porto do Mucuripe. A executiva, no entanto, não deu mais dados sobre a perspectiva otimista.

“A movimentação de trigo foi bem maior. A de granel sólido também vem se sustentando, e crescemos 14% mesmo tendo queda na movimentação de combustível. Fizemos um levantamento com os nossos clientes e a expectativa era de que nos mantivéssemos no mesmo patamar do ano passado, mas o cenário agora é outro e esperamos um crescimento em 2020”, disse.

A diretora-presidente ainda comentou que a Docas está considerando elaborar um planejamento para focar em tipos específicos de cargas para impulsionar ainda mais a evolução de movimentação.

Características

Mayhara explicou que a competição entre dois terminais no Ceará (Porto do Pecém e Porto do Mucuripe) não seria um problema, já que há a constatação de perfis diferentes. Ela destacou que o Porto de Fortaleza possuiu um potencial grande para movimentar granéis sólidos, enquanto que o Pecém teria dificuldades logísticas neste ramo de atuação.

A principal característica seria a estrutura de ponte do Pecém contra a estrutura continental construída no Mucuripe. Ela afirmou que competir com o Pecém na movimentação de contêineres poderia ser complicado, considerando a maior estrutura física do porto offshore.

“A companhia docas vem muito focada em contêiner, mas a gente precisa começar a focar mais na movimentação de granéis sólidos. O Porto do Pecém é muito eficaz na movimentação de contêineres, mas temos que focar nas cargas que movimentamos bem e que são importantes, como trigo e combustível”, disse.

Ela reforçou que a existência de dois portos no Estado não seria um problema, contanto que os terminais tivessem perfis específicos. “A gente pode se especializar como porto butique, movimentando cargas específicas, como o manganês, e outros tipos, pois têm sustentado o nosso crescimento a cada ano”.

Fonte: Diário do Nordeste em 18.05.20

Plano de reabertura deve ser apresentado hoje ao governador

Plano de reabertura deve ser apresentado hoje ao governador

Proposta foi ‘refinada’ após ponderações de Camilo Santana, segundo secretário Maia Júnior. O governador afirmou, durante transmissão nas redes sociais, que o plano de reabertura da economia será finalizado nesta semana

O produto final da equipe que elabora o plano de retomada das atividades econômicas do Estado deve ser apresentado hoje ao governador Camilo Santana, segundo afirmou ontem (18) o secretário de Desenvolvimento Econômico e trabalho do Estado, Maia Júnior.

Segundo Maia Júnior, uma reunião para conclusão do projeto deverá ser realizada hoje. O projeto está sendo elaborado por um grupo de trabalho montado pelo Governo do Estado com especialistas da saúde e representantes do setor produtivo.

Maia afirmou que o grupo vem “refinando” o projeto desde a última sexta-feira (19) após algumas considerações feitas pelo governador. O plano deverá ser apresentado e validado pelo chefe do Executivo estadual.

Em transmissão ao vivo pelas redes sociais ontem, o governador informou que o plano de retomada da economia no Estado deverá ser finalizado até o fim desta semana.

Como o Diário do Nordeste informou na última quinta-feira (15), o plano de reabertura da atividade econômica não essencial no Estado deverá durar pelo menos 56 dias, segundo explicou o chefe da Casa Civil, Élcio Batista, ao grupo Líderes Empresariais do Ceará (Lide Ceará).

Mas o projeto de retomada só será aplicado pelo Estado quando os índices de contaminação, internações e óbitos causados pelo coronavírus apresentarem reduções. A perspectiva, segundo o governador, é observar e seguir as recomendações dos especialistas da área da saúde.

Capital

Camilo ainda disse que terá outra reunião com o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, nesta terça, para discutir e avaliar a situação de Fortaleza durante a pandemia. As medidas de isolamento social também estarão na pauta da reunião acertada.

“Todas as minhas decisões têm sido pautadas pelos especialistas da saúde, liderados pelo secretário Dr. Cabeto (Saúde). E amanhã tenho uma reunião com o prefeito Roberto Cláudio para avaliarmos a situação de Fortaleza e possamos decidir os próximos passos de enfrentamento à pandemia”, disse Camilo.

Já na próxima quinta-feira (21), Camilo Santana deverá se reunir com os demais governadores do País e com o presidente Jair Bolsonaro para discutir as medidas de combate à pandemia implementadas e seus impactos econômicos.

Fonte: Diário do Nordeste em 18.05.20