Acordo por data center da Amazon no Ceará é ‘questão de tempo’

Acordo por data center da Amazon no Ceará é ‘questão de tempo’

Segundo fonte ligada às negociações, a pandemia atrasou as negociações do novo investimento, mas empresa está dando indícios de que fará aportes no Estado com a abertura de vagas de trabalho

Adiado mais uma vez e posto em suspensão durante a pandemia do novo coronavírus, o acordo entre o Governo do Estado e a Amazon Web Services está mais próximo de acontecer. A previsão, contudo, é que as negociações sejam concretizadas apenas no segundo semestre deste ano.

Um dos indicativos de um “final feliz” para as tratativas é o fato de a empresa já estar anunciando vagas de emprego na Capital. A informação foi repassada por uma fonte interna à gestão estadual. O investimento para projetos no Ceará, no entanto, ainda não foi revelado.

“Estamos mais perto de fechar, mas creio que, considerando todo esse cenário atual, isto venha a ocorrer apenas durante o segundo semestre deste ano. Enquanto isso, eles estão fazendo um trabalho de estruturação de equipe e parcerias de negócios com diversas empresas na região”, explicou a fonte.

Há algumas semanas, a Amazon Web Services vem oferecendo vagas ligadas ao setor de recursos humanos para operar em Fortaleza em uma rede social. Entre as oportunidades listadas na plataforma, estão cargos de “Senior Human Resources Assistant” (assistente de recursos humanos), “Human Resources Business Partner” (recursos humanos – parceiro de negócios), e “Operations Manager” (gerente de operações).

Desde meados de 2016, o Governo negocia para que a empresa invista em um data center no Ceará. As negociações estavam previstas para serem encerradas ainda no segundo semestre do ano passado, mas foram interrompidas por questões técnicas de viabilidade. Estado e AWS já trabalham em outros projetos que deverão proporcionar economia de R$ 380 milhões ao Governo a partir da utilização de tecnologia de armazenamento em nuvem.

Perspectiva
Perguntado sobre a movimentação da AWS, a fonte ouvida pela reportagem – ligada às negociações – classificou a oferta de vagas como um “ótimo indicativo”. A pessoa ainda lamentou a pandemia do novo coronavírus, que teria retardado o processo de articulação da parceria. O principal impacto considerado foi a redução da atividade econômica registrada em todos os países impactados pela doença.

“É um ótimo indicativo, senão não estariam fazendo essa estruturação. Creio ser uma questão de tempo. Fomos atrasados pela pandemia, mas o projeto continua em evolução bastante positiva”, disse. “Assim, creio ser uma questão de tempo a alavancagem dos investimentos deles no Ceará”, completou.

Apesar dos impactos do coronavírus, a pandemia é, também, um dos potenciais do acordo, considerando que o setor de tecnologia da informação poderá sair fortalecido da crise pelo aumento de demanda por conectividade. A negociação ainda é incerta pelas questões de saúde.

Fonte: Diário do Nordeste em 06.05.20

Habilitação de embarcações para exportação de pescado à União Europeia pode ser feita on-line

A habilitação de embarcações pesqueiras para fornecimento de matéria-prima para o processamento industrial de produtos da pesca destinados à União Europeia já pode ser feita on-line, por meio do portal Gov.br. A habilitação é feita pela Secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura.

A solicitação pode ser feita por qualquer cidadão, pessoa física ou jurídica, que se enquadre como responsável por embarcação pesqueira ou técnico responsável, de acordo com a IN 57/2019. Após o cumprimento de todas as etapas e, estando em plena conformidade com os requisitos da norma, o solicitante receberá o Certificado Oficial de Conformidade da Embarcação Pesqueira em via digital.

Demais informações relacionadas ao programa de Controle Oficial de Conformidade de critérios higiênico-sanitários em embarcações pesqueiras de produção primária e de congelamento via salmoura atuantes na cadeia produtiva de produtos de pescado destinados à UE, estão disponíveis no site do Ministério da Agricultura.

Segundo a Secretaria de Aquicultura e Pesca, as exportações de pescado e produtos de pescado nacionais à União Europeia continuam suspensas e, para que seja pleiteada a avaliação de reabertura deste mercado, é necessária a devida implementação do programa de Controle. Para tanto, é fundamental a manifestação de empresas, armadores e representantes do setor que tenham interesse em exportar para a União Europeia, solicitando a habilitação de embarcações pesqueiras conforme os requisitos da IN nº 57/2019.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em 27.04.2020

Governo oficializa concessão de cais pesqueiro do Mucuripe

O Ministério da Infraestrutura assinou o contrato do segundo ativo da pasta repassado à iniciativa privada em 2020. Com previsão de R$ 10 milhões de investimento, a concessão do cais pesqueiro do Porto de Fortaleza (CE) foi efetivada para a Compex Indústria e Comércio de Pesca e Exportação, que venceu o pregão eletrônico aberto em março. Por ano, a expectativa é de que cerca de 800 toneladas dos produtos pescados no cais sejam exportadas pela empresa.

Com os investimentos previstos, o governo espera que uma indústria pesqueira se desenvolva no local. Atualmente, a região do cais está desativada e apenas traz custos para a Companhia Docas do Ceará (CDC), aponta o gerente comercial da Compex, Leonardo Marinho. “Essa área, apesar de estar numa localidade nobre, estava desativada há cerca de 20 anos, ociosa. Então é uma oportunidade não só para a gente, mas para tornar área lucrativa para a companhia”, disse Marinho. Para usar o cais, a empresa pagará uma outorga de R$ 3,4 milhões durante os 20 anos de contrato.

A previsão é de que as obras sejam iniciadas no segundo semestre deste ano, por volta de julho e agosto, e as operações em março de 2021. Marinho espera que as orientações de isolamento em razão da pandemia do novo coronavírus já estejam resolvidas quando a empresa começar as atividades de reforma. Câmaras de frigorífico e locais de armazenagem e processamento de peixes e lagostas que vão para exportação devem ser construídos no cais. A expectativa do governo é de que 300 empregos sejam gerados com a concessão.

Os produtos vão para cerca de dez países, com destaque para os Estados Unidos, Austrália e nações da Ásia. Segundo o gerente comercial da Compex, a empresa prevê assistir a um aumento de 15% no faturamento a partir do uso do cais. Ele destacou que a localização nobre irá facilitar a aquisição de matéria de boa qualidade. “Vamos ter produto de melhor qualidade para vender”, disse.

“Este é o primeiro leilão que fazemos para este tipo de empreendimento e um bom indicativo da atratividade de nossa carteira para o pós-crise”, afirmou o ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas. O contrato de concessão foi assinado por meio da Companhia Docas do Ceará, que é ligada à pasta.

Segundo em 2020

O primeiro ativo concedido à iniciativa privada em 2020 dentro do programa de concessões da pasta foi a BR-101/SC. A rodovia foi arrematada em fevereiro pela CCR. Para este ano, 40 ativos sob supervisão do Ministério da Infraestrutura estão programados para ir a leilão, além de quatro renovações antecipadas de ferrovias.

Fonte: Diário do Nordeste em 21.04.2020

Caixa e Sebrae oferecem R$ 7,5 bi em linhas de crédito para micro e pequenas empresas

A Caixa e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) anunciaram nesta segunda-feira parceria para facilitar o acesso de microempreendedores individuais (MEI), micro e pequenas empresas ao crédito durante a pandemia de coronavírus. A expectativa é injetar R$ 7,5 bilhões em linhas de crédito facilitado ao setor, segundo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães.

A parceria utiliza linhas disponibilizadas pela Caixa e garantias complementares serão concedidas pelo Sebrae por meio do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe).

Em nota enviada à imprensa, o vice-presidente de Varejo do banco, Celso Leonardo Barbosa, diz que os empresários contarão com uma plataforma de crédito assistido, com prazo de carência de até 12 meses para começar a pagar “e prazos flexíveis para pagamento”.

As garantias do Sebrae são fruto de uma negociação com o Ministério da Economia, que, em medida provisória (MP) publicada no início deste mês, deixou a entidade de fora do corte temporário de 50% nas contribuições do Sistema S, uma das medidas colocadas em prática para fazer frente aos efeitos econômicos da pandemia. Poupado do corte, o Sebrae usou os recursos para reforçar o Fampe.

Redução de 40% nas taxas de juros
Guimarães disse que a linha de crédito em parceria com o Sebrae permitirá a redução de cerca de 40% nas taxas de juros em relação às praticadas hoje e aumentará a oferta de crédito. “Os R$ 7,5 bilhões representam 1% do total da carteira da Caixa, mas são importantes dentro de um segmento que tem baixa oferta de crédito”, disse.

Para o microempreendedor individual, o valor máximo a ser contratado por CNJP será de R$ 12,5 mil. O prazo de carência será de nove meses, o prazo para pagamento de 24 meses e as taxas de juros, de 1,59% ao mês.

Para as microempresas, o valor máximo de crédito será de R$ 75 mil, a carência será de 12 meses, o prazo para pagamento de 30 meses e a taxa de juros, de 1,39% ao mês.

No caso das empresas de pequeno porte, o valor máximo chegará a R$ 125 mil, a carência será de 12 meses, o prazo para pagamento de 36 meses e a taxa de juros de 1,19% ao mês.

Por ora, afirmou Guimarães, a linha estará disponível apenas para clientes adimplentes. “Quem estiver negativado, nesse primeiro momento, não estará nessa linha, mas há outras linhas de renegociação na Caixa”, disse.

Sem subsídio
Questionado se a liberação de R$ 7,5 bilhões para micro e pequenas empresas ficou abaixo do esperado, o presidente da Caixa disse que as operações só serão realizadas se for para o banco “ganhar dinheiro”. Havia expectativa de que a injeção chegasse a R$ 12 bilhões.

“As operações só serão realizadas se for para a Caixa ganhar dinheiro. Não fazemos operação de subsídio com ninguém. Neste governo, nesta gestão, não há a mais leve possibilidade de a Caixa realizar qualquer operação que não seja sustentável no longo prazo”, disse.

Ele completou dizendo que a liberação pode ser maior, mas que hoje a expectativa da Caixa, a partir de análises internas, é de R$ 7,5 bilhões. “É um dia depois do outro. Se houver um volume de demanda onde as pessoas tenham uma resposta melhor do que nós estamos esperando, pode chegar a R$ 12 bilhões.”

Em entrevista ao Valor no fim de março, o presidente do Sebrae, Carlos Melles, já havia citado a cifra de R$ 12 bilhões. Questionado agora sobre a liberação, Melles disse que nem um volume maior de recursos seria suficiente para suprir a necessidade de crédito dos negócios menores. “Não é suficiente, nem os primeiros modelos nossos, de R$ 24 bilhões, são suficientes em relação à demanda e representação da micro e pequena empresa no Brasil”, disse.

Melles citou que há outras iniciativas em debate, como projeto de lei, em discussão na Câmara, que quer destinar recursos do Tesouro para linhas de crédito e tratativas com outros bancos, inclusive o BNDES.

O presidente do Sebrae disse ainda que, num primeiro momento, o Fampe está colocando mais de R$ 500 milhões nas operações. “Nosso desafio é aumentar o volume de recursos para dar conforto nessa alavancagem”, disse. A expectativa é de que a destinação de R$ 1 bilhão do fundo permita a liberação dos R$ 12 bilhões em empréstimos.

Sem milagre também
No anúncio da linha de crédito para micro e pequenas empresas em parceria com a Caixa, Melles disse que não se deve esperar “milagre dessa operação”, citando a redução de juros de cerca de 40%.

“Nós também podemos melhorar muito o ambiente se tivermos mais garantias nesse processo. Aí as taxas poderão aí chegar a até 0,8% ao mês, o que é muito mais favorável”, afirmou.

Na entrevista ao Valor no fim do mês passado, Melles havia citado taxas de cerca de 0,6% ao mês como um patamar “confortável”. A linha anunciada hoje, no entanto, tem juros que variam de 1,19% ao mês a 1,59% ao mês.

Fonte: Valor Econômico em 20.04.2020

Exportações cearenses aumentam 52,9% em relação a fevereiro

As exportações cearenses apresentaram um aumento de 52,9% em março quando comparamos com o mês anterior. O valor de US$ 211,7 milhões foi o melhor resultado mensal em 2020. Se comparado com o mês de março de 2019, o valor obteve um crescimento de 28,7%. No que se refere às importações, o resultado do mês de março de 2020 também foi positivo, com um crescimento de mais de 66,4% se comparado com o mês de fevereiro. O valor corresponde ao dobro do resultado do mesmo período do ano anterior. As informações são do estudo Ceará em Comex, elaborado pelo Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC).

O resultado do primeiro trimestre somou US$ 555,5 milhões em exportações no ano de 2020, que corresponde a uma pequena retração de 0,5%, quando comparado com o primeiro trimestre de 2019. As importações no trimestre aumentaram 41,3%, alcançando o valor de US$ 668,9 milhões. Esse crescimento refletiu no aumento negativo da variação do saldo comercial. Em geral, o resultado do primeiro trimestre do comércio exterior cearense foi positivo, considerando as incertezas no cenário econômico mundial em virtude da disseminação do novo coronavírus.

Os países asiáticos foram os primeiros a paralisarem suas atividades econômicas, seguidos da Europa e Estados Unidos, e consequentemente, do Brasil. Na tentativa de diminuir a contaminação pelo vírus, o Governo do Estado do Ceará decretou paralisação das atividades e isolamento social no dia 18 de março de 2020.

O resultado geral das exportações brasileiras foi positivo, considerando principalmente os resultados de estados com menor capacidade exportadora. Para o Ceará, que se mantém em 14º lugar, o trimestre de 2020 correspondeu ao melhor resultado dos últimos três anos em participação nacional, com uma representatividade de 1,12%. Entre os estados do Nordeste, o Ceará permanece como o terceiro principal exportador e obtém 15,4% de representatividade nas exportações da região.

O município de São Gonçalo do Amarante obteve um crescimento de 1,3% das exportações no primeiro trimestre de 2020, totalizando mais de 57% de tudo que é vendido ao exterior pelo Estado do Ceará. O montante de US$ 288 milhões é representado pincipalmente pelo setor siderúrgico.

Caucaia e Sobral apresentaram desempenhos negativos de 8,5% e 18,2%, respectivamente. O destaque positivo ficou para Icapuí que dobrou o valor exportado no trimestre, totalizando US$ 16,5 milhões, alavancado pelo setor de fruticultura, tradicional do município.

Os três setores que mais exportaram no primeiro trimestre de 2020 apresentaram variações negativas quando comparado com o mesmo período do ano anterior. Uma pequena retração de 1,7% nas exportações do setor de “ferro fundido, ferro e aço” demonstra que o setor permanece em equilíbrio, apesar da redução da atividade industrial no mundo, efeito da paralisação de grande parte das atividades econômicas que tem como objetivo conter a disseminação da Covid-19.

Apesar da queda de 10,7% no principal produto siderúrgico exportado pelo Ceará, que corresponde a “outros produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado, de seção transversal retangular, que contenham, em peso, menos de 0,25 % de carbono”, observa-se um crescimento superior a 845,1% na exportação de “produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado, que contenham, em peso, 0,25% ou mais de carbono”, produto menos habitual na pauta exportadora cearense.

O setor calçadista sofreu uma retração de 13,5%. Apenas o grupo de produtos de “Outros calçados cobrindo o tornozelo, parte superior de borracha, plástico” decresceu 30,8% se comparado com o mesmo período no ano anterior.

Apesar das dificuldades de produção como consequência da proibição da pulverização aérea de agrotóxicos estabelecida pelo Governo do Estado, o ano de 2020 começou positivo para o setor da fruticultura cearense. As exportações de melões frescos cresceram 143,1%, totalizando US$ 13,9 milhões.

Já as vendas de castanhas de caju permaneceram em equilíbrio somando US$ 27,4 milhões. No total, as exportações do setor ultrapassaram o valor de US$ 46,7 milhões, que corresponde a um crescimento de 21,4% no trimestre. Os Estados Unidos e Holanda foram os principais destinos das frutas cearenses.

O setor “Minérios, escórias e cinzas” cresceu 484% no ano, superando o valor de US$ 11,5 milhões. Ceará iniciou as exportações de manganês no ano passado e tem como principal destino a China.

A cera de carnaúba, tradicional produto exportado pelo estado, sofreu uma retração de 42% e apresentou o pior resultado desde 2010, se analisados os valores exportados no primeiro trimestre dos anos anteriores. Os Estados Unidos e Alemanha permanecem como os principais compradores do produto.

Apesar da retração de 8%, os Estados Unidos permanecem como o principal comprador de produtos cearenses. A participação das suas compras estão em 33% e totalizam US$ 183 milhões.

Destacam-se o crescimento surpreendente de países como o Canadá, Turquia, Bélgica e Polônia. Países que não apresentam tradição nas compras cearenses, aparecem como principais compradores em virtude da demanda por produtos à base de ferro e aço, provenientes da indústria siderúrgica do estado.

O México e Coreia do Sul reduziram suas demandas por produtos siderúrgicos cearenses, levando a uma retração de 53,7% e 31%, respectivamente. A China, primeiro país afetado pelo novo coronavírus, comprou produtos cearenses no montante de US$ 34 milhões, com destaque para produtos de aço, manganês, cera de carnaúba, peixes e crustáceos. As exportações cearenses para a China em 2020 são o melhor resultado da história entre as relações comerciais do estado com o país, quando consideramos o primeiro trimestre dos últimos anos.

As importações brasileiras aumentaram em 4,3% no primeiro trimestre de 2020. O resultado positivo nas importações cearenses apresentam o melhor resultado para um primeiro trimestre em participação nas importações cearenses, cerca de 1,52%.

Analisando os municípios, pela primeira vez desde os resultados do primeiro trimestre de 2014, Fortaleza aparece como o principal município importador do estado. O montante de US$ 234,6 milhões corresponde a 36% das compras do estado no exterior. O crescimento superior a 75,2% se comparado com o mesmo período do ano anterior. Os principais produtos importados foram combustíveis, trigo e óleo de palma.

Grande destaque para o município de Aquiraz que comprou o montante de US$ 76,5 milhões, oito vezes o valor importado no mesmo período do ano passado, que se deu principalmente pela demanda de maquinas e peças da indústria automotiva.

Enquanto isso, os municípios de Maracanaú e Caucaia, onde estão concentradas grandes indústrias, sofreram uma diminuição de 9,2% e 1,4% respectivamente, na compra de produtos e matéria prima do exterior.

O principal produto importado pelo estado nesse primeiro trimestre permanece sendo a hulha betuminosa. O total importado foi de US$ 83,3 milhões, que corresponde a 12,6% de redução se comparado com o mesmo período do ano passado. Outros combustíveis, como óleo diesel e gasolinas (exceto para aviação) seguem com altas de 225% e 284%, respectivamente. No total, a demanda por combustíveis cresceu 85% e alcançou o valor histórico de US$ 256 milhões apenas nos primeiros três meses do ano.

O setor que corresponde a “Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, e suas partes” alcançou US$ 62,3 milhões em compras, crescendo 205%. Mais da metade desse montante corresponde aos produtos do grupo “Redutores, multiplicadores, caixas de transmissão e variadores de velocidade, incluindo os conversores de torque”. Apenas esse produto cresceu 3740% no início desse ano.

Insumo para a indústria de massas e panificação, os óleos de dendê bruto foram os produtos mais procurados no exterior entre as gorduras e óleos vegetais. O produto é fornecido principalmente pela Colômbia e pela Indonésia. Em compensação, a demanda por cereais obteve uma redução de 7,9% no período.

A procura por produtos químicos orgânicos também sofreu redução no período de 3,6%. Apenas o Glifosato, proveniente especialmente da China e destinado principalmente para a indústria de agrotóxicos, apresentou uma queda superior a 12%.

A demanda do produtos norte-americanos cresceu 124% no primeiro trimestre de 2020, se compararmos com o mesmo período do ano anterior. O país é o principal fornecedor dos combustíveis comprados pelo Ceará. Mais de 38% de tudo o que o Ceará compra no exterior é proveniente dos EUA e atingiu o valor de US$ 236,7 milhões se considerado apenas os três primeiros meses do ano.

A instabilidade provocada pela Covid-19 não comprometeu a relação do Ceará com a China. O estado adquiriu produtos como máquinas e partes para a indústria automotiva, glifosato, painéis e módulos solares e obras de ferro e aço. O montante correspondeu a US$ 138,5 milhões e um crescimento de quase 26% se comparado com o ano passado. O market-share do país corresponde a 20,7% das aquisições cearenses no exterior.

No que se refere a relação do Ceará com países da América do Sul, a Argentina que é principal fornecedor de cereais para o estado, obteve uma redução de 0,9% por produtos no país. Já produtos como a hulha betuminosa e os óleos de palma provenientes da Colômbia contribuíram diretamente para um incremente de 125% na demanda por produtos colombianos.

Grande destaque para as relações do Ceará com a Dinamarca. A compra no montante de US$ 30 milhões apenas nesse ano, promoveu um crescimento superior a 1175%. O principal produto fornecido pelo parceiro corresponde a partes e maquinas que tem como destino a indústria automotiva.

É importante destacar o crescimento de 72% nas operações de importação através do modal aéreo. Em virtude das ações de melhoria e promoção do hub aéreo cearense, essa modalidade poderá ser mais explorada pelas empresas cearenses no futuro.

Clique AQUI para acessar o Ceará em Comex na íntegra.

Fonte: SFIEC em 17.04.2020

Presidente do Banco Central diz que economia começará a melhorar a partir do 4º trimestre

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a economia brasileira vai começar a melhorar a partir do 4º trimestre de 2020, e que apenas nos próximos 3 meses é que será possível avaliar a extensão do estrago da crise do coronavírus no país, segundo o site Poder360 neste sábado.

Segundo o site, a entrevista completa em parceria com o Poder em Foco, no SBT, será transmitida no domingo.

“Eu acho que o último trimestre vai mostrar melhoras. Obviamente de uma base muito baixa. Agora a dúvida é o 3º trimestre, o quanto vai ser impactado”, disse o presidente do BC, na entrevista.

Campos Neto também afirmou que o Banco Central apresentará sua estimativa para a economia em comunicado oficial em breve, e que ela dependerá dos efeitos do isolamento social por conta do novo vírus.

“Eu acho que as pessoas que hoje fazem conta de quanto vai ser o crescimento brasileiro estão estimando quanto tempo vai ficar parado e como vai ser essa parada. Eu acho que nunca esteve tão difícil fazer previsão de crescimento, porque é um fenômeno muito diferente, muito novo, a gente não viu”, disse. (Reuters)

Fonte: Jornal do Brasil em 18.04.2020

Brasil confirma Marcos Troyjo para presidir banco do Brics

Representante brasileiro assumirá a presidência da instituição pelos próximos cinco anos, conforme o rodízio acertado pelos grandes emergentes

Confirmado para presidir o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), o banco do Brics, o secretário Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, vai agora ter encontros com os demais governadores do banco, que são ministros de finanças ou presidentes de bancos centrais, antes da eleição em 27 de maio.

O Brasil assume a presidência do banco pelos próximos cinco anos, conforme o rodízio acertado pelos grandes emergentes. Mas é preciso seguir um certo protocolo e ter o apoio formal dos outros países. Atualmente, a instituição é presidida pelo indiano K.V.Kamath.

Troyjo, em todo caso, já tem tido encontros regulares com os representantes dos outros países do Brics, como presidente do conselho de administração. Em seu período, os empréstimos do banco aumentaram substancialmente.

A confirmação do nome de Troyjo, feita hoje pelo ministro Paulo Guedes durante reunião virtual com os outros ministros de finanças do Brics, não surpreendeu. Troyjo tem experiência sobre o Brics inclusive na área acadêmica, tendo sido diretor do BricsLab, da Universidade de Columbia (EUA).

A aprovação formal do nome de Troyjo na presidência do banco deve ocorrer no dia 27 de maio, em reunião virtual dos países membros. Se não fosse o coronavirus, o evento ocorreria no Rio de Janeiro na reunião anual da instituição. A posse do novo presidente ocorrerá no dia 7 de julho.

Fonte: Valor Econômico em 20.04.2020

Resposta ousada de Bruxelas pode gerar crescimento sustentável, diz a S&P

“Se o plano de recuperação da União Europeia em discussão for ousado isso poderá ajudar as economias da Europa a tornarem-se mais sustentáveis, competitivas e coesas”, divulga o S&P Global Ratings.

Uma resposta ousada da União Europeia (UE) à pandemia de Covid-19 pode ajudar as economias da Europa a tornarem-se mais sustentáveis, competitivas e coesas, afirma Sylvain Broyer, economista-chefe da S&P Global Ratings, num relatório divulgado esta quarta-feira.

No relatório publicado no RatingsDirect, Broyer refere que “a resposta da UE à Covid-19 pode traçar um caminho para o crescimento sustentável”.

“O Covid-19, sem dúvida, deixará a sua marca nas economias dos Estados-membros. Não veremos novamente os níveis de PIB [Produto Interno Bruto] que tínhamos no final de 2019 por pelo menos dois anos”, disse Broyer.

“No entanto, se o plano de recuperação da UE em discussão for ousado, alinhado adequadamente a outras políticas favoráveis ao crescimento, incluindo o Acordo Verde Europeu, e focado no futuro, isso poderá ajudar as economias da Europa a tornarem-se mais sustentáveis, competitivas e coesas”, acrescenta.

No relatório é referido que a resposta política da UE ao Covid-19 foi muito mais rápida e generosa do que na crise financeira global de há uma década, sublinhando que o balanço do Banco Central Europeu (BCE) cresceu 500 biliões de euros – 4% do PIB – após apenas um mês de bloqueios.

Ao nível político, a UE aliviou rapidamente as regras e diretrizes orçamentais sobre ajudas estatais, permitindo que os Estados-membros apoiassem as suas economias e cidadãos.

Além disto, a UE está a pensar usar o Mecanismo Europeu de Estabilidade para financiar gastos nacionais em assistência médica, adianta o relatório.

“A resposta da UE já está muito à frente da sua reação em crises anteriores e, quando os chefes de Estado da UE se encontrarem esta semana, terão a oportunidade de fazer mais ao decidir sobre um fundo de recuperação da UE que possa ajudar a consolidar o futuro dos países europeus”, refere ainda Broyer.

Fonte: Jornal Sapo em 22.04.2020

Reflexões de uma quarentena, por Raul dos Santos Neto

“Para cada ciclo da história, temos sempre uma produção científica que poderia contribuir bastante. Na economia não é diferente, não se trata de discutir política ou retrucar sobre achismos”

A história da humanidade é marcada por guerras, desastres naturais, crises sanitárias, dentre tantas outras eventualidades que nos assolam repentinamente. A atual pandemia de coronavírus, disseminou-se rapidamente pelo mundo, sem que existam tratamentos específicos conhecidos, nem mesmo vacina.

Algo já temos de concreto que serve de referência para nortear governantes e líderes mundiais. As Teorias Econômicas já foram testadas por diversas vezes e poderiam reduzir bastante os riscos sistêmicos e impactos negativos ao redor do mundo.

Para cada ciclo da história, temos sempre uma produção científica que poderia contribuir bastante. Na economia não é diferente, não se trata de discutir política ou retrucar sobre achismos, neste contexto surgem novamente os pensamentos do economista inglês John Maynard Keynes, com seu perfil eclético, sendo uma opção para que o mundo reencontre seu rumo mais brevemente, acalmando corações e mentes de pessoas e organizações.

Keynes nos ensinou que cabe humanismo na economia, a gestão desta economia depende da região geográfica, nível de educação do povo, renda, necessidades básicas, disponibilidades, recursos naturais, dentre outros. O Estado tem que assumir o empreendedorismo e alavancar a retomada econômica, sendo assim um grande agente contra a recessão e consequente da criação de empregos. Neste momento, não podemos deixar nossa economia apenas sob a égide da teoria liberal, onde acredita-se que o mercado se recupere praticamente sozinho, ou se auto regule.

O mercado não conseguirá se reerguer diante de um estrago de tão grandes proporções, provocado pela crise do coronavírus. As despesas do governo devem ser encaradas como investimento humanitário, busca pela retomada do equilíbrio sócio econômico e bem estar. Quanto maior a capacidade de gastos do governo, menores os riscos de uma recessão prolongada, mesmo que para isto exista maior comprometimento das contas púbicas. Aos poucos, teremos que sair de nossas casas e nos expor para que os negócios se restabeleçam.

É fato que estaremos diante de desafios de grandes proporções, complexos e desconhecidos. O setor público deverá liderar este processo, tendo a inciativa privada e os cidadãos como forte aliados, em especial na fiscalização do uso adequado dos recursos, evitando o aumento da corrupção. Vamos repensar os ambientes de negócios de forma coletiva, cuidar uns dos outros, abrir espaço para os jovens, preservar a qualidade de vida dos idosos, fazer a tecnologia nos proporcionar bem estar, com reflexo direto na construção de um mundo melhor.

Fonte: Focus em 14/04/2020

Desafios do mar 2030

Alterações climáticas, combate à poluição marinha, aumento do conhecimento sobre os Oceanos e os seus recursos, promoção da economia circular, atração de investimento e governança dos Oceanos são alguns dos desafios transversais que se colocam às fileiras da economia do Mar no horizonte 2030.

A publicação “Desafios do Mar 2030” integra o resultado de um conjunto de trabalhos realizados pelo Cluster do Mar Português, em colaboração com a PwC, contando com a participação de stakeholders da economia do Mar – Empresas, Centros de I&D e Administração Pública Local.

Consulte o Documento aqui: https://lnkd.in/ebE_eij

Fonte: Fórum Oceano – Associação da Economia do Mar em 15.04.2020