PIB cearense cresce 2,11% em 2019 e tem desempenho melhor que o nacional

Dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) apontam que o Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará teve desempenho melhor que o nacional em 2019. Enquanto o indicador teve crescimento de 2,11% no estado, Brasil cresceu apenas 1,1%. Setor com maior destaque foi a indústria, que teve retomada no ano passado após queda em 2018 ocasionada pela greve dos caminhoneiros.

Dos três setores que compõem o PIB – Indústria, Serviços e Agropecuária – o primeiro apresentou crescimento de 4,08% no Ceará, em 2019, bem acima do nacional: de 0,5%. Já o segmento de Serviços fechou o ano passado com elevação de 1,78%, também superando o índice no Brasil: de 1,3%. Já o setor agropecuário cearense evoluiu 1,33% em 2019, desempenho equivalente ao nacional, que foi de 1,3%.

O coordenador de contas regionais do Ipece, Nicolino Trompieri, explica que melhor desempenho do Ceará em comparação ao Brasil se dá em grande parte devido ao fato de o Ceará ter um setor de serviços mais abrangentes, principalmente no comércio e turismo. Ele também destaca o crescimento da produção de energia em cerca de 40% ligado à ativação das termelétricas, o que levou a um crescimento maior da indústria.

No setor industrial do Ceará, em 2019, o melhor resultado ficou com o segmento de Eletricidade, Gás e Água (SIUP), com 11,33%, seguido pela Construção Civil, com 3,88%, e Transformação, com 1,25%, enquanto a Extrativa Mineral amargou declínio de -7,21%. Já no setor de Serviços, o melhor resultado ficou com o Comércio, com 4,07%, seguido por Intermediação Financeira, com 2,18%; Transportes, com 1,98%; Alojamento e Alimentação, com 0,98%, e Administração Pública, com 0,26%. Outros Serviços decresceu -1,79%.

Nicolino pondera que, apesar dos números positivos referentes a 2019 não se pode ainda ter uma perspectiva otimista para esse ano. “O momento é de muita cautela para a previsão de 2020 por causa dos efeitos negativos muito grandes da pandemia, são efeitos que passam por várias atividades. É uma crise muito diferente de outras, que tem um problema sanitário, que tá afetando fortemente toda a economia. Por conta desses vários efeitos ainda é cedo para a gente poder dar um tamanho desse efeito negativo para a economia”, analisa.

Antes da pandemia, a projeção é que o PIB cearense crescesse 2,38% em 2020, enquanto o Brasil cresceria 2,25%. Conforme Trompieri, o Ipece está revendo as projeções e analisando os impactos da paralisação da economia para poder traçar novas perspectivas. “Daqui a um tempo a gente deve divulgar a primeira previsão mais apurada de acordo com os últimos fatos. Temos que aguardar o mês de junho, quando a gente marca o PIB do primeiro trimestre, assim como o Brasil”, diz.

Ipece também divulgou o Ipece Conjuntura – Boletim da Conjuntura Econômica Cearense, documento que traz uma análise mais completa do último trimestre. “Detalha bem mais os números retratados no PIB, analisa vários outros indicadores, comércio, indústria, de forma mais detalhada que o próprio número do PIB. É um complemento”, coloca Nicolino.

Fonte: O Otimista em 15.04.2020

Setor de Saúde cearense investe contra pandemia e gera oportunidades de emprego em cenário de crise

A crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus tem levado muitas empresas a cortar gastos e, em muitos casos, a demitir. No entanto, alguns setores produtivos não sofreram cortes e estão até contratando mão de obra para dar conta do aumento da demanda. Em um mês, o segmento hospitalar já abriu mais de mil vagas no Estado – e juntamente com o farmacêutico e de supermercado, são os principais recrutadores.

O Sistema Hapvida, por exemplo, diz ter criado 800 postos de trabalho de março para abril. Do total, 500 foram de vagas temporárias para enfermeiros e técnicos de enfermagem, na rede própria, e o restante para suprir gestantes, pessoas com mais de 60 anos, com doenças crônicas, entre outros. Parte do corpo de trabalho do grupo está atuando de forma remota.

“Além disso, a empresa ampliou diversos serviços, como a teleconsulta, distribuição de insumos por todo o país e mantém uma programação diária nas redes sociais com informações da companhia no período”, informou em nota.

Já a Unimed Fortaleza, por sua vez, prevê que até o fim deste mês cerca de 250 vagas serão abertas para suprir a crescente procura por serviços de saúde.

Segundo a cooperativa, em março foram contratados 73 novos colaboradores, principalmente, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com 34 novos postos. Em abril, até o momento, 54 pessoas foram empregadas, com o setor de emergência liderando, com 16 postos. A Unimed acrescenta que ainda serão admitidos neste mês 253 pessoas, sendo a maior parte delas na UTI (118), emergência (57), clínica médica (42), fisioterapia (26) e centro de distribuição (7).

“Na área assistencial, de atendimento, estamos tendo que contratar a mão de obra porque a demanda está aumentando. E precisamos de um excedente porque há o risco de profissionais adoecerem e precisarem se afastar. Como não tem tanta gente disponível no mercado para contratarmos de uma vez, temos tido custos a mais com hora extra. Esse mês pagamos ou iremos pagar um grande volume. Temos tido aumento de custos e despesas mesmo sem aumento de receita”, explica o presidente da Unimed Fortaleza, Elias Leite.

Ele diz que houve aumento no quadro de profissionais na parte de hospital e clínicas, onde há pronto atendimento para pessoas com suspeita de covid-19.

“A quantidade de pessoas que ainda vão ser contratadas vai depender da curva de contaminação e da substituição de profissionais que venham a adoecer. Estamos contratando principalmente médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem, mas também incrementamos o quadro do serviços gerais, que é muito importante. Ainda aumentamos o número de assistentes sociais e psicólogos. Criamos uma área para acolhimento das famílias de pacientes internados com covid-19”, acrescenta.

Leite também afirma que praticamente 100% da parte administrativa da empresa está home office. “Mas não reduzimos jornadas nem suspendemos contratos de trabalho. O que fizemos foi dar férias para parte dos funcionários, mas não representa grupo significativo. Quanto aos nossos profissionais com idade acima de 60 anos ou alguma morbidade, estamos priorizando a concessão de férias ou realocando para outros departamentos que não a linha de frente”.

O presidente da Unimed Fortaleza ainda diz que o número de atendimentos totais diminuiu. “Felizmente, a população está entendendo que só deve ir ao pronto-atendimento com sinais de alerta. No entanto, a proporção de pessoas que chegam e são internadas tem aumentado”.

Contratação

Nesse movimento de contratações, algumas profissões têm visto a demanda aumentar. O enfermeiro Egberg Santos estava há um mês desempregado quando surgiu uma vaga na Unimed Fortaleza. Ele conta que, por conta da pandemia, o mercado para a profissão cresceu.

“Muitos hospitais abriram pontos de apoio e de emergências para triagem de pacientes com suspeita de covid-19. Também foram abertas UTIs para os pacientes com maior gravidade. O mercado abriu, mas infelizmente por uma situação ruim pela qual a gente está passando”, reforça.

De acordo com Santos, apesar do aumento da demanda, muitos trabalhadores da área estão receosos por causa do novo coronavírus. “Tem muitos funcionários que têm receio de trabalhar com esse perfil de paciente, mas as vagas estão conseguindo ser preenchidas em tempo hábil”.

Ele avalia que muitas empresas estão aumentando os salários como forma de atrair os profissionais. “Elas estão pagando melhor os plantões específicos para trabalhar com o coronavírus”.

O enfermeiro trabalha atualmente no setor de UTI atendendo pacientes diagnosticados ou com suspeita de covid-19 . “Quanto a questão da segurança, a minha empresa oferece todos os equipamentos para a proteção. Não temos este problema lá”.

Equipamentos

A gerente de Recursos Humanos da LocMed Hospitalar (aluguel e venda de equipamentos hospitalares), Cleane Teles, diz que antes da pandemia a empresa já tinha planos para aumentar o efetivo. “Demos seguimento à contratação mesmo com a crescente demanda. E nós estamos conseguindo segurar os empregos atuais”.

Teles afirma que o quadro atual, de cerca de 150 colaboradores, é suficiente para atender a demanda. No entanto, a empresa preferiu continuar com o processo seletivo para oito vagas. “A gente está sendo muito demandado e preferimos não congelar o processo de seleção. Quem estiver interessado pode acessar a nossa plataforma no link jobs.Solides.Com/locmed”.

Essenciais

Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de Estado do Ceará (Sincofarma/CE), Antonio Félix, algumas farmácias aumentaram em até 10% o efetivo. Ele ressalta que esse volume de contratações foi direcionado para os entregadores. “Se tiver ocorrido um acréscimo, deve ter sido no delivery. Porque aumentou a entrega, mas isso estourando 10%”, diz.

Nos supermercados do Ceará também houve aumento da demanda e consequentemente crescimento no quadro de funcionários de algumas empresas. Segundo o vice-presidente da Associação Cearense de Supermercados (Acesu), Nidovando Pinheiro, muitos estabelecimentos estão contratando trabalhadores no formato intermitente.

“Muitos supermercados continuam contratando temporariamente, e as vagas podem se tornar efetivas por conta dessa demanda que teve.. A gente viu várias empresas contratando, mas eu não tenho esse número fechado. No meu supermercado, nós criamos 15 vagas de carteira assinada”.

De acordo com ele, no início da pandemia houve aumento de demanda, mas que vem se estabilizando. “Antes da Páscoa, a gente já vinha percebendo uma movimentação normal. Vamos aguardar agora esse dinheiro – o auxílio emergencial de R$ 600 – que o Governo Federal está disponibilizando para as pessoas. A gente vai esperar esse dinheiro entrar no mercado para ver como ficam as coisas”.

Restaurante muda rotina

O fechamento temporário de bares e restaurantes por conta da Covid-19 fez estabelecimentos mudarem a rotina de trabalho dos profissionais. É o caso, por exemplo, do restaurante Renascença, que mudou a função de recepcionistas e garçons para atendentes e entregadores. Segundo o proprietário, Eduardo Mello, não houve nenhuma demissão na casa. Ele conta que usou todas as disponibilidades permitidas por lei para preservar os empregados.

“Para alguns funcionários, eu dei férias. Para outros, eu fiz a suspensão do contrato de trabalho, outros tiveram a redução de jornada de trabalho e uma parte final eu mantive trabalhando por conta do delivery”, diz.

A mudança de funções envolveu alguns funcionários do restaurante. “No caso da entrega, eu mudei três funcionários. Nas formas de atendimento, eu modifiquei duas funcionárias do salão que passaram a fazer as vendas por telefone. A moça que trabalha na balança passou a trabalhar recebendo os pedidos e atendendo ao drive thru. E os funcionários da cozinha ficaram na linha de montagem”, explica o empreendedor.

Mello diz ainda que o movimento do delivery não alcança o movimento que a casa tinha antes da pandemia. “O delivery é muito aquém do presencial. O faturamento do delivery não representa nem 30% do nosso atendimento presencial. Em média, chega a 20% do que era antes da pandemia”.

Ele conta também que há desafios de adaptação, uma vez que o restaurante não disponibilizava de entrega antes da crise do novo coronavírus. “Nós estamos nos adaptando à nova realidade. A equipe já tinha uma forma de trabalhar e a gente está fazendo mudanças necessárias. Os clientes de delivery são mais exigentes por toda essa questão de higiene e qualidade do produto, mas nós estamos tentando manter a qualidade”, avalia.

Fonte: Diario do Nordeste em 14.04.2020

Plataforma recebe inscrições de ideias inovadoras para economia

A plataforma Somos Um recebe, até a próxima quinta-feira (16), inscrições gratuitas de ideias e soluções inovadoras para a economia pós-pandemia. Os inscritos concorrem à premiação nos valores de R$ 5 mil, R$ 3 mil e R$ 2 mil

A situação de paralisação das atividades econômicas durante a pandemia do coronavírus tem provocado novas perspectivas sobre a economia. Enquanto a crise de saúde pública bloqueia o modo habitual de produção das empresas e organizações, parte da sociedade já se inquieta para emplacar um novo paradigma de negócios no Ceará.

Atrás de encontrar essa inovação, o Desafio Retoma Ceará está com inscrições abertas para gestores públicos, empresários e executivos de empresas privadas, agentes do setor financeiro, professores e estudantes universitários, lideranças comunitárias e demais pessoas interessadas em colocar em prática ideias para uma “nova economia”.

Até a próxima quinta-feira (16), a plataforma online Somos Um, em parceria com o Ninna Hub e a Grow+, inscreve gratuitamente propostas inovadoras nesse sentido. As três melhores ideias concorrem às premiações de R$ 5 mil (primeiro colocado), R$ 3 mil (segundo), e R$ 2 mil (terceiro). As inscrições são individuais ou por equipe, de acordo com o regulamento exposto no site.

“O legal é juntar, por exemplo, um gestor público, com alguém que entende de finanças e parte tributária, com empresário, com o comerciante do bairro, pra ele dizer qual é a dificuldade dele e eles pensarem juntos numa solução”, observa a empresária Ticiana Rolim Queiroz, uma das idealizadoras da iniciativa.

O regulamento sugere uma série de temas para direcionar as ideias: aspectos tributários; economia informal, empreendedores informais e informalidade na economia; ampliação e complementação de renda; e desburocratização da economia. E as propostas devem beneficiar, sobretudo, trabalhadores informais, microempreendedores individuais, microempresários e profissionais liberais.

O objetivo é que as ideias beneficiem diretamente os informais (Artesãos, ambulantes, costureiras, diaristas flanelinhas e outros), Micro Empreendedores Individuais – MEI (Cabeleireiros, manicures, mestre de obras e outros), as Micro Empresas – ME (Mercadinhos, salões de beleza, lanchonetes, lojas de roupas e outros) e profissionais liberais, como advogados, consultores, psicólogos, professores / instrutores e outros.

Início

Ticiana Rolim recapitula que a ideia do Desafio surgiu após cinco dias de quarentena no Ceará. Ao lado de outros empreendedores, a empresária refletiu sobre a necessidade de criar uma oportunidade para as pessoas que tivessem dificuldades de inovar neste período de crise.

“É uma chance de elas colocarem o que criam em prática. Ao invés de só colocar a culpa no governo, é sair do jogo de acusação e ser protagonista, fazer a diferença. A pergunta é ‘como colocar meus dons e talentos a serviço dessa pandemia?'”, sugere ela.

Orientada por um pensamento de desenvolvimento sustentável, a empresária conta que, ainda no mês passado, chegou a dar palestras para outros empresários sobre o que seria a “nova economia”. Ela defende como a sociedade agora precisa encontrar, diante dos efeitos da pandemia, um meio termo entre o “capitalismo selvagem” e a paralisação atual, dois polos de um mesmo pêndulo.

“São dois extremos e nenhum é sustentável. Então é preciso ter calma, refletir e pensar numa forma equilibrada de como ganhar dinheiro e mudar o mundo”, vislumbra.

Até a próxima quinta (17), a plataforma online Somos Um, em parceria com o Ninna Hub e a Grow+, inscreve gratuitamente propostas inovadoras para os períodos de crise e pós-crise econômica

Inscreva-se: http://www.somosumce.com.br/

Fonte: Diário do Nordeste em 13.04.2020

Brasil equaciona linha marítima direta com países árabes

A ministra da agricultura, Tereza Cristina, sugeriu na quarta-feira (8), em reunião virtual com os membros da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, a criação de uma linha direta de comercialização para reduzir custos nas operações, com a ampliação de importações de produtos árabes que, juntos, são o segundo principal parceiro comercial agrícola brasileiro.

O presidente da câmara, Rubens Hannun, afirma que o objetivo principal da reunião é conseguir rentabilizar ao máximo esse comércio e, para isso, é necessário pensar na logística de transporte. “Um discurso muito importante é o custo de logística que se dá em função em se ter ou não transporte marítimo direto entre Brasil e países árabes”, diz ele.

A implantação de linhas marítimas diretas já está sendo estudado, mas, para isso ser rentável, é preciso aumentar comércio com os árabes. De acordo com Hannun, a Arábia tem grande interesse em proteína animal e frutos brasileiros, tendo esses um potencial grande como produto de troca.

Fonte: Aplop em 14.04.2020

M. Dias Branco destinará R$ 2,4 milhões para estimular doação de sangue e pesquisa contra Covid-19

A M. Dias Branco anuncia a doação de R$ 2,4 milhões para apoiar hemocentros, estimular a doação de sangue e ajudar nas pesquisas em hematologia para o tratamento de pacientes de Covid-19. Além de recursos financeiros, a empresa também doará alimentos.

Conforme a ação, para cada bolsa de sangue arrecadada, a M.Dias Branco destinará 500 produtos de suas marcas a entidades de apoio social. A empresa também mobilizará as plataformas de mídias sociais de suas principais marcas para engajar e conscientizar seus fãs sobre a importância das doações de sangue.

De acordo com informações da empresa, a primeira marca a formalizar a doação é a Fortaleza, que destinará recursos ao Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará – Hemoce (Hemorrede do Ceará). Os recursos serão destinados também a hemocentros de Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Bahia por meio das marcas Vitarella, Adria, Piraquê e Isabela, respectivamente.

Fonte: O Otimista em 07.04.2020

Governo aprova cinco novas indústrias no Ceará com investimentos de R$ 95,7 milhões

Conselho Estadual de Desenvolvimento Industrial (Cedin), que é presidido pelo governador Camilo Santana, aprovou 75 medidas pleiteadas pelo setor. Cinco novos protocolos de intenção chegaram ao Estado

O Governo anunciou, após reunião do Conselho Estadual e Desenvolvimento Industrial (Cedin), 75 pedidos do setor da indústria nesta terça-feira, 31. Dentre as solicitações, cinco novos empreendimentos, com investimentos de pelo menos R$ 95,7 milhões.

As empresas, três do ramo alimentício, uma calçadista e uma da metalurgia, devem gerar 1,2 mil empregos diretos. Neste ano, outras empresas já iniciaram a implantação de operação, a fase seguinte deve ser o de pedir benefícios fiscais para aumento de produção. São uma indústria química, uma de embalagens, duas de calçados e outra de confecção.

O presidente da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), Eduardo Neves, diz que a reunião foi uma sinalização de que a economia não parou com destaque às “muitas aprovações para recebimento de máquinas novas, importações”.

“É um trabalho que vinha sendo feito, com expectativa que havia de crescimento bem maior da economia brasileira. O coronavírus mudou o cenário, mas os investimentos foram feitos”, comenta ele sobre as aprovações de projetos e investimentos.

Neves ainda destaca que, por causa do coronavírus, os novos protocolos de intenção e investimentos devem ser protelados para o próximo ano. A Adece vai trabalhar para que esses acordos, com prazo de dois anos, não “caduquem”.

Outros anúncios
Ainda de acordo com o Governo, outras três indústrias já existentes no Ceará tiveram a prorrogação dos benefícios fiscais aceitos e mais 35 concessões de benefícios nas importações de matérias-primas e insumos para utilização de indústrias foram aprovadas pelo Cedin. E oito empresas tiveram seus benefícios fiscais revisados ou aditivados.

Reunião
Essa foi a primeira reunião do ano para a Cedin e, tendo em vista as recomendações de isolamento social em meio ao cenário de pandemia do coronavírus (covid-19), foi realizada por teleconferência.

“Essa reunião simboliza mais um esforço que o governador Camilo Santana tem feito no sentido de manter incentivos para o setor produtivo”, afirmou o titular Secretaria do Desenvolvimento Econômico do Estado do Ceará (Sedet), Maia Júnior, por meio de nota.

Fonte: Jornal O Povo em 31.03.2020

Estado anuncia pacote de apoio às empresas no Ceará

Iniciativas tem o objetivo de aliviar as obrigações fiscais e tributárias dos negócios com o Governo do Estado. Medidas foram anunciadas pelo goveranador Camilo Santana durante transmissão ao vivo pelo Facebook

O Governo do Estado ouviu os pleitos do setor produtivo e anunciou um pacote de medidas para apoiar as empresas no Estado. A iniciativa visa dar suporte fiscal aos negócios cearense ao aliviar as obrigações tributárias. A informação foi confirmada pelo governador Camilo Santa durante transmissão ao vivo pelo Facebook.

A lista de iniciativas conta com a prorrogação do prazo por 90 dias para empresas se adequarem à documentação de ações fiscalizatórias por 90 dias; extinção do pagamento Fundo de Equilíbrio Fiscal por 3 meses; e prorrogação da validade das certidões negativas por 90 dias, para que empresas possam participar de licitações.

A lista de medidas anunciadas pelo governador ainda conta com a prorrogação da apresentação de obrigações acessórias das empresas por 90 dias; suspensão da necessidade de pagamento do refinanciamento por impostos atrasados pelas empresas por 90 dias; suspensão de inscrições na dívida ativa do Estado por 90 dias, para que as empresas evitem problemas fiscais; e a prorrogação por 90 dias dos regimes especiais de tributação.

De acordo com chefe do Executivo estadual, o Estado tem trabalhado para dar suporte às empresas durante a crise econômica causada pela pandemia do coronavírus. Camilo Santana destacou o momento exige união entre os setores da economia para manter os empregos ativos no mercado cearense.

“Isso é para ajudar a garantir os negócios no Ceará e para garantir os empregos das pessoas que trabalham no Estado. Muitas empresas já estão negociando e isso é fundamental, pois esse é um momento de união para protegermos os empregos, as pessoas e as empresas”, disse.

O governador do Estado ainda disse que autorizou a dispensa do pagamento de impostos por parte das micro e pequenas empresas do Simples Nacional ao Governo do Estado por 90 dias.

A decisão, no entanto, ainda necessita de uma autorização da gestão nacional do Simples para entrar em vigor.

Fonte: Diário do Nordeste em 30.03.2020

Sebrae-CE aponta alternativa para micro e pequenos conseguirem crédito e enfrentarem pandemia

Apontados como as mais frágeis entre o setor produtivo, microempreendedores individuais (MEIs) e pequenas e médias empresas (MPEs) podem encontrar crédito para enfrentar a crise deflagrada pelo novo coronavírus longe dos balcões dos bancos. Isso porque, além das fintechs e do sistema bancário tradicional, os MEIs e as MPEs têm mais uma alternativa de acesso a crédito, segundo o Sebrae, que promete ser mais rápido, fácil e desburocratizado: são as Empresas Simples de Crédito (ESCs).

Regulamentadas no ano passado, já existem 24 ESCs no Ceará, segundo o gestor de Acesso ao Crédito para os Pequenos Negócios do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no Estado, Silvio Moreira. No Brasil, são 631.

As ESCs podem conceder empréstimos e financiamentos para MEIs e micro e pequenas empresas. A ideia é que elas favoreçam negócios próximos delas próprias, podendo ser beneficiadas apenas empresas no município da sede ou nos municípios limítrofes.

No Ceará, 98,8% das empresas formais se encaixam no porte necessário para ter acesso e geram 50,3% dos empregos com carteira assinada do Estado, sendo responsáveis por 26,5% do Produto Interno Bruto (PIB) cearense. Ao total, são 409 mil empreendimentos aptos a acessar crédito através das ESCs.

Diferenciais

“Nesse momento, com essa crise afetando principalmente os pequenos, é uma alternativa de crédito. Aqueles que não conseguirem pelo sistema bancário tradicional, podem buscar ajuda de crédito pela ESC”, afirma Moreira.

Ele ressalta que alguns dos diferenciais das operações com ESC são desburocratização e rapidez. “Todo o processo é feito pela internet. E, como são pequenas bases, a empresa consegue conceder o recurso muito mais rápido”, ressalta.

Valdiene Andrade, proprietária do Mercadinhos Andrade Frios, comprovou a indicação do gestor de Acesso ao Crédito. Através de uma pesquisa comparativa, optou por fazer empréstimo com ESC. “Em comparação com outros bancos, o juros e o parcelamento foram bem mais favoráveis. E simples também, fiz tudo pela internet”, conta. Ela ainda lembra que recebeu o recurso em menos de 24 horas.

A empreendedora, que tomou emprestado R$ 10 mil, já realizou uma segunda operação, dessa vez de R$ 15 mil. “Eu precisava para investir em mercadoria e ter capital de giro. Tem sido muito importante nesse momento, porque consegui manter os pagamentos em dia sem me aperrear”, ressalta. “Estou muito satisfeita e pretendo fazer novas operações”, acrescenta.

Condições

Ari Célio Mendes, sócio-diretor da PegFácil, criou sua ESC no fim do ano passado e já atendeu a 10 clientes, totalizando R$ 150 mil emprestados. A empresa concede crédito de R$ 1 mil a R$ 50 mil, em parcelas que variam de 6 meses a 36 meses, com taxas de juros de 3,5% mais custos da operação.

Mendes revela que já tinha trabalhado com crédito em sua ocupação anterior. “Eu já tinha o desejo de empreender e tinha experiência, então resolvi entrar no mercado com a ESC e não só colocar mais crédito à disposição, mas também ajudar os empreendedores com orientação”, afirma.

Ele aponta que a divulgação tem sido feita boca a boca e que, apesar do processo ser simples, é necessário ter uma plataforma de acompanhamento das operações. “O Banco Central e o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) exigem isso. Então é preciso ficar atento a esses detalhes quem se interessar”.

Mendes ainda acrescenta que o processo garante toda a segurança necessária para as ESCs, possibilitando o uso de garantia de bens, por exemplo.

Fonte: Diário de Nordeste em 31.03.2020

Covid-19. Governo injeta €776 milhões de liquidez na economia através do Portugal 2020

O secretário de Estado do Planeamento, José Mendes, anunciou ao Expresso que o Portugal 2020 vai injetar €776 milhões na economia portuguesa através de duas medidas extraordinárias. Todos os beneficiários públicos e privados vão receber os fundos mais depressa e os empresários terão também mais um ano para reembolsarem o Estado pelos empréstimos recebidos.

Os principais beneficiários da deliberação da Comissão Interministerial de Coordenação do Acordo de Parceria – CIC Portugal 2020 é a tesouraria das empresas que investem de norte a sul com os subsídios e empréstimos europeus, já que foi ordenado o pagamento quase imediato das faturas submetidas pelos investidores e instituído o diferimento automático das prestações de reembolsos destes incentivos por um período de 12 meses.

“Quanto aos pedidos de pagamento, os empresários vão começar a receber os fundos já a partir desta semana, explicou José Mendes. “Quanto aos reembolsos, os empresários também já não têm de se preocupar em devolver os fundos a partir deste momento pois a suspensão entrou imediatamente em vigor”.

O secretário de Estado estima que esta medida do ministério do Planejamento represente uma injeção de liquidez nas empresas na ordem dos €475 milhões até 30 de junho de 2020. Neste período, os empresários receberão €260 milhões de fundos por via da aceleração dos pedidos de pagamento. Também evitarão devolver ao Estado €215 milhões de fundos por via do diferimento automático dos reembolsos.

Além das empresas, também as autarquias, instituições particulares de solidariedade social (IPSS), escolas e demais promotores de projetos de investimento públicos e privados receberão €301 milhões de fundos através do alargamento da medida de aceleração dos pedidos de pagamento a todos os beneficiários do Portugal 2020.

Como o Expresso avançou este sábado, foram deliberadas outras medidas extraordinárias no âmbito do Portugal 2020 por proposta do ministro do Planeamento.

Por um lado, será considerada a situação de pandemia COVID-19 como motivo de força maior não imputável aos promotores, o que possibilitará de forma simplificada o ajustamento dos projetos, quer ao nível do calendário, da programação financeira, dos custos máximos ou outro tipo de limites impostos na legislação ou nos avisos de concurso, da composição dos objetivos, atividades e investimentos, quer ao nível das metas contratualizadas de realização e resultado.

Por outro lado, serão consideradas elegíveis as despesas incorridas pelos promotores decorrentes do cancelamento ou adiamento de ações e/ou iniciativas, como por exemplo, nas áreas da internacionalização, investigação e desenvolvimento e formação profissional, permitindo assim o reembolso integral das despesas.

Tendo presente a atual suspensão das atividades de formação profissional, reabilitação profissional, medidas ativas de emprego e outras medidas não formativas, ir-se-á continuar a pagar as bolsas de formação e demais apoios sociais, assim como os custos internos associados a estas áreas financiadas pelo Fundo Social Europeu, explica o ministério do planeamento.

Nesta fase de emergência serão suspensas algumas das medidas em curso no Portugal 2020, como seja a Bolsa de Recuperação. O objetivo é garantir que os beneficiários reúnam condições para que continuem a desenvolver os projetos do Portugal 2020 e não desistam dos mesmos.

“No momento difícil que se vive, é importante transmitir uma mensagem de tranquilidade junto dos milhares de promotores de que tudo se fará para que, mesmo com as limitações impostas pelo momento atual, continuem a desenvolver os projetos, ainda que a ritmos e de forma diferente, e com isso possam criar as condições para a fase seguinte de recuperação da nossa economia e criação de emprego”, acrescenta o ministério do planeamento em nota enviada à comunicação social.

Fonte: Jornal Expresso em 30.03.2020

Instituições de investigação e ensino superior recebem 34 milhões de programa europeu

A maioria dos projetos aprovados em Portugal são das áreas da saúde e engenharia. Os centros de investigação viram aprovados 12 projetos e as entidades de ensino superior dez, obtendo um total de financiamento de 18,7 milhões de euros e de 15,3 milhões, respetivamente.

Os centros de investigação e instituições de ensino superior garantiram 34 milhões de euros de financiamento, através de 22 projetos aprovados nos últimos concursos do programa Widening do Horizonte 2020 – valor que reprsenta 29% do total do financiamento disponível. Este apoio comunitário servirá para integrar as entidades nacionais em redes de colaboração internacionais de referência, com vista a desenvolver campos de investigação específicos, e para atrair e reter recursos humanos altamente qualificados.

Uma parte significativa dos projetos aprovados é da área da saúde, com foco na investigação em novas terapias antivíricas e imunologia, doenças do cérebro e neurológicas, e na saúde do envelhecimento. Os projetos na área da engenharia abordam temas como a segurança alimentar, biotecnologia alimentar, sistemas sustentáveis de energia, materiais sustentáveis e digital. Existem ainda projetos financiados nas áreas da biotecnologia marinha, ambiente e inovação social.

As entidades portuguesas registaram um desempenho acima da média das dos restantes Estados-membros, apresentando uma taxa de sucesso de 32% face à média dos 27 países da União Europeia (fixada em 18% de aprovações). Os centros de investigação viram aprovados 12 projetos e as entidades de ensino superior dez, obtendo um total de financiamento de 18,7 milhões de euros e de 15,3 milhões, respetivamente.

Fonte: Jornal Sapo em 31.03.2020