Exportações portuguesas para o Brasil seguem em alta, apesar da queda nas vendas de aeronaves

Exportações portuguesas para o Brasil seguem em alta, apesar da queda nas vendas de aeronaves

Conforme dados publicados pelo Observatório de Negócios Internacionais da Federação das Câmara Portuguesas de Comércio no Brasil – FCPCBR, a soma das trocas comerciais entre Portugal e Brasil até setembro deste ano, mais que dobrou em relação a 2019.

Segundo dados informados ao Mundo Lusíada pela FCPCBR, praticamente todo os produtos tiveram crescimento, com destaque para as vendas brasileiras de combustíveis (+132%) e soja (+65%) e as vendas portuguesas de azeites (+4%) e bebidas alcoólicas (26%).

As exportações brasileiras para Portugal alcançaram entre janeiro e setembro de 2021 os US$ 1,94 bilhões, um aumento de mais de 300 milhões se comparado ao mesmo período de 2020. Por sua vez, as exportações portuguesas para o Brasil movimentaram cerca de US$ 646 milhões, um crescimento de 13,6% em relação ao ano anterior.

Conforme indicado pelo presidente da FCPCBR, Eng. Armando Abreu, os estados que mais se destacam durante este ano no comércio com Portuga são o Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso e Santa Catarina. Armando Abreu ressalta também, uma tendência inversa nas vendas portuguesas de aeronaves e suas partes que vêm decrescendo desde 2018, quando alcançaram o seu pico. De lá para cá, as vendas desse item saíram de US$ 117 milhões para US$ 65 milhões.

Segundo o coordenador do Observatório e sócio do APSV Advogados, Rômulo Alexandre, as exportações portuguesas de aeronaves e peças são estratégicas nas relações luso-brasileiras, fruto de um importante movimento de investimento da Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. – EMBRAER naquele país em 2004, quando adquiriu 65% da Indústria Aeronáutica de Portugal – OGMA. Além da OGMA, a EMBRAER detém duas subsidiárias em Portugal, a Embraer Portugal Estruturas Metálicas, S.A. dedicada à fabricação de peças e produtos metálicos para a indústria aeronáutica e a Embraer Portugal Estruturas em Compósitos, voltada para a fabricação de peças e produtos compósitos para a indústria aeronáutica.


O Observatório de Negócios Internacionais da FCPCBR (conheça aqui) é produzido em parceria com a Câmara Brasil Portugal no Ceará – CBPCE a partir de dados disponibilizados pelo Ministério da Economia do Brasil, e contém detalhes das relações comerciais com Portugal, inclusive com dados do comércio exterior de todos os estados brasileiros onde há Câmaras luso-brasileiras.

Fonte: Mundo Lusíada

Regras para visto de investidor em Portugal mudam a partir de 2022, com aportes 50% maiores

Regras para visto de investidor em Portugal mudam a partir de 2022, com aportes 50% maiores

O governo português alterou algumas exigências para a concessão de visto de residência permanente para investidores no país – o chamado Golden Visa -, que passarão a valer a partir de 1º de janeiro do próximo ano. Interessados em obter o visto com as normas vigentes ainda em 2021 têm até 20 de outubro para dar início ao processo.

Segundo a LCR Capital Partners, empresa que presta assessoria para famílias interessadas em imigrar para Portugal, as mudanças aumentaram os valores exigidos em quase todas as modalidades de investimentos e negócios, além de excluírem as cidades de Lisboa, Porto e Algarve como regiões qualificadas para a compra de imóveis residenciais.

“As alterações são consideráveis e, por ser um processo com vários passos e que exige uma grande quantidade de documentações, o ideal é que o interessado inicie o processo de aplicação para o programa até 20 de outubro”, alerta Ana Elisa Bezerra, vice-presidente da LCR.

De acordo com a empresa, os valores de investimento terão aumento de até 50% em algumas modalidades, conforme comunicado oficial do governo de Portugal. Transferência de recursos para uma conta bancária portuguesa, por exemplo, passam de 1 milhão de euros, no mínimo, para 1,5 milhão de euros. Já a aplicação mínima em fundos de investimento elegíveis ao visto passará de 350 mil euros para 500 mil euros.

Atualmente, a aquisição de imóveis é uma das modalidades mais populares para quem quer obter o Golden Visa, segundo a LCR. “O objetivo do governo em tirar regiões como Lisboa, Porto e Algarve das zonas qualificadas para o programa, é atrair mais investimentos e pessoas para zonas rurais e centros urbanos menores, a fim de movimentar a economia e população desses locais”, afirma a empresa, em nota. O valor mínimo para aquisição de imóveis não foi alterado, ficando nos atuais 500 mil euros.

Fonte: Valor Investe

No dia 21/10, a CBPCE realizará live com o tema: Golden Visa e o Visto de Empreendedor em Portugal – Cenário atual e oportunidades a partir das 11h.

Convidados:

Paulo Sérgio dos Santos
Advogado e Sócio da ASA Lawyers.

Teresa do Brito Apolónia
Advogada e Sócia fundadora da ASA Lawyers

Karyna Saraiva Leão Gaya
Advogada, sócia de Cabral e Gaya Advogados

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Ceará Global destaca potenciais para o Comex e investimentos estrangeiros

Ceará Global destaca potenciais para o Comex e investimentos estrangeiros

O Ceará Global, maior evento voltado para a internacionalização do estado, será realizado nos dias 14 e 15/10 com o tema “Clusters”. Assim como ocorreu em 2020, as palestras e apresentações desta edição serão em formato online, com transmissão ao vivo.

O Ceará Global Clusters irá focar no desenvolvimento dos setores de tecnologia, geração de energia, logística e turismo. O objetivo é mostrar o “mundo” que existe no Ceará e a presença de produtos e empresas cearenses no mercado internacional.

O evento irá destacar os principais segmentos de negócios em atividade no Ceará, além das oportunidades para o comércio exterior do estado e de investimentos na região do Complexo Industrial e Portuário do Pecém, como na produção de hidrogênio verde, tecnologia que pode colocar o Ceará entre os principais hubs deste setor no mundo.

O evento mostrará ainda como empresas, especialmente MPEs, poderão utilizar as novas tecnologias para iniciar a retomada dos negócios internacionais no período pós-pandemia, fortalecendo a conexão entre empresas locais, nacionais e internacionais.

Esta é a quinta edição do Ceará Global. A iniciativa, promovida pela Câmara Setorial de Comércio Exterior e Câmara Brasil-Portugal no Ceará, reúne empreendedores, investidores, entidades de classe e representantes do poder público.

Hub de Comércio Exterior
No dia 15/10, às 17h10, acontece o Painel 3, que abordará o tema “Hub de Comércio Exterior – Mercados Estratégicos”. A Gerente do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Karina Frota, irá mediar a conversa. Os convidados são o Diretor de Negócios da Apex-Brasil, Lucas Fiuza; o Diretor de Relações Institucionais da Comexport, Luiz Fernando Braga; e o Vice-Presidente de Operações do Complexo do Pecém, Cornelis Hulst.

Sobre o Ceará Global
O projeto Ceará Global foi criado em 2016 pela Câmara Setorial de Comércio Exterior e Investimento da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (ADECE) em associação com Câmara Brasil-Portugal no Ceará, FECOMERCIO-CE, FIEC, SEBRAE-CE e UNIFOR. O evento anual se consolida como um espaço para tratar sobre comércio internacional, atração de investimentos estrangeiros e cooperação internacional.

Inscrições gratuitas AQUI.

Fonte: Sistema FIEC

Web Summit 2021 traz 40 mil visitantes a Lisboa em novembro

Web Summit 2021 traz 40 mil visitantes a Lisboa em novembro

A conferência de tecnologia e empreendedorismo regressa fisicamente a Lisboa no início de novembro, numa edição mais reduzida.

O Web Summit está de regresso em modo presencial, decorrendo entre 1 e 4 de novembro na Feira Internacional de Lisboa (FIL) e no Altice Arena, depois de uma edição em formato online em 2020. Aquela que é considerada uma das maiores conferências de tecnologia e empreendedorismo do mundo, vai trazer cerca de 40 mil visitantes a Lisboa, revelou o fundador e presidente executivo do evento Paddy Cosgrave, numa conferência de imprensa, esta terça-feira, em conjunto com o ministro da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira.

“É ótimo estar de volta. Estamos muito entusiasmados pela Web Summit acontecer fisicamente em novembro. Não sabíamos se iria sequer acontecer”, afirmou Paddy Cosgrave.

O CEO contou que à medida que outros grandes eventos tecnológicos regressaram ao formato físico, a organização sentiu-se encorajada a avançar com a edição presencial da conferência e as expetativas são positivas. “Ao início fomos muito conservadores e estávamos a apontar para 10 mil participantes e depois fomos aumentando o número para 15 mil, 30 mil e agora esperamos 40 mil pessoas de todo o mundo”, indicou, relembrando que a segurança será também uma prioridade.

Câmaras de Comércio portuguesas preparam presença do Brasil na missão Web Summit

Anteriormente, a organização já tinha confirmado que vai ser obrigatório ter certificado de vacinação ou, em alternativa, teste PCR ou antigénio negativo, realizado até, no máximo, 72 horas antes, para aceder à conferência.

Também por razões de segurança serão feitas alterações ao Night Summit, que irá decorrer em mais do que um espaço para evitar a concentração de pessoas.

Este ano o evento será mais reduzido, mas Paddy Cosgrave espera que em 2022 volte à dimensão normal da pré-pandemia.

Sobre os rumores de que o Web Summit iria transitar para a China, o empreendedor irlandês preferiu reafirmar o compromisso da organização com Lisboa até 2028, garantindo ainda que a mudança recente na liderança da Câmara Municipal não terá impacto.

“As eleições foram no domingo e é cedo para comentar, mas não espero nenhuma mudança”, disse, aproveitando para elogiar o trabalho de Fernando Medina e saudar a vitória de Carlos Moedas. “Medina foi um ótimo presidente da câmara. Conheço Carlos Moedas do tempo em que era comissário europeu. Lisboa vai ficar muito bem servida para o futuro”.

No Web Summit 2021, além do primeiro-ministro, António Costa, e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, estão igualmente confirmados oradores como a atriz e comediante Amy Poehler, o presidente da Microsoft Brad Smith, a comissária europeia Margrethe Vestager, a apresentadora Cristina Ferreira e o jogador de futebol Gerard Piqué.

Quanto aos oradores, Paddy Cosgrave realçou que este ano a aposta será em novos empreendedores, após críticas à edição de 2019 que trouxe “CEOs do ontem”. “Vai haver um grande número de pessoas que nunca viram, que nunca estiveram em palco”, desvendou.

A estes deverão juntar-se mais de mil oradores, cerca de 1250 startups, 1500 jornalistas e mais de 700 investidores.

Na mesma conferência de imprensa, o ministro da Economia disse que o evento “é um estímulo à atividade turística e vai trazer um impulso no meio da época baixa do outono”.

Pedro Siza Vieira adiantou ainda que Lisboa irá acolher a primeira assembleia-geral da European Startup Nations Alliance (ESNA), durante a Web Summit. A ESNA foi criada durante a presidência portuguesa da UE, no âmbito da iniciativa Nação Startup, que visa “criar um ecossistema vibrante para as empresas crescerem rapidamente”.

“Será uma oportunidade de apresentarmos o nosso novo pacote de apoio ao empreendedorismo e à inovação, o que coincidirá com a dinamização acrescida que pretendemos fazer chegar num contexto em que a transição digital se acelera”, acrescentou o governante.

Fonte: Sapo.pt

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M. Dias Branco anuncia compra da Latinex por até R$ 272 milhões

M. Dias Branco anuncia compra da Latinex por até R$ 272 milhões

A M. Dias Branco, líder nos mercados de biscoitos e massas, anunciou hoje (28) que fechou contrato para aquisição da Latinex pelo preço inicial de R$ 180 milhões, podendo chegar até R$ 272 milhões mediante o cumprimento de metas previstas em acordo.

Segundo fato relevante, a Latinex reforça a presença da M. Dias em ‘healthy food’ (saudabilidade) e snacks, além de marcar a entrada nos segmentos de temperos, molhos e condimentos.

“(Isso) reflete a estratégia comercial da M. Dias Branco de crescimento com lucratividade, incluindo no seu portfólio produtos com alto potencial de crescimento e valor agregado”, disse a empresa no comunicado.

A operação deverá ser submetida à ratificação da assembleia geral de acionistas e, nesse sentido, a companhia contratou consultoria especializada para elaborar laudos de avaliação.

M.Dias Branco no pódio das empresas que mais inovaram no País

“A conclusão da Operação está condicionada ao cumprimento de obrigações e condições precedentes usuais a esse tipo de transação, ressaltado que, dadas as suas características, a consumação da Operação não se sujeita à aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).” (Com Reuters)

Fonte: Forbes

Apex-Brasil lançará núcleo de qualificação de empresas no Ceará

Apex-Brasil lançará núcleo de qualificação de empresas no Ceará

O Ceará oficialmente terá um núcleo do Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX) no Ceará. A iniciativa é encabeçada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex-Brasil).

O PEIEX é oferecido pela Apex-Brasil com o objetivo de qualificar as empresas brasileiras para que iniciem o processo de exportação de forma planejada e segura.

Ainda não há data oficial para o lançamento no Estado.

O programa é implementado em todo o País por meio de parcerias que a Agência firma com instituições como Universidades, Parques Tecnológicos, fundação de amparo à pesquisa, federações de indústria, entre outras.

Fonte: Focus.jor

Portugal e Costa Rica são os dois principais destinos internacionais dos móveis fabricados no Ceará

Portugal e Costa Rica são os dois principais destinos internacionais dos móveis fabricados no Ceará

Em 2019, as exportações quase dobraram em relação a 2018. Em 2020, cresceram 79,38% e, em 2021, tiveram um incremento de 84,55%.

As exportações cearenses de móveis para Portugal movimentaram, entre janeiro e agosto deste ano, um total de U$ 271.214,00, cerca de 40% do total das exportações moveleiras do estado. O principal polo moveleiro do Ceará é no município de Marco.

Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo são os principais exportadores de móveis do Brasil. Estados Unidos, Chile e Reino Unido são os principais mercados compradores.

Conheça aqui (https://bityli.com/P02ER) BI produzido pela Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil em parceria com a CBPCE contendo detalhes das relações comerciais com Portugal, inclusive com dados do comércio exterior de todos os estados brasileiros onde há Câmaras luso-brasileiras.

O Observatório de Negócios Internacionais da Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil tem o apoio de APSV Advogados.

Fonte: Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil


Licenciamento ambiental e desenvolvimento, por Rômulo Alexandre Soares

Licenciamento ambiental e desenvolvimento, por Rômulo Alexandre Soares

Engana-se quem acredita que o processo de licenciamento ambiental atrapalha o desenvolvimento econômico. Pelo contrário. Para uma sociedade internacional que concertou no Tratado de Paris medidas de grande significado voltadas à neutralização de emissões de CO2 até 2050, falar de impactos ambientais e medi-los não é do interesse apenas de ambientalistas, mas uma preocupação que vem engajando empresários e líderes ao redor do mundo atentos à crise climática. Basta pensar que o aumento que se quer evitar acima de 1,5º na temperatura do planeta pode elevar o nível do mar e mudar a vida da imensa população que vive em áreas costeiras. Por outro, o descarte de plástico nos oceanos é tão desastroso quanto isso.

A nova forma de licenciamento instituído no Ceará que transfere para os municípios a competência para autorizar atividades de impacto local e passa a admitir várias modalidades de licenciamento, para além das licenças prévia (LP), instalação (LI) e operação (LO), é acertada. Ela possibilita tornar mais eficaz, eficiente e efetiva a gestão dos impactos nos meios físico, biótico e socioeconômico decorrentes das atividades ou dos empreendimentos submetidos ao licenciamento ambiental.

Mas é preciso cuidado. A nova sistemática de licenciamento não pode abreviar o rigor na análise de empreendimentos cujo potencial poluidor e porte são significativos e podem trazer danos irreversíveis ao meio ambiente. Digo isto para chamar a atenção para a nova licença por adesão e compromisso (LAC) que deve ser usada apenas quando os impactos, inclusive os cumulativos, estão previamente avaliados, as medidas mitigadoras estão satisfatoriamente definidas e há condições adequadas para o poder público fiscalizar. E também para reforçar que o Conselho Estadual do Meio Ambiente – COEMA reagiu adequadamente à decisão do Supremo Tribunal Federal, ao revogar a sua própria decisão que permitia que a agricultura com uso de agrotóxicos, cujo porte fosse menor que micro, mas o potencial poluidor fosse alto, pudesse escapar ao licenciamento ambiental. Aliás, o Senado poderia fazer o mesmo e alterar a proposta de Lei Geral do Licenciamento aprovada pela Câmara dos Deputados e que quer seguir de maneira mais grave no mesmo caminho.

Um outro acerto estratégico nas recentes mudanças do licenciamento ambiental no Ceará diz respeito ao uso intensivo de tecnologia. Isso permitiu, por um lado, virtualizar processos e trazer eficiência para o licenciamento na SEMACE e dar transparência à informação para o cidadão. Por outro, também permitiu a transformação das audiências públicas em sessões semipresenciais, visando assegurar a ampliação da participação popular fundamental no processo de Avaliação de Impacto Ambiental. É bom lembrar que informar, discutir, dirimir dúvidas e ouvir opiniões sobre os anseios da comunidade, em especial a população diretamente afetada, é vital para o procedimento decisório.

Avaliar adequadamente o impacto ambiental é uma das mais significativas etapas para se alcançar o desenvolvimento sustentável e também trazer segurança jurídica e evitar a judicialização de conflitos.

Por: Rômulo Alexandre Soares


O Ceará está pronto: Por César Ribeiro

O Ceará está pronto: Por César Ribeiro

Não é de hoje que se fala da capacidade de superação do cearense nas adversidades. O Ceará mostrou-se ainda mais forte e altivo quando enfrentou de cabeça erguida os dois períodos mais críticos da pandemia do coronavírus em 2020 e 2021. Isso diz muito da virtude do Estado em gerir situações de crise. Sem dúvidas, a maestria e diplomacia do seu líder maior, governador Camilo Santana, no comando de sua equipe fizeram uma grande diferença nesse processo.

Gerir situações de crise é também estar atento ao seu entorno, observando as oportunidades que podem surgir a partir daí, fazendo adaptações necessárias, tornando processos mais ágeis e econômicos na medida do possível, observando novos comportamentos, necessidades e mercados.

Antes da pandemia, o Estado do Ceará estava com linhas fortes de desenvolvimento econômico e social estabelecidas e algumas ainda estão, Somos a “esquina do Atlântico, porta de entrada para o Brasil e o mundo, com uma estrutura já preparada para resgatar contatos que ficaram em standby, outros novos que surgiram com um mundo novo e aproveitar toda a efervescência que a retomada do mercado internacional pode proporcionar.

Uma referência em educação no Brasil, o Ceará tem um dos maiores níveis de Investimento público e de transparência do país; uma situação fiscal equilibrada; um dos mais estratégicos complexos industriais e portuários da região, com uma zona de livre comércio em plena expansão aberta a novos empreendimentos. Além disso, o processo de imunização cearense contra a Covid-19 está avançando rapidamente, proporcionando a segurança que as pessoas precisam para para a retomada. Tudo isso, torna-se atrativo para investidores internacionais e nacionais que procuram moradas estáveis, seguras e acolhedoras para abrigar seus negócios.

Mesmo na pandemia, por motivos diversos, o Ceará esteve atento e próximo de parceiros Internacionais importantes, China, Estados como Unidos, França, Alemanha, Espanha, Itália, Coreia, Portugal, Finlândia, Argentina, entre outros, tratando de assuntos da área da saúde, tecnologia, segurança, mobilidade urbana, governança digital, educação, energias renováveis, agronegócio, recursos hídricos. O Estado está pronto para dar continuidade ao seu processo de internacionalização, com negócios e parcerias que gerem riquezas e oportunidades para os cearenses, e vem avançando, com muita responsabilidade, trabalho e dedicação.

Cesar Ribeiro
Secretário para Assuntos Internacionais do Estado do Ceará

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Linha de Crédito do Programa Regressar reformulada para ser mais atrativa

Linha de Crédito do Programa Regressar reformulada para ser mais atrativa

A Linha de Crédito Regressar para apoio aos empresários portugueses e luso descendentes que regressam a Portugal, uma das componentes do Programa Regressar, vai ser reformulada para se tornar mais atrativa, anunciou o Governo português.

Segundo o secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, e a secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, a Linha de Crédito Regressar “está suspensa” e “a ser renovada”, porque foi analisada e considerada “pouco atrativa”.

Com o objetivo de apoiar o investimento empresarial e a criação de novos negócios em território luso, bem como os empresários portugueses e lusodescendentes que regressam a Portugal, proporcionando-lhes condições para a criação do seu próprio negócio, a Linha de Crédito Regressar tinha um limite de operação de crédito de um milhão de euros por empresa e de 500 mil euros por cidadão regressado a Portugal, segundo informação do site do Programa Regressar.

Mas “não houve acesso a essa linha desde o início deste ano”, afirmou Berta Nunes, porque “está a ser renovada”, uma vez que “teve pouca adesão”. “Só aderiram os regressados da Madeira, provavelmente até venezuelanos, foram os que utilizaram a linha”, afirmou.

Miguel Cabrita, por seu lado, sublinhou que a linha “será lançada com condições mais favoráveis para a tornar mais atrativa”.

Para os dois secretários de Estado aquela linha de crédito é um instrumento importante para atrair mais candidaturas para a criação de emprego, no âmbito do Programa Regressar.

“A medida da criação do próprio emprego e a linha de crédito Regressar, sendo bem divulgada, poderão trazer outro tipo de investimento que seja para criar emprego”, afirmou Berta Nunes.

“Acho que esse tipo de instrumento de apoio ao trabalho independente, quer usando linhas de crédito, quer usando outros instrumentos, como os apoios ao investimento da diáspora, também disponíveis (…), são até instrumentos com uma força e consistência bastante significativa (…), são da maior importância”, considerou, por seu lado, Miguel Cabrita.

Mas o governante defendeu que não se deve desligar a avaliação dos números do Regressar até julho deste ano, que revelam que houve apenas 99 candidatos à criação de emprego, do fato de o alargamento ao empreendedorismo ter sido feito pouco tempo antes do início da pandemia, após a qual “as dinâmicas de investimento e de criação de emprego” mudaram.

Antes da covid-19, o ‘ponto de contato’, para onde os emigrantes ligam a pedir esclarecimento sobre o programa, foi muitas vezes questionado sobre a possibilidade de haver apoios para pequenos negócios e à criação do próprio emprego, referiu, lembrando que “uma parte significativa” das comunidades portuguesas “é justamente de empreendedores, pequenos comerciantes e pequenos negócios”.

Quando questionado porque é que a linha de crédito foi considerada pouca atrativa, o secretário de Estado respondeu: “porventura porque os instrumentos de crédito são sempre instrumentos que têm uma procura muito difusa, há muitas linhas de crédito, há também os apoios ao investimento da diáspora e eu volto a dizer que, poucos meses depois do programa ter começado, começou a pandemia e isso foi altamente desincentivador”.

Miguel Cabrita anunciou que serão “retomados os contatos presenciais com as comunidades, em paralelo também com uma nova etapa de divulgação do Regressar”, assegurando que, em breve, arrancarão as visitas às comunidades.

O programa Regressar contempla apoios financeiros aos emigrantes ou familiares de emigrantes que iniciem atividade laboral em Portugal por conta de outrem ou que criem empresas ou o próprio emprego.

Também comparticipa despesas inerentes ao regresso destes emigrantes e proporciona um benefício fiscal, através do qual os contribuintes elegíveis pagam IRS sobre 50% dos rendimentos de trabalho dependente e empresariais e profissionais durante um período que pode ir, no máximo, até cinco anos.

Ilhas

O Governo também vai reforçar o diálogo com as Regiões Autónomas para tentar que aceitem adotar as medidas do Programa Regressar, de apoio aos emigrantes que queiram voltar para Portugal.

A secretária das Comunidades garantiu que vai reunir-se este mês com os responsáveis das Regiões Autónomas “para tentar que os Açores e a Madeira também adotem medidas semelhantes [às do Programa Regressar no Continente], uma vez que estão no âmbito da sua autonomia”.

“Por isso, nós não podemos impor, […] eles têm de querer adotar”, afirmou Berta Nunes.

Um dos aspectos mais criticados do Programa Regressar é não abranger as regiões autónomas, como disse à Lusa o presidente do Conselho das Comunidades Portuguesas, Flávio Martins.

Para a secretária de Estado, esta situação “tem uma justificação muito prática e importante, e que tem a ver com o artigo 150 da Lei do Orçamento do Estado, que trata das transferências para as políticas ativas de emprego e formação profissional nesta área. É deste orçamento que vem o pagamento do subsídio de transporte e instalação”, no âmbito do Regressar no continente.

Verbas que também “existem para as regiões autónomas dos Açores e da Madeira, 10,5 milhões de euros para os Açores e 12 milhões para a Madeira”, acrescentou. Por isso, “podem, se o quiserem fazer (…), ter políticas ativas de emprego deste tipo e alocar uma parte deste orçamento a estas políticas, o que não fizeram até à data”, salientou.

Para já, Berta Nunes espera que do diálogo com os colegas que tutelam as comunidades nas regiões autónomas abra caminho para ultrapassar a diferença que “as pessoas não compreendem”.

“O que temos de fazer é conversar e tentar que estas medidas, que o IEFP [Instituto do Emprego e Formação Profissional] nacional implementou, também possam ser implementadas pelos serviços de emprego dos Açores e da Madeira”, realçou.

Por isso, irá ter uma reunião com os responsáveis das duas regiões autónomas ainda em setembro, adiantou. “O que eu tenho de ver com as regiões Autónomas é se consideram que esta medida (…) tem interesse e é prioritária”, sublinhou, lembrando que “há comunidades madeirenses e açorianos muito localizadas e muito fortes em alguns países.

Quanto às outras duas medidas do Regressar, a de isenção de 50% do IRS sobre o salário para jovens emigrantes que queiram regressar, “é universal”. “Toda a gente que paga IRS tem direito a essa medida” e “vai entrar no Orçamento do Estado e ter efeitos retroativos”, explicou.

Como o Programa Regressar foi renovado no final do ano passado, a medida não foi integrada no Orçamento do Estado para 2021, mas vai entrar no próximo, de 2022, referiu.

Já o secretário de Estado do Emprego referiu que o que tem estado a acontecer desde o princípio do programa “é que, no continente, o IEFP lançou uma medida de apoio à mobilidade e ao regresso de emigrantes, que teve (…) bastante procura, e nas regiões autónomas terá havido uma opção de não avançar de imediato com uma medida semelhante, ou inspirada nessa, ou que até poderia ser diferente, tendo em conta a autonomia que têm”.

“Da nossa parte temos todo o interesse também em que possa haver uma expansão a todo o território nacional”, realçou Miguel Cabrita, que tutela o IEFP e é responsável pela coordenação do programa, que cabe agora ao Ministério do Trabalho.

Candidaturas

O total de 2.300 candidaturas aprovadas no âmbito do Programa Regressar, para apoio aos emigrantes que queiram voltar para Portugal, envolvem nove milhões de euros de ajudas do Estado, segundo os dados do Governo.

Em 31 de julho de 2021 havia “3.480 candidaturas, que abrangem mais cerca de 7.700 pessoas, e daquelas já estão aprovadas, ou em fase final de aprovação, 2.330, que abrangem mais de 5 mil pessoas, ou seja, cerca de dois terços das candidaturas foram já aprovadas”, disse Miguel Cabrita.

Estas candidaturas já aprovadas implicam cerca de nove milhões de euros de ajudas do Estado, “dos quais seis milhões já efetivamente pagos”, salientou o responsável do Ministério do Trabalho pela coordenação do programa.

Ao contrário dos críticos do programa, que consideram o número de candidatos ao Regressar baixo para uma comunidade emigrante portuguesa tão grande, o secretário de Estado defendeu que, em pouco mais de dois anos de execução do programa e “mesmo com grandes restrições à mobilidade”, causadas pela pandemia de covid-19, os dados do Regressar mostram que “manteve a sua atratividade”.

O secretário de Estado referiu que as quase 3.500 candidaturas que existem representam, se vierem a ser aprovadas, um volume global de 14 milhões de euros de ajudas do Estado.

“Três em cada quatro candidaturas” são de pessoas jovens, que emigraram a partir de 2008, realçou ainda Miguel Cabrita.

“Sociologicamente é compreensível, ou seja, temos aqui dois fatores, um deles a antiguidade do processo de emigração, portanto são os mais recentes que temos mais capacidade para reverter, e também, por isso, foi importante o Programa Regressar aparecer nesta altura, para de alguma forma reverter e captar pessoas que tinham saído recentemente”, afirmou.

Por outro lado, há “a questão da proximidade geográfica”, disse, referindo que é da Europa que estão a regressar mais pessoas.

Na opinião do responsável do Governo, estas candidaturas de países mais próximos terão a ver com “a ligação hoje em dia mais facilitada que as pessoas que emigraram para França, para a Suíça e para o Reino Unido têm, enquanto a emigração de países mais distantes tem menos ligação com o território, menos possibilidade de vir cá mais vezes”.

Já a secretária de Estado das Comunidades salientou o fato de a maioria dos que estão a querer regressar serem pessoas jovens, com idades entre os 25 e 44 anos e qualificadas. “É uma emigração jovem, qualificada, na sua maioria” e que vem sobretudo de dez países, realçou Berta Nunes.

Segundo a governante, a grande maioria dos candidatos pertencem a uma emigração recente, “45% possuem habilitações acadêmicas de nível superior e 78% está no grupo dos 25 aos 44 anos”, explicou Berta Nunes.

Dos emigrados que querem voltar, a maioria são “especialistas em ciências matemáticas, engenharias e afins, o segunda são técnicos de nível intermédio e o terceiro são profissionais de saúde”, especificou.

No total, houve candidaturas de 79 países, sendo os que registaram candidatos o Reino Unido, seguido da França e da Suíça. No top 10 estão ainda Brasil, Angola, Venezuela, Alemanha, Espanha, Luxemburgo e Bélgica.

Sobre o fato de Venezuela e África do Sul não estarem entre os três primeiros países, o que seria expectável pela situação que enfrentam, referiu que no primeiro caso “já vieram muitas pessoas” e agora há “uma situação relativamente estável” e no segundo “estão a regressar” e Berta Nunes estima que irão “utilizar mais o Programa Regressar”.

A secretária de Estado justificou que no Reino Unido o ‘Brexit’ levou a uma aceleração da vontade de regressar de uma comunidade mais recente.

Berta Nunes referiu que “provavelmente será retomada” a candidatura para publicidade institucional nalguns órgãos de comunicação social.

Fonte: Mundo Lusíada

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