Qair Brasil calcula investir US$ 6,8 bilhões de olho no hidrogênio verde do Ceará

Qair Brasil calcula investir US$ 6,8 bilhões de olho no hidrogênio verde do Ceará

Até 2030 | Com planta para produção de hidrogênio verde no Pecém e mais eólica offshore em Acaraú, a empresa deve gerar cerca de 2.000 empregos diretos no Estado. Presidente da Qair no País afirma que compromisso é valorizar a mão de obra local

A movimentação de empresas para o hub de hidrogênio verde no Ceará tem sido frequente. Desde o anúncio da assinatura do primeiro memorando de intenção para instalação de planta de produção do combustível no Pecém, em 19 de fevereiro último, mais empresas têm apresentado estudos para o que promete ser o “novo momento” da economia no Estado.

Os planos da Qair Brasil caminham também em direção a esse novo mercado. Detentora já do Complexo Eólico Serrote e com mais o Complexo Eólico Serra do Mato – 22MW de parques eólicos e projeto solar previstos para serem concluídos entre novembro e dezembro deste ano -, ambos em Trairi, a empresa tem previsão de US$ 6,8 bilhões de investimento no Estado até 2030 só para a geração de hidrogênio verde.

Segundo o presidente da Qair Brasil, Armando Abreu, são cerca de US$ 3,8 bilhões para a Planta de Hidrogênio Verde Liberdade, projeto a ser instalado na Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE) do Complexo do Pecém, a partir de quatro fases, e mais US$ 3 bilhões para eólica offshore em Acaraú, município já mais a oeste no litoral do Estado. “É um projeto que estamos a desenvolver há dois anos, faz parte de um posicionamento da empresa. A planta offshore, desenvolvida em conjunto com a planta de hidrogênio, terá capacidade para 1,2 GW e vai se chamar Dragão do Mar. Nela teremos ligação com subestação em Acaraú e linha de transmissão dedicada à planta de hidrogênio.”

Para a planta de hidrogênio, as previsões da Qair Brasil, já com protocolos assinados com o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) e com o Governo do Estado e ainda com estudo de espaço a ser ocupado na ZPE, é de uma capacidade 2.240 MW, a ser implantada em quatro fases, indo de 2023 a 2030.

“O Ceará apresenta uma situação geográfica privilegiada, com sua localização mais perto da Europa e da própria África. E temos também o hub aéreo, o hub marítimo, o hub tecnológico. Existe ainda energia solar e eólica disponíveis. Se ainda ligarmos essas condições naturais com o momento de desenvolvimento do Ceará, temos condições especiais para o Estado e para o País de implantação desses projetos.”

Quanto à geração de emprego para as duas novas plantas, Armando expõe que na eólica offshore Dragão do Mar, o número não será representativo, pois envolve grupo menor de trabalhadores especializados. Já na planta de hidrogênio, 1.200 empregos serão gerados para a fase de construção, que deve durar de 3 a 4 anos, e para a operação, de 400 a 500 empregos diretos. “O Ceará tem capacidade para oferecer a maior parte desses profissionais. Toda a parceria que está sendo feita entre Fiec (Federação das Indústrias do Estado do Ceará), universidades e Governo do Estado deve garantir que esses profissionais sejam encontrados aqui.”

Para Pernambuco, a Qair Brasil também estuda planta de hidrogênio verde no Porto de Suape. Seriam duas grandes bases de inovação ao grupo dentro do Nordeste. Para a economia pernambucana, a empresa calcula injetar US$ 3,8 bilhões. “Acreditamos que existe mercado tanto no Ceará como em Pernambuco”, defende Armando.

Cenário europeu
Armando é bem claro em dizer que parte do interesse da empresa na produção do hidrogênio no Ceará vem da decisão da Europa, a partir de plano de descarbonização até 2030, de implementar cerca de 80 GW de hidrogênio no continente. “Desses (GW), a Comunidade (Europeia) prevê que 40 sejam produzidos internamente e 40 importados. Mas nós sabemos hoje que vai ser muito difícil dentro da comunidade europeia produzir 40 GW. O que significa que a importação vai ser muito maior ”, calcula o presidente da Qair Brasil.

Dentro da França, como explica Armando, uma das empresas escolhidas para desenvolver projetos para a produção de hidrogênio verde está a Qair Internacional. O fato dá mais base ainda para a empresa investir no Ceará mirando na futura exportação para a Europa. Com entrada em operação prevista para 2023, já existe planta do grupo, com capacidade para produzir 400 MW de hidrogênio, em desenvolvimento em Port la Nouvelle, região da Occitania, na França.

Os interessados no hub do Ceará

Em fevereiro deste ano, a empresa a australiana Enegix Energy assinou com o governo do Estado memorando de intenção para planta de hidrogênio no Pecém de US$ 5,4 bilhões. No final de maio, o secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Maia Júnior, confirmou que a multinacional também australiana Fortescue Metals Group deve assinar, em junho,, um memorando de entendimento para implantação de uma planta de produção de hidrogênio verde no CIPP.

Já em reunião da mesma pasta com a diretoria e técnicos da Fundação Parque Tecnológico de Itaipu (PTI), foi estabelecido interesse da Fundação de gerar uma futura cooperação entre o Ceará e o PTI. O Parque Tecnológico já produz hidrogênio verde há 10 anos e domina a tecnologia e a operação da planta de produção.

Atuação da empresa no Brasil
A Qair Brasil, com sede administrativa em Fortaleza, é a subsidiária do grupo Qair Internacional, de origem francesa, com operações em 16 países e 30 anos de atuação no mercado de energias renováveis. Empreende no País desde o início de 2018, inicialmente com o nome Quadran Brasil e após se unir com a empresa cearense Braselco, em 2017. A Qair Brasil possui sede administrativa em Fortaleza, desenvolvendo vários empreendimentos em diferentes estados da região Nordeste.

A carteira de projetos conta com 8 a 9 GW de projetos de fontes renováveis, dentre os quais 210,6 MW já se encontram em operação comercial e outros 382,4 MW em construção. O que representará, em pouco mais de três anos, investimentos na ordem de R$ 2,7 bilhões.

Fonte: O Povo

“Entre Portugal e o Brasil nunca pode haver entrave”, diz embaixador Luís Faro Ramos

“Entre Portugal e o Brasil nunca pode haver entrave”, diz embaixador Luís Faro Ramos

No Dia Nacional de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, embaixador destaca a importância da data e a forte amizade com o Brasil, voltada para o futuro. Diplomata também cita a valorização do meio ambiente como pressuposto para as relações comerciais

Mais de 5 milhões de portugueses espalhados pelo mundo celebram, hoje, o Dia Nacional de Portugal. Além de lembrarem o poeta Luís Vaz de Camões, eles expressarão o amor e o orgulho pela pátria lusitana.

No Brasil, a Embaixada de Portugal prepara uma comemoração virtual à altura da data. Em entrevista ao Correio, Luís Faro Ramos, embaixador de Portugal em Brasília, contou que os eventos incluem um concerto que unirá o músico alentejano António Zambujo e a cantora brasileira Gal Costa, além de podcast, exposição artística e projeção das cores da bandeira portuguesa em monumentos de Brasília.

“É uma ocasião para se trocarem afetos, festejar no país e no exterior. Nessa data, nós, portugueses, nos sentimos todos mais próximos uns dos outros”, explicou o embaixador. Além de destacar a importância da data, o diplomata enalteceu a “parceria” entre os povos de Brasil e Portugal. “Trata-se de uma relação muito densa, rica e diversificada, que vale, antes de tudo, pelas pessoas que, sem parar, cruzam os dois lados do oceano e, com a nossa língua comum, constroem as pontes que nos unem”, comentou.

No âmbito dessa cooperação, Ramos também valorizou a importância de um trabalho em rede entre as Câmaras de Comércio Portuguesas, no Brasil, e os Hospitais Beneficentes Portugueses. Para o embaixador, as Cátedras Camões têm um “potencial enorme” na promoção da relação em setores como educação, ciência, cultura, língua, ciência e tecnologia. Ele ressaltou, ainda, a forte relação institucional entre Lisboa e Brasília, e citou recentes visitas de ministros de ambos países.

O que se celebra exatamente no Dia Nacional de Portugal e de que modo a Embaixada pretende comemorar a data de hoje?
O dia 10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, lembra a morte do grande poeta Luís Vaz de Camões, em 1580, mas é muito mais do que essa celebração simbólica.

Une, num abraço em português, os mais de 5 milhões de compatriotas nossos que se encontram espalhados pelo mundo. É uma ocasião para se trocarem afetos, festejar no país e no exterior.

Nessa data, nós, portugueses, nos sentimos todos mais próximos uns dos outros. Neste ano, assim como em 2020, não nos será possível celebrar presencialmente, mas não deixaremos de comemorar no universo virtual.

Hoje, disponibilizaremos em nossas plataformas um concerto que unirá dois virtuosos artistas, o português António Zambujo e a brasileira Gal Costa, que simbolizam tão bem as pontes que a cultura vem construindo.

Também será lançado mais um episódio do podcast Cruzamentos Literários, que visa dar a conhecer como escritores do universo da língua portuguesa pensam a literatura e o mundo. Este episódio — o décimo da série — tem como convidada a escritora portuguesa Dulce Maria Cardoso. Graças ao sempre inestimável apoio do GDF, as cores de Portugal estarão presentes aqui em Brasília, nos edifícios da Biblioteca Nacional e do Museu da República.

Ontem, abrimos as portas da Embaixada de Portugal para uma visita guiada à exposição Oréades, de Gabriela Albergaria e Marcelo Moscheta, um diálogo luso-brasileiro em torno de Brasília e do Cerrado que queremos partilhar com o maior número possível de brasilienses, dentro das normas atualmente em vigor.

Como o senhor vê a cooperação bilateral entre Brasil e Portugal? Quais as principais áreas de parceria?
Mais do que cooperação, a palavra correta é parceria. A relação entre Portugal e o Brasil não se assenta apenas na riquíssima história comum. Ela é muito mais do presente e virada para o futuro.

Trata-se de uma relação muito densa, rica e diversificada, que vale, antes de tudo, pelas pessoas que, sem parar, cruzam os dois lados do oceano e, com a nossa língua comum, constroem as pontes que nos unem.

E ligam-nos, desde logo, às fortíssimas comunidades portuguesa no Brasil e brasileira em Portugal. Desde o intenso diálogo entre as nossas culturas até as trocas comerciais, passando pelo futebol e pela gastronomia, pela defesa e pela educação, ciência e tecnologia, é mesmo muito difícil encontrar alguma área onde não exista parceria entre os nossos países.

Existem potencialidades que ainda não foram exploradas nesta relação?
Sempre existem possibilidades de reforço do relacionamento. Ainda bem, senão o nosso trabalho já estaria completo e não seria necessário! O importante mesmo é aproveitar ao máximo as características únicas das estruturas montadas. Por exemplo, nas áreas do comércio e da saúde, para valorizar ainda mais a marca Portugal no Brasil.

Eu me refiro, de modo concreto, às Câmaras de Comércio Portuguesas no Brasil e aos Hospitais Beneficentes Portugueses. Uns e outros, nas respectivas áreas, devem poder trabalhar em rede para valorizar a nossa atuação. Possuem uma característica, que é juntar saberes de Portugal e do Brasil. Também as Cátedras Camões, que temos pelo Brasil — atualmente sete, mas com possibilidade de virem a ser oito no próximo ano —, possuem potencial enorme para promover a relação nas áreas da educação, ciência, cultura e língua. Posso citar, igualmente, a cooperação em investigação científica e em inovação tecnológica.

Os nossos dois países possuem conhecimento e nichos de excelência reconhecidos internacionalmente. Outra vertente para a qual olhamos com muita atenção são as parcerias em matéria de água e de saneamento, e também a coleta e o tratamento de resíduos, aproveitando as oportunidades que decorrem do novo marco legal e a experiência portuguesa. Trata-se de uma área com forte impacto na melhoria das condições de vida de muitos brasileiros.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação brasileiro, Marcos Pontes, acaba de assinar memorandos de entendimento com Portugal. Qual a importância destes documentos e quais setores abrangem?
Os memorandos assinados vão permitir uma maior aproximação entre os dois países em três áreas particularmente críticas da ciência: o lançamento de uma rede de cooperação para a promoção da cultura científica e tecnológica; o desenvolvimento de nanociências e tecnologias quânticas; e o desenvolvimento da física nuclear, de partículas, astropartículas e cosmologia.

Para além da assinatura dos memorandos de entendimento, que resultaram de meses de trabalho conjunto a nível técnico, eu gostaria de realçar a importância da visita do ministro Marcos Pontes a Portugal, por dois motivos principais: ele esteve presente na cerimónia de inauguração do cabo submarino Ellalink, que liga a América Latina à Europa por meio de duas cidades do Brasil e de Portugal — Fortaleza e Sines — e conversou com o ministro português da Ciência e Tecnologia sobre vários outros assuntos, como, por exemplo: o AIR Center (Atlantic International Research Centre), uma organização colaborativa internacional, com sede nos Açores, a qual promove uma abordagem integrada sobre espaço, clima, oceano e energia no Atlântico, com vários polos em universidades no Brasil e possibilidades de cooperação interessantes com o Programa Espacial Brasileiro, que registra notável expansão.

Portugal é governado pelo Partido Socialista, enquanto o Brasil tem a extrema-direita no poder. Isso tem sido um entrave para a relação de mais alto nível entre as duas nações?
Entre Portugal e o Brasil nunca pode haver entrave algum que impeça a corrente entre as pessoas, tão forte que ela é. Por isso, a relação entre os nossos países é e será sempre boa. O relacionamento institucional é normal, como se pode verificar pelas visitas regulares de responsáveis governamentais dos dois países. Além do ministro Marcos Pontes, que já citei, gostaria de salientar as duas visitas, em cerca de seis meses, que o secretário de Estado para a Internacionalização português fez ao Brasil, e a visita da ministra da Agricultura brasileira a Portugal no ano passado. Mais visitas serão negociadas para este ano.

De que modo a questão do meio ambiente se mostra pressuposto para o comércio entre Portugal e Brasil? Como Portugal vê a destruição da Amazônia?
Cada vez mais, a nível global, o comércio apresenta uma tendência, que vejo como muito positiva, para preencher requisitos de sustentabilidade e preservação do meio ambiente. Por isso, as relações comerciais entre Portugal e Brasil não fogem a essa regra. Quanto à Amazônia, sabemos que esse grande pulmão verde da humanidade tem que ser preservado e cuidado, sob pena de hipotecarmos as condições de vida das gerações vindouras. É assunto que acompanhamos com muita atenção, mas há um ponto que é sempre importante destacar: a Amazônia é o grande pulmão verde da humanidade, mas é dos países que a têm no seu solo. A Amazônia brasileira é do Brasil, a Amazônia colombiana é da Colômbia, etc.

Os brasileiros retomaram investimentos em Portugal e aplicaram R$ 210 milhões no primeiro trimestre de 2021. Qual a garantia de retorno em apostar no país?
Esse número (não sei qual é a fonte) confirma a confiança que os brasileiros depositam em Portugal. Porque têm a garantia de apostar num país que tem tanto em comum com o Brasil, além da língua, mas que também oferece condições únicas de atratividade de investimento e é porta de entrada para mercados europeus. Portugal é mesmo a porta atlântica de entrada na Europa. Um país ao mesmo tempo multissecular e moderno, onde os quatro cantos do mundo se encontram e convivem harmoniosamente e em segurança. E onde os quadros jurídicos para investimento e negócio estão bem definidos, originando a sempre tão aguardada estabilidade e segurança regulatória para o investidor.

Como o senhor vê a convivência entre imigrantes brasileiros e cidadãos portugueses? Há uma coabitação harmônica?
Como mencionei, há muito que as pessoas de um lado e de outro do Oceano o cruzam e constroem pontes que nos unem. A coabitação é uma realidade. O fato de mais de 1 milhão de portugueses e lusodescendentes no Brasil e seguramente mais de 200 mil brasileiros em Portugal — atualmente a maior comunidade estrangeira no nosso país — viverem como se estivessem em casa são a melhor prova disso. No caso que me ocupa, o do acolhimento da comunidade portuguesa no Brasil, só posso agradecer em nome de todos o modo caloroso como somos recebidos.

Portugal manteve um número razoavelmente baixo de mortes pela covid-19 em comparação a outros países, como Espanha, Itália e Alemanha. A que se deve o sucesso no controle da pandemia?
A pandemia atingiu a todos duramente. Uns estão agora melhor do que outros, enquanto há uns meses estavam piores. A grande lição a tirar é que ninguém está imune a esta terrível ameaça global. Portugal sofreu. Ainda não estamos numa situação de segurança, mas as coisas vão bem melhor, sobretudo em virtude do avanço muito relevante na vacinação da população, mas também do respeito às regras a seguir que são conhecidas de todos, como o uso de máscara, distanciamento social e higienização das mãos.

Fonte: Correio Braziliense

Rômulo Alexandre Soares: Fortaleza, uma metrópole conectada ao mundo

Rômulo Alexandre Soares: Fortaleza, uma metrópole conectada ao mundo

Em 2009, durante um encontro de negócios que tive a oportunidade de organizar em Fortaleza envolvendo empresários de países de língua portuguesa, ouvi do experiente engenheiro Murteira Nabo, antigo dirigente da Portugal Telecom, uma história vivida por ele nesta cidade na década de 70 e que marcou a sua certeza de que a capital do Ceará tem a localização ideal para concentrar o tráfego de dados entre o Atlântico Norte e Sul.

Lembrei dessa conversa esta semana por conta da inauguração de um cabo submarino que percorre cerca de seis mil quilômetros pelo Atlântico e conecta a Europa à América Latina, ou sendo mais preciso, liga Fortaleza a Sines, em Portugal.

As palavras do Primeiro-Ministro Português, Antônio Costa, durante a cerimônia que marcou o início da operação desse novo cabo submarino no dia 1 de junho, foram inspiradoras para um português quase cearense como eu. O premier socialista falou de Portugal e eu pensei no Ceará. Adaptando ligeiramente as palavras dele, posso dizer que a nossa posição geográfica faz de nós hoje e fará de nós no futuro algo que é muito importante, que é sermos uma porta de entrada, um ponto de ligação, uma ponte, um ponto de amarração com outros continentes. É este posicionamento que faz a diferença do Ceará no Brasil. Nosso desígnio é podermos fazer esta ligação e esta abertura da América do Sul aos outros continentes.

Os planos portugueses referidos pelo Primeiro-Ministro são ambiciosos para Sines, o local onde está ancorado o cabo submarino ligado a Fortaleza: atrair 3.5 bilhões de euros num megacentro de dados global que criará até 1.200 empregos diretos altamente qualificados e 8.000 indiretos até 2025. A aposta portuguesa é implantar um dos maiores Hyperscaler Data Center da Europa e dar resposta à crescente procura de grandes empresas internacionais fornecedoras de serviços de streaming, social media, ecommerce, gaming, educação online, videoconferência e outros de processamento e armazenamento de dados.

Pensei com os meus botões: Se o governo português aposta forte e acertadamente em Sines que só tem um cabo submarino e planeja o segundo em breve, ligando-a à África, imagina o que se pode implantar na região metropolitana de Fortaleza a partir dessa ligação à Europa, além de dois 2 cabos já conectados à África e outra dúzia também ligados às principais metrópoles sul-americanas e à América do Norte e dos esforços que o governo do estado tem implementado para atrair players globais?

Fortaleza é um hub de cabos submarinos. Mas deve avançar além dessa vantagem locacional. É vital atrair investimento. Precisamos de hardware, mas também de software e “peopleware”. Assim como em Sines, deve-se avançar no Ceará num projeto de transição digital pelas oportunidades que os data centers e a economia dos dados nos trazem aliada a uma transição energética a partir de fontes renováveis abundantes no estado. Além do mais, esse novo mercado tem um enorme potencial para trazer avanços na educação e promover a exportação de serviços.

Artigo de Rômulo Alexandre Soares, Sócio e Conselheiro Consultivo da CBPCE

A2IT Tecnologia: 5 dicas de Segurança da Informação para PMEs

A2IT Tecnologia: 5 dicas de Segurança da Informação para PMEs

São muitos os detalhes e problemas a gerir numa pequena ou média empresa, e nos dias de hoje, em que o uso da tecnologia da informação se tornou uma constante, as adversidades passaram a ser mais complexas.

Garantir a segurança da informação é, por isso, essencial para o sucesso de qualquer negócio.

Hoje partilhamos consigo 5 dicas para gerir a segurança da informação das pequenas e médias empresas.

1. Estabelecer uma política de segurança da informação

Criar uma política de TI deve ser uma prioridade máxima em qualquer empresa.

Desta forma, é possível que todos os funcionários tenham noção de todas regras e expectativas, desde códigos de acesso até à privacidade dos clientes, o que permite um maior respeito pelas normas, e também, uma melhor organização dos processos.

2. Proteger os dados e fazer backups

Fazer backups é a forma mais fácil e segura de garantir que não corre o risco de perder a informação vital da sua empresa.

Caso necessite de ajuda profissional para o conseguir de forma eficaz e segura, a A2it Tecnologia tem disponível o serviço A2it Cloud Backup.

3. Manter o software atualizado

Manter os sistemas atualizados, de preferência de forma automática, é fundamental para garantir a segurança da informação na sua empresa.

Já que a maioria dos ataques de hackers e “vírus” surgem devido a pequenas falhas de segurança, atualizar o software mantém a informação protegida!

4. Instalar softwares de segurança

Softwares que mantenham todos os seus recursos protegidos – servidores, computadores, tablets, smartphones e outros dispositivos – vão fazer com que seja possível evitar malware, phishing ou outros ataques comuns na Internet.

5. Terceirização de Serviços de Segurança

Se a sua pequena ou média empresa não possui recursos financeiros ou humanos para gerir a segurança da informação do negócio, deverá contratar uma empresa especializada para o efeito.

A A2it Tecnologia oferece soluções de segurança que o vão ajudar a salvaguardar toda a informação da sua empresa de forma eficiente.

Contatos:
Lisboa Lisboa-PT
+351 212 765 265

Porto
+351 919 363 386

Fortaleza
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Belo Horizonte
+55 31 985 854 524

Fonte: A2IT Tecnologia

Da nossa língua vê-se o mar

Da nossa língua vê-se o mar

Foi com esse horizonte atlântico no olhar que há 20 anos, no dia 01 de junho de 2001, um grupo de empresários cearenses e portugueses levantou a bandeira da diplomacia econômica das relações luso brasileiras a partir do Ceará e fundaram a Câmara de Comércio Brasil Portugal no Ceará (CBPCE).

Nunca foi tão oportuna a frase de Vergílio Ferreira, “Da minha língua vê-se o mar”, para ilustrar o contexto atual que ambienta a atuação da Câmara em seus 20 anos.. 521 anos após Cabral ter aportado em terras brasileiras, a Ella link concluiu a instalação do cabo submarino de mais de 6000km, ligando Fortaleza à cidade de Sines, em Portugal, presente maior não poderia existir.

Ao longo de sua trajetória compreendendo dez gestões, a CBPCE tem desenvolvido suas ações de forma contínua e com amplitude geográfica crescente, ancorada num conjunto de valores que afetivamente intitularemos luso-brasilidade e que unem Brasil e Portugal – sangue, língua, cultura e passado comuns.

Tem sido a partir destes valores que a CBPCE contribui para a cooperação econômica, social, cultural, científica e tecnológica, sempre contextualizada com a ambiência atual de negócios apropriada ao fortalecimento das relações, sejam elas com seus sócios, institucionais e/ou governamentais.

Graças a essa consciência, a CBPCE tem uma base de trabalho sustentada pela cooperação e relacionamento, produzindo oportunidades de negócios e parcerias que tanto contribuíram nestes 20 anos para apoiar as relações internacionais do estado do Ceará.

Com a realização do Censo dos Investimentos Portugueses em 2003, a CBPCE contribuiu para ilustrar as relações econômicas com Portugal no mapa de Comércio Exterior do Ceará. Sempre com o olhar de que os números representam uma troca potencial e fomentam ações para otimizar a oportunidade crescente de relacionamento comercial entre os dois países. Foi nesta vertente que a entidade contribuiu para a fundação da Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil, hoje contando com 18 instituições no país.

Após alguns acordos de cooperação firmados com várias instituições portuguesas nomeadamente a Câmara de Comércio e Indústria de Aveiro – CCI AIDA, AERSET, CEVAL, ANEMME, entre outras grandes parcerias, a CBPCE fomentou uma das maiores missões de negócios em língua portuguesa, conduzindo empresários de 13 estados do Brasil numa missão de negócios a Portugal, com uma delegação de 82 representantes que cumpriu uma exitosa agenda com grande contribuição para a ampliação dos laços empresariais e institucionais entre os dois países.

Uma outra bandeira que, sem sombra de qualquer dúvida, representa as nossas velas nos navios da modernidade, tem sido a comunicação. Desde seus primeiros passos, a Câmara investiu em ferramentas como site, newsletters, estas até hoje enviadas semanalmente, e formatos de boletins informativos em redes sociais abertas e fechadas. Esses diversos canais de comunicação atingem semanalmente públicos distintos em mais de 100 países, incluindo imprensa, empresários, diplomatas, formadores de opinião, entre outros.

Em 2009, a CBPCE assumiu a presidência da Federação das Câmaras pela primeira vez, tendo como marco da gestão a realização do V Encontro de Negócios em Língua Portuguesa. Com isso, a CBPCE se consolidou como uma das principais instituições portuguesas de articulação das relações luso brasileiras em território nacional.

Com a aproximação e filiação da CBPCE à Rede Mundial de Câmaras Portuguesas, com mais de 60 instituições e atingindo mais de 70 mercados, a Câmara passa a ser uma das mais referenciadas da rede, culminando com a conquista para o Ceará da realização da 9ª Reunião Anual das Câmaras Portuguesas no Mundo e da realização do 10º Encontro de Negócios em Língua Portuguesa, pela segunda vez a ser sediado no Ceará.

Em se tratando de eventos estratégicos, a CBPCE vem apoiando a EXPOLOG, um dos maiores eventos de logística do país, contribuindo sobremaneira para a interlocução internacional do evento. A Câmara é ainda a entidade criadora e mantenedora da marca Ceará Global, que se tornou um dos maiores eventos de projeção internacional do estado, conduzido hoje pelas instituições que formam a Câmara Setorial de Comércio Exterior. O Ceará Global segue em agosto de 2021 para sua quinta edição.

Atualmente a décima gestão da Câmara ancora mais uma vez a presidência da Federação das Câmaras, tendo como bandeira a internacionalização, o que se traduz em fomentar ações que permitam conjuntamente com as demais câmaras portuguesas no Brasil e do mundo o estabelecimento da maior rede global de negócios em língua portuguesa, estando atualmente em pleno processo de reconhecimento como entidade de utilidade pública pelo governo português.

Por estas razões singulares, pela persistência e protagonismo, parabenizamos a CBPCE, sobretudo pela forma continuada de fazer acontecer com vanguarda, ancorada em algo que merece de nós todo o respeito, a autossutentabilidade de suas ações.

Parabéns por contextualizar tão bem a porta atlântica de Portugal no Ceará, sempre entendendo e respeitando o fato de que entre Portugal e Brasil há muito mais fatores a unir do que a separar. Acima de tudo, há um oceano que une os dois países e não que os separa, e isso quer dizer muito mais do que as palavras podem expressar. Que venham mais 20 anos! Parabéns aos navegadores da modernidade.

Clivânia Teixeira
Executiva CBPCE

01.06.21

M. Dias Branco revela plano para conquistar Sul e Sudeste do Brasil

M. Dias Branco revela plano para conquistar Sul e Sudeste do Brasil

A companhia cearense M. Dias Branco, fabricante nacional de biscoitos e massas e detentora de marcas como Adria, Piraquê e Vitarella, está se preparando para avançar também nas regiões Sul e Sudeste do País. Hoje, 60% da receita da empresa vêm do Norte e Nordeste. Para isso, desenvolveu uma estratégia que incluiu a aquisição de empresas já consolidadas no mercado, parcerias com startups, investimentos em mídia e novas linhas de produtos.

“Nossa estratégia divide o Brasil em dois. Na defesa, estão o Norte e Nordeste, enquanto no ataque temos o Sul e o Sudeste. A ideia é, de um lado, proteger nosso mercado principal, e, de outro, avançar. Para conseguir colocar esse plano em prática, passamos a olhar também para startups brasileiras”, disse à Forbes Gustavo Theodozio, vice-presidente de investimentos e controladoria do grupo.

Ele afirmou que a compra da Piraquê pelo grupo, em 2018, estimulou o plano de expansão da companhia, começando com a desconcentração da marca, que saiu do Rio de Janeiro em direção a São Paulo e Minas Gerais.

“[A M. Dias Branco] é líder nacional nas categorias de biscoitos e massas, mas com presença muito forte no Norte e Nordeste. Isso significa que existe uma avenida de crescimento a ser explorada pela companhia, que inclui o Sul e Sudeste”, destacou.

Fonte: O Otimista

VemTambém desbravar Canoa Quebrada com a gente

VemTambém desbravar Canoa Quebrada com a gente

A Revista VemTambém já chega em sua 18ª edição, levando Canoa Quebrada para o Brasil e Mundo todo.

Nossa revista segue 100% digital, interativa e acessível*.

Neste novo periódico levamos dicas e informações para quem deseja viajar pelo Ceará em segurança e com conforto. Além disso, o colunista Dudu Rodrigues conta sua experiência no Reino do Nunca, um restaurante temático de contos de fadas e cheio de encanto no nosso estado.

E para quem não abre mão de uma boa comida: Gabriel Wayner e Fábio Santana levam dicas especiais sobre cultura gastronômica e culinária.

O conteúdo é traduzido para o inglês e o espanhol, com uma transversalidade midiática de linkagens com anunciantes, encaixe de vídeos e redes sociais.

As atualizações da revista continuam pensando ainda na sustentabilidade e na paixão de quem ama viajar com boas informações, dicas e roteiros, tudo a um toque de distância. Nesta edição serão disparados mais de 100 mil exemplares digitais, além da hospedagem em nosso site www.vemtambem.com.

* A Revista VemTambém agora tem uma versão para pessoas cegas e/ou com deficiência visual. Todas as matérias são audiodescritivas.

A revista está online no site www.vemtambem.com

As histórias podem ser vistas no @vemtambem e @revistavemtambem

E contamos muitas experiências no YouTube /vemtambempelomundo

 

Fonte: Revista Vemtambém

Ceará ultrapassa marca de 200 MW de energia solar em geração distribuída

Ceará ultrapassa marca de 200 MW de energia solar em geração distribuída

A modalidade corresponde aos sistemas instalados em residências e pequenos estabelecimentos

O Ceará acaba de ultrapassar a marca de 200 megawatts (MW) de potência de energia solar fotovoltaica em geração distribuída, modalidade de equipamentos instalados em casas e pequenos comércios.

Conforme a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o estado ocupa a 9ª posição no ranking da geração distribuída no Brasil.

O Ceará possui 13,6 mil conexões espalhadas por 181 cidades, que abastecem cerca de 17,4 mil consumidores.

Um dos destaques é o município de Fortaleza, que lidera a geração fotovoltaica o Estado com 49,3 MW operacionais, correspondente a 0,9% de toda a produção nacional nesta modalidade.

Jonas Becker, coordenador estadual da Absolar, considera o Estado um importante centro de desenvolvimento da energia solar.

“A tecnologia fotovoltaica representa um enorme potencial de desenvolvimento sustentável, econômico e social para os cearenses, com geração de emprego e renda, atração de investimentos privados e colaboração no combate às mudanças climáticas”, comenta.

MARCO LEGAL DA GERAÇÃO DISTRIBUÍDA
A entidade defende a aprovação de um marco legal para a geração distribuída no Brasil para afastar o risco de retrocesso à energia solar e demais fontes renováveis utilizadas para a geração distribuída.

O marco legal está atualmente em debate no Congresso Nacional por projeto de lei de autoria do deputado federal Silas Câmara e relatoria do deputado federal Lafayette de Andrada.

No total, 38 instituições representativas do País apoiam o projeto, que deve garantir em lei o direito do consumidor gerar e consumir sua própria eletricidade por fontes limpas e renováveis, incluindo produtores rurais, de comércio de bens, serviços e turismo, de pequenos negócios e de defesa do consumidor.

“Por isso, é fundamental o apoio da sociedade organizada e das empresas locais no sentido de estabelecer um arcabouço legal transparente, justo e que reconheça os benefícios da energia solar na geração distribuída no País”.
JONAS BECKER
Coordenador estadual da Absolar

Para o presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia, a energia solar fotovoltaica terá função cada vez mais estratégica para o alcance das metas de desenvolvimento socioeconômico e sustentável em todos os estados brasileiros.

“A tecnologia fotovoltaica é essencial para a recuperação da economia após a pandemia, sendo a fonte renovável que mais gera empregos no planeta”, conclui Sauaia.

Fonte: Diário do Nordeste

Exportações da M. Dias Branco avançam 112,6% no primeiro trimestre

Exportações da M. Dias Branco avançam 112,6% no primeiro trimestre

A receita líquida das vendas para o exterior cresceram 112,6% no período, totalizando R$ 42 milhões. Com câmbio favorável, a companhia pretende ampliar a participação nos mercados da América Latina e dos Estados Unidos.

Mesmo com os resultados ainda pressionados no mercado brasileiro, as exportações da M. Dias Branco, líder nacional em massas e biscoitos, seguiram em ritmo acelerado no primeiro trimestre deste ano. A receita líquida das vendas para o exterior cresceram 112,6% no período, totalizando R$ 42 milhões. No mesmo período de 2020, as exportações totalizaram R$ 20 milhões.

Segundo informou o diretor de Relações com Investidores e Novos Negócios da M. Dias Branco, Fábio Cefaly, durante a teleconferência realizada nesta segunda-feira, 10, a ideia da companhia é aproveitar o câmbio favorável para ampliar a participação na América Latina e nos Estados Unidos.

A M. Dias Branco fechou o primeiro trimestre deste ano com 65 clientes internacionais, distribuídos em 30 países. No primeiro trimestre de 2020, a companhia tinha 56 clientes internacionais, em 23 países.

Desempenho em março
Considerando apenas o mês de março, houve um crescimento de 39,3% no volume dos produtos produzidos ante fevereiro (141,4 mil toneladas), e de 40,3% na receita líquida (R$ 612,1 milhões).

Já na comparação com março de 2020, o preço médio dos produtos vendidos pela companhia tiveram um aumento de 26,4%, passando de R$ 3,4, o quilo, para R$ 4,3, o quilo. Hoje, a empresa detém 32,6% do mercado nacional de massas e biscoitos.

Parceria com a Ambev
Para realizar uma distribuição de seus produtos com maior capilaridade, a M. Dias Branco anunciou uma parceria com a Ambev, para vendas através por meio do marketplace da cervejaria.

Avaliação de analistas
No mercado doméstico, a companhia sinalizou que continuará com foco de expansão nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, considerada a área de ataque.

“Acreditamos que a competição continua acirrada, com a receita da companhia mais pressionada na ‘Zona de Ataque’ (Sul, Sudeste e Centro-Oeste)”, comentaram os analistas Isabella Simonato e Guilherme Palhares, do Bank of America. “Esperamos que os volumes permaneçam pressionados e bem voláteis ao longo do ano”, disseram em relatório divulgado nesta segunda.

Fonte: Focus.jor

Cabo submarino que liga Fortaleza à Europa recebe licença do Ibama para entrar em operação

Cabo submarino que liga Fortaleza à Europa recebe licença do Ibama para entrar em operação

Licença para o Sistema de Cabo Submarino EllaLink tem validade de dez anos. Instalado na Praia do Futuro, o empreendimento conecta Fortaleza à cidade de Sines, em Portugal

A Cabos Brasil Europa Limitada recebeu do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) licença de operação para o Sistema de Cabo Submarino EllaLink, com validade de dez anos, de acordo com aviso publicado nesta segunda-feira (10) no Diário Oficial da União. Instalado na Praia do Futuro, o empreendimento conecta Fortaleza à cidade de Sines, em Portugal. O valor do investimento foi estimado em Є 150 milhões (cerca de R$ 1 bilhão).

O sistema deve reduzir a latência e melhorar o desempenho das plataformas de telecomunicações. Isso porque Permitirá a troca de conteúdo entre América Latina e Europa, sem a passagem pelos servidores dos Estados Unidos.

Em parceria com a Infinera, a Ellalink oferecerá novos produtos e serviços avançados ao cliente, suportando mais de 100 Tbps (terabites por segundo) entre Portugal e Brasil. Além disso, a rede irá suportar uma ligação de 30 Tbps de Portugal à Madeira, comum caminho adicional de 40 Tbps entre Portugal e Marrocos no futuro.

O sistema de cabos foi instalado por dois navios distintos da Alcatel Submarine Networks, sendo que o Ile de Brehat atuará em águas brasileiras, enquanto o Ile de Sein instalará o resto do sistema a partir de Sines. cabo tem 6 mil quilômetros de extensão, podendo chegar a 5 quilômetros de profundidade em alguns locais.

“Tenho o orgulho de anunciar que concluímos com sucesso a instalação do cabo submarino de 6 mil quilômetros, fornecendo à EllaLink o sistema robusto de que precisa para suportar a rede por toda a sua vida útil. A solução ICE6 da Infinera é ideal para nós, superando outros equipamentos 800G disponíveis”, disse Diego Matas, diretor de operações da EllaLink, no último mês de março, quando a instalação de cabo submarino foi concluída.

Destaque
Com 14 cabos submarinos de fibra ótica em operação, Fortaleza se destaca como o segundo ponto de maior entrocamento de cabos de fibra óptica no mundo. Capazes de interligar o Brasil com a África, Europa, América do Norte, América Central e América do Sul, estima-se que até o fim de 2021, 18 cabos operantes estejam localizados na Capital cearense. As informações são do database especialista em mercado de telecomunicações, o Telegeography.

A localização geográfica contribui para Fortaleza ser considerada um importante polo de concentração de cabos. Alguns dos 14 cabos atuantes hoje já operam desde 2000. Eles ligam Fortaleza a Colômbia, Venezuela, Ilhas das Bermudas, Estados Unidos, Camarões, Portugal, Espanha, Senegal, Cabo Verde, Argentina, Guiana Francesa, entre outros.

Fonte: O Otimista