Governo digital e linguagem simples, por Rômulo Alexandre Soares

Governo digital e linguagem simples, por Rômulo Alexandre Soares

A pandemia que se instalou em março do ano passado digitalizou boa parte do nosso dia-a-dia, trazendo uma série de transformações na forma que nos comunicamos, que empresas fazem negócios e o poder público interage com cidadãos.

O uso do certificado digital e videoconferências nos deram, por exemplo, uma nova forma de interagir e passamos a assinar procurações, contratos e outros documentos à distância, em nossas casas e protegidos do vírus. A Covid-19 acelerou uma transformação necessária e, para além da grave crise sanitária, mostrou que podemos comunicar melhor e de forma mais inclusiva. Quem lembra, por exemplo, dos quase 46 milhões de trabalhadores informais cadastrados para receber o auxílio emergencial? Ditos invisíveis, estavam fora do radar do governo, sem conta em banco, acesso regular à internet, nem CPF ativo.

No mesmo ritmo, a pandemia exigiu que governo e sociedade passassem a ter um diálogo direto e frequente, especialmente no período de isolamento social rígido, com diversas atividades econômicas suspensas e, agora, também na formação da fila de vacinação. Falhar nesse processo de comunicação com o cidadão pode trazer transtornos enormes para todos. Por sua vez, o acerto tem benefícios visíveis para mitigar dores e perdas.

No Ceará, o cidadão passou a acompanhar não somente os pronunciamentos do governador sobre as medidas adotadas, como a ficar atento às leis que no dia seguinte detalharam essas medidas. E o poder público precisou simplificar sua linguagem para chegar a todos os atingidos pela pandemia. Não se fazer entender teria um preço pago com vidas.

É nesse contexto que progrediu uma acelerada transformação na administração pública e é bem-vindo o Governo Digital. Apesar de se ter tornado oficial agora no final do mês de março com a publicação da lei federal nº 14.129, a digitalização da administração pública e aumento da eficiência, já vinha em curso, gestando a mudança.

No Ceará, ressalto dois bons exemplos. O primeiro, a instituição do Íris, o Laboratório de Inovação e Dados do Governo do Ceará, criado para acelerar os projetos de Governo Digital e estimular a cultura de inovação na administração pública. O segundo, a aprovação pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente do Ceará – COEMA de uma Resolução que passou a permitir a realização de audiências públicas semipresenciais. Elas não somente garantiram o acesso remoto às reuniões de apresentação de projetos de significativo impacto ambiental, como tornaram mais eficiente o processo de comunicação e divulgação dos estudos. Decisão acertada, assegurando acesso a documentos, antes, durante e após as audiências públicas e permitindo uma maior participação e fiscalização da sociedade no uso de recursos ambientais.

O Governo Digital veio para ficar, desburocratizando, fortalecendo e simplificando a relação do poder público com a sociedade. Além disso, é inclusivo, possibilita o tratamento adequado a idosos e pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida. Essa mudança incentiva a participação social no controle e na fiscalização da administração pública. Mais do que isso, atinge um valor estratégico: participar gera senso de pertencimento no cidadão.

(artigo publicado no Jornal OPovo em 09/04/2021. Ver aqui.)

Por Rômulo Alexandre Soares

Ceará negocia segunda usina para Hub de Hidrogênio Verde e fará anúncio da empresa em breve

Ceará negocia segunda usina para Hub de Hidrogênio Verde e fará anúncio da empresa em breve

Maia Júnior, titular da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), confirmou que estão em andamento negociações com grandes investidores internacionais

O Governo do Estado do Ceará segue em negociações com empresas internacionais para ampliar os investimentos na produção do Hidrogênio Verde no Complexo do Porto do Pecém. Depois de ter anunciado, no último mês de março, o acordo com a australiana Energix Energy para a construção da primeira usina na localidade, o governo cearense pode anunciar, nas próximas semanas, o projeto de mais uma planta industrial.

“Temos grandes investidores conversando conosco, porque o Ceará pode, pelas condições que tem e estruturou, ser um dos grandes produtores de Hidrogênio Verde do mundo”, disse o secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Ceará (Sedet), Maia Júnior. “Ainda não temos uma data para apresentar o segundo projeto, estamos primeiro negociando com a empresa e, tendo tudo fechado, conforme a agenda do Governador, iremos anunciar”, completou.

O contrato já assinado entre Energix Energy e o Governo do Ceará prevê investimentos do montante de US$ 5,4 bilhões, para dar início ao Hub de Hidrogênio Verde no Estado. De acordo com Maia Júnior, para o governo estadual, a cada dia aumenta a certeza de que se trata de um investimento acertado. “Este projeto é uma nova economia que surge no mundo e o Ceará partiu na frente, entre todos os países da América Latina”, projetou o titular da Sedet.

Regulamentação
Maia Júnior explicou que por se tratar de um projeto bastante complexo, o Hub de Hidrogênio Verde pode levar alguns anos para estar em pleno funcionamento. “É um projeto de longo tempo. Projetos com este, para estarem maturados, levam, no mínimo 20 anos”, projetou. “A planta física e a obra criada, quando as condições para o investimento e quando o investidor quer e é rentável, se fazem em, no máximo, 5 anos. O maior desafio é regulamentar o Hidrogênio Verde no Brasil e o próprio país adotar as políticas públicas que já existem em países asiáticos e europeus, por exemplo”, observou o secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Estado do Ceará.

O titular da Sedet afirma que, para operacionalizar o Hub de Hidrogênio Verde, os recursos técnicos não faltam ao Estado do Ceará. “Engenharia e tecnologia não é problema, os insumos – água e energia –, temos em abundância. As questões fiscais, também, porque só o Ceará possui uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE) implantada e única no Brasil, além de um bom e competitivo porto, como é o Pecém, com capacidade para receber navios apropriados para transportar o gás, e também existem gasodutos aqui, interligando o Estado ao Nordeste e ao Sudeste”, apontou.

Apesar do desafio da regulamentação desse novo tipo de energia, Maia Júnior confia na demanda crescente em todo o mundo pela energia renovável, o que deve trazer uma vantagem competitiva ao Estado do Ceará. “Em breve, mesmo com a reação dos empresários americanos ligados ao petróleo, o governo Biden, que apoia as energias renováveis e o gás de xisto no governo Obama, vai entrar nesta política do Hidrigênio Verde. Ou seja, o mundo vai demandar políticas públicas voltadas para esta substituição das energias fósseis para gerar energia limpa, para a indústria e para os transportes. Consolidar e regulamentar todas essas políticas é o grande desafio, o que leva muito tempo”, completou Maia Júnior.

Maia Júnior informou que uma empresa de destaque do setor de energia eólica e solar está em negociações com o Governo do Estado, pois tem interesse em também participar do Hub de Hidrogênio Verde – neste caso, para a construção de uma usina dentro do mar (offshore), com potência de 1,2 GW.

Fonte: O Otimista

Vistos ‘gold’: Investimento captado no 1º trimestre cresce 4,5% para 125 ME

Vistos ‘gold’: Investimento captado no 1º trimestre cresce 4,5% para 125 ME

O investimento captado através dos vistos ‘gold’ cresceu 4,5% no primeiro trimestre, face a igual período de 2020, para 125 milhões de euros, de acordo com contas feitas pela Lusa com base nas estatísticas do SEF.

No primeiro trimestre do ano passado, o investimento resultante do programa de Autorização de Residência para Investimento (ARI) totalizou 119,6 milhões de euros.

Em março deste ano, o investimento totalizou 39.632.569,30 euros, uma subida de 41,9% face a igual mês de 2020 (27,9 milhões de euros), mas uma redução de 24% face a fevereiro (52,3 milhões de euros).

De acordo com os dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), no mês passado foram concedidos 81 vistos ‘gold’, dos quais 72 por via do critério da compra de bens imóveis (25 para reabilitação urbana) e oito por transferência de capitais.

Pela primeira vez, desde há algum tempo, foi também atribuído um visto pelo critério de criação de postos de trabalho.

A compra de bens imóveis somou um investimento de 35,3 milhões de euros, dos quais 8,8 milhões de euros em aquisição para reabilitação urbana, enquanto a transferência de capital foi responsável por 4,3 milhões de euros.

Quanto ao visto atribuído mediante o critério de criação de postos de trabalho não é referido o investimento.

Por países, foram concedidos 31 vistos ‘dourados’ à China, seis ao Brasil, seis aos Estados Unidos, cinco à Turquia e quatro à Rússia.

Nos primeiros três meses do ano foram atribuídos 236 vistos ‘dourados’, dos quais 55 em janeiro e 100 em fevereiro.

O programa de concessão de ARI, lançado em outubro de 2012, registou até março último – em termos acumulados – um investimento 5.764.058.842,33 euros. Deste montante, a maior parte corresponde à compra de bens imóveis, que ao fim de oito anos de programa soma 5.212.789.593,69 euros, sendo que a compra para reabilitação urbana totaliza 297.686.140,99 euros.

O investimento resultante da transferência de capitais é de 551.269.248,64 euros.

Desde a criação deste instrumento, que visa a captação de investimento estrangeiro, foram atribuídos 9.625 ARI: dois em 2012, 494 em 2013, 1.526 em 2014, 766 em 2015, 1.414 em 2016, 1.351 em 2017, 1.409 em 2018, 1.245 em 2019, 1.182 em 2020 e 236 em 2021.

Até março último foram atribuídos 9.042 vistos por via de compra de imóveis, dos quais 826 tendo em vista a reabilitação urbana.

Por requisito da transferência de capital, os vistos concedidos totalizam 565 e sobe para 18 a ARI obtida por criação de postos de trabalho.

Por nacionalidades, a China lidera a atribuição de vistos (4.868), seguida do Brasil (1.007), Turquia (461), África do Sul (397) e Rússia (370).

Desde o início do programa foram atribuídas 16.382 autorizações de residência a familiares reagrupados, das quais 332 este ano.

Fonte: Mundo Lusíada

Rodada Internacional de Negócios exclusiva para os segmentos de Confecção, Têxtil e Calçados

Rodada Internacional de Negócios exclusiva para os segmentos de Confecção, Têxtil e Calçados

A Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), a Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará(Adece), do Governo do Estado do Ceará, em parceria com o Banco Interamericano(BID), UK Prosperity Fund, do Governo Britânico, Apex-Brasil, FIEC, Fecomércio, Sebrae e Unifor promovem a Rodada Internacional de Negócios no período de 13 a 15/04.

Nesse evento os fornecedores da região Nordeste poderão:

– Vender e comprar produtos de confecção, têxtil e calçados
– Estabelecer parcerias e alianças estratégicas
– Participar de um Workshop preparatório

Inscreva a sua empresa até o dia 09 de Abril CLICANDO AQUI

BNB anuncia repasse de R$ 500 milhões para o setor do turismo no Nordeste

BNB anuncia repasse de R$ 500 milhões para o setor do turismo no Nordeste

A expectativa é de que os recursos atendam cerca de 24 mil prestadores de serviços da área de atuação do banco (os nove estados do Nordeste, norte de Minas Gerais e Espírito Santo), dos quais 2,6 mil apenas no Ceará

Em visita a Fortaleza, o ministro do Turismo, Gilson Machado, anunciou na manhã desta segunda-feira, 29, na sede do Banco do Nordeste, o repasse de R$ 500 milhões à instituição para ser disponibilizado em linhas de crédito voltadas a empreendimentos do setor.

A expectativa é de que os recursos atendam cerca de 24 mil prestadores de serviços da área de atuação do banco (os nove estados do Nordeste, norte de Minas Gerais e Espírito Santo), dos quais 2,6 mil apenas no Ceará.

Em seu pronunciamento, Romildo Rolim, presidente do BNB, agradeceu ao ministro pelo volume disponibilizado pela pasta e não descartou solicitar mais recursos no futuro.

“Trazer os R$ 500 milhões ao Banco do Nordeste, incrementar o seu funding, tornar sua operação melhor, isso, para a gente, nos alegra muito”, disse Rolim. “Saiba que o senhor tem o nosso compromisso da boa e ética aplicação desse recurso e, quem sabe, a gente vá bater na sua porta para lhe pedir mais.”

Logo após o discurso do presidente do BNB, o ministro Gilson Machado disse que Rolim “pode usar e abusar do Ministério do Turismo, porque o que precisar para o Nordeste, esse ministério vai fazer (…) Sabemos a importância que o Turismo tem para a economia do Nordeste”.

Os recursos são do Fundo Geral do Turismo (Fungetur). No ano passado, a Medida Provisória (MP) 963/2020 permitiu a abertura de crédito de R$ 5 bilhões ao Fungetur, para ações de apoio do turismo, infraestrutura do turismo básica, geração de emprego e diminuição dos impactos da crise sanitária.

“Essa recuperação teremos no período pós-pandemia e nenhum país terá a recuperação que o nosso país terá”, disse Machado. “O Brasil será a bola da vez do turismo mundial”. E saiba que o presidente (Bolsonaro) acredita no Nordeste”.

Fonte: Focus

APSV Advogados lança o seu primeiro programa em sintonia com Pacto Global

APSV Advogados lança o seu primeiro programa em sintonia com Pacto Global

O escritório APSV Advogados lançou no Dia Mundial da Água, comemorado nesta segunda-feira (22) o APSV Impact, programa de sustentabilidade voltado para uma transformação interna e relacionamento da empresa com clientes e mercado. Admitido recentemente pela ONU como signatário do Pacto Global, esta foi uma de suas primeiras ações de grande impacto.

Segundo a sócia e gestora da área de governança e direito societário, Mariella Rocha, a iniciativa é resultado de uma articulação transversal entre as áreas de prática jurídica, que já lidam no dia a dia com fatores ambientais, sociais e de governança, ESG (sigla em inglês para environment, social and governance). “Esse é um caminho natural para um escritório que possui equipes atuando juntas em Direito ambiental, urbanístico, trabalhista, digital, fiscal, regulatório e societário”, ressaltou.

O Pacto Global, segundo Igor Gonçalves, que integra a área de sustentabilidade do APSV, é uma iniciativa voluntária que fornece diretrizes para a promoção do crescimento sustentável e da cidadania, por meio de lideranças corporativas comprometidas e inovadoras. Segundo ele, no Ceará, também participam do Pacto Global, empresas como a Cimento Apodi, M. Dias Branco, Solar, Framework, entre outras.

Ao aderir ao Pacto Global o APSV Advogados compromete-se no dia a dia de suas atividades com dez princípios, derivados da Declaração Universal de Direitos Humanos, Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho, Meio Ambiente e Desenvolvimento e da Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção. Quem integra a iniciativa assume, também, a responsabilidade de contribuir para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

A escolha do dia 22 teve a proposta de registrar um dos recursos naturais mais vitais para a humanidade e caro para o Ceará: a água, tratado no ODS 6. A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social, segundo a Declaração Universal dos Direitos da Água. Quem deseja conhecer o programa deve acessar o site: http://www.apsvimpact.com.br.

Fonte: BaladaIn

Indústria de polpa de frutas cearense é otimista com crescimento

Indústria de polpa de frutas cearense é otimista com crescimento

Quando a saúde entra em pauta, existe um setor que começa a ganhar destaque: o da alimentação saudável.

E é justamente nesse segmento que a indústria de polpa de frutas do Ceará vem encontrando espaço nos últimos meses dentro e, até mesmo, fora do Estado.

“O segmento de polpa de fruta vem crescendo até mais do que os produtos convencionais de sucos de frutas. E, hoje, a gente exporta mais de 50% da nossa produção. O restante fica mais no mercado nacional, atendemos mais às Regiões Norte e Nordeste do Brasil.

Em linhas gerais, o mercado de polpa de frutas está se desenvolvendo bem mais que o mercado de suco de fruta, por isso a gente aposta mais nesse produto”, comenta Paulo Wagner, diretor executivo da Indústria Marasuco.

De acordo com Paulo Wagner, o Ceará vende polpas de frutas para mais da metade dos estados do Nordeste, pois o Estado tem em torno de 140 empresas no ramo de conservas, fabricação de sucos e concentrados também. “Dessas empresas, 48% estão na Região Metropolitana e 52% estão no restante do estado. Aqui, nós temos seis polos de produção”, comenta.

O impacto econômico positivo dessa indústria pode ser sentido através da geração de empregos e rendas.

“A empresa Nossa Fruta, por exemplo, gera um impacto social para mais de 600 famílias em vários estados do Nordeste. Estamos hoje com, aproximadamente, 400 colaboradores, sendo que praticamente cerca de 250 estão dentro do Ceará”, conta João Nogueira, diretor de logística e marketing comercial da empresa Nossa Fruta.

“Hoje, somos aproximadamente 30 indústrias sindicalizadas junto ao Sindicato das Indústrias da Alimentação e Rações Balanceadas do Estado do Ceará (Sindialimentos). São cerca de 80 colaboradores, entre internos e externos. Se juntarmos isso com a produção de campo, vai para quase 100 colaboradores”, completa Benício Júnior, sócio-diretor da Frutã. “Há benefícios desde o setor primário, com a compra das frutas, ajudando os produtores”, destaca.

Perspectivas para o setor

Benício Júnior, sócio-diretor da Frutã, comenta que a perspectiva de exportação para 2021 já começou bem positiva e deve superar as expectativas. Ele acredita que, mesmo com o mercado interno desafiador, a perspectiva é de crescimento nos próximos meses para o segmento.

“Exportamos hoje para Porto Rico, Estados Unidos, Emirados Árabes, Alemanha e outros países. Já estamos acima da meta projetada para exportação. O mercado interno, por sua vez, está um pouco abaixo da meta projetada, mas é um pouco mesmo. Não é tão significante e, com a perspectiva de abertura de novos canais, é muito provável que a gente até supere a meta projetada no decorrer do ano
Benício Júnior, sócio-diretor da Frutã

Leia a matéria completa no site TrendsCE

Portugal e Brasil “empenhados” no Porto de Sines como ‘hub’ para agronegócio

Portugal e Brasil “Empenhados” no Porto de Sines como ‘hub’ para agronegócio

Governantes de Portugal e do Brasil manifestaram-se “empenhados na promoção de Sines”, através do porto existente nesta cidade do litoral alentejano, como “‘hub’ europeu para o agronegócio brasileiro”, disse a administração portuária.

Em comunicado, a Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS) aludiu a um seminário ‘online’ realizado neste dia 12 e que juntou “mais de 100 representantes de cooperativas agrícolas, ‘traders’, associações setoriais e exportadores brasileiros que atuam no setor agroalimentar”.

A abertura do evento foi feita pelo governante português Eurico Brilhante Dias, secretário de Estado para a Internacionalização, e o encerramento esteve a cargo da ministra de Estado, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, Tereza Cristina.

Um envolvimento que “demonstra o comprometimento dos governos dos dois países em potenciar este relacionamento”, baseado no Porto de Sines, no distrito de Setúbal, afirmou a APS.

“Governantes de Portugal e do Brasil empenhados na promoção de Sines como ‘hub’ [centro de distribuição e transferência] europeu para o agronegócio brasileiro”, pode ler-se também no comunicado.

Este seminário virtual, intitulado “Sines – Hub Europeu para o Agronegócio Brasileiro”, contou igualmente com a participação de representantes do complexo portuário, logístico e industrial de Sines.

O presidente da APS, José Luís Cacho, apresentou as valências portuárias oferecidas a este setor, tanto no que respeita à carga a granel (como soja ou milho), como no que respeita à carga contentorizada (incluindo a refrigerada) cuja ligação semanal entre Sines e portos brasileiros já existe, disse a entidade portuária.

Segundo a APS, o presidente executivo da aicep Global Parques, Filipe Costa, entidade que gere a Zona Industrial e Logística de Sines, “reforçou a capacidade disponível para acomodar a instalação de projetos agroalimentares em zonas muito próximas do porto, com o objetivo de acrescentar valor à carga movimentada”.

Já no início deste ano, em 06 de janeiro, a Comunidade Portuária e Logística de Sines (CPLS) disse querer apostar na importação de produtos agrícolas oriundos do Brasil, através do Terminal Multiusos do Porto de Sines, com destino à Península Ibérica.

“O Terminal Multiusos, utilizado para a importação de carvão, deixou de estar ocupado após o encerramento da central termoelétrica de Sines, tendo condições ideais para a importação de produtos agrícolas”, disse à agência Lusa na altura Jorge d’Almeida, presidente da CPLS, que celebrou um protocolo de cooperação com a Câmara de Comércio Brasil Portugal – Centro Oeste (CCBP-CO).

O objetivo do acordo é “estudar e promover uma solução logística eficaz e eficiente para a exportação de produtos agropecuários brasileiros pelos portos brasileiros, preferencialmente os localizados no Arco Norte, com destino à Europa e ao Norte de África, através do Porto de Sines”, explicou então, em comunicado, a comunidade portuária.

Fonte: Mundo Lusíada

EDP obtém o melhor resultado de sua história pelo terceiro ano consecutivo

EDP obtém o melhor resultado de sua história pelo terceiro ano consecutivo

A EDP, empresa que atua em todos os segmentos do setor elétrico brasileiro, registrou o melhor resultado de sua história pelo terceiro ano seguido. A Companhia alcançou Lucro Líquido de R$ 1,5 bilhão em 2020, um aumento de 12,7% em comparação com 2019.

O EBITDA (lucro antes de taxas, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 3,4 bilhões, uma alta de 16% em relação ao exercício anterior. Considerando-se apenas o quarto trimestre, o lucro líquido foi de R$ 700 milhões, um crescimento de 40,2% em relação ao mesmo intervalo de 2019, e o EBITDA chegou a R$ 1,4 bilhão, uma elevação de 60%.

O desempenho, que marca o fim do mandato de Miguel Setas como CEO da EDP no Brasil e o início de suas atividades como presidente do Conselho da Companhia e membro do Conselho global do Grupo EDP, reflete o sucesso da estratégia adotada em 2020 para mitigar os efeitos econômicos decorrentes da pandemia – o chamado Plano 3R (Reagir, Recuperar e Reformular).

Este trabalho envolveu, numa primeira fase, uma agenda de proteção aos colaboradores, continuidade da operação e ajudas à sociedade; a subsequente adoção de mais de 50 medidas de recuperação de receitas; e, finalmente, a busca por novas oportunidades e alternativas de negócios diante do novo cenário. Em 2020, a Companhia investiu R$ 1,9 bilhão no País, com destaque para o segmento de Distribuição, que recebeu R$ 752 milhões para melhorias e expansão da rede – um aumento de 16,2% frente a 2019.

Foi o terceiro ano consecutivo em que o Capex da Empresa no Brasil superou a marca de R$ 1 bilhão, ou cerca do dobro da média histórica da EDP em anos anteriores.

“É motivo de muito orgulho para nós encerrar este ciclo de sete anos dedicados à presidência da EDP no Brasil com um resultado histórico. E o fazemos após um ano marcante, que exigiu da Companhia enorme capacidade de planejamento, reação e adaptação.

Deixo aqui o meu profundo agradecimento a toda a equipe e parceiros de negócio que contribuíram para que este desempenho fosse possível”, afirma Miguel Setas, presidente do Conselho de Administração da EDP no Brasil.

Crescimento em Transmissão
Apesar das restrições à circulação de pessoas e da suspensão temporária de algumas atividades laborais em 2020, a EDP concluiu as obras do seu Lote 11 de linhas de transmissão de energia, localizado no estado do Maranhão e 203 quilômetros de extensão. Com isso, antecipou em 12 meses o início da operação do empreendimento.

O primeiro trecho, a LT SE Coelho Neto/SE Chapadinha II, já estava em operação comercial desde janeiro, com 19 meses de antecipação em relação ao calendário da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

E a Companhia segue aumentando sua participação no segmento. Na última semana, a EDP comunicou a assinatura de contrato para adquirir no mercado secundário a Mata Grande Transmissora de Energia LTDA, do grupo IG e, por conseguinte, o contrato de concessão do Lote 18, localizado no Maranhão. O investimento é de R$ 88,5 milhões, valor que inclui todos os custos de execução da obra. O projeto já possui licença de instalação e está pronto para construir.

Com esta operação, a EDP Brasil passa a ter sete lotes, totalizando 1.554 quilômetros de linhas de transmissão em seu portfólio.

A EDP já investiu R$ 3,3 bilhões em obras e projetos de Transmissão desde 2016, representando 80% de execução do CAPEX total.

Serão R$ 4,1 bilhões até o final de 2021 para a construção de mais de 1,5 mil quilômetros de linhas e de seis subestações nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Maranhão e Espírito Santo.

Novos negócios
Em 2020, a EDP concluiu nove iniciativas de Soluções em Energia e encerrou o ano com 65,3 MWp de energia solar em seu portfólio – 34,5 MWp em projetos já entregues a clientes como Banco do Brasil, TIM, Claro, e Johnson & Johnson, e 30,8 MWp em projetos em desenvolvimento.

Em dezembro, a Companhia assinou um acordo de investimento na Blue Sol Participações S.A., com o objetivo de adquirir participação de até 40% na empresa, que opera no segmento de geração solar fotovoltaica B2C, com um modelo que inclui soluções completas desde a concepção do projeto, fornecimento de equipamentos, instalação e trâmites documentais para viabilizar a conexão com a concessionária de energia local.

A Blue Sol conta com uma rede de 34 franquias distribuídas por 16 estados. Com a concretização do negócio, a EDP busca obter maior capilaridade de vendas no segmento de energia solar B2C.

A postura pioneira da Companhia – refletida em ações como a parceria com a Embraer na pesquisa do avião elétrico, e a inauguração do primeiro posto de carregamento de veículos elétricos do Brasil – fez com que a EDP fosse reconhecida no ano passado como a empresa mais inovadora do setor com o prêmio Valor Inovação Brasil.

Alavancagem
Por fim, a EDP encerrou o ano com alavancagem consolidada, excluindo os efeitos não caixa, em 2,4 vezes Dívida Líquida/EBITDA, em linha com o ajuste de sua Política de Dividendos e Estrutura de Capital anunciado no último trimestre, que prevê pagamento mínimo de R$ 1,00 por ação e alavancagem entre 2,5 e 3 vezes, com um limite mínimo de 2 de vezes. Além disso, a Companhia propôs o pagamento de R$ 598,6 milhões em Dividendos e JCP (Juros sobre Capital Próprio).

Enfrentamento da pandemia
Antes mesmo da confirmação do primeiro caso de Covid-19 no Brasil, a EDP e colocou em marcha um plano de contingência cujas prioridades eram: proteger os colaboradores, assegurar a continuidade da operação e ajudar a sociedade.

Na primeira e na segunda frentes, como presta um serviço essencial, a Empresa implantou o home office para todo o quadro administrativo, mas precisou manter em campo profissionais como eletricistas e leituristas das suas distribuidoras de energia.

Para garantir sua segurança, esses colaboradores foram descentralizados em diversas bases operacionais ao longo da área de concessão, com as demandas sendo enviadas por smartphone e rádio.

Nas usinas de geração de energia, foram adotadas medidas extraordinárias, com o chamado isolamento operacional, em que os times foram divididos e passaram a se revezar entre 15 dias trabalho em confinamento em alojamentos nas usinas ou em pousadas próximas, e 15 dias de descanso em casa.

Na frente de ajudas à sociedade, a EDP destinou mais de R$ 10 milhões à compra de respiradores e EPIs para a rede pública de saúde, à realização de obras elétricas de hospitais de campanha e à doação de 350 toneladas de alimentos e kits de higiene pessoal a comunidades carentes, idosos e povos indígenas por meio do edital EDP Solidária Covid-19, beneficiando mais de 400 mil pessoas em nove estados brasileiros.

Após essa etapa de reação, a EDP iniciou o Plano de Recuperação de Resultados, composto por 57 iniciativas destinadas à neutralização dos efeitos da crise do coronavírus em sua operação. Essas medidas permitiram recuperar um total de R$ 745 milhões.

Agenda ESG
Ao longo de 2020, a EDP intensificou sua agenda de compromissos de ESG. Em junho, tornou-se uma das 13 empresas brasileiras adeptas do pacto Business Ambition for 1,5ºC – Our Only Future, da ONU, pelo qual se comprometeu a garantir que, até 2020, 100% energia que gera sejam provenientes de fontes renováveis, dando sua contribuição para o controle do Aquecimento Global.

A Empresa também foi a primeira do setor de energia na América Latina e de grande porte no Brasil a ter a sua meta de redução de emissões de CO₂ aprovada pela Science Based Targets (SBTi), iniciativa composta por composta pelas entidades internacionais Carbon Disclosure Project (CDP), Pacto Global das Nações Unidas, World Resources Institute (WRI) e World Wildlife Fund (WWF). Miguel Setas, por sua vez, tornou-se porta-voz da Rede Brasil do Pacto Global para o ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis.

Além disso, por meio de seu Programa de Inclusão e Diversidade, a Empresa firmou uma série de compromissos. O Programa de Estágio passou a contar com uma meta de equidade racial, com reserva de 50% das vagas para estudantes negros e a Companhia se comprometeu a garantir que, até 2022, 50% de todas as novas contratações venham de grupos sub-representados no quadro geral de colaboradores, haja 20% de mulheres na liderança, e ao menos 30% de mulheres no quadro geral de colaboradores.

Nesse sentido, a EDP dá um novo e importante passo com a criação de uma vice-presidência de ESG, focada em reforçar a integração das pautas de sustentabilidade, responsabilidade social e governança ao negócio, aumentando sua representatividade nos processos de tomada de decisão.

“A criação desta cadeira sinaliza a relevância que dedicamos a esta agenda e demonstra nosso comprometimento com a construção de uma companhia cada vez mais sustentável”, afirma Miguel Setas.

Sobre a EDP no Brasil
Com mais de 20 anos de atuação, a EDP é uma das maiores empresas privadas do setor elétrico a operar em toda a cadeia de valor.

A Companhia, que tem mais de 10 mil colaboradores diretos e terceirizados, possui seis unidades de geração hidrelétrica e uma termelétrica, além de atuar em Transmissão, Comercialização e Serviços de Energia.

Em Distribuição, atende cerca de 3,5 milhões de clientes em São Paulo e no Espírito Santo, além de ser a principal acionista da Celesc, em Santa Catarina.

Foi eleita em 2020 a empresa mais inovadora do setor elétrico pelo ranking Valor Inovação, do jornal Valor Econômico, e é referência em Governança e Sustentabilidade, estando há 15 anos consecutivos no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3.

Fonte: EDP

APSV: Os desafios da implantação de startups

APSV: Os desafios da implantação de startups

Nos últimos anos o Brasil vem se tornando referência em todo mundo no mercado de startups, mas mesmo assim ainda existem diversos desafios na implantação desse modelo de negócio.

Tudo começa no desafio de transformar uma ideia em produto, entender a burocracia e conhecer os documentos e autorizações que são necessários para a abertura da empresa. Além disso existe a dificuldade para conseguir investidores e crédito no mercado.

Os desafios para a implantação de startup são muitos, mas com organização é possível superar todos eles.

Quer saber como está a segurança jurídica da sua startup? Acesse, de forma gratuita, o nosso CHECK UP jurídico para startups no site do APSV Connect: http://apsvconnect.com.br/

Fonte: APSV