Economia do Mar é um dos debates de destaque do 10°ENLP

Economia do Mar é um dos debates de destaque do 10°ENLP

O mar é um potente aliado da economia do Brasil e especialmente do estado do Ceará. As novas perspectivas apontam para o desenvolvimento de uma Economia do Mar robusta nos próximos anos.

O assunto será debatido em um dos painéis do 10° Encontro de Negócios na Língua Portuguesa, que será realizado em Fortaleza nos dias 29 e 30 de abril na Federação das Indústrias do Ceará (Fiec).

Estudo da Pricewaterhouse Coopers apresentado neste mês na sede da entidade demonstra a escalada do Ceará à liderança no país por possuir todos os setores da economia azul, que passa por portos, alimentos, turismo, dentre outros.

Outros países com saída para o mar já possuem um amplo horizonte de Economia do Mar. O 3° vice presidente de Relações Institucionais da Câmara Brasil Portugal, Rômulo Alexandre, fala da importância de o Brasil observar o exemplo de Portugal.

“A agenda portuguesa é um bom exemplo das melhores práticas mundiais, pois trata o mar como uma prioridade nacional.”

O painel sobre Economia do Mar do 10° Encontro de Negócios na Língua Portuguesa promete mostrar possibilidades que os países participantes do evento possuem de desenvolver políticas e negócios nesse setor.

SERVIÇO
10º Encontro de Negócios na Língua Portuguesa
Dias 29 e 30 de abril de 2020
Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec): av. Barão de Studart, 1980, Aldeota
Entrada gratuita
http://www.cbpce.org.br/10enlp

RODADA DE NEGÓCIOS
Dia 29 de abril, das 14 horas às 18 horas
Inscrições gratuitas até 10 de abril pelo endereço http://bit.ly/rodadaenlp

Vagas limitadas

Fonte: Engaja Comunicação em 11.03.20

“A gente quer empoderar pessoas por meio do empreendedorismo”

“A gente quer empoderar pessoas por meio do empreendedorismo”

A empresária Ticiana Rolim acredita que o equilíbrio é o ponto chave para que possa haver um avanço na redução das desigualdades entre mulheres e homens no ambiente de trabalho. Defensora do empreendedorismo de impacto social, ela fundou a Somos Um e acredita que o futuro das empresas está em se voltar a trabalhar com as pessoas e seu entorno, modificando suas vidas

Ticiana Rolim, como ela mesma diz, começou a empreender aos 17 anos. “Eu fazia bijuterias com uma amiga e a gente vendia nas feiras”. Desde então, não parou mais e viu que o empreender pode abrir novas oportunidades e visões. Em um mundo capitalista onde “o dinheiro é quem manda”, Ticiana arregaçou as mangas e criou a “Somos um”, empresa de impacto social que tem como objetivo transformar a realidade de pessoas que vivem em bairros periféricos, incentivando o empreendedorismo e empoderando essas pessoas.

Ticiana acredita no capitalismo consciente como única saída possível para as empresas, “se não por consciência, por sobrevivência”. Ao O Otimista, a empresária, que também comanda a C.Rolim Engenharia, reforça que o mercado ainda hoje é preconceituoso com as mulheres e defende que tanto homens como mulheres possam equilibrar seus “masculinos” e “femininos” para serem líderes mais humanos e empáticos. Ela também acredita na autorresponsabilidade: “é papel de todos mudar o mundo”.

O Otimista – O empreendedorismo foi herdado ou você considera ter aprendido com o tempo?
Ticiana Rolim – Primeiro a gente precisa saber a diferença entre empresário e empreendedor. O empreendedor é aquele que cria, que começa, que arrisca, que está com força de pegar uma ideia e transformá-la em realidade. Nem todo empreendedor é empresário e nem todo empresário é empreendedor, pode ficar um pouco confuso isso. Eu diria por exemplo que o meu avô foi um empreendedor, começou o negócio do zero. Eu, por exemplo, até um dia desses me considerava mais empresária do que empreendedora, porque eu geria o negócio, não necessariamente iniciei esse negócio. Só que aí eu comecei a perceber que a gente pode empreender dentro do próprio negócio. A gente pode criar projetos novos, criar frentes novas, e não necessariamente precisa ser um negócio do zero, não necessariamente precisa mudar de ramo. E aí, voltando aqui para mim, eu comecei a trabalhar muito cedo. Eu cheguei na empresa com 21 anos, mas eu comecei com 17 e eu empreendi um pequeno negócio, na verdade eu fazia bijuterias com uma amiga e a gente vendia nas feiras. Eu não fui direto para o Grupo C. Rolim, eu fui para outros rumos, trabalhei com minha mãe e com minha irmã na Casa Rosa, que era uma casa de chá e um antiquário, e só depois, aos 21 anos, que eu fui convidada a entrar no Grupo C. Rolim e fazer parte da empresa da família. É muito desafiador, o mercado é muito dinâmico, a vida é muito dinâmica. E eu considero que hoje a pessoa que vai ter sucesso é a pessoa que consegue ter flexibilidade e consegue se reinventar.

O Otimista – Você fala bastante sobre empreendedorismo de impacto social. Para você, o que é isso e como aplicar no dia a dia como empresária?
Ticiana Rolim – Os negócios de impacto social para mim, o que eu acredito e o que o mundo vem mostrando, é o que vai ser a solução para o capitalismo. A gente viu, teve a época do fascismo, comunismo, agora o liberalismo, mas ainda assim a gente não encontrou um caminho que deu certo. Porque ainda existe fome, a desigualdade está no mundo e tem uma série de desafios enquanto humanidade que ainda precisam ser resolvidos. E eu humildemente acredito que os negócios de impacto social são a solução para isso. Um capitalismo mais consciente, as empresas precisam também se sentirem responsáveis pelos desafios sociais. Não dá para dizer que é só o governo. Eu escuto empresários dizerem “eu pago imposto, eu gero emprego e o governo que não sabe o que faz com meu dinheiro” e esse discurso não vai levar a gente para a frente. A gente precisa fazer autorresponsabilidade em cada setor e se unir, ao invés de ficar um culpando o outro, parar desse jogo de acusação, se unir e dizer: “qual é o problema?” Os negócios de impacto social nada mais são que algo entre o segundo e terceiro setor, que é um coração social e cabeça de negócio. Ele é um negócio como qualquer outro. Ele precisa dar lucro, eu não tô fazendo apologia à pobreza, não acho que as empresas não precisam lucrar, mas lucrar a qualquer custo não.

O Otimista – E como isso pode mudar?
Ticiana Rolim – Eu falo que tem que mudar de uma forma bem rígida porque é o que eu acredito. Não dá mais para hoje diante do que a gente está vendo – tanto no meio ambiente como com as pessoas – uma empresa tomar uma decisão que beneficia o lucro e ter impacto negativo no meio ambiente, por exemplo. É inaceitável nos dias de hoje. E aí o negócio de impacto social vem exatamente para preencher essa lacuna. É um negócio como qualquer outro, mas o indicador para tomada de decisão não é só o lucro. Ele precisa ter um impacto positivo. Ele existe para resolver um problema social ou ambiental.

O Otimista – Quais as principais diferenças entre o empreendedor social e o tradicional?
Ticiana Rolim – A grande diferença é que o tradicional cria um negócio visando atender a uma necessidade de mercado ou uma inovação tecnológica. O empreendedor social é “eu quero resolver o problema da pobreza no Bom Jardim” ou “eu quero resolver o problema da violência”, por exemplo. Como é que eu vou resolver esse problema, e depois, como é que eu vou ganhar dinheiro com isso? Vem primeiro o problema. A Somos Um nasceu assim. A gente quer empoderar pessoas através do empreendedorismo. A gente começou no Bom Jardim. Fizemos o Hackathon social, pegamos alunos da Unifor e moradores do Bom Jardim durante um final de semana e nos unimos, dormimos lá, transformamos a sala de aula de uma escola pública em quartos, dormimos em colchões no chão, e naquele momento éramos todos um. E aí a gente criou negócios de impacto social para resolver problemas do bairro nas equipes. E agora a gente está acelerando quatro negócios que surgiram nesse Hackathon do bairro. Quando acabar nesse bairro, vamos para outro. Os negócios de impacto social para mim são a solução para a gente não se extinguir enquanto espécie, e eu digo mais, se a sua empresa não se tornar num capitalismo consciente, se ela não se preocupar com o impacto social e sustentável que ela vai gerar por consciência, vai precisar fazer por sobrevivência.

O Otimista – Como é empreender sendo mulher e tendo essa visão?
Ticiana Rolim – Na Somos Um, por exemplo, a gente prioriza apoiar mulheres. Hoje a gente tem uma turma no Bom Jardim de 30 pessoas para trabalhar gestão da emoção, meditação, líder de si mesmo, empreendedorismo, como abrir o seu negócio, como vender, como criar uma ideia. 29 são mulheres e um é homem. Se depender de mim a gente vai priorizar mulheres. Nada contra os homens, tem homens incríveis aí, mas como as mulheres ainda tem muito a chegar. Quando elas chegarem com as mesmas oportunidades dos homens, aí eu vou rever os meus conceitos e a gente vai começar a equalizar. Mas hoje a prioridade do Somos Um é investir em mulheres. Eu também não quero entrar na fala do feminismo exacerbado que mulheres precisam ocupar espaços, porque eu acho que mulheres precisam equilibrar o masculino e o feminino. Homens precisam equilibrar o masculino e o feminino. Isso tem a ver com equilíbrio, yin yang. Eu convido as mulheres a terem esse cuidado: O quê que te motiva a ocupar um espaço de poder? É de fato olhar com empatia para as pessoas, com flexibilidade. Isso faz uma diferença enorme.

Fonte: O Otimista em 09.03.20

Sócia da CBPCE, Maria Ricarte Urbano ministra palestra em evento da ABRH-CE

Sócia da CBPCE, Maria Ricarte Urbano ministra palestra em evento da ABRH-CE

A contadora Maria Ricarte Urbano, sócia da CBPCE, palestrou no evento Mulher, organizado pela ABRH-CE Associação Brasileira de Recursos Humanos, que aconteceu no último dia 10 de março no Shopping Rio Mar, Ricarte Urbano falou sobre sua história de vida e de como enfrentar os obstáculos sem se tornar vítima deles.

Para Ricarte Urbano, as pessoas estão cada vez mais conectadas com os seus smartphones, então é importante que as pessoas se reconectem mais com o seu “eu interior”, sorrindo e abraçando mais, e finaliza “não adianta querer ter um mundo diferente se você não faz a diferença” disse.

Maria Ricarte Urbano é contadora, graduada em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual do Ceará – UECE. Profissional com vastos conhecimentos nas áreas: contábil, tributária, trabalhista e financeira de grandes empresas nacionais e multinacionais. Experiência na implantação de políticas e rotinas internas, além de sistema operacional integrado. Profissional dinâmica, com habilidades para gestão e impulsionada por desafios voltados para busca de resultados. Visão estratégica e global com ênfase na avaliação de novas oportunidades de negócios e hábil no relacionamento com equipes, clientes, fornecedores e instituições financeiras.

Fonte: CBPCE em 11.03.20

Encontro vai orientar micro e pequenas empresas para internacionalização

Encontro vai orientar micro e pequenas empresas para internacionalização

O 10º Encontro de Negócios em Língua Portuguesa terá espaço para intercâmbio de oportunidades entre empresas locais e internacionais

As micro e pequenas empresas representam uma fatia relevante no volume de exportações do Brasil. Dados do Sebrae mostram que esses negócios representavam 40,8% das empresas exportadoras nacionais em 2017.

Devido a essa expressividade no mercado internacional, o 10º Encontro de Negócios em Língua Portuguesa, promovido pela Câmara Brasil Portugal no Ceará, pretende ser um espaço importante para alcançar empresas de pequeno porte que queiram fazer parte dessa estatística.

“As câmaras de comércio portuguesas são desenhadas para dar apoio a essas empresas e o contato com diversos países permite identificar oportunidades de internacionalização, assim como participar da fase de preparação desses negócios para a atividade exportadora. É importante abrir o horizonte das micro e pequenas empresas e fazer com que acreditem que podem alcançar mercados internacionais”, ressalta o presidente da Câmara Brasil Portugal no Ceará, Wandocyr Romero.

Já estão confirmadas as presenças de representantes de 20 países no encontro, que será realizado nos dias 29 e 30 de abril na sede da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). O contato direto com empresários interessados em importar e exportar será potencializado pela Rodada de Negócios, que será realizado no dia 30 de abril.

SERVIÇO
10º Encontro de Negócios em Língua Portuguesa
Dias 29 e 30 de abril de 2020
Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec): av. Barão de Studart, 1980, Aldeota
Entrada gratuita
Inscrições: http://www.cbpce.org.br/10enlp

Rodada de negócios
Dia 30 de abril, das 14 horas às 18 horas
Inscrições gratuitas até 10 de abril pelo endereço http://bit.ly/rodadaenlp
Vagas limitadas

Fonte: Engaja Comunicação em 04.03.20

 

“Negócios de Impacto Social: do Ceará para o Mundo!” é o tema do próximo evento da CBPCE

“Negócios de Impacto Social: do Ceará para o Mundo!” é o tema do próximo evento da CBPCE

A CBPCE realiza no próximo dia 11 de março, na FIEC, o evento “Negócios de Impacto Social: do Ceará para o Mundo!”.

O evento terá o formato de talk show e será mediado por Adriana Bezerra, Sócia e Diretora da CBPCE e contará com a participação especial de Ticiana Rolim e Celina Hissa.

Perfis:
ADRIANA BEZERRA (Mediadora)
Sócia da Diagrama Consultoria e da Flow Desenvolvimento Integral e diretora do IBEF-Ceará e da CBPCE.

TICIANA ROLIM
Diretora da C. Rolim Engenharia e fundadora do Negócio de Impacto social Somos Um.

CELINA HISSA
Fundadora e CEO da Catarina Mina, um negócio de impacto social do Ceará para o mundo.

O evento conta com o patrocínio da EDP – UTE Pecém, Dibra Participações e Quadran Brasil e com o apoio da Albuquerque Pinto Advogados, Criart Serviços, Cenergias, Grupo Fornecedora, Megajoule, NML Tankers, Ricardo Valente Advogados, Solier, Tecer Terminais e Termaco Logística.

Serviços:
“Negócios de Impacto Social: do Ceará para o Mundo!”
Quando: 11.03 (quarta-feira)
Hora: 19h
Local: FIEC – Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Cobertura)
Informações: secretariace@cbpce.org.br
Inscrições: www.bit.ly/eventocbpce

Fonte: CBPCE em 04.03.20

Fetranslog é a nova sócia da CBPCE

Fetranslog é a nova sócia da CBPCE

A Federação das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Nordeste – FETRANSLOG, é uma entidade sindical de grau superior.

Suas principais atividades são representar e defender os interesses coletivos da categoria, que inclui questões judiciais e administrativas, impetrar mandado de segurança coletivo em defesa dos interesses dos seus membros, colaborar com o poder público, com o órgão técnico e consultivo, no estudo e solução de problemas que se relacionam com as atividades da categoria, criar serviços de consultoria técnica para seus filiados especialmente nas áreas de legislação estadual e federal além de assessorar os sindicatos filiados quanto a suas convenções e acordos coletivos de trabalho, organizar e coordenar eventos culturais, artísticos, recreativos, esportivos e outros que tratem dos interesses do transporte rodoviário de carga, instituir e participar de fundações ou entidades de serviço social e formação profissional dos trabalhadores em transportes.

Contatos:
85 3274-0101 | 85 9 9749-4118
www.fetranslog.org.br

Fonte: CBPCE em 27.02.20

Lufthansa e United Airlines se unem para comprar 45% da TAP

Lufthansa e United Airlines se unem para comprar 45% da TAP

Um dos atrativos da portuguesa é sua forte presença no Brasil, que tem Fortaleza como rota de destaque

A alemã Lufthansa e a norte-americana United Airlines se unirão para fazer uma oferta por 45% da portuguesa TAP. O percentual é referente à participação acionária do consórcio Atlantic Gateway, formado por David Neeleman e Humberto Pedrosa. O Governo português detém 50% da empresa e os funcionários, os outros 5%.

Para as empresas, a forte presença da TAP no Brasil, que tem Fortaleza com uma das principais rotas, é ponto forte do ativo. O avanço da ideia foi publicado nesta quarta-feira (26) pelo jornal alemão Sueddeutsche Zeitung e pela agência de notícias francesa Reuters.

Ambas as publicações, no entanto, informam que as negociações podem se arrastar. Um dos fatores a serem considerados pela Lufthansa e pela United é o prejuízo de 105 milhões apresentado pela TAP em 2019.

A portuguesa voa para mais de 85 destinos mundiais.

Fonte: O Otimista em 26.02.20

Grupo Dom Pedro completa 50 anos com projetos para o Brasil

Grupo Dom Pedro completa 50 anos com projetos para o Brasil

O grupo Dom Pedro Hotels & Golf Collection completou, no dia 12 de fevereiro, 50 anos de sua primeira unidade na Ilha da Madeira, com uma festa no tema “The Golden Party”.

Ao longo de 50 anos a estratégia do grupo hoteleiro foi consolidar o seu “core business”, na hotelaria, evoluindo também outros setores do turismo, como golfe e o imobiliário turístico de excelência.

Atualmente com oito hotéis e resorts, e seis campos de golfe localizados em locais estratégicos, o grupo segue em curso projetos para Portugal e para o Brasil; além da remodelação de todas as unidades existentes em Portugal, o grupo vai reforçar a sua presença em Vilamoura, Portugal, com o Dom Pedro Residences, sendo um complexo único de apartamentos de luxo situados na primeira linha de frente mar.

O segundo projeto em Vilamoura consiste num hotel dedicado aos golfistas situado no emblemático Dom Pedro Old Course.

Novos projetos estão também a avançar no Brasil, como o projeto Iracema, em Fortaleza, composto por um hotel e duas unidades de apartamentos turísticos, além de outros projetos turístico-imobiliários de luxo no Eco Resort Aquiraz Riviera.

Na sua atividade de golfe, o grupo possui um campo de 18 buracos no Eco Resort Aquiraz Riviera, no Ceará, e cinco campos em Vilamoura, que em conjunto com a recém inaugurada Academia de Golfe, em Vilamoura, assumi a liderança no setor e o reconhecimento mundial com um dos portfólios mais completos da Europa, com cerca de 200 mil voltas de golfe jogadas por ano.

Fonte: Mundo Lusíada em 13.02.20

“É preciso inserir pequenos e médios do CE no comércio exterior”, diz presidente da CS Comex & IE

“É preciso inserir pequenos e médios do CE no comércio exterior”, diz presidente da CS Comex & IE

Professora de Comércio Exterior e empresária, Mônica Luz avalia que melhorar a infraestrutura também é fundamental para alavancar exportações no Estado

O estímulo à participação de pequenas e médias empresas locais na busca pelo mercado internacional é o que pode levar o Ceará a alcançar a liderança no ranking das exportações do Nordeste. Diante dos dados do Ministério da Economia, que mostram o Estado em terceiro lugar na Região ao exportar US$ 2,27 bilhões em 2019 (atrás de Bahia e Maranhão), a presidente da Câmara Setorial de Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro do Ceará (CS Comex & IE), professora de Comércio Exterior da Universidade de Fortaleza e empresária Mônica Luz acredita que essa é uma estratégia fundamental.

O caminho, de acordo com ela, já está sendo trilhado, mas ainda há trabalho a ser feito. O esforço conjunto de órgãos como Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Federação do Comércio do Ceará (Fecomércio-CE) e a academia ajuda a construir uma estrada mais sólida.

Mas não é só isso: continuar com um olhar apurado para a melhoria da infraestrutura em todos os modais também é engrenagem importante para ajudar a desenvolver setores com um potencial para o envio ao exterior. “Agronegócio e indústria alimentícia vêm se preparando fortemente. O produto made in Brazil é uma marca muito forte”, acredita.

Como o Ceará está posicionado no comércio exterior com as exportações?

A balança comercial está positiva, mas as exportações cearenses ainda estão concentradas em um segmento. E o nosso objetivo, tanto do Governo, da Agência de Desenvolvimento Econômico, da Câmara Setorial de Comércio Exterior, é envolver as pequenas e médias empresas, ampliar o número de participantes nesse processo de exportação.

Temos uma vantagem muito boa que é a localização geográfica e os investimentos que foram feitos, como a parceria entre o Porto do Pecém e o Porto de Roterdã, com novas rotas para a exportação. Isso amplia a nossa possibilidade de fazer negócios.

O que está sendo feito para colocar essas pequenas e médias empresas dentro das exportações?

A Câmara Setorial vem trabalhando para identificar gargalos, dificuldades que existem nessas pequenas e médias empresas para a inserção delas nesse mercado internacional. Por outro lado, nós também temos movimentos da Câmara, que tem o apoio da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) para que seja criada uma ambiência favorável para os investidores estrangeiros na questão da tributação e facilitação na abertura de empresas, porque essa entrada do investimento estrangeiro é muito importante.

Então são duas frentes: a primeira é melhorar esse processo de gestão das pequenas e médias empresas, identificando problemas, produtos que tenham qualidade. Para inserir o pequeno e médio nas exportações, temos ações para participação em feiras internacionais e missões para que ele conheça novos mercados e possa providenciar ações internas em relação à internacionalização. Outra frente é criar uma ambiência para que a gente tenha como trazer mais investimento estrangeiro. Como fazer isso? Através também de parceria com as câmaras bilaterais. Nós já temos algumas câmaras de comércio estrangeiro no Ceará, como a Câmara Brasil-Portugal e Câmara Brasil-Alemanha, que são fundamentais na criação desse elo com esses países.

Existe também um outro movimento forte, por exemplo, da Fiec, de incentivar a indústria cearense nos processos de importação de matéria-prima, de tecnologia, para que a gente possa ter mais competitividade. Nós temos hoje um trabalho forte, então estamos muito bem e existem metas robustas no Ceará no aspecto de internacionalização.

A partir da localização geográfica do Ceará, foram desenvolvidos projetos como essa parceria com o Porto de Roterdã. Tivemos também a chegada da Fraport ao aeroporto. Qual a sua avaliação dessa estratégia de fortalecimento desses modais?

A privatização do aeroporto e a parceria com o Porto de Roterdã sem dúvidas são fundamentais para solucionar um dos nossos gargalos, que é a questão da logística. Foram dois grandes investimentos que ainda vão facilitar muito a pretensão de fazer o nosso produto chegar lá fora. E com isso, fica mais barato, porque a logística é cara.

Por exemplo, nós somos fortes no agronegócio, mas precisamos ter uma logística desde a produção, desde a saída da fruta lá da fazenda até ela estar dentro de um contêiner indo para o exterior. A questão do aeroporto não é só a entrada e saída de mercadorias, mas é também a facilitação de movimentação dos próprios empresários, impulsiona o turismo de negócios e possibilita que o estrangeiro venha ao Estado e conheça o nosso potencial. Nós realmente temos recebido muitas comitivas com o objetivo de conhecer o nosso potencial.

Quais são os mercados com grande potencial de fazer parcerias comerciais com o Ceará?

Bom, a gente sempre tem uma visão voltada para Estados Unidos e também para o mercado asiático, mas temos um cenário muito promissor na Europa, porque há uma demanda muito boa para esses países, principalmente na parte dos alimentos, então nós temos aí vários mercados que são grandes oportunidades de negócios para as empresas cearenses exportarem.

E quais produtos cearenses têm potencial para serem exportados? Quais segmentos o Ceará ainda pode desenvolver mais fortemente para competir no mercado internacional?

Nós temos várias frentes, mas eu vejo que a indústria alimentícia vem fortemente se preparando para isso. Nós temos o agronegócio, com as frutas, e uma boa produção para investir nas exportações, mas nós temos vários outros produtos aqui. A parte de confecção – claro que precisamos melhorar a questão de competitividade, de preço -, mas, por exemplo, a moda praia é muito bem aceita no exterior. O produto made in Brazil é uma marca muito forte, então há vários segmentos que a gente pode apostar. Em alguns deles, a gente tem um trabalho de formiguinha e por isso é muito importante ter a união dos empresários e sindicatos fortalecidos.

O Ceará foi o terceiro em valor exportado entre os estados do Nordeste em 2019, atrás da Bahia e do Maranhão. O que falta para ampliar essa participação?

Precisamos realmente inserir nesse contexto mais indústrias, precisamos colocar a pequena e média empresa, que é um segmento que ainda não conseguiu chegar no mercado externo, e precisamos de melhoria na logística. E a gente já vem trabalhando fortemente com isso. Precisamos trabalhar com essas pequenas e médias empresas, dar suporte e incentivos fiscais. E a carga tributária ainda precisa ser revista para que a gente possa melhorar essa participação.

Em 2019, foi possível observar eventos como a guerra comercial entre EUA e China e a concretização do Brexit. Como a gente pode se encaixar positivamente? Como o Ceará se insere nesses movimentos em termos de comércio exterior?

Eu penso que nós estamos bem localizados geograficamente e com um olhar muito forte para o aspecto das exportações, então o cenário é bom para os próximos anos. Se a gente continuar com esse trabalho em conjunto e essas ações incentivadas, nós temos todo um potencial de produtos e de indústrias. Temos aí nosso polo moveleiro, o nosso polo de roupa íntima, então eu acho que nós temos muito. Nós também contamos com a Zona de Processamento e Exportação (ZPE), criando incentivos para as empresas serem sediadas nesse espaço, então o cenário futuro é positivo.

Presidente da Câmara Setorial de Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro comentou estratégias para o Estado evoluir no ranking regional de vendas de produtos para fora do País

Fonte: Diário do Nordeste em 10.02.20

EDP vende projeto eólico no Brasil por 127 milhões de euros

EDP vende projeto eólico no Brasil por 127 milhões de euros

Lisboa, 12 fev 2020 (Lusa) – A EDP concluiu a venda a uma filial da Actis, por 127,2 milhões de euros (598 milhões de reais), da sua participação acionista no projeto eólico de Babilónia, no estado da Bahia, Brasil, anunciou a empresa.

“A EDP – Energias de Portugal, S.A. (“EDP”), através da sua subsidiária EDP Renováveis, S.A. (“EDPR”), detida em 82,6%, anuncia a conclusão da venda da sua participação acionista total, num projeto de tecnologia eólica onshore com 137 MW de capacidade instalada, a uma filial da Actis, por R$ 598 milhões (valor do capital próprio; correspondente a R$ 1,2 mil milhões ou € 0,3 mil milhões de enterprise value)”, indica um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Em julho de 2019, a EDP tinha chegado a um acordo com uma filial da Actis, um investidor de ‘private equity’ em mercados em crescimento, para a venda da participação acionista total relativa ao projeto de tecnologia eólica ‘onshore’ de Babilónia.

O parque eólico de Babilónia está localizado no estado da Bahia e encontra-se em operação desde o quarto trimestre de 2018.

O projeto, totalmente detido pela EDP, assegurou no leilão LER 2015 um contrato de aquisição de energia (“CAE”) de 20 anos.

Esta alienação faz parte da estratégia de rotação de ativos, ou seja, a venda de participações maioritárias em projetos renováveis operacionais ou em desenvolvimento, o que permite à EDP acelerar a criação de valor e reciclar capital para reinvestir em crescimento adicional.

Incluindo a transação hoje anunciada, a EDP já alcançou cerca de 25% do objetivo de 4.000 milhões de euros de rotação de ativos para o período 2019-2022, anunciado na apresentação estratégica em 12 de março do ano passado.

SO (JNM) // SB

Fonte: Lusa em 12.02.20