Reforma Tributária: um desafio para as empresas, por Ítalo Bandeira

Reforma Tributária: um desafio para as empresas, por Ítalo Bandeira

A recente aprovação da reforma tributária no Brasil marca um importante passo na evolução do nosso sistema tributário. Após um longo processo de discussões, especialmente em relação à autonomia dos estados, a implementação da reforma do consumo finalmente ganhou contornos mais claros. Essa etapa, que traz como pilares o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e o imposto seletivo, promete uma transformação significativa no campo tributário.

A transição para o modelo de IVA Dual, prevista para ocorrer gradativamente de 2026 até 2033, exige que as empresas se adaptem rapidamente às novas regras. O impacto não se restringe à área tributária; é um projeto que envolve todos os setores da empresa, desde logística até comercial, exigindo uma visão integrada.

Nesse contexto, em 2025, as empresas precisam olhar para dentro, analisando como vão fazer essas modificações e se preparar a nível de sistemas, pessoas e treinamentos, criando comitês internos focados na reforma, além de estarem atentas às mudanças que ocorrerão ao longo deste ano, como a criação do comitê gestor, que será o órgão responsável por organizar, fiscalizar e cuidar desses novos tributos.

“Como vai ficar a minha tributação ao longo desse processo gradativo, comparada à minha tributação atual?”; ou “de que forma eu vou repassar isso no meu preço”? são algumas perguntas que pairam no momento. Outro ponto relevante, especialmente para empresas localizadas no Nordeste, será a perda de incentivos estaduais a partir de 2033, que embora conte com a possibilidade de compensação de incentivos financeiros, ainda gera uma incerteza relevante em novos investimentos que tem análise em curso.

Em síntese, a reforma tributária representa uma oportunidade e um desafio. As empresas que se prepararem adequadamente para essa transformação terão mais chances de prosperar em um novo cenário fiscal. O momento é de disciplina e análise criteriosa, principalmente para especialistas em gestão tributária, que devem estar prontos para prestar consultorias, garantindo que todas as áreas da organização estejam alinhadas para uma implementação bem-sucedida das novas normas tributárias.

Por Ítalo Bandeira Fernandes é especialista em gestão tributária da ABAX Consultoria

Artigo publicado no Jornal Diário do Nordeste em 10.02.2025

 

Fluidez nos relacionamentos impacta familia e negócios, por Mabel Portela e Anna Magalhães

Fluidez nos relacionamentos impacta familia e negócios, por Mabel Portela e Anna Magalhães

A formalização das relações se tornou uma solução importante para famílias e negócios. As advogados e sócias da CBPCE Mabel Portela e Anna Magalhães lideram o escritório Mabel Portela & Anna Magalhães Advogados Associados.

O Direito de Família é um dos ramos da advocacia que mais tem crescido nos últimos anos. A fluidez e fragilidade dos relacionamentos têm impactado familias e negócios.

Já se tornou uma tendência consolidada os casos de contratos de namoro, de união estável, além dos já clássicos pactos antenupciais.

Especialistas nesta área de Direito de Familia e Sucessões, as advogadas Mabel Portela e Anna Magalhães lideram o escritório Mabel Portela & Anna Ma- galhães Advogados Associados, fundado em 2021.

Uma demanda tem crescido no Estado: a de planejamento sucessório, com questões relacionadas holdings empresariais, por exemplo.

Mabel Portela pontua que além do atendimento direto à pessoas físicas, homens, mulheres e ca- sais, o escritório também atua diretamente com empresas familiares, lidando com questões de re- gime de bens que podem influenciar na adminis- tração dos negócios.

“A maioria das empresas do Ceará são familiares, então o Direito de Família acaba impactando diretamente nas atividades empresariais”, afirma.

A formalização das relações se tornou uma solução importante para resguardar as partes, as famílias e os negócios. E buscar assessoria jurídica especia- lizada nesta seara é fundamental para evitar “bre- chas” que podem gerar prejuízos irreversíveis.

Anna Magalhães destaca que o aumento na quantidade de litígios familiares, com mais divórcios e demandas por contratos demarcando a formaliza- ação dos relacionamentos, chama atenção ao moldar um novo conceito nas relações humanas.

“As pessoas estão mais preocupadas em planejar os próximos passos de seus relacionamentos”, reforça.

As sócias contam com bastante experiência no Direito. Mabel, além de sócia do escritório Mabel Portela & Anna Magalhães Advogados Associados, também é titular da cadeira 38 da Academia Cearense de Direito e presidente da seccional Ceará da Associação de Direito de Fa- mília e das Sucessões (Adfas).

Já Anna Magalhães atua há mais de uma década no Direito de Familia e Sucessões em todas as suas áreas, além de ser professora universitária e vice- -presidente da seccional Ceará da Adfas.

Artigo publicado na Revista Pause, Jornal O Povo

Nova Era comemora 22 anos de excelência em despacho aduaneiro

Nova Era comemora 22 anos de excelência em despacho aduaneiro

A Nova Era, sócia da CBPCE é referência no setor de despacho aduaneiro e está celebrando os 22 anos de atuação marcados pela agilidade, segurança e eficiência no comércio exterior.

Desde sua fundação, a empresa tem se destacado por oferecer soluções estratégicas para simplificar processos aduaneiros, contribuindo diretamente para a economia e a competitividade dos negócios de seus clientes.

Ao longo dessa trajetória, a Nova Era consolidou sua posição no mercado, mantendo o compromisso com a excelência e a inovação no segmento.

“Estamos extremamente gratos a todos que fazem parte dessa história. Nossa missão continua sendo conectar o mundo de forma segura, econômica e ágil. ”, destacou a direção da empresa.

A Nova Era reafirma seu propósito de seguir ao lado de seus parceiros e clientes, oferecendo soluções cada vez mais ágeis e assertivas para o comércio internacional.

Contatos:
+55 85 3261-3388
comercial@novaeraaduaneira.com.br
www.novaeraaduaneira.com.br

Bagagem extraviada? Saiba o que fazer com a Travelex Câmbio

Bagagem extraviada? Saiba o que fazer com a Travelex Câmbio

Não encontrar a bagagem despachada ao desembarcar é uma circunstância desagradável e que pode acontecer com todo viajante. Contudo, existem procedimentos estabelecidos para lidar com esse problema e garantir seus direitos. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) define as regras que as companhias aéreas devem seguir em casos de extravio ou danos à bagagem, assegurando ao viajante compensações e assistência adequadas. Aqui está um guia prático sobre o que fazer em caso de extravio de bagagem e dicas para minimizar os riscos.

O que fazer quando sua mala não chega ao destino

Ao perceber que sua bagagem não chegou com o voo, o primeiro passo é comunicar imediatamente a companhia aérea. Essa notificação deve ser feita no balcão de atendimento da empresa, preferencialmente em uma área de desembarque ou ponto de comunicação indicado pela companhia. Para realizar a reclamação, não se esqueça de apresentar o comprovante de despacho da bagagem, que deve ser guardado no momento do embarque.

Caso sua bagagem seja localizada, ela será devolvida ao endereço que você fornecer à companhia. No caso de furto, além de avisar a empresa aérea, é importante registrar um boletim de ocorrência na polícia.

Seus direitos em caso de extravio

Segundo as normas da Anac, se a bagagem não for localizada e entregue dentro do prazo estabelecido (7 dias para voos nacionais e 21 dias para voos internacionais), a empresa aérea deverá compensar o passageiro. Esse valor de indenização é calculado em uma moeda internacional chamada Direito Especial de Saque (XDR). Para voos domésticos, a indenização pode chegar a até 1.131 XDR (aproximadamente R$ 8.900) e, para voos internacionais, até 1.288 XDR (cerca de R$ 10.100).

Além da indenização, a companhia aérea deve ressarcir o passageiro por despesas emergenciais, como a compra de roupas ou itens de higiene, durante o período sem sua bagagem, desde que o viajante esteja fora de sua cidade de origem. A empresa tem até 7 dias para fazer esse pagamento, a contar da apresentação dos comprovantes.

Embora não haja como garantir que sua bagagem não será extraviada, conheça algumas precauções que podem diminuir os riscos de transtornos:

Tire fotos: Embora não seja uma exigência legal, tirar fotos de sua mala antes do embarque pode ser útil, principalmente se ocorrer algum dano ou extravio. Registre a mala aberta, os itens dentro dela (especialmente objetos de valor) e registre a etiqueta de despacho legível.

Utilize rastreador de bagagem: Dispositivos eletrônicos inseridos na bagagem são opções para monitorar e aumentar as chances de localizá-la.

Marque suas malas: Identifique seus pertences com adesivos, fitas coloridas ou lenços para ajudar a tornar sua bagagem mais fácil de ser reconhecida e rastreada, caso seja desviada.

Priorize itens essenciais na bagagem de mão: Ao viajar, inclua itens indispensáveis (como uma muda de roupa e itens de higiene pessoal) na sua bagagem de mão, para evitar maiores transtornos caso sua mala seja extraviada.

Evite conexões curtas: Voos com conexões rápidas podem aumentar o risco de extravio de bagagem. Se possível, escolha voos com mais tempo entre as conexões para dar mais margem à sua bagagem para ser transferida adequadamente entre os voos.

Caso o passageiro não encontre sua bagagem, ele deve entrar em contato com a companhia aérea, para que ela faça a busca do item perdido. O próximo passo é ligar para a Central de Atendimento da Seguradora para receber auxílio no serviço de localização. Se não for possível localizar as malas e elas foram declaradas como perdidas pela companhia aérea, o cliente deverá entrar com um pedido de indenização pela companhia aérea responsável pela viagem.

Após o pagamento da indenização pela companhia aérea, a Seguradora, realizará o reembolso complementar ao que o cliente recebeu, conforme os limites do plano de contratado. O seguro de extravio de bagagem é válido desde que o extravio seja confirmado pela companhia aérea, e a cobertura se estende durante todo o período da viagem internacional.

Embora o extravio de bagagem seja um contratempo indesejável, com a correta informação e precauções, você pode minimizar os impactos dessa situação. Lembre-se de comunicar imediatamente a companhia aérea e acompanhar os procedimentos para garantir seus direitos, e considere investir em um seguro viagem para uma cobertura extra.

Fonte: Travelex Câmbio em 07.02.2025

Cidadania Portuguesa: guia completo para tirar em 2025, por Start! Be Global

Cidadania Portuguesa: guia completo para tirar em 2025, por Start! Be Global

Este guia completo, traz todas as informações para quem deseja tirar a Cidadania Portuguesa.

Você vai saber quem tem direito à dupla cidadania, as mudanças na Lei da Nacionalidade em 2020 e o passo a passo de todo o processo.

Vamos detalhar também quanto custa adquirir a cidadania portuguesa, o tempo de duração, as vantagens e os documentos exigidos.

Confira até o final do conteúdo para entender tudo sobre a maneira de conseguir a cidadania portuguesa, mas se preferir, temos um índice logo no começo do texto que pode facilitar a sua leitura. Você pode escolher o assunto do seu interesse. Espero que possamos lhe ajudar.

O que é a Cidadania Portuguesa?
A cidadania portuguesa é a relação de direitos e deveres do cidadão para com o Governo Português.

Para que um brasileiro obtenha a dupla nacionalidade, é preciso que sua situação se enquadre dentro das regras para a cidadania portuguesa.

Estas normas estão contidas na Lei da Nacionalidade Portuguesa, Lei n.º 37/81, de 3 de outubro.

Ou seja, é nas definições da lei que são definidos os cidadãos que tem direito a cidadania portuguesa, por exemplo, através da atribuição ou naturalização.

Certamente, milhares de brasileiros têm direito a tirar a Cidadania Portuguesa através da atribuição de nacionalidade.

Quem tem direito à Cidadania Portuguesa em 2025?
Para os brasileiros, são várias as possibilidades que indicam quem tem direito à cidadania portuguesa:

Filho de português;

Neto de português;

Bisneto de português;

Casado com cidadão português;

Em união estável com cidadão português;

Esposa de um cidadão português, porém o casamento deve ter ocorrido antes de 03 de Outubro de 1981;

Descendente de judeus sefarditas portugueses;

Filho menor nascido antes da aquisição da cidadania portuguesa pelos pais;

Nascido em ex-colônia portuguesa, mas quando esta ainda estava sob o controle de Portugal;

Residente legal em território português, porém o tempo de residência deve ser superior a 5 anos;

Filho estrangeiro adotado plenamente por cidadão português;

Nascido em Portugal, filho de estrangeiros, maior de idade ou emancipado, mas que tenha permanecido por 10 anos no país;

Filho menor de estrangeiros, nascido em território português, se o estrangeiro estiver de forma regular em Portugal ou irregular há pelo menos um ano;

Filho de português registrado na maioridade.

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Presidente de Portugal assina lei que favorece brasileiros e outros cidadãos da CPLP

Presidente de Portugal assina lei que favorece brasileiros e outros cidadãos da CPLP

Foto: Rui Gaudêncio

Brasileiros e timorenses poderão entrar como turistas em Portugal e, já no país, pedirem autorização de residência. Em outra frente, a troca de documentos da CPLP beneficiará mais de 150 mil pessoas.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou, nesta terça-feira (11/2), a lei que permite aos cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) entrarem em Portugal como turistas e pedirem no país o título de residência. A lei 23/XVI/1 vai facilitar, sobretudo, a vida dos brasileiros que querem emigrar para Portugal, fazendo com que não seja mais necessário pedir visto de busca de trabalho — bastará chegar em Portugal e, depois de conseguir o trabalho, fazer o pedido da autorização de residência. Mas isso só será possível depois da regulamentação pelo Governo.

A nova lei vai trazer mais duas modificações importantes. A primeira delas é que a autorização de residência CPLP deixa de ser em uma folha de papel A4 e passa a ser num cartão, como os outros títulos de residência, seguindo os padrões da União Europeia. Isso permitirá que os brasileiros e demais cidadãos da CPLP possam viajar para outros países europeus, uma vez que o documento em folha de papel não é aceito no Espaço Schengen. Outra mudança vai ser que a autorização deixa de ter a validade de apenas um ano e passa para dois anos. Deverão ser beneficiados, apenas com a troca de documentos, mais de 150 mil pessoas.

Uma vez promulgada a lei, o link para o pedido de autorização de residência de quem não tem visto na página dedicada à CPLP do portal da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) deverá ser aberto. Neste momento, o site não funciona e sobre o espaço dedicado aos pedidos de residência aparece sobre ele a imagem de um cadeado.

Para vários advogados consultados pelo PÚBLICO Brasil, entre eles, Catarina Zuccaro e Tatiana Kazan, ainda falta a regulamentação da lei. Ou seja, é necessário que sejam definidos quais os documentos exigidos para a obtenção dos títulos de residência, se são os mesmos pedidos na etapa passada, de que forma serão entregues — se apenas online ou se online e em papel — e quais os procedimentos e onde será a entrega dos documentos e a biometria, além dos prazos. Tudo indica que o processo de troca de documentação será realizado nos centros de missão da AIMA.

Anos de espera
A aprovação da lei representa o fim de um processo que durou mais de 22 anos. A primeira menção oficial a um acordo de mobilidade da CPLP ocorreu na reunião do organismo internacional realizada em Brasília, em 1º de agosto de 2002.

No entanto, o acordo só foi formalizado em 5 de novembro de 2021, sendo ratificado em março do ano seguinte. O acordo afirmava que “a mobilidade é um dos principais meios de fortalecimento dos vínculos entre pessoas que integram uma comunidade, e que, por isso, a mobilidade dos cidadãos nos territórios que a compõem deve ser tão livre quanto possível”.

Repercussão
Para Ana Paula Costa, a presidente da Casa do Brasil de Lisboa, a mais antiga associação de imigrantes em Portugal, a promulgação do decreto pelo Presidente de Portugal representa o reconhecimento de um direito. “Esperamos que as pessoas consigam fazer o pedido da autorização de residência, que é um direito no âmbito do acordo de mobilidade da CPLP, e que os documentos vencidos sejam substituídos com rapidez. É importante frisar que, com a nova lei, Portugal está cumprindo o acordo”, afirma.

Ela considera que a nova lei vem preencher uma lacuna na legislação. “Vai ser muito importante para os brasileiros que vivem em Portugal, porque, com o fim da manifestação de interesse, infelizmente acabou a possibilidade de regularização”, acrescenta.

Alexandra Gomide, presidente da associação de imigrantes UAI — União Apoio e Integração, de Braga, será necessário que o Governo português tenha estratégias de acolhimento para os imigrantes. “Num contexto já complicado com a imigração, entendo que essa facilidade pode sobrecarregar serviços públicos essenciais, como saúde, educação e habitação, se não houver um planejamento adequado. Também vejo que a integração dos imigrantes exige políticas eficazes para evitar tensões sociais e profissionais”, avalia.

Alexandra defende a existência de barreiras para a imigração. “Se Portugal precisa do imigrante brasileiro, que esclareça qual perfil e para quê e não somente libere a entrada”, argumenta.

Fonte: Público.pt em 11.02.2025

CBPCE realizará almoço-palestra para debater a judicialização na saúde com perspectivas Internacionais

CBPCE realizará almoço-palestra para debater a judicialização na saúde com perspectivas Internacionais

A Câmara Brasil Portugal no Ceará, em parceria com patrocinadores como Aveiro Consultoria, SGS Investimentos, Solis Investimentos, Ricarte Urbano Contabilidade e Criar Refrigeração, com apoio da Associação Cearense dos Magistrados, além do apoio dos sócios patrocinadores, APSV Advogados, Asa Lawyers, Dibra – Dias Branco Participações e QAIR Brasil e dos mantenedores, Asfaltos Nordeste, Campos Advocacia, Cenergias Participações, Criart Serviços, Diamantes, Global Pass, Grupo Viper, NML Tankers, Onnibank, Tecer Terminais e Termaco Logística. realizará um almoço-palestra para debater os desafios e impactos da judicialização no setor da saúde no Brasil, Portugal e em outros países.

O evento, que ocorrerá no dia 19 de fevereiro (quarta-feira) às 12h, na Cabana Del Primo Jardins, reunirá profissionais, juristas e demais interessados para discutir as implicações jurídicas na gestão e prestação de serviços de saúde. Durante o encontro, o presidente da Associação Cearense dos Magistrados, José Hercy Ponte de Alencar, conduzirá um debate aprofundado, trazendo uma perspectiva internacional que pode contribuir para o aprimoramento das políticas públicas nacionais.

Além de proporcionar uma análise crítica sobre o cenário atual, a iniciativa permitirá aos participantes conhecer experiências internacionais e refletir sobre possíveis estratégias de enfrentamento dos desafios decorrentes da judicialização na saúde.

Inscrições e Informações:

Valor para Sócios: R$ 150,00
Valor para Não Sócios: R$ 180,00
Pagamento via PIX: 04.549.837/0001-45
Os interessados podem garantir sua vaga e obter mais detalhes sobre o evento por meio do site: https://news.cbpce.org.br/evento-saude.
As vagas são limitadas.

Esta ação representa uma oportunidade ímpar para profissionais e entusiastas da área da saúde que buscam compreender melhor as intersecções entre o sistema judiciário e as políticas de saúde, num contexto de intensas transformações globais.

Fonte: CBPCE em 05.02.2025

Efeitos Trabalhistas e Tributário na contratação de pessoas jurídicas, por APSV Advogados

Efeitos Trabalhistas e Tributário na contratação de pessoas jurídicas, por APSV Advogados

O tema de contratação de pessoas jurídicas para prestação de serviços tem gerado uma hesitação e objeção de muitas empresas, por conta de todos os desdobramentos a respeito da sua legalidade e efetiva aplicabilidade dentro das normas fiscais e trabalhistas.

Nessa linha, recentemente o Ministro Alexandre de Moraes, em decisão monocrática por meio da Reclamação Constitucional nº 64.608/DF, entendeu pela legalidade de contração de pessoas jurídica para prestação de serviços, isto porque é legitima a escolha da empresa estabelecer outras organizações que prestem serviços sem vínculo empregatício.

Se faz necessário esclarecer a decisão do Ministro não tem o objetivo de legalizar toda e qualquer espécie de contratação no formato “PJ”, até mesmo porque anteriormente o Ministro Dias Toffoli (Reclamação 65.868) já havia concluído que é legal a contratação de diretores/gerentes via “PJ”. Assim, a decisão apenas reforça o entendimento mais recente do Superior Tribunal Federal de que é lícita a contratação de prestadores de serviço sem configurar vínculo empregatício, ou seja, a constituição de vínculos distintos da relação de emprego. (Tema 725, ADC 66, ADPF 324).

A celeuma em questão não tem repercussão apenas na esfera trabalhista, visto que a própria Receita Federal já lavrou autos de infração por entender que existia fraude na contratação de uma empresa como prestadora de serviço e que na realidade existia um vínculo de emprego e reclassificou os pagamentos feitos para a “PJ” como se empregado fosse e exigiu o pagamento dos impostos devidos.

Embora a decisão verse a respeito de contratações de prestadores de serviços, ainda não há decisões voltadas para contratação para exercício de funções estatutárias, existindo ainda diversas possibilidades a respeito do tema envolto.

Fonte: APSV Advogados em 31.01.2025

M. Dias Branco reforça posição de líder e foca na expansão e inovação

M. Dias Branco reforça posição de líder e foca na expansão e inovação

A M. Dias Branco, líder em massas no Brasil, está em crescimento, focando na inovação e na adaptação às mudanças do mercado. A empresa busca ampliar sua presença nacional e internacionalmente, destacando a importância de aquisições estratégicas e investimentos em tecnologia, como a inteligência artificial Manu. Descubra como a M. Dias Branco está moldando o futuro do setor alimentício.

A M. Dias Branco, maior grupo industrial do setor de massas e alimentos do Brasil, segue firme em sua trajetória de crescimento. A companhia enfrentou desafios globais sem perder o foco na eficiência e na manutenção de sua competitividade no setor. O Economic News Brasil conversou na terça-feira (28/01) com o vice-presidente de Investimentos e Controladoria (CFO) da M. Dias Branco, Gustavo Theodozio. O diretor de Novos Negócios e Relações com Investidores (RI), Fabio Cefaly, também participou da entrevista. A M. Dias Branco em expansão já traçou seus planos estratégicos.

M. Dias Branco em expansão na produção e desafios econômicos
Nos últimos anos, a empresa precisou se adaptar à alta do dólar e ao aumento dos custos de matérias-primas como trigo, óleo e cacau, desafios que afetaram indústrias em todo o mundo. Para manter sua competitividade, a M. Dias Branco reorganizou sua estrutura produtiva, otimizando operações sem comprometer sua presença no mercado nacional e internacional.

A estabilidade financeira da empresa se reflete em um caixa positivo de R$ 2,2 bilhões, superando sua dívida de R$ 2 bilhões. Esse equilíbrio garante à M. Dias Branco a classificação máxima AAA da Fitch Ratings, confirmando sua solidez no setor.

Expansão Nacional e Internacional: Oportunidades estratégicas
Mesmo com oportunidades no exterior, a M. Dias Branco vê no Brasil o maior potencial de crescimento imediato. A empresa tem ampliado sua presença no Sul e Sudeste por meio de crescimento orgânico e de possíveis aquisições. Algumas regiões, como Bahia e Rio de Janeiro, foram classificadas como estratégicas, seja para consolidar sua liderança ou para expandir sua atuação.

A companhia tem fortalecido sua presença no varejo, ajustando preços para se manter competitiva e ampliando seu portfólio com produtos inovadores. Essa iniciativa está alinhada com a visão de M. Dias Branco em sua expansão, que busca fortalecer sua atuação tanto no mercado nacional quanto no internacional. Além do Brasil, a M. Dias Branco avalia oportunidades na América Latina, destacando Peru e Colômbia como mercados estratégicos.

Sobre a Las Acacias, Gustavo Theodozio compartilhou uma inversão positiva na operação: “Sempre vimos a M. Dias contribuindo com a Las Acacias, seja produzindo o lame que antes era feito por outro fornecedor no Brasil ou enviando farinha de trigo para suas operações. E tudo isso aconteceu. No entanto, trazer os produtos da Las Acacias para o Brasil não estava no nosso radar no momento da aquisição. Agora, esses produtos já estão na gôndola de importados nos supermercados. Você pode encontrar, por exemplo, uma pasta de trigo duro com manjericão, tinta de lula e outros ingredientes diferenciados. São massas mais nobres, feitas com vegetais, algo que não tínhamos aqui. Isso nos permitiu oferecer um produto premium e vender a um valor mais alto nas gôndolas de importados. Esse foi um movimento que realmente não antecipamos quando adquirimos a empresa”.

Fábio Cefaly lembrou que 55% da receita da companhia vem de aquisições. Entre as marcas adquiridas estão a Piraquê, do Rio de Janeiro, a Vitarella, de Pernambuco, e a estrangeira Las Acacias, de Montevidéu, no Uruguai. Além dessas aquisições, a empresa expandiu sua presença com 22 plantas industriais distribuídas pelos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Atualmente, a companhia emprega cerca de 16 mil colaboradores, mantém 29 Centros de Distribuição e está presente em 300 mil pontos de venda espalhados por 3.200 cidades brasileiras, consolidando sua capilaridade e presença no mercado nacional.

Aquisições Estratégicas e Crescimento do Portfólio da M. Dias Branco
Hoje, o grupo conta com mais de 20 marcas no portfólio, algumas delas superando R$ 1 bilhão de faturamento anual. Esse números refletem o compromisso com M. Dias Branco na sua expansão, fortalecendo sua presença no setor alimentício.

Concorrência e Desafios Regulatórios
Além disso, Theodozio destacou: “Em nossa estratégia, expandimos o portfólio com versões diferenciadas de produtos tradicionais, como leite maltado com chocolate, recheados com doce de leite e creme de avelã. Além disso, estruturamos uma nova vertical de salgados, incluindo parcerias e o desenvolvimento de batatas assadas nos fornos de biscoito, reduzindo o uso de óleo e oferecendo uma opção mais saudável.” Isso reforça nossa estratégia de diversificação e inovação dentro da companhia.”

A M. Dias Branco também avalia oportunidades no mercado internacional e possíveis aquisições dentro do Brasil. No entanto, há desafios regulatórios a serem considerados.

“Se fizermos mais uma grande aquisição de massa e mais uma grande aquisição de biscoito no Brasil, podemos realizar isso dentro do que a legislação permite. Mas, caso façamos uma segunda aquisição relevante em cada segmento, teremos problemas com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa da Economia) pois o mercado ficaria muito concentrado“, explicou Theodozio.

Atualmente, a M. Dias Branco detém 32% de market share em biscoitos no Brasil, enquanto concorrentes como Marilan (8%), Bauducco (7%), Nestlé (6%) e Mondelez (5%) seguem atrás.

M. Dias Branco em expansão em tecnologia, produtos e transformação digital
A M. Dias Branco tem investido fortemente em inovação para reduzir custos e tornar a gestão mais eficiente. Em parceria com a ST-One, a empresa atingiu a marca de 10 bilhões de dados digitalizados, reforçando seu compromisso com a modernização e a eficiência operacional.

Confira no vídeo os principais fatores que contribuiram para o crescimento do Grupo M. Dias Branco:

Um dos destaques desse avanço tecnológico é a Manu, inteligência artificial batizada em homenagem ao fundador Manuel Dias Branco, avô do atual presidente Ivens Dias Branco Jr. A Manu é peça-chave na operação da empresa, funcionando 24 horas por dia para consolidar dados, gerar relatórios, apresentar indicadores e enviar alertas automatizados para os setores estratégicos.

Gustavo Theodozio explicou que, no dia 6 de cada mês, a Manu gera automaticamente todas as informações e análises detalhadas por SKU e as envia para cada regional da empresa, incluindo Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Para facilitar a comunicação, a inteligência artificial também envia áudios personalizados para os vendedores, como se fossem podcasts, informando margens, tendências de vendas e outros indicadores relevantes. Tipo:

“O vendedor que está no carro e não pode ver o relatório recebe um áudio da Manu, que diz: ‘A tua margem está assim, está assado, SKU tal, cliente tal’. Essa solução mudou a forma como operamos”, disse Theodozio.

“Esses avanços permitiram maior automação, controle preciso dos processos e redução de falhas, tornando nossa gestão mais eficiente e sustentável“, destacou Theodozio. Além de otimizar o desempenho, as melhorias também promovem sustentabilidade, um dos pilares estratégicos da companhia.

Encerramento da Planta em São Paulo
Sobre o encerramento de uma planta em São Paulo, Theodozio explicou: “Qual a empresa que não põe em prática estratégias para otimizar produção e logística, reduzir custos e aumentar eficiência? Isso é normal, não estamos parados. Não é normal é não ter estratégia de crescimento.”

A produção dessa unidade foi realocada para outras fábricas do grupo em São Paulo, Salvador e Bento Gonçalves (RS), garantindo a continuidade do atendimento ao mercado. Essa reorganização faz parte de um plano maior para otimizar a produção e melhorar o aproveitamento dos recursos.

Presença Internacional e Destaque Global da M. Dias Branco
O desempenho da M. Dias Branco tem ganhado reconhecimento global. Em setembro de 2024, em Nova York, o presidente da companhia, Ivens Dias Branco Jr., foi eleito o melhor CEO da América Latina pela Institutional Investor, um dos prêmios mais prestigiados do setor corporativo. Esse reconhecimento reforça a liderança da empresa no segmento de massas e biscoitos e sua credibilidade no cenário global.

A estratégia da M. Dias Branco para sua expansão tem sido determinante para impulsionar a companhia, garantindo sua evolução nos mercados nacional e internacional. Na Europa, a empresa vê oportunidades na Península Ibérica devido à conexão cultural e ao idioma.

“Portugal e Espanha são mercados estratégicos para a expansão, além de servirem como base para o abastecimento da África, uma região com crescente demanda”, explicou Theodozio.

Em contrapartida, mercados como Inglaterra, Itália e França apresentam barreiras estruturais que dificultam uma entrada competitiva.

Fonte: Economic News Brasil em 31.01.2025

Como construir confiança em um ambiente de desconfiança? por Josbertini Clementino

Como construir confiança em um ambiente de desconfiança? por Josbertini Clementino

Ao longo da minha carreira, ocupando posições estratégicas no Governo, Parlamento e Terceiro setor, enfrentei um grande desafio de construir confiança em cenários complexos.

Trabalhei em ambientes marcados pela polarização, interesses conflitantes e, muitas vezes, desconfiança generalizada. Em todos esses contextos, ficou evidente que confiança não é algo que simplesmente se tem; é construída com consistência, empatia e, acima de tudo, credibilidade.

Confiança é a moeda mais valiosa nas Relações Institucionais e Governamentais (RelGov) – e também a mais escassa.

Este artigo é para você, profissional de Relações Institucionais e Governamentais (RelGov), que já enfrentou dificuldades em estabelecer um diálogo aberto e produtivo com stakeholders ou em defender pautas em um ambiente onde o ceticismo prevalece.

Meu objetivo aqui é oferecer reflexões e estratégias práticas, fundamentadas em experiências reais, para ajudá-lo a superar essas barreiras e construir pontes sólidas de confiança.

Confiança, no entanto, não é apenas um objetivo abstrato: é uma ferramenta prática que pode transformar sua atuação e aumentar sua capacidade de influenciar decisões que impactam a sociedade.

1. Transparência: um alicerce insubstituível
No universo de RelGov, transparência não é uma escolha; é uma necessidade. Seja ao negociar com autoridades públicas, seja ao interagir com organizações da sociedade civil, deixar claros os objetivos e intenções de uma proposta é essencial para quebrar barreiras de desconfiança.

Durante minha atuação no Ministério do Trabalho, por exemplo, enfrentei resistência inicial ao propor ajustes em programas de qualificação profissional. Ao apresentar dados claros sobre os benefícios e limitações das mudanças sugeridas e prevê cenários com evidências consistentes, consegui não apenas reverter o ceticismo, mas também engajar os stakeholders como aliados no processo de implementação.

A transparência deve ir além do discurso, precisa estar presente em todas as etapas do processo, desde a coleta de informações até a prestação de contas sobre os resultados obtidos.

2. Empatia: a arte de enxergar pelo olhar do outro
Em minha trajetória, percebi que muitos conflitos e resistências poderiam ser evitados se houvesse mais empatia no campo de contrução das relações que não é percebido na superficialidade.

Isso significa entender os receios, interesses e prioridades das pessoas com quem está dialogando.
Uma experiência que me marcou foi em um projeto de desenvolvimento territorial, onde enfrentei resistência de lideranças comunitárias em relação a políticas públicas voltadas para a juventude e mulheres. Em vez de insistir no discurso técnico, priorizei ouvir suas preocupações e incorporar suas sugestões ao projeto. Esse processo de escuta ativa foi transformador, convertendo a desconfiança inicial em uma parceria sólida.

Empatia não é fraqueza; é uma estratégia de muito poder que fortalece relacionamentos e cria uma base sólida para negociações futuras.

3. Consistência: a base da reputação profissional
Confiança não sobrevive sem consistência. Cumprir compromissos, grandes ou pequenos, é o que diferencia um profissional confiável de um que gera dúvidas.

Em minha experiência, percebi que compromissos não cumpridos, mesmo que involuntários, criam barreiras que são difíceis de superar.

Em um dos projetos que coordenei para mobilização, estabelecemos um cronograma claro com prazos e entregas específicas. Ao garantir que cada compromisso fosse honrado, construímos uma reputação que facilitou a implementação de iniciativas mais complexas no futuro.

Seja pontual, cumpra prazos e evite prometer o que não pode entregar. A consistência é o que transforma palavras em ações e ações em confiança.

4. Relacionamentos antes da crise
A confiança mais duradoura é construída nos momentos de calmaria, não durante as crises. Em minha atuação como Secretário de Estado, adotei a prática de manter reuniões regulares com parceiros estratégicos, mesmo quando não havia demandas imediatas.

Esse esforço constante de relacionamento criou um ambiente de colaboração que foi essencial para resolver crises de forma rápida e eficiente.

Quando a confiança é construída com antecedência, funciona como um escudo em momentos de pressão.

Como profissional de RelGov, dedique tempo a criar relacionamentos sólidos antes que eles se tornem essenciais, pois não apenas facilitará a solução de problemas futuros, mas também posiciona você como um interlocutor confiável.

5. Comunicação clara e alinhada aos valores
A desconfiança muitas vezes surge de mensagens mal interpretadas ou desalinhadas com os valores dos stakeholders.

Em um ambiente de constante polarização, comunicar-se de forma clara e alinhada aos interesses coletivos é um diferencial competitivo.

Ao trabalhar em políticas públicas de impacto socioeconômico, sempre me preocupei em traduzir informações complexas em mensagens acessíveis, conectando-as aos valores e prioridades das pessoas envolvidas. Essa clareza não apenas reforçou a confiança, mas também aumentou a adesão às iniciativas propostas.

 

Confiança é um processo contínuo, que nunca deve deixar de ser semeada!
Construir confiança em um ambiente de desconfiança exige mais do que boas intenções; exige estratégia, consistência e empatia.

Para nós, profissionais de Relações Institucionais e Governamentais, dominar essa habilidade é essencial para alcançar resultados que vão além das expectativas.

Por: Josbertini Clementino
Sócio CBPCE, Especialista e Consultor em RelGov l Gestão de Projetos e Stakeholders l Políticas Públicas l Consultoria em Relações Institucionais e Governamentais l Conselheiro de Administração IBGC l Regulatório l Advocacy.