Campanha arrecada recursos contra Covid-19 entre os maiores empresários do Ceará

Campanha arrecada recursos contra Covid-19 entre os maiores empresários do Ceará

Itens como aparelhos de ventilação mecânica, que custam cerca de R$ 50 mil cada, serão comprados e doados pelo grupo para a rede pública de saúde

A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) está mobilizando empresários para a compra de equipamentos de ventilação mecânica hospitalar e de proteção para os profissionais da saúde. Os itens serão doados ao sistema de saúde do Estado.

A lista, que está sendo enviada por integrantes da entidade em grupos de empresários pelo WhatsApp, já tem adesão de Ricardo Cavalcante, Assis Cavalcante, Deusmar Queirós, Francisco Marinho Filho, Ticiana Rolim Queiroz e Edson Queiroz Neto. Entidades como Sesi, Sesc e Associação dos Procuradores de Justiça do Ceará também vão se somar à iniciativa.

Os recursos devem ser depositados em conta bancária criada especificamente para a ação, em titularidade de Fiec Salvando Vidas Covid 19. “Cada ventilador desse custa em média R$ 50.000,00, valor que estamos considerando como uma cota, já compramos alguns por nossa conta, quem puder favor entre nesse grande movimento do bem”, diz a mensagem.

As doações podem ser depositadas na conta corrente “FIEC SALVANDO VIDAS COVID 19”, número 60.404-6, agência 682-3 do Banco Bradesco. Os comprovantes devem ser encaminhados para o número (85) 98857-6595 para posterior prestação de contas.

Fonte: O Otimista em 23.03.20

Setor logístico foca debate em demandas do agronegócio

Setor logístico foca debate em demandas do agronegócio

Maior evento do setor logístico do Norte e Nordeste e um dos principais do País, a Expolog – Feira Internacional de Logística 2020, irá tratar da importância do tema para o agronegócio, do papel dos jovens no setor logístico, dos desafios dos modais ferroviário, rodoviário e portuário, dentre outros. A temática da edição deste ano foi definida na tarde de ontem (2) durante o encontro de Planejamento da Expolog 2020. A feira será realizada nos dias 25 e 26 de novembro, no Centro de Eventos do Ceará (CEC).

Segundo Enid Câmara, diretora da Prática Eventos, organizadora da feira, os debates e seminários irão abordar ainda a relação entre a conectividade e o setor.

“Além da feira, a Expolog irá contar com 23 eventos paralelos, onde serão discutidos desde a empregabilidade dos jovens do setor logístico até as demandas do agronegócio”, aponta a diretora.

Para o economista e consultor internacional Alcântara Macêdo, a Expolog deverá contribuir com a melhoria da infraestrutura logística do Estado como um todo, principalmente a rodoviária e ferroviária.

“O Pecém hoje é um dos principais portos da América Latina e a tendência é que ele se torne cada vez mais importante, atendendo o mercado da China e dos Estados Unidos. Mas vejo que a gente precisa melhorar as nossas rodovias e aumentar a malha de ferrovias. Então, essa é uma discussão muito proveitosa para o Estado”.

Potencial
Macedo destaca ainda que, pela posição geográfica, o Porto do Pecém, principal equipamento logístico do Estado, ainda apresenta um grande potencial para escoar a produção de estados como Piauí e Rio Grande do Norte. “Esses são estados muito fortes no agronegócio. Mas o nosso porto também pode atender o Maranhão e o norte de Goiás. Mas tudo isso depende de uma melhoria do modal ferroviário e rodoviário, que pode ocorrer investimentos do setor privado”, conta.

Fonte: Diário do Nordeste em 03.03.20

Rota Cariri é lançada e será divulgada no mercado nacional

Rota Cariri é lançada e será divulgada no mercado nacional

Um roteiro para impulsionar o fluxo turístico na região, incluindo mais de 50 pontos turísticos em Juazeiro do Norte, Crato, Barbalha, Nova Olinda, Santana do Cariri e Assaré. Lançada nesta terça-feira, a Rota Cariri começará a ser divulgada no mercado nacional este mês. O projeto é da Secretaria do Turismo do Ceará (Setur), em parceria com a Secretaria da Cultura do Estado (Secult) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

“O Cariri é uma região muito rica, com destaque para a cultura e para o artesanato. O que fizemos foi organizar o roteiro, melhorar alguns pontos turísticos e entregar o produto pronto para operadoras de turismo”, destaca o secretário do Turismo, Arialdo Pinho. Com o material finalizado, a Setur já começará a divulgar a Rota Cariri nos principais mercados nacionais.

Para Manoel de Oliveira, guia de turismo da região do Cariri, a rota terá um impacto bem positivo para os municípios envolvidos. “A cadeia bem organizada e estruturada traz benefícios para nosso setor. Vamos poder desenvolver mais o nosso trabalho, receber mais turistas e ofertar o que há de melhor na nossa região”.

A região do Cariri recebe anualmente 2,5 milhões de visitantes por ano, a maioria em busca do turismo religioso. “O Cariri tem um potencial muito grande, vamos aproveitar tudo que essa região tem a oferecer e permitir que o turismo, especialmente o turismo cultural, mude a vida e a economia dessas cidades”, completa Fabiano Piúba.

Para o superintendente do Sebrae/CE, Joaquim Cartaxo, o novo roteiro conseguiu reunir uma série de iniciativas individuais em uma grande parceria. “O Sebrae/CE já tem uma expertise na estruturação de roteiros turísticos e sabe dos impactos gerados por este trabalho no fortalecimento dos pequenos negócios. No Cariri, não deve ser diferente, pois já temos um bom número de empreendedores ligados ao turismo”.

Rota
O roteiro turístico vai incluir 55 pontos de seis municípios da região. Na lista, estão atrativos como a Estátua de Padre Cícero e o Centro Cultural Popular Mestre Noza, em Juazeiro do Norte; o Geopark Araripe e o Museu de História do Crato, no Crato; a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e a Festa de Santo Antônio, em Barbalha; a Fundação Casa Grande e a oficina do Mestre Espedito Seleiro, em Nova Olinda; e a Fundação Memorial Patativa do Assaré e o Café da Mestre da Cultura Zenilda Ferreira, em Assaré.

O lançamento da Rota Cariri contou também com a presença de Anya Ribeiro, presidente da Câmara Setorial de Turismo e Eventos; o mestre Espedito Seleiro; Alemberg Quindins, diretor da Fundação Casa Grande; Nivaldo Soares, diretor do Geopark; o Prefeito do Crato, Zé Ailton Brasil; entre outras autoridades.

Fonte: Governo do Estado do Ceará em 03.03.20

Apesar de novo vírus, indústria e agronegócio podem se beneficiar

Apesar de novo vírus, indústria e agronegócio podem se beneficiar

Bolsa brasileira e câmbio reagem negativamente à confirmação do primeiro caso do novo coronavírus no Brasil, mas especialistas apontam que situação pode impulsionar o mercado interno e alguns setores da economia nacional

O novo coronavírus chegou ao Brasil, e a previsão de que a economia nacional pode ser afetada começa a ser discutida pelos analistas de mercado. Mas especialistas ouvidos pela reportagem ponderaram que as reações à nova doença nas bolsas asiáticas podem acabar representando uma janela de oportunidades ao agronegócio e à indústria cearense e nacional.

Com a redução da produção chinesa, as exportações brasileiras podem acabar aumentando para suprir o mercado do país asiático. Ainda assim, será preciso cautela para impedir que o vírus tenha efeito semelhante no País ao registrado na economia da China.

Após dois dias de fechamento e da confirmação do primeiro caso de contaminação no País, a Bolsa de Valores Brasileira (B3) despencou 7%. Outro fator de preocupação, o câmbio também apresentou uma flutuação desfavorável, com o dólar se valorizando 1,3% frente ao real. Mas para Lauro Chaves, conselheiro federal de economia e Ph.D em desenvolvimento regional pela Universidade de Barcelona, ainda é cedo para fazer uma avaliação precisa do impacto do novo coronavírus.

Contudo, a situação pode gerar boas oportunidades para o agronegócio e para a indústria cearense. Se a China mantiver níveis baixos de produção, explica Chaves, ela poderá buscar expandir as importações para suprir a ausência de produtos importantes. Entre os fatores para a escolha da origem desses itens estará, por exemplo, a análise sobre os pontos de contágio do vírus. Negociar com empresas de países onde o coronavírus ainda não gerou pontos de contágio pode evitar a reentrada da doença nas cidades chinesas.

“A produção agropecuária talvez consiga abrir novos mercados. Talvez, quem vai ganhar são o agronegócio ou a indústria brasileira que terão oportunidades com a redução do nível de atividades na China”, disse Chaves. “Muitas cidades lá estão em toque de recolher porque o risco de contaminação é muito alto, e o índice de mortalidade é muito severo. Quando há esse risco, as pessoas ficam em casa sem trabalhar”, completou.

Mercado local

Outra preocupação relacionada ao coronavírus é como o impacto da economia asiática pode se refletir nas atividades da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), já que a empresa conta duas acionistas da Coreia do Sul – Posco Inc. E Dongkuk E&C. Desde o início do surto da nova doença, em janeiro, as bolsas internacionais têm registrado sucessivas quedas. E a situação não é diferente para as duas empresas coreanas que atuam no Ceará.

Entre os dias 2 de janeiro e 25 de fevereiro, as ações da Posco e da Dongkuk tiveram quedas de 14,41% e 18,55%, respectivamente. Apesar do baixo rendimento, Chaves projetou que as operações da CSP não devem ser tão impactadas. Os principais motivos para a análise são o fato de que o minério de ferro utilizado para a produção da siderúrgica vem da Vale, empresa brasileira, e que boa parte dos produtos gerados tem destinos muito variados, incluindo América do Norte, Europa e Ásia.

“Na CSP, não devemos ter muito impacto. A Vale fornece o minério, e temos vários locais para onde essas placas são enviadas, então esse não é o principal problema. O que nós temos que ver é o tamanho desse impacto no mercado chinês. Corre o risco da China zerar o crescimento e entrar em recessão e isso seria um problema”, disse Chaves.

Previsão

Já para o vice-presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Ceará (Ibef), Raul Santos, o efeito do coronavírus no Brasil deve ser contornado no médio ou longo prazo. Segundo ele, a queda na Bolsa e a valorização do dólar são reflexos do primeiro baque sentido pelo mercado a partir da incerteza gerada pela chegada da nova doença. Contudo, considerando que o novo coronavírus não se desenvolve tão bem em regiões mais quentes e de clima tropical, a situação no País deverá ser controlada logo.

“No primeiro momento, o vírus preocupa, até porque, na pauta de exportações, o mercado brasileiro está muito mais ligado à China do que aos Estados Unidos e à Europa, atualmente. Como somos exportadores de commodities, já temos uma perspectiva não muito boa. Mas sobre o vírus, esse tipo não se desenvolve muito bem em regiões de climas tropicais, então devemos controlar a situação”, disse.

Santos ainda ponderou, no entanto, que o mercado brasileiro terá, talvez, de se voltar para dentro para conseguir contornar os impactos iniciais no mercado internacional pelas incertezas geradas pela epidemia de Covid-19.

O vice-presidente do Ibef argumentou que, além do agronegócio e da indústria, o turismo local pode acabar sendo impulsionado pelo medo dos brasileiros de viajar para fora. A movimentação mais conservadora pode gerar bons números para as empresas de turismo dentro do País, mas também deverá gerar reduções nas vendas de companhias aéreas internacionais, com menos brasileiros indo à Europa, por exemplo, e menos europeus vindo ao Brasil.

“A economia local não vai entrar em descontrole. Mas o Brasil vai ter de se voltar para dentro ou buscar outros mercados. A China importa soja, petróleo, então esse mercado de commodities pode ser impactado. Mas o turismo nacional pode ser que se beneficie, com as pessoas deixando de viajar para fora”, disse Raul.

O vice-presidente do Ibef ainda disse que, apesar do novo coronavírus, a principal agenda do País precisa ser a continuidade da agenda das reformas estruturais, como a administrativa e a tributária, e o controle das tensões entre os poderes Executivo e Legislativo, que podem ser problemas à administração pública.

Fonte: Diário do Nordeste em 27.02.20

Ceará é destaque no Turismo em 2019

Ceará é destaque no Turismo em 2019

O Estado apresentou crescimento de 4,8% no volume de atividades turísticas em 2019, segundo maior crescimento do País

O índice de atividades turísticas no Ceará em 2019 apresentou alta de 4,8% na comparação com 2018. O resultado faz parte da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e mostra que o Estado foi destaque entre as outras unidades da Federação no segmento.

Apenas em São Paulo (5,1%) o índice de atividades turísticas ficou acima do resultado do Ceará. Outros estados que se destacaram no volume de atividades turísticas em 2019 foram Minas Gerais (2,8%) e Rio de Janeiro (2,4%).

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, ressaltou a relevância do turismo para alavancar a economia brasileira. “Os dados mostram que o nosso trabalho está surtindo efeito. Estamos no caminho certo, levando o país para um desenvolvimento econômico sustentável, sempre com o objetivo de potencializar o turismo e gerar renda e emprego para a população”.

Dezembro
No mês de dezembro do ano passado, as atividades turísticas no Brasil cresceram 3,4% ante igual período de 2018, impulsionadas pelo aumento de receita das empresas de locação de automóveis e de transporte aéreo de passageiros.

Em dezembro de 2019, as maiores altas foram nos estados de Minas Gerais (6%), São Paulo (5,9%) e Rio de Janeiro (3,1%). No Ceará, o crescimento mensal foi de 1,3%.

Em contrapartida, os impactos negativos mais importantes vieram de Pernambuco (-3,9%) e da Bahia (-2,1%).

Fonte: Diário do Nordeste em 18.02.20

Elea Digital vai instalar novo data center no Ceará

Elea Digital vai instalar novo data center no Ceará

O Estado do Ceará vai ganhar a instalação de mais um data center – centro de processamento de dados. O investimento, de R$ 100 milhões, é do grupo Elea Digital S/A, formado pela Titan Venture Capital LTDA e a Piemonte Holding. Representantes do grupo reuniram-se, ontem, com o governador Camilo Santana para assinatura do Memorando de Entendimento. Também estiveram presentes o secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), Maia Junior, e o executivo de Comércio, Serviços e Inovação da Sedet, Júlio Cavalcante.

Este será o quarto data center do Ceará. Atualmente, o Estado possui três centros de processamento de dados instalados: Angola Cables, Centurylink e Hostweb. Durante a assinatura do memorando, o governador Camilo Santana destacou o hub tecnológico do Estado. “Não tenho dúvida que vocês vão encontrar aqui todas as condições viáveis para o novo negócio. Já somos o segundo ponto mais conectado do mundo com nossos cabos submarinos e temos a estratégica de fortalecer o hub Tecnológico. A vinda da Elea Digital é muito importante para nós. Sejam muito bem-vindos ao Ceará”, afirmou o governador.

O sócio diretor (CEO) da Elea Digital, Alteredo Gonçalves Filho, destacou que, vista a estrutura de cabos que o Estado já possui, identificou oportunidade de investimento. “Queremos fazer isso de forma transparente e clara”, afirmou. “Estamos investindo aqui porque entendemos que o Ceará é um estado conectado com o mundo graças aos cabos submarinos. Vimos potencial enorme com a diminuição da distância entre os outros continentes”, ressaltou o sócio investidor, Alessandro Lombardi.

Na ocasião, o secretário da Sedet lembrou que o governo pretende se tornar digital até 2022. “Das 21 secretarias de Estado, 14 já estão trabalhando seus processos em nuvem. Isso significa redução de custos, maior controle e informações online”, destacou Maia Júnior.

Implantação
Com investimento previsto para realização em duas fases, a Elea Digital S/A deve implantar o data center na Capital Fortaleza em uma área de 2.000 m² na Fase I, projetado para operar em Nuvem Orquestrada Pública, Privada ou Híbrida, devidamente equipado para prestação de serviços de Colocation.

Na Fase II, o grupo pretender expandir 2.000m ² em 36 meses. O Investimento total projetado para o empreendimento é de R$ 100 milhões, sendo R$ 60 milhões na Fase I e R$ 40 milhões na Fase II.

Fonte: O Jornal O Estado do Ceará em 18.02.20

Ceará responde por metade dos pedidos de projetos de usina eólica no mar e 37,8% da capacidade a ser gerada

Ceará responde por metade dos pedidos de projetos de usina eólica no mar e 37,8% da capacidade a ser gerada

O projeto mais adiantado em energia eólica offshore do Brasil é cearense. Audiência pública com comunidade de Caucaia será realizada em março. Ceará terá 37,8% da capacidade total de energia a ser produzida no Brasil, com 3,71 GW

O Ceará desponta como polo pioneiro na nova indústria em instalação no Brasil no setor de energias renováveis, com 37,8% da capacidade a ser gerada pelos projetos de usinas eólicas no mar. Os planos de implantação de torres de captação de matriz eólica offshore ganham espaço nos pedidos de licenças no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o processo mais adiantado é cearense. Metade das solicitações no órgão é do Estado.

O potencial dos ventos do Ceará é conhecido mundo afora, desde que o Estado se transformou em point do kitesurfe mundial e foi o primeiro a receber parques eólicos no País no início da década passada. Hoje, o modelo de produção offshore é amplamente utilizado na Europa, mas no Brasil essa indústria ainda não existe.

O empresário e diretor da BI Energia, Lucio Bonfim, resolveu entrar no segmento ainda a ser explorado no Estado. Em 2015 iniciou projeto e depois de praticamente cinco anos, no dia 11 de março, será realizada audiência pública para explicar à comunidade os efeitos da intervenção na costa.

O futuro Parque Eólico Offshore Caucaia Parazinho, em Iparana, terá capacidade de produzir 310 Megawatts (MW) de energia. Bonfim revela que o investimento a ser realizado no empreendimento é de US$ 2,2 milhões por MW ou R$ 5,2 bilhões ao todo. Esse aporte deve ser financiado por bancos nacionais de fomento, como o Banco do Nordeste (BNB), que tem uma linha de crédito específica, e o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). Como o valor é muito alto, o diretor da BI Energia também espera por investimentos estrangeiros no parque.

“O nosso projeto, em que trabalhamos desde 2015, chegou em um ponto bastante avançado. A indústria que constrói um parque offshore é diferente dos onshore (em terra). Empresas já têm entrado em contato conosco”, comenta.

Nesse cenário de desenvolvimento, o Ceará desponta. De acordo com levantamento da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), empresa pública ligada ao Ministério de Minas e Energia, há seis projetos para geração de energia no mar aguardando aprovação de licenças no Ibama. Metade deles é cearense, além dos dois mais antigos em tramitação. Além do parque em Caucaia, existe a construção do Complexo Eólico Marítimo Asa Branca I, que será instalado na retroárea do Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, com potência instalada de 400 MW.

De acordo com a EPE, a capacidade total de energia a ser produzida no Brasil com os projetos é de 10,21 GW. Deste total, 3,71 GW são cearenses (37,8%). A entrada nesse mercado com os seis planos em andamento, em poucos anos colocaria o País em posição de destaque na produção mundial em matriz limpa.

Úrsula Carrera, da Diretoria de Licenciamento Ambiental Federal do Ibama, revela que para atender à demanda dos empreendedores, os técnicos precisaram se atualizar para avaliar os pedidos de licença, uma vez que antes não havia petições desta forma. O modelo europeu de licenciamento foi tomado como base. “Essa tipologia de atuação é nova. Ainda não existia uma regulamentação específica para eólicas offshore, mas o Ibama buscou experiências internacionais”.

Sobre o impacto ambiental, há diferenças em usinas em terra e no mar. “No caso dos empreendimentos eólicos offshore, há o trânsito maior de embarcações para manutenção, maior ruído para as comunidades aquáticas. Também existem outros arranjos nos substrato marinho”. Ela ainda destaca que tudo isso é ponderado no momento de liberar o termo de referência e a licença prévia até o período de audiência pública.

No quesito liberações em solo para as linhas de distribuição da energia, os empreendedores não devem encontrar problemas no Ceará. De acordo com o secretário do Meio Ambiente do Estado (Sema), Arthur Bruno, no que se refere à instância estadual, o modelo offshore é bem menos invasivo do que os parques terrestres. “Estamos fazendo um esforço grande para desburocratizar”.

Ele ainda destaca que o fato de ser uma produção de energia limpa torna ainda mais urgente a celeridade nos processos de instalação. “O mundo inteiro vem discutindo a necessidade da substituição de fontes poluentes para energia limpa. Vemos com entusiasmo o fato de o Ceará crescer nessas áreas, pelo fato de não termos usinas hidrelétricas e por termos de reduzir o uso de termelétricas urgentemente”.

No mundo
O atual maior empreendimento fica no Reino Unido, há 75 milhas de distância da costa leste de Grimsby, no parque eólico Hornsea One, que possui 174 turbinas e é capaz de produzir 1,2 GW. Existem projetos brasileiros com capacidades bem maiores aguardando liberação de licenciamento ambiental.

Onshore
O mercado de produção de energia eólica em terra (onshore) no Ceará é o terceiro maior do País em operação. São 79 parques eólicos, com 2,04 GW de capacidade eólica instalada. Atualmente, há, no Estado, em construção ou já contratados, 11 parques, num total de mais 244,80 MW de capacidade instalada. Os dados são da Abeeólica.

Fonte: Jornal O Povo em 12.02.20

Sobral cria Manual do Investidor para atrair empresas

Sobral cria Manual do Investidor para atrair empresas

Capital da região Norte do Ceará, Sobral elaborou e tornou público o Manual do Investidor, cujo objetivo é explícito: atrair novos investimentos para o Município.

Raimundo Inácio Neto, secretário do Desenvolvimento Econômico da Prefeitura sobralense, quer, com o manual, criar um ambiente de negócios virtuoso e voltado para a inclusão social e a geração de oportunidades de trabalho e renda por meio do empreendedorismo, da tecnologia e da inovação.

“Sobral diferencia-se pela alta qualidade do seu capital humano. Temos a melhor educação do Brasil e mais de uma dezena de escolas de ensino superior. Assim, Sobral é um destino para novos investimentos”, afirma Inácio Neto.

Para essa atração, o Governo sobralense – liderado pelo jovem prefeito Ivo Gomes, mestre em Direito por Harvard – estabeleceu, com o apoio do Legislativo municipal, um menu de incentivos, entre os quais estes: doação de terreno (em cada um dos seus dois distritos industriais); redução da alíquota do ISS; e cessão de uso de equipamentos e infraestrutura.

Isto quer dizer que quem quiser investir em Sobral ganhará de sua Prefeitura a benfeitoria de infraestrutura do terreno (doado) ocupado pelo seu empreendimento.

É pegar ou largar.

Em tempo: a indústria responde por 21,12% do PIB de Sobral; a agropecuária por apenas 0,92%; o comércio, por 52,43% e os serviços públicos por 19,53%.

Em 2016, o PIB sobralense alcançou R$ 4,12 bilhões.

Fonte: Diário do Nordeste em 12.02.20

Governo busca atrair centro de distribuição da Amazon para o Estado

Governo busca atrair centro de distribuição da Amazon para o Estado

Ainda em conversas iniciais com a Amazon, o Governo do Ceará quer um centro de distribuição (CD) da empresa no Estado. De acordo com a secretária da Fazenda do Ceará, Fernanda Mara Pacobahyba, houve um encontro entre as duas partes para uma apresentação das condições tribuitárias que o Ceará oferece. A partir daí, é esperado um posicionamento da Amazon acerca da possibilidade.

A informação foi transmitida durante um encontro na tarde desta segunda-feira (3) com representantes do comércio varejista no Estado na sede da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL).

“Como o Ceará tem essa parceria com a Amazon por conta do centro de cabos, nós fomos apresentar o nosso modelo tributário para a Amazon para que eles avaliassem se era adequado para eles e também trazendo a possibilidade dessa parceria com uma legislação semelhante à de Pernambuco, porque queremos a Amazon no Ceará, certeza”, enfatizou a titular da Pasta.

Em dezembro último, a Amazon anunciou a abertura de um centro de distribuição em Pernambuco. Será a segunda unidade própria da varejista no Brasil (a primeira foi inaugurada em São Paulo, no município de Cajamar). As operações em Pernambuco devem ser iniciadas ainda no primeiro semestre deste ano.

Apesar do anúncio para o município vizinho, Fernanda Pacobahyba acredita que as unidades poderiam funcionar concomitantemente.
“Você pode ter uma unidade em Pernambuco com foco mais na Bahia, em Sergipe e em Alagoas”, disse, acrescentando que a atuação de um possível centro de distribuição no Ceará poderia se voltar mais para estados do Norte, por exemplo. “Depende da configuração da empresa. Isso não está fechado”, disse.

O titular da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), Maia Junior, reforçou que há o interesse em trazer um centro de distribuição da empresa para o Estado, mas frisou que até agora só houve uma reunião com a Amazon e que ainda não há nada concreto.

“Nós colocamos as condições que o Ceará oferece e eles ficaram de analisar”. A conversa com a Amazon ocorreu na semana passada, em São Paulo.
Ele pontuou que a aproximação com o consumidor está se dando de forma mais expressiva na área de serviços do que na indústria.

“Grandes empresas do varejo estão aproximando esses centros de distribuição para reduzir o tempo de entrega”, disse, acrescentando que a chegada do empreendimento ao Ceará geraria muitos empregos.

Fonte: Diário do Nordeste em 04.02.20

Zoneamento costeiro deverá aumentar segurança jurídica no CE

Zoneamento costeiro deverá aumentar segurança jurídica no CE

Em fase final de audiências públicas, regras para a construção de novos empreendimentos no litoral cearense devem entrar em vigor até o fim do ano. Medida deve facilitar a atração de investimentos para municípios

Após pouco mais de um ano, o Zoneamento Ecológico-Econômico da Zona Costeira do Estado (ZEEC), que irá estabelecer regras para a construção de novos empreendimentos nos 573 quilômetros do litoral do Estado, chegou à fase final de audiências públicas e a previsão é de que entre em vigor até o fim deste ano. A expectativa é de que a medida dê maior segurança jurídica aos empreendedores, facilitando a atração de investimentos dos 20 municípios que estão na zona costeira cearense.

“Os empresários querem clareza, querem segurança jurídica e é isso que nós vamos dar com o zoneamento ecológico-econômico. E, ao mesmo tempo, os ambientalistas querem preservar os recursos naturais”, disse o secretário do Meio Ambiente, Artur Bruno, durante audiência pública realizada, na manhã de ontem (24), na Unifor. Na ocasião, foi discutido o zoneamento costeiro nos municípios da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), encerrando o ciclo de encontros com a população realizados nos dias 21, 22 e 23 de janeiro, nos municípios de Camocim, Paracuru e Beberibe, respectivamente.

Segundo Eliseu Barros, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Ceará (Abih-CE), o ideal para o setor hoteleiro é que se encontre uma solução que permita a instalação de novos equipamentos turísticos preservando o meio ambiente.

“Temos que conciliar a conservação ambiental com o desenvolvimento. Não dá para pensar só no desenvolvimento e causar degradação, nem focar apenas na preservação, o que penalizaria aquelas comunidades que querem se desenvolver e melhorar de vida”, diz. “Mas, até o momento, tudo ainda está aberto”.

No mesmo sentido, o diretor geral do Beach Park, Murilo Pascoal, avalia que o ZEEC deverá buscar o desenvolvimento sustentável do setor turístico. “O nosso negócio, que é o turismo, depende também da sustentabilidade. Esse é o grande desafio que nós temos para construir juntos”, disse. “Não adianta construir desenfreadamente, destruindo o meio ambiente, assim como não adianta não poder fazer nada, porque o Estado precisa de emprego e de renda. Então, o nosso desafio, como empreendedores, é encontrar esse caminho”.

Áreas de preservação
Durante a apresentação realizada em Beberibe, na quinta-feira (23), o secretário Artur Bruno destacou que, por meio do ZEEC, o empreendedor terá acesso a um mapeamento definindo quais as regiões serão Área de Preservação Permanente (APP) e as que permitirão, pela legislação, uso e ocupação.

“Será um grande estímulo para o empreendedorismo, pois o investimento será feito nas áreas adequadas e de acordo com a lei. (…) Nós teremos crescimento econômico, geração de emprego, renda e preservação ambiental”, disse.

De acordo com o secretário, o ZEEC deverá ser concluído até agosto. A partir deste documento, o Executivo irá propor um Projeto de Lei que será submetido à Assembleia Legislativa. “(Com o ZEEC), vamos diminuir consideravelmente os conflitos, e os empresários e empreendedores saberão onde exatamente poderão fazer seus empreendimentos e quais áreas deverão ser preservadas. Até o fim de 2020 queremos ter todo esse zoneamento definido”.

Impactos
O novo zoneamento não irá impactar os empreendimentos já construídos ao longo do litoral. Segundo o professor Marcos Nogueira, consultor ambiental do ZEEC, as principais diretrizes do novo regulamento foram baseadas nas regras propostas pelo Ministério do Meio Ambiente ainda na década de 1990, que foram readequadas às condições locais.

Dentre os quatro setores do novo zoneamento, Nogueira diz que o da RMF é o que deve gerar mais debates. “A Região Metropolitana de Fortaleza certamente, será a área que sofrerá as pressões mais acentuadas em termos de uso e ocupação do território litorâneo, porque é um território bastante diversificado tanto do ponto de vista da geodiversidade como de biodiversidade, o que presume a necessidade de maiores cuidados em relação ao seu planejamento”.

Quanto à segurança jurídica para os empreendedores, Nogueira ressalta que a proposta de zoneamento irá “obedecer rigorosamente a tudo o que existe em termos de legislação ambiental”. O ZEEC é uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), em parceria com a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace).

Além da participação do setor produtivo e de órgãos governamentais, a terceira etapa do estudo, encerrada ontem (24), contou com a participação popular das regiões que sofrerão impactos com a medida.

“O diagnóstico geoambiental é feito por técnicos em campo, mas, nessa parte social, é necessária a participação da população para verificarmos onde existem comunidades de marisqueiros, pescadores, agricultores, dentre outras. Mesmo em locais que sejam restritos pela legislação ambiental, se há atividades e comunidades instaladas nessas áreas, isso deve ser considerado no ZEEC”, diz o diretor de Controle e Proteção Ambiental da Semace, Lincoln Davi Mendes.

Fonte: Diário do Nordeste em 24.01.20