Ministros europeus fazem carta de apoio ao acordo com Mercosul

Ministros europeus fazem carta de apoio ao acordo com Mercosul

Nove ministros europeus enviaram uma carta para o vice-presidente executivo da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, para manifestar apoio à assinatura e à ratificação do acordo da União Europeia com o Mercosul.

“Esperamos que em breve possamos concluir, de maneira bem-sucedida, um processo que começou há mais de 20 anos”, afirmam em um trecho da carta que foi assinada pelo chefe da diplomacia portuguesa e pelos ministros da área de Comércio e Negócios Estrangeiros da República Tcheca, Dinamarca, Estônia, Espanha, Finlândia, Itália, Letônia e Suécia.

“Não assinar ou não ratificar o acordo com o Mercosul vai não só afetar a credibilidade da UE enquanto parceira geopolítica e de negociação, mas também fortalecer a posição de outros concorrentes na região”, diz outro trecho do texto, datado de 11 de novembro.

Portugal vai assumir a presidência rotativa do bloco no próximo semestre, função hoje desempenhada pela Alemanha. No mês passado, a ministra do Brasil Tereza Cristina (Agricultura) foi ao país em um gesto de aproximação em favor do acordo.

O governo português manifestou na ocasião apoio ao tratado. Em comunicado, a ministra da Agricultura portuguesa, com quem Tereza Cristina se reuniu, afirmou que “Portugal apoia desde o primeiro momento o acordo União Europeia-Mercosul e aguarda que este seja concluído em breve”.

A carta contrasta com o posicionamento de outros países membros da União, com destaque para Áustria, França e Holanda, que têm afirmado que o acordo não pode ser assinado “como está”.

Problemas em questões ambientais estão entre os principais entraves apontados por esses países para o avanço do acordo. Segundo eles, são necessárias regras mais rígidas para garantir que todas as partes cumpram compromissos ambientais.

“O tratado de livre-comércio traz ganhos, mas esses ganhos não podem ser obtidos a qualquer preço, e certamente não ao preço do desmatamento”, disse o ministro do Comércio da França, Jean-Baptiste Lemoyne, durante audiência no Parlamento Europeu.

Em face desses entraves, foi apresentada no final de outubro uma possível solução: a assinatura de um compromisso formal em questões ambientais.

Segund Dombrovskis, que encampou a ideia, temas como o desmatamento da Amazônia e a adesão dos países do Mercosul ao Acordo de Paris estão entre os que podem ser abordados nesse texto.

“Então, atualmente estamos nos envolvendo com as autoridades do Mercosul, eu diria, especialmente com o Brasil. Bem, informalmente, atualmente, para ver que tipo de compromissos significativos os países do Mercosul podem assumir para garantir uma ratificação bem-sucedida desse acordo”, afirmou Dombrovskis em entrevista ao site jornalístico Politico.

Em outubro, eurodeputados propuseram uma emenda em que diziam que o Parlamento Europeu estava “extremamente preocupado com a política ambiental de Jair Bolsonaro, que vai contra os compromissos do Acordo de Paris, em particular no combate ao aquecimento global e à proteção à biodiversidade”.

“Nessas circunstâncias, o acordo UE-Mercosul não pode ser ratificado como está”, dizia o trecho final da alteração proposta, que acabou aprovado pela maioria dos parlamentares (a citação inicial ao presidente brasileiro foi rejeitada).

O texto do acordo ainda está sob revisão legal na Comissão Europeia. Encerrada essa fase, ele deverá ser traduzido nas 23 línguas oficiais dos dois blocos e só então seguir para a aprovação dos governos e parlamentos locais.

São 27 países envolvidos e, caso um deles rejeite o acordo, o tratado é derrubado.

Relatório final de impacto feito pela LSE (London School of Economics) mostra que a UE teria ganhos significativos com o acordo. Trabalhando com dois cenários (um conservador e um otimista), os pesquisadores projetam um ganho no PIB (Produto Interno Bruto) de 10,9 bilhões de euros (R$ 68,4 bi) para a UE em 2032 no primeiro caso e de 15 bilhões (R$ 94 bi) no segundo, o que equivale a 0,1% do PIB do bloco.

Já o Mercosul teria um incremento de 7,4 bilhões de euros (R$ 46,4 bi) no cenário conservador e 11,5 bilhões de euros (R$ 72 bi) no otimista.

ENTENDA O CASO
O que é o acordo UE-Mercosul?

Um documento que tem um capítulo de livre-comércio entre os blocos e um capítulo político, que inclui áreas como direitos humanos, colaboração científica e imigração

Em que pé está?

As negociações começaram em 1999 e foram concluídas em 2019. No momento, o texto está sob revisão jurídica, na qual se acertam trechos pontuais que possam estar em contradição

O que falta fazer?

Após a revisão jurídica, o texto tem que ser traduzido nas 23 línguas oficiais dos dois blocos, e então segue para ratificação

Quem ratifica?

No Mercosul, o acordo tem que ser aprovado pelos Parlamentos dos quatro membros (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai). Na União Europeia, precisa ser aprovado no mínimo pelo Conselho e pelo Parlamento europeus, mas a tramitação final depende de ele ser ou não fatiado em um acordo comercial e um político

Quando o acordo deve ser votado?

Não há prazo, mas negociadores dos dois lados dizem ser mais provável que fique para o segundo semestre de 2021 ou para 2022

Workshop Turismo abre novas oportunidades para o setor com a parceria do BNB

Workshop Turismo abre novas oportunidades para o setor com a parceria do BNB

A força das mulheres e a união dos parceiros deu sequência ao Workshop Turismo Economia Transformadora do Desenvolvimento, na tarde de ontem, encerrando uma programação de dois dias: 16 e 17 de novembro. A pauta foi sugestiva e animadora – Uma nova parceria: BNB e o Setor de Turismo e Eventos no Ceará. O conteúdo apresentado mostrou a determinação do Banco do Nordeste em ampliar sua atuação no turismo e promover o desenvolvimento do Estado do Ceará.

O Workshop, online e gratuito, foi uma realização da Câmara Setorial de Turismo e Eventos (CSTE) e da Associação Brasileira de Empresas de Eventos Secção Ceará (Abeoc-CE), presididas, respectivamente, por Anya Ribeiro e Enid Câmara, com a participação da diretora da Result Consultoria, Adriana Girão, e patrocínio de várias empresas e instituições. Como convidados, participaram o Superintendente Estadual do Banco do Nordeste no Ceará, Rodrigo Bourbon; a Gerente Executiva Regional do Banco do Nordeste, Francisca Jeania Gomes; e o Analista Técnico do Sebrae, Sílvio Moreira.

Em clima de entusiasmo e acreditando em bons resultados, abriram o evento Enid Câmara e Anya Ribeiro, que agradeceram a participação dos painelistas e nominaram os patrocinadores. O Workshop teve sua programação técnica apresentada em dois dias, mas discutida e elaborada em várias reuniões, pelas idealizadoras.
Rodrigo Bourbon abriu a programação exibindo lâminas mostrando várias linhas de crédito do BNB, oferecendo taxas de juros a partir de 0,30% ao mês, prazos longos para pagamentos e mais facilidades ao crédito, tornando o banco mais perto do cliente. Segundo ele, os recursos do Banco do Nordeste ao segmento de turismo tiveram evolução nos últimos cinco anos e chegaram a R$ 78.709.798,00 em 2020, o maior do período.

Jeania Gomes disse que o Banco do Nordeste já participava da CSTE, mas não intensamente. Na atual gestão, houve provocação da presidente Anya Ribeiro e as coisas começaram a melhorar. BNB e CSTE intensificaram a parceria, e as perspectivas são boas para 2021. As ações começaram a acontecer no mês de setembro último, com reuniões virtuais, o que foi bem aceito pela diretoria do banco, que pretende implantá-las em outros Estados.

PRODETER

O foco para o turismo é o Programa de Desenvolvimento Territorial do Banco do Nordeste (Prodeter), que tem como estratégia contribuir com o desenvolvimento local e territorial. O Prodeter tem, entre outras ações, o objetivo de fortalecer as cadeias produtivas e incorporar inovações tecnológicas em atividades produtivas, bem como promover articulação de políticas públicas para o desenvolvimento local e territorial.

Nas ações entre o Banco do Nordeste e a CSTE já constam encaminhamentos como instalação do Prodeter Turismo nas diversas regiões onde estão implantadas as rotas turísticas, focar no micro e pequeno empresário do Turismo e articular consultoria para orientar os empresários sobre a documentação fiscal. Outra sugestão da CSTE, em análise, é criar o TURISMOAMIGO – BNB.

O Prodeter foi lançado há cinco anos e tem uma ação implantada na Ibiapaba – Plano de Ação Territorial – Território Mirantes da Ibiapaba. Outras regiões do Estado estão se articulando, através da CSTE, para estas formas de financiamento do Banco do Nordeste. No final da sua exposição, Jeania disse que o Ceará precisa conhecer a Ibiapaba, pois o fluxo atual da região é dos Estados do Piauí e Maranhão.

ROTAS TURÍSTICAS

A última palestra foi do técnico Sílvio Moreira, do Sebrae, que apresentou as cinco rotas turísticas existentes no Estado, que poderão ser as futuras clientes do Prodeter. Estão instaladas as seguintes rotas: Rota Mirantes da Ibiapaba, Rota Verde do Café (Maciço de Baturité), Rota do Cariri, Rota das Falésias (litoral Leste) e Rota das Emoções, a mais antiga, com abrangência nos Estados do Ceará, Piauí e Maranhão.

Sílvio falou dos diversos programas ofertados pelo Sebrae e das ações de orientação aos clientes empreendedores para que tomem a decisão mais acertada. Segundo ele, a pandemia aproximou mais as instituições, os modelos de negócios estão mudando e o Sebrae está disponível para orientar nas ações de crédito do BNB. Antes do encerramento houve debate e perguntas dirigidas aos painelistas.

Com a sensação de dever cumprido, Enid Câmara e Anya Ribeiro encerraram o workshop com a participação de Adriana Girão e da presidente do Sindieventos-CE, Circe Jane Teles da Ponte, que falou da importância da municipalização do Turismo. Enid Câmara despediu-se questionando a migração de pessoas do setor de eventos para novos negócios e sugeriu ao Sebrae uma pesquisa para que possamos identificar os negócios e descobrir como ajudar a estes empreendedores.

Fonte: Edgony Online

Workshop de turismo discute a economia como transformadora do desenvolvimento

Workshop de turismo discute a economia como transformadora do desenvolvimento

União, integração e criatividade dão força e fazem o despertar das empresas e entidades que atuam no setor de turismo e eventos. O setor foi um dos mais afetados pela pandemia e continua lutando pela sobrevivência sem descumprir as determinações dos protocolos sanitários. O momento é de reflexão, visando a construção de um novo tempo da economia do turismo no Ceará.

Para não se acomodar diante dos obstáculos, dirigentes de três entidades – Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc Brasil/CE), Câmara Setorial de Turismo e Eventos (CSTE) e Sindieventos-CE – respectivamente, Enid Câmara, Anya Ribeiro e Circe Jane Teles da Ponte, foram à luta e a cada dia elas promovem ações para novas descobertas. São o tripé de sustentação do setor, que apesar de afetado, está descobrindo novos valores.

No cumprimento de mais uma oportunidade de adquirir conhecimento, foi realizado na tarde de hoje (10) o Workshop Turismo Economia Transformadora do Desenvolvimento. O evento, online e gratuito, foi programado para dois dias: 10 e 17 de novembro, com temas abrangentes e palestrantes qualificados.
Participaram da abertura, Enid Câmara e Anya Ribeiro, que saudaram os convidados Arialdo Pinho, secretário de Turismo do Estado do Ceará; Alexandre Pereira, secretário de Turismo de Fortaleza; Eduardo Neves, presidente da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece); Roseane Oliveira de Medeiros, vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec); Joaquim Cartaxo, diretor superintendente do Sebrae/CE; e Sérgio Junqueira Arantes, presidente da Academia Brasileira de Eventos e Turismo. O workshop foi realizado pela Abeoc Brasil/CE, CSTE, com parceria do Sindieventos-CE, organização da E+Assessoria em Eventos e patrocínio do Sebrae, Fiec e G3, com consultoria estratégica da Result.

TEMÁRIO

O painel 1 teve como tema Políticas Públicas e a Economia do Turismo e Eventos. Com mediação de Anya Ribeiro, foram palestrantes Mariana Aldrigui, presidente do Conselho Empresarial de Turismo de São Paulo (Cetur SP); Adriano Sarquis, diretor de Políticas Econômicas do Instituto de Pesquisa e Estratégias Econômicas do Ceará (Ipece), Rodrigo Bourbon, superintendente estadual do Banco do Nordeste no Ceará.

Depois do painel houve Sessão Debate sobre o tema: Um novo cenário para o Turismo (Foco: CNAES). Foram mediadores Alexsandre Lira Cavalcante e Anya Ribeiro.

O painel 2 abordou o tema Impacto da Informalidade das Atividades Econômicas do Turismo. Mediador: Kennedy Montenegro Vasconcelos, secretário executivo de Trabalho e Empreendedorismo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet). Participaram Fernanda Pacobayba, secretária da Secretaria da Fazenda do Ceará (Sefaz); Alexsandre Lira Cavalcante, analista de Políticas Econômicas do Instituto de Pesquisas e Estratégias Econômicas do Ceará (Ipece); Joaquim Cartaxo, superintendes do Sebrae/CE.

A segunda Sessão Debate abordou o tema: Transformando o Setor (Foco: Informalidade. Foram mediadores, Kennedy Montenegro e Circe Jane Teles da Ponte, presidente do Sindieventos-CE.

Na sua participação de abertura, o secretário Arialdo Pinho disse que se o turismo voltasse ao patamar de dois anos atrás seria uma vitória. “Vivemos muitas incertezas”, disse o secretário, lembrando o confinamento de cidades da Europa, o que prejudica o turismo. Arialdo disse que o turismo do Ceará sofreu muito com a pandemia, mas ele acredita que temos capacidade de voltar ao que era antes e espera que a vacina se torne realidade.

O secretário Alexandre Pereira falou da importância do turismo para a economia, citou preferências dos turistas por Fortaleza, que está entre as 10 mais procuradas para o Carnaval 2021, lembrou que a economia informal prejudica e crédito e procurou sustentação nas obras que estão em fase final de conclusão: Avenida Beira-Mar, Polo Gastronômico da Varjota e Rua Desembargador Moreira. Como trabalho promocional, Alexandre disse que participaram de 14 feiras nacionais e internacionais no ano passado. Numa perspectiva de futuro, Alexandre revela interesse no turismo de eventos e negócios.

Enquanto fez algumas abordagens, Anya Ribeiro falou do trabalho de CSTE, que está atraindo novos parceiros e citou o Banco do Nordeste e a Fiec.

Fonte: Edgony Online em 10/11/20

Ceará pode se destacar ainda mais com Marco das Startups, prevê Bruno Portela

Ceará pode se destacar ainda mais com Marco das Startups, prevê Bruno Portela

Segundo o secretário-adjunto da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Estado é referência de qualificação de capital humano para o setor

Enviado ao Congresso Nacional na última semana de outubro, o Projeto de Lei Complementar 249/2020, que representa o Marco Legal das Startups, deve catapultar o desenvolvimento desse tipo de negócio em todo o País, mas o Ceará deve ser especialmente beneficiado por já se destacar nesse mercado e possuir “um capital humano extremamente qualificado”. A avaliação é do cearense Bruno Portela, secretário-adjunto da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia.

A proposta do PL, de acordo com a explicação do secretário-adjunto, é desburocratizar a criação e desenvolvimento das sturtups. A aprovação, combinada ao potencial em capital humano qualificado do Estado, deve atrair investimentos para o Ceará.

“O Estado já se destaca nas áreas de ciência, engenharia, tecnologia, matemática, colocando muitos estudantes nas melhores universidades de tecnologia”, diz. “Acredito que o Ceará conseguirá se destacar a partir do Marco Legal, que traz essa flexibilização desejada”, pontua Portela.

A apresentação do Marco Legal das Startups ao setor produtivo cearense foi uma das razões que levou o secretário-adjunto à Federação dos Estados do Ceará (Fiec) na última sexta-feira (6). Na ocasião, Bruno Portela também tratou, entre outros temas, da parceria do Ministério da Economia com o Observatório da Indústria do Ceará na formulação de políticas públicas.

O que a aprovação do Marco Legal das Startups trará ao Ceará e ao País?

Nós agora vamos para o Parlamento tentar aprovar o Marco Legal das Startups, então nós já pedimos de início o apoio de todo o setor produtivo cearense na aprovação, que entendemos ser muito importante para o Estado e para o País. Ele se baseia principalmente nos eixos de melhoria do ambiente de negócios, flexibilização de gestão dessas empresas nascentes de base tecnológica e a facilitação de investimentos, que vai acontecer a partir de uma segurança jurídica para o investidor-anjo nessas startups, que precisam tanto desse recurso.

A segurança-jurídica para o investidor-anjo é uma das principais reivindicações de quem está nesse contexto?

Sim, principalmente na parte de desconsideração da personalidade jurídica. Eles (investidores-anjo) têm muito receio de aportar recursos. Isso dificulta o crescimento dessas empresas, então nós colocamos dispositivos legais que vão trazer essa segurança jurídica. Outro eixo do Marco Legal das Sturtups é a atuação do estado, principalmente na parte de contratação pública. Queremos a desburocra-tização na relação estado e startup, então a contratação pública de startups vai ficar mais fácil, mais célere e mais inovadora.

Trabalhando esses eixos, acredito que o estado do Ceará, com as suas startups, com a conhecida inteligência, disciplina e característica empreendedora, mesmo diante de tantas dificuldades, conseguirá inovar, produzir a níveis, proporcionalmente falando de Brasil, altos. Com um nível alto de produção, a gente entende que o Ceará pode se destacar, principalmente Fortaleza, que conta com um ambiente de inovação pujante, que pode melhorar ainda mais.

Temos um banco de fomento federal aqui, que é o BNB, que pode ajudar também nessa parte. Queremos ajudar também na parte de crédito, que é muito importante para esse tipo de empresa de base tecnológica. O objetivo do Marco é desburocratizar, melhorar o ambiente de negócios, promover uma atuação mais simples com o estado, menos burocrática, e uma facilitação de investimentos, mas a gente entende que o ecossistema de inovação do Ceará precisa ser coordenado.

Então é importante que o setor produtivo consiga visualizar como tornar mais robusto, aprimorar e qualificar esse ecossistema de inovação dentro do Estado.

Eu acredito que o Ceará pode ser, sim, destaque na criação, na manutenção e na implantação de empresas de base tecnológica nascente.

Pode-se dizer que o Marco Legal das Startups deve beneficiar cirurgicamente o Ceará no desenvolvimento desse tipo de negócio?

Sem dúvidas. Principalmente na relação entre os sócios ou entre os investidores da empresa. Tem a parte trabalhista, também, que nós vamos tentar aprimorar dentro do Congresso Nacional, então, sim, isso aumenta a oferta de empregos, atrai investimentos para o Estado. O Ceará é muito forte na parte de educação, então com certeza o Estado se organizando, como já vem fazendo, coordenando a inovação e com o seu capital humano qualificado pode crescer nessa área.

Em relação ao País, o Estado já se destaca em capital humano e desenvolvimento de startups?

Sim, nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática, principalmente. O Ceará coloca muitos cearenses nas principais universidades de tecnologia do País, então nós temos uma qualificação muito boa na parte de educação. Acredito que o Ceará conseguirá se destacar a partir de um Marco Legal que traz essa flexibilização desejada.

Sobre o Observatório da Indústria, qual é a importância dos dados coletados pelo dispositivo e como eles estão sendo trabalhados pelo Ministério da Economia?

É uma ferramenta única de inovação, com dados que podem ser utilizados no aprimoramento das políticas públicas no País, voltadas para o setor produtivo como um todo. Nós temos oito programas prioritários na Sepec, que são: concorrência para prosperidade, grande desregulamen-tação e redução do Custo Brasil. Temos programas regionais setoriais, Brasil 4.0, investimento em infraestrutura, o Prospera MPEs e Emprega Mais. O Observatório da Indústria vai ajudar o Ministério da Economia a avançar e alavancar esses programas.

Cabe até fazer aqui uma observação: dos 14 Projetos de Lei que o Ministério da Economia enviou para a presidência como os principais projetos estratégicos para o País, seis são da Sepec e vão ter a contribuição do Observatório.

A Sepec é um canal entre o setor produtivo e o governo. Quais tem sido as principais demandas do setor produtivo? Quais foram atendidas e quais estão no radar?

Nós passamos por um momento muito difícil de pandemia e a Sepec atuou fortemente. Entre as demandas, podemos destacar, primeiramente, a parte da indústria da guerra. O que é essa guerra? Uma guerra por ventiladores, álcool e outros utensílios necessários para combate ao coronavírus. E a indústria respondeu e não faltou nada no Brasil. Realmente, tivemos períodos de dificuldade, mas tudo foi fornecido.

Também atuamos no crédito de maneira muito forte e na parte trabalhista, com a redução de jornadas e salários e suspensão de contratos. Entendemos que, das demandas que foram colocadas, nós atendemos em um percentual muito alto, acima de 70% de todas as demandas feitas durante a pandemia.

Quais foram as principais medidas, na sua avaliação para atender à demanda por crédito?

Reforçamos com robustez o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), que realmente chegou na ponta. O Pronampe foi muito importante, a gente sabe que tem que ter mais. Mexemos no sistema de garantias nessa parte do crédito para micros e pequenas empresas, principalmente. É um setor que sofreu muito.

O crédito foi bem expandido e de maneira desburocratizada. Inclusive, já foi entregue um projeto de lei no Senado para que o programa de crédito continue, porque teve grande êxito.

Fonte: Diário do Nordeste em 07.11.2020

EXPOLOG 2020 abre inscrições, este ano o evento será totalmente virtual e inovador

EXPOLOG 2020 abre inscrições, este ano o evento será totalmente virtual e inovador

As inscrições para a EXPOLOG 2020 estão abertas, um dos mais importantes eventos de logística do Brasil!

Venha participar desse momento que vai proporcionar a você experiências inesquecíveis, com grandes nomes da logística no Brasil e no mundo!

As inscrições podem ser feitas de forma gratuita pelo link https://www.feiraexpolog.com.br.

A edição de 15 anos da Expolog acontece nos próximos dias 9 e 10 de dezembro, com o tema “A Logística e a Transformação Digital Integrando Negócios”, em um formato inovador e interativo por meio de uma plataforma virtual que vai possibilitar uma maior interação com os usuários, agendamento de reuniões de negócios e visitas aos estandes da feira.

Acesse a plataforma da Expolog aqui

Serviço:
EXPOLOG 2020
09 e 10 de dezembro
Evento Online
Inscrições: https://www.feiraexpolog.com.br

Ceará será um dos focos da Embratur em promoção interna de turismo

Ceará será um dos focos da Embratur em promoção interna de turismo

Estado deve receber press trip organizada pela Embratur para promover o turismo interno no Brasil

As belezas naturais, a possibilidade de aliar praia, serra e sertão em um só lugar e a fama de um povo hospitaleiro são alguns fatores que contribuem para que os viajantes mantenham o Ceará no topo da lista entre os destinos que querem visitar. O presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Gilson Machado Neto, diz que o Estado é essencial para o setor de turismo no País, já que tem um grande potencial atrativo, o que é importante para fortalecer mercado doméstico.

De acordo com o executivo, dados do Google demonstram que as procuras por “turismo de natureza”, especialidade do Ceará, saltaram de 10% para 54% durante a pandemia do novo coronavírus, o que leva a Organização Mundial do Turismo (OMT) a mencionar o Brasil como o País que tem o melhor potencial atrativo na retomada econômica do setor no pós-pandemia.

“Em 2019, o Ceará já vinha tendo destaque nos números para o turismo, apresentando crescimento maior do que estados vizinhos do Nordeste, inclusive. A região e o Ceará incluído são essenciais para o setor no Brasil”, afirmou.

Divulgação do trade

Um dos objetivos da Embratur atualmente, lembrou Gilson Machado Neto, é realizar campanhas publicitárias para ajudar a divulgar os locais que investem em “turismo de natureza”, um dos indutores da retomada econômica do setor.

A instituição, pontuou o executivo, continuará ajudando o trade nacional dentro do País até seis meses após o término da pandemia, quando voltará a divulgar o Brasil no exterior. No entanto, a conexão com o trade nacional, com os estados e com os municípios, permanecerá para mostrar aos demais que a segurança sanitária dos locais é garantida.

“Precisamos aproveitar esse momento de restrições de viagens ao exterior para fortalecer nossas qualidades entre os próprios brasileiros. Neste primeiro momento, o ticket médio e até o tempo de permanência serão alterados, principalmente por causa de promoções que serão importantes para a retomada econômica. Já vemos aumento de procura para viagens aéreas, maior taxa de ocupação hoteleira, números mais positivos no comércio em geral. Claro, tudo também decorre de novas notícias com relação a vacinas, medicamentos e o controle da pandemia em cada localidade”, destacou o presidente da Embratur.

Impulso

Para o titular da Secretaria de Turismo (Setur), Arialdo Pinho, o Ceará é um dos locais mais procurados como destino há, pelo menos, cinco anos, estando sempre no pódio dos mais visitados. A divulgação que será feita pela Embratur neste ano, acredita ele, se dá por esses resultados e impulsionará o turismo do Estado.

“Nós estamos bem situados nacionalmente, e as campanhas publicitárias sempre serão bem-vindas. Fizemos uma recentemente, inclusive, mas o comitê de saúde da retomada ainda não autorizou a divulgação, para evitar aglomerações. A expectativa é que voltemos no primeiro semestre de 2021”, afirmou.

Conforme o secretário, a volta dos voos, especialmente os internacionais, ao Aeroporto de Fortaleza deixa representantes do setor do turismo otimistas de um modo geral, embora o patamar de faturamento pré-pandemia deva ser registrado em apenas dois anos, avalia o titular da Setur.

“Teremos que aprender a conviver com esse vírus. Alguns meses serão bons, outros ruins, mas isso é no mundo inteiro, não só aqui. Se a sociedade tivesse a consciência de seguir os protocolos de segurança sanitária, nós estaríamos muito bem. O problema é que uma parte faz, mas outra não. Tem gente achando que o vírus não existe, que o isolamento social é pressão. Até que um familiar pegue a doença”, disse o secretário. Para ele, a taxa de ocupação hoteleira no fim do ano deverá atingir o patamar de 70% do total.

‘Segunda onda’

Segundo a presidente do Visite Ceará, Ivana Bezerra, se houver uma “segunda onda” de Covid-19 no Estado, como foi apontado pelo Consórcio Nordeste na última sexta-feira (23), o turismo será bastante afetado, uma vez que o setor, na opinião da empresária, é um dos mais “sensíveis” quando comparado aos demais.

“Não é uma ‘segunda onda’, mas sim a primeira, que nunca deixou de existir. Logo no início, as pessoas tiveram cuidado, se resguardaram, e agora ‘baixaram a guarda’. Houve um relaxamento da população, e os casos da doença aumentaram. O turismo será impactado negativamente porque é um setor sensível e que depende muito de como anda a economia, de como está a situação no local de destino quanto à segurança sanitária. Ninguém vai arriscar a vida em uma viagem se tiver o risco de contaminação”, salientou ela.

Arrecadação tributária

Ivana Bezerra chama atenção para os municípios que têm o turismo como principal fonte de recursos e que tiveram – e continuam tendo – queda na receita, o que contribui significativamente para uma redução da arrecadação tributária no mês e no ano.

Para tentar reduzir os prejuízos, explica a presidente do Visite Ceará, o setor tem realizado campanhas publicitárias para fomentar o turismo doméstico no próprio Estado. “Estamos mantendo o foco no local agora. Fomos os primeiros a receber o selo mundial de qualidade mundial na questão da segurança sanitária, o que é importante”, ressaltou.

Fonte: Diário do Nordeste em 24.10.2020

Empresa chinesa reforça interesse de exportar aerogeradores pelo Porto do Pecém

Empresa chinesa reforça interesse de exportar aerogeradores pelo Porto do Pecém

Em encontro com o secretário de desenvolvimento econômico do Ceará, representantes da Mingyang afirmaram que poderão fornecer equipamentos para usinas de energia eólica offshore para o Brasil e para o exterior

O Governo do Estado recebeu mais uma visita dos representantes da Mingyang Smart Energy. Em diálogo com o secretário de desenvolvimento econômico e trabalho do Ceará, Maia Júnior, o vice-presidente da empresa chinesa, Ben Gao, reforçou a intenção em transformar o Porto do Pecém em um hub de exportações de equipamentos para usinas de energia eólica offshore tanto para o Brasil e exterior.

Maia Júnior ainda destacou os esforços do Estado em garantir condições atrativas para que as empresas do setor de energias renováveis possam se instalar no Ceará.

“Nós, do Governo do Estado, estamos trabalhando de forma ágil e com o compromisso de criar condições para atrair empresas que produzem energias renováveis para o Ceará. Nos comprometemos em fornecer todo o apoio institucional para que o projeto da Mingyang seja consolidado. Estamos muito felizes e entusiasmados para estabelecer essa matriz de energia limpa no Ceará e no Brasil”, disse.

A Mingyang firmou um acordo com o Governo do Estado no último dia 9 de setembro para a instalação de um parque de fabricação de aerogeradores focados na produção de energia eólica em alto mar (offshore).

Projetos

Atualmente, no Ceará, há quatro projetos de geração de energia eólica offshore, que somados, deverão gerar cerca de 5 gigawatts (GW) de potência. A expectativa do Estado é que os projetos estejam operando nos próximos 5 anos.

Em Amontada, em uma área com 15 km de frente ao continente, o projeto do Complexo Eólico Marítimo Asa Branca deve produzir 400 MW.

A BI Energy trabalha com dois projetos: um em Caucaia e outro em Camocim. O primeiro deverá operar com 48 turbinas offshore e 11 semi-offshore, gerando um total de 598 MW de potência. Já o parque de Camocim deverá ter 100 aerogeradores e capacidade instalada de 1,2 GW.

Além disso, a Neoenergia está desenvolvendo estudos preliminares e iniciou o licenciamento junto ao Ibama de um parque em Amontada que deverá produzir 3 GW.

Fonte: Diário do Nordeste em 19.10.2020

Parcerias Público Privadas em Parques de preservação: solução inteligente e inovadora

Parcerias Público Privadas em Parques de preservação: solução inteligente e inovadora

Análise mostra que pouco se explora do potencial de PPPs em situações mais inovadoras, destacando a preservação do meio ambiente.

A eficiência na alocação de recursos em regimes de desconforto fiscal é discutido em diferentes níveis da federação, incitando a adoção do remédio de parcerias entre o público e privado (PPPs), pois as PPPs constituem instrumento consolidado em vários países para viabilizar projetos de infraestrutura e provimento de bens em diversas áreas: transportes, saneamento, energia elétrica, telecomunicações, escolas, hospitais, presídios e outros.

Sendo também adotada no Brasil desde 1994 quando da concessão de infraestruturas ao nível federal. Entretanto, pouco se explora do potencial de PPPs em situações mais inovadoras, destacando a preservação do meio ambiente.

Tal solução é vastamente explorada na África em parques Moçambicanos, resultando em desenvolvimento e retornos para a sociedade e para os investidores.

As práticas africanas são relatadas como promissoras e com características replicáveis em países em desenvolvimento. No caso cearense, há uma quantidade considerável de unidades de conservação , algumas com potencial para PPPs alinhadas com os atrativos turísticos, particularmente passeios em praias menos exploradas, observação de espécies nativas, mercado de carbono e associação ao compromisso ambiental das empresas já consolidadas na região.

Leia a matéria completa no Site do TrendsCE

Ceará está em fase final de negociação para abrigar mais dois data centers

Ceará está em fase final de negociação para abrigar mais dois data centers

Outros dois players internacionais de TI estão “em processo de certificação para homologação junto à Etice”, adianta Maia Júnior

O Ceará poderá abrigar, em breve, até seis data centers, consolidando-se como um dos principais hubs de tecnologia de dados no continente. Maia Júnior, secretário do Trabalho e Desenvolvimento Econômico do Estado, confirmou que duas grandes empresas do setor estão finalizando entendimentos com o Governo do Estado. “Temos duas negociações na reta final de negociação além dos que já captamos para o Ceará. Já temos quatro, sendo três prontos e um estágio de implantação”, completou. Maia ressaltou ainda que, além de já ter projetos em andamento na área de tecnologia de dados com companhias do porte de IBM, Google, Microsoft, Amazon e Oracle, “o Ceará tem mais dois grandes grupos mundiais em processo de certificação para homologação como providers de TI junto à Etice (Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará)”. “Essa cadeia do HUB tecnológico está em um momento muito propício de atração de investimentos”, avaliou. O gestor também comemorou o anúncio oficial da B2W (Lojas Americanas, Submarino e Ponto Frio) sobre a instalação de um centro de distribuição no Estado. A estrutura vai permitir ao grupo efetuar entregas em até 24 horas em endereços em um raio de até 400 km de distância do centro de distribuição.

Pandemia e o apetite para investir
Maia Júnior contabiliza ainda entendimentos com duas indústrias calçadistas (além da recém anunciada unidade da Vulcabrás para produção da Mizuno) e “quase 100 processos de solicitações de incentivos de empresas diversas”. “A gente esperava esses resultados até um pouco mais para frente, mas parece que o período de pandemia fez mostrar aos investidores, tanto do Brasil quanto de fora, que o Ceará está muito bem posicionado para receber grandes investimentos, em logística, em e-commerce e indústria de forma geral”.

Plano Pecém
Outra novidade que a Sedet deve apresentar até dezembro é um business plan para orientar a ocupação do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) e da ZPE. “É toda uma estratégia nova, finalizando o projeto com equipes do CIPP, da Sedet e do Porto de Roterdã. Queremos aprovar no conselho até o fim deste ano”, completa.

Fora da curva
Este plano de ocupação deve dar origem também a um guia sobre o CIPP e a ZPE “para que a gente possa ampliar a busca de grandes investimentos”. “O Pecém é um projeto bem fora da curva para o futuro do Ceará. É um projeto diferenciado, principalmente pela logística portuária de primeira linha”, prossegue Maia.

Mais 500 Pague Menos
Com valorização de 7,4% no valor da ação desde a sua estreia na B3, no mês passado, a Pague Menos projeta abrir 500 lojas no Brasil até 2025, chegando a cerca de 1,6 mil unidades. Segundo o CEO da companhia, Mário Queirós, filho do fundador Deusmar Queirós, dos R$ 713 milhões levantados com o IPO, quase 65% deve ir para a expansão da rede. A redução de endividamento vai consumir 20% do valor e 17% será direcionado para desenvolvimento de tecnologias e serviços. “Passamos a reforçar nosso discurso aos investidores de que somos uma rede nacional, com escala, e não regional”, afirmou o CEO, Mário Queirós, em entrevista ao Valor Econômico.

Produtos da Ceart ganham novo ponto de venda
Inaugurada ontem (15), no shopping Jardins Open Mall, a loja colaborativa BIRDS vai comercializar produtos de artesãos cearenses, via parceria com a Central de Artesanato do Ceará (CeArt). “É mais uma oportunidade para as pessoas terem acesso ao legítimo artesanato cearense. Convido a todos para que adquiram e valorizem o trabalho desses artistas”, afirma a primeira-dama do Ceará, Onélia Leite Santana, uma das articuladoras da parceria.

Fonte: O Otimista em 16.10.2020

Mesmo com crise, geração fotovoltaica dobra de tamanho no Ceará

Mesmo com crise, geração fotovoltaica dobra de tamanho no Ceará

Demanda por sistemas fotovoltaicos fez com que o setor apresentasse um crescimento de mais de 100% de janeiro a outubro. Setor espera fechar o ano com mais do que o dobro da potência instalada de 2019

Mesmo com a crise provocada pela suspensão de atividades econômicas durante a quarentena, sobretudo no segundo trimestre, quando as vendas atingiram o pior nível do ano, o setor de energia solar fotovoltaica no Ceará já apresenta um crescimento de mais de 100% no ano, tanto em potência instalada como em número de unidades geradoras.

“Este é um setor que, já há alguns anos, cresce muito além da economia. E mesmo nesse período de pandemia vemos um crescimento muito acentuado”, diz Jurandir Picanço, consultor de energia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). De 1º janeiro até 13 de outubro, a quantidade de unidades geradoras de energia fotovoltaica no Ceará cresceu 101,8%, chegando a 8.796. E a potência instalada passou de 65,5 megawatt (MW), em janeiro, para 135,4 MW, alta de 100,5%.

Picanço destaca ainda que os custos desses sistemas vêm diminuindo enquanto a eficiência aumenta. “Cada vez mais, os consumidores têm identificado a vantagem em produzir a própria energia em comparação com a energia comprada da concessionária. Enquanto as empresas querem divulgar o uso desse tipo de geração para fortalecer suas marcas”. Hoje, 178 municípios cearenses têm unidades geradoras fotovoltaicas, alta de 11,2% no ano.

Equipamentos

No início do ano, quando a duração da quarentena ainda era incerta, uma das principais preocupações do setor era quanto ao abastecimento do mercado local de equipamentos importados, como placas solares e inversores. O problema se agravou em abril, mas, hoje, com a retomada das atividades e das compras externas, a expectativa é que as importações sejam normalizadas até o fim do ano.

Segundo Igor Batista, gerente executivo da Sou Energy e diretor de inovação do Sindicato das Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico do Estado do Ceará (Sindienergia-CE), a empresa, especializada na instalação de sistemas fotovoltaicos, iniciou o ano preparada para atender a um forte crescimento do setor no Estado. Com isso, acabou formando um estoque que permitiu que a empresa atendesse à demanda mesmo nos piores meses da crise. Batista conta que, por conta de estoque, suas vendas cresceram 300%, de janeiro a setembro.

“Diferente de alguns distribuidores, a gente tinha se preparado muito bem para o ano de 2020. E quando veio a crise, houve uma queda na demanda de estabelecimentos comerciais e um aumento no segmento residencial”, diz Batista. “Depois de uma queda nas vendas de 30% em abril, o setor começou a se recuperar, em junho e em julho batemos o nosso recorde de vendas em um mês. Hoje, já estamos com uma alta de 300%. Em outubro devemos bater um novo recorde mensal e a ideia é manter essa pegada até o fim do ano”, diz.

Fonte: Diário do Nordeste em 14.10.2020