Portugal: Negócios Estrangeiros com 475 milhões, mais 12% que em 2020

Portugal: Negócios Estrangeiros com 475 milhões, mais 12% que em 2020

O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) prevê gastar 475,7 milhões em 2021, mais 51,1 milhões de euros (12%) que a despesa orçamentada para este ano, segundo a proposta de Orçamento do Estado entregue segunda-feira no parlamento.

Segundo o relatório que acompanha a proposta de OE2021, mais de metade daquele montante (299,4 milhões de euros) é financiada pela receita de impostos, sendo o restante proveniente de transferências da administração pública (83,7 milhões), receitas próprias (60,6 milhões) e fundos europeus (32 milhões).

O aumento em relação a 2020, ano em que a despesa consolidada foi de 424,6 milhões, deve-se “sobretudo ao aumento nas despesas com pessoal”, que representam quase metade da despesa do MNE e crescem 11,2%, “e o aumento de aquisição de bens e serviços”, mais 98,3%, aumento que é contudo compensado, face a 2020, pela “diminuição das contribuições e quotizações para organizações internacionais e a diminuição das transferências efetuadas pelo Camões”.

Nas despesas com pessoal (220,5 milhões) destacam-se os serviços internos e externos do ministério (139,9 milhões), o Instituto Camões (36,4 milhões) e a AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (28,3 milhões).

O aumento do montante para aquisições de bens e serviços, que passa de 58,2 milhões em 2020 para 115,4 milhões em 2021, é nomeadamente justificado pela organização da presidência portuguesa da União Europeia (29,8 milhões), da Conferência dos Oceanos (3 milhões) e da participação portuguesa na Expo Mundial do Dubai e promoção do Turismo de Portugal (9 milhões).

Para a presidência portuguesa da UE, que se exerce entre 01 de janeiro e 30 de junho de 2021, o MNE conta com uma verba total prevista de 41,375 milhões.

No capítulo das transferências correntes – 93,7 milhões, menos 27,2% que em 2020 -, a maior fatia (46,3 milhões) destina-se a contribuições e quotizações para organizações internacionais (contra 52,1 milhões em 2020), seguida do Instituto Camões, com 37,8 milhões, para o financiamento dos centros culturais e de cooperação no estrangeiro, transferências para as entidades com as quais o instituto tem protocolos de cooperação e para as organizações não governamentais para o desenvolvimento.

Entre as prioridades do MNE para 2021 estão a de “assegurar a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, promovendo as prioridades da Europa Social, Verde, Digital e Global”, “participar ativamente na construção europeia e na implementação das medidas destinadas à recuperação e reforço da resiliência das economias e sociedades europeias, defendendo os valores europeus e o Estado de Direito”, assim como “a convergência econômica e social, “a implementação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais” e “o papel da Europa no Mundo”.

É ainda prioritário “intensificar a Cooperação para o Desenvolvimento”, com “foco principal na cooperação com os países africanos de língua portuguesa e Timor-Leste, mas alargando a sua geografia e parcerias e diversificando as modalidades de financiamento”.

“Continuar a apoiar a internacionalização da economia portuguesa, concretizando o Programa Internacionalizar 2030”, através do “fomento das exportações, de incentivos à promoção externa e de instrumentos de garantia de gestão de riscos à exportação, promoção do investimento no exterior e atração de investimento direto estrangeiro e da diáspora” é outra das prioridades previstas no documento.

Também o reforço da “ligação e a proteção das comunidades portuguesas no estrangeiro” figura entre as prioridades apontadas, com destaque para o acompanhamento das “comunidades portuguesas e lusodescendentes na Venezuela e na África do Sul e apoiar as pessoas e instituições mais severamente afetadas pelos efeitos da covid-19”.

O Governo compromete-se, ainda em relação às comunidades portuguesas, a “valorizar a importância estratégica da diáspora para a afirmação de Portugal no mundo”, a adaptar a organização diplomática e consular “às novas realidades da emigração portuguesa”, aumentando a “eficiência dos serviços prestados, colocando a tecnologia ao serviço da ação consular, através da implementação do Novo Modelo de Gestão Consular”.

Fonte: Mundo Lusíada

Utilização de energia solar se populariza e apresenta crescimento de 80% no país

Utilização de energia solar se populariza e apresenta crescimento de 80% no país

Sistema que utiliza placas solares ganhou impulso com a pandemia. Dos negócios instalados em Fortaleza, 77,9% são em residências. Redução de impactos ambientais e economia na conta são vantagens na escolha do modelo

O uso mais intenso de energia durante a pandemia fez muitos usuários repensarem o consumo do recurso. Nesse contexto, a energia fotovoltaica ou solar surgiu como alternativa limpa, renovável e mais acessível para residências.
Além da redução no impacto ambiental, a instalação de um sistema de energia solar pode representar redução de 95% no valor da conta. Neste ano, até setembro, o setor apresenta crescimento de 80% no país. No Ceará, o serviço tem-se popularizado ao ponto de Fortaleza ser a terceira cidade no Brasil e primeira no Norte e Nordeste com maior capacidade instalada de energia fotovoltaica. Das 2.525 unidades geradoras localizadas na capital cearense, 1.969 são em residências, o que equivale a 77,9% do total.

Investimento
Segundo pesquisa do Canal Solar, portal gerador de conteúdo na área, os investimentos no setor ultrapassaram R$ 62 milhões entre janeiro a junho deste ano. O país conta com 285.366 mil sistemas fotovoltaicos instalados, segundo a Associação Brasileira Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Em dezembro de 2019, o país gerava 1 gigawatt (GW) de potência. Neste ano, a unidade de potência já é de 3.77 gigawatts. A ampliação do serviço acompanha tendências mundiais. Na Europa, a Agência Internacional de Energia (AIE) considera que a energia fotovoltaica será uma das principais matrizes de energia elétrica no continente até 2025. Entre as vantagens de ter um sistema do tipo estão a produção de energia limpa, diminuição dos efeitos socioambientais e redução na conta de energia.

Retomada
Mas o crescimento na pandemia não foi imediato. Os meses de março e abril foram de retração no setor. Só em meados de junho, com o início da retomada das atividades econômicas, a demanda por energia solar começou a crescer. Na Sou Solar, o mês de junho já equiparou o faturamento de fevereiro. Julho, agosto e setembro, por sua vez, registraram recordes sucessivos na receita. “Fizemos um trabalho muito forte de prospecção em abril, começamos a vender para gente que não era nosso cliente. Tínhamos muito material para fazer pronta entrega. Em maio fizemos uma série de treinamentos online e ações institucionais, trabalhamos um mix de produtos, relacionamentos, preços competitivos. Isso fez a diferença”, explica o biólogo e gerente executivo da empresa, Igor Batista.
A Sou Energy atua como distribuidora desses sistemas. Com cinco anos de mercado, é a maior no Norte e Nordeste e está entre as dez maiores do país. De acordo com o diretor da empresa, Carlos Kléber, nos últimos 12 meses o faturamento cresceu 300% em relação a novembro de 2019.

Contratações
Nos últimos meses, a empresa contratou e ampliou o espaço físico, funcionando em um prédio de 3.400m² na BR-116. “O estado que mais compra da gente é o próprio Ceará. Em seguida estão Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco e Bahia”, pontua, acrescentando que a expectativa é que o faturamento duplique até dezembro.
Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem 311.375 unidades geradoras de energia fotovoltaica em 5.042 municípios, sendo que 338.435 unidades recebem créditos – isso porque uma unidade geradora pode enviar energia solar para mais de um ponto receptor.
No Ceará há 8.306 unidades geradoras de todas as classes (residências, comércio, indústria) e 10.549 recebendo crédito em 177 municípios. A potência instalada no estado é de 129,4 megawatss. Quase 50% dessa potência, aproximadamente 60 MW, concentra-se na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Sozinha, a capital abrange 35,7 megawatts.

Estado
Os municípios que concentram a maior parte da potência instalada são, além de Fortaleza, Juazeiro do Norte, Eusébio, Aquiraz, Iguatu, Limoeiro do Norte, Maracanaú, Russas e Caucaia, nessa ordem. Das 8.036 unidades cearenses, 6.040 são em residências.
Já em Fortaleza, dos 2.525 geradores de todas as categorias, 1.969 são em residências. O Ceará se destaca no ranking nacional. Isso porque Fortaleza é a terceira capital com maior capacidade instalada, ficando atrás apenas de Uberlândia e Rio de Janeiro.
Segundo Igor Batista, a classificação mineira se deve à isenção de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para usinas com capacidade acima de 5 megawatts de potência.
Na mesma lógica, o Rio ganhou isenção neste ano e alavancou o volume de unidades geradoras. Já Fortaleza se sobressai devido também ao volume de unidades, mas também às condições climáticas. “Tem sol em abundância, mas o clima não é extenuante e existe brisa. A estação de energia solar é influenciada pela temperatura. Tem que quer luz, mas quanto menor a temperatura, melhor. O ideal é ter mais ventilação e boa luminosidade, por isso a brisa de Fortaleza ajuda tanto”, justifica.

Moda sustentável com economia

A Estilo Feitiço decidiu produzir 100% da energia empregada em sua fábrica no bairro Montese, na Capital, e em toda a rede de lojas. O parque solar sobre a estrutura fabril de 1.500m² custou pelo menos R$ 800 mil, um investimento de retorno a médio prazo.
Manu Corrêa, gerente de marketing da Estilo Feitiço, lembra do compromisso da marca com a sustentabilidade. “Sabendo que a indústria da moda é uma das mais poluentes, quando temos possibilidade de reduzir os impactos, a gente faz. São exemplos o tingimento ou fibras mais naturais que a gente aplica sempre que possível na nossa cartela de matérias-primas. Ao analisarmos a possibilidade de ter energia limpa, abraçamos a causa”, justifica.

Ações
Ela lembra ainda ações de desestímulo ao uso de sacolas e canudos plásticos e às práticas cotidianas de reciclagem de papel e tecido, com descarte consciente dos demais resíduos. A Feitiço abandonou as sacolas plásticas no ano passado. “Temos reduzido também o uso de poliéster, que é um dos materiais de mais difícil decomposição. Fazemos parte de um meio que está pedindo ajuda. Temos por obrigação ajudar, porque queremos ser positivamente relevantes dentro da sociedade”, completa Manu.

Investimento recompensa

Ao lado de Fortaleza, municípios da Região Metropolitana são os que mais atraem projetos de energia solar. No caso das residências, o custo inicial fica em torno de R$ 20 mil para o consumo equivalente a R$ 500 em energia elétrica. O retorno do investimento pode ser em cerca de três a três anos e meio. Mas o maior valor é o impacto gerado no meio ambiente.

Segundo o biólogo Igor Batista, considerando que o equipamento não tem vida útil menor do que 15 anos, o consumidor teria um benefício de 10 anos economizando e gerando mais receita para outras aplicações domésticas. Além disso, a contribuição com o meio ambiente representa um valor agregado irrestrito. “De todas as formas de energia, há as extremamente poluentes, como o carvão mineral, que também é muito caro. É preciso investir em fontes renováveis e não poluentes. A energia renovável, como a solar, é extremamente limpa. No caso da hidrelétrica, a área que precisa ser alagada é gigantesca, que afeta áreas verdes e espécies animais e vegetais”, compara. Como informa Batista, a energia solar reduz o custo na geração e na transmissão do recurso.

Para instalar o sistema em uma casa, é preciso fazer um estudo do espaço, especialmente no telhado, que receberá os módulos fotovoltaicos. Cada placa solar acumula 18kg por metro quadrado, o que exige segurança na infraestrutura do espaço. “A empresa prepara o projeto, desenha, dá entrada na concessionária de energia. O mais comum é o modelo ligado à rede, em que o consumidor injeta energia excedente na rede e recebe crédito na sua conta”, explica Igor Batista. Já a concessionária troca o medidor de energia. Na prática, um sistema residencial, em uma casa que consome o equivalente a 30 KW por mês terá economia de 95% na conta. Os outros 5% se referem custos obrigatórios, como a taxa de iluminação pública.

Fonte: O Otimista em 12.10.2020

‘Ceará se prepara para ser um grande hub logístico do NE’

‘Ceará se prepara para ser um grande hub logístico do NE’

Avaliação é do advogado especializado em infraestrutura logística e membro do comitê técnico da feira de logística Expolog, Matheus Miller. Neste ano, o evento abordará transformações digitais na integração de negócios

A pandemia do novo coronavírus transformou drasticamente o modus operandi de várias atividades e deixa legados importantes no setor logístico. Na avaliação de Matheus Miller, advogado especializado em infraestrutura logística e membro do comitê técnico da Expolog, maior feira de logística do Norte e Nordeste, o Ceará está bem inserido nesse contexto e conta com uma boa preparação para ser um grande hub do segmento.

“Sabemos que as mudanças têm sido muito dinâmicas, mas o que se pode afirmar é que o Ceará vem se preparando para ser um grande hub de logística no Nordeste”, pontua Miller, destacando equipamentos que alicerçam essa avaliação, como o Aeroporto de Fortaleza e os portos do Pecém e Mucuripe.

“Há ferrovias a serem concluídas. É possível encontrar no Ceará um Estado pronto para satisfazer as necessidades do comércio exterior”, ressalta. Ele frisa, porém, que o desenvolvimento logístico da região está intimamente relacionado ao próprio desenvolvimento econômico, passando pelo consumo e pela produtividade.

“É importante entender que a infraestrutura facilita, mas é preciso que o Estado tenha movimento econômico e que tenha consumo para que esses instrumentos e ferramentas se complementem com isso”, avalia o advogado Matheus Miller.

Um dos legados da pandemia é um olhar diferenciado para o setor logístico em decorrência da paralisação das atividades. O crescimento dos condomínios logísticos – espaços de armazenamento de insumos e produtos que permitem o rateio de custos -, por exemplo, é um desses reflexos.

“Ao paralisar o transporte mundial, a pandemia reacendeu o receio de desabastecimento em certas cadeias produtivas, o que fez com que empresas, que estão nessas cadeias, voltassem a formar estoques próximos de suas plantas produtivas”, explica. Ele afirma que esse é um movimento contrário ao que vinha sendo observado na década de 1990 e início dos anos 2000, quando as empresas foram deixando de formar estoque para evitar a imobilização de capital. Os condomínios logísticos apresentaram, no segundo trimestre de 2020, crescimento de 10,3% em área na comparação com igual período de 2019.

Evento

O impacto das transformações digitais na integração de negócios e as tendências da logística para os próximos anos é o tema da Expolog 2020, que será realizada pela primeira vez em formato digital nos dias 9 e 10 de dezembro. Esta é a 15ª edição da feira. De acordo com Enid Câmara, coordenadora geral da atividade, a expectativa é que o formato digital possibilite um maior alcance ao evento. “A gente está apostando em uma exposição das marcas e isso é um ponto positivo dessa plataforma”, pontua a coordenadora da Expolog.

O evento terá cerca de 100 expositores e mais de 100 palestras, que devem ser acompanhadas por pelo menos cinco mil espectadores. A Expolog conta com a promoção do Diário do Nordeste. É realizada pelo Instituto Future, Prática Eventos, Câmara de Comércio e Indústria Brasil Portugal Ceará e Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Estado do Ceará (Setcarce).

A feira tem também o patrocínio da Associação das Empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Aecipp), da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), do Tecer Terminais Portuários e da Termaco Logística, em parceria com a Confederação Nacional do Transporte (CNT), a Federação das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Nordeste (Fetranslog), a Federação das Câmaras de Comércio Exterior (FCCE), a NTC&Logística e o Sindace.

Fonte: Diário do Nordeste em 07.10.2020

Estudo confirma estimativa do PIB do Ceará superando o do Brasil

Estudo confirma estimativa do PIB do Ceará superando o do Brasil

Levantamento do Núcleo de pesquisas Econômicas da Universidade de Fortaleza aponta que a atividade da economia cearense deverá superar a média do País em todos os cenários neste ano e em 2021

Com uma boa situação fiscal, na comparação com outros estados brasileiros, e com o retorno da maior parte das atividades econômicas suspensas durante o período de quarentena, o Ceará deverá apresentar um desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) melhor do que o do Brasil, tanto no fechamento de 2020 como no de 2021. De acordo com o Núcleo de Pesquisas Econômicas (Nupe) da Unifor, para este ano, o PIB estadual deverá apresentar uma retração entre 5,9% e 2,8%, com cenário mais provável de -4,4%. Para o País, o Nupe estima uma queda de 6,7% a 3,6%, com cenário mais provável de -5,1%.

O cenário confirma a previsão já apresentada pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) em junho deste ano de que o PIB estadual deverá encolher 4,92% em 2020, enquanto o nacional terá queda de 6,5%.

“O Ceará é o Estado da federação que tem as contas públicas mais ajustadas. Nos últimos anos, o Estado teve condições de fazer caixa para fazer investimentos em infraestrutura, como a ampliação do Porto do Pecém, o hub aéreo e outros projetos que estão em andamento. E esses investimentos atraem empresas para o Ceará”, destaca o professor Chico Alberto, coordenador de Ciências Econômicas da Unifor. “Então é natural que o Ceará, assim como em anos anteriores, tenha um desempenho econômico melhor do que o Brasil, o que se reflete nas estimativas do PIB para 2020 e para 2021”.

Para 2021, o Nupe estima um crescimento do PIB cearense de 2,8%, no cenário pessimista, a 5,6%, no cenário otimista, com resultado provável de 4,2%. Já para o Brasil, o núcleo de pesquisas prevê um crescimento de 2,1% até 4,9%, com cenário mais provável de 3,5%. “O desempenho da economia do Ceará em relação à do Brasil é resultado de uma tendência histórica. De 2014 para 2019, enquanto o PIB do Brasil caiu 2,5% o do Ceará apresentou um crescimento de 0,87%”, diz Alberto.

O professor e economista Ricardo Eleutério destaca ainda que o modelo de retomada das atividades adotado no Ceará vem se mostrando mais eficiente do que o de outras unidades da federação.

Resultados

“A gente vem tendo um comportamento do PIB melhor do que o nacional e isso se deve sobretudo ao programa de reabertura gradativa da economia do Ceará, que foi bastante planejado pelo setor público e contou com a participação de economistas e do setor privado”, afirma Eleutério.

No segundo trimestre de 2020, ante igual período de 2019, o PIB cearense apresentou uma retração de 14,55%. Já no primeiro semestre de 2020, a queda foi de 7,58%, enquanto no acumulado dos últimos quatro trimestres verifica-se um decréscimo de 2,72%, o que sinaliza um movimento de recuperação ao longo dos meses. Para 2021, o Nupe avalia que há uma previsão de retomada do crescimento da economia cearense, puxada pela execução de “grandes investimentos públicos estruturantes planejados”, que influenciará atividades ligadas à cadeia de produção da construção civil. A movimentação deve aumentar a produção e consequentemente a massa salarial, além da arrecadação de tributos no Estado.

Para o Brasil, as expectativas da variação do PIB setorial para 2021 mostram uma recuperação muito tímida. Para a indústria é esperado um crescimento de 4,7%; para o setor de serviços de 3,5%; e para o setor agropecuário de 2,5%.

Câmbio

Em relação ao comportamento da taxa de câmbio, o Nupe aponta que o Real está entre as moedas mais desvalorizadas do mundo em 2020, o que vem favorecendo as exportações. Mas que a perda de força não é exclusividade do real.

Fonte: Diário do Nordeste em 07.10.2020

Faturamento da indústria em agosto supera período pré-pandemia, diz CNI

Faturamento da indústria em agosto supera período pré-pandemia, diz CNI

Os níveis de emprego e de utilização de capacidade instalada também se mantiveram em alta no mês

O faturamento da indústria de transformação ultrapassou em agosto o patamar verificado no início do ano, antes da pandemia, informou nesta terça (6) a CNI (Confederação Nacional da Indústria). Os níveis de emprego e de utilização de capacidade instalada também se mantiveram em alta no mês.

Segundo a entidade, o faturamento real da indústria de transformação cresceu 2,3% entre julho e agosto. Na comparação com abril, considerado o pico da pandemia, a alta é de 37,8%. Para o gerente de análise econômica da CNI, Marcelo Azevedo, os dados confirmam recuperação em V da atividade industrial.

De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção industrial cresce há quatro meses consecutivos, depois de atingir o pior desempenho da história em abril. Em agosto, a alta do indicador medido pelo instituto foi de 3,2%.

O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostrou nesta terça que a demanda por bens industriais no país subiu 5,9% em agosto, com destaque para os bens de consumo duráveis (14,2%), como veículos (18,6%), um dos segmentos mais atingidos pela pandemia.

“Importante é que a alta da atividade [industrial] veio acompanhada pelo crescimento do emprego, o que sugere maior confiança do empresário”, disse, em nota, o gerente da CNI.

Consumo de bens industriais cresce 5,9% em agosto, diz Ipea
De acordo com a entidade, o nível de emprego na indústria cresceu 1,9% em agosto, a primeira alta do ano, se aproximando do patamar onde se encontrava antes da crise. O número de horas trabalhadas teve alta de 2,9% no mês.

O rendimento médio real do trabalhador da indústria cresceu 2,8% e ainda está distante do patamar pré-pandemia, já que muitas empresas aderiram a medidas de preservação do emprego, como a redução de jornada ou suspensão de contrato.

O nível de utilização da capacidade instalada chegou a 78,1%, 2,1 pontos percentuais superior ao verificado no mês anterior. Com a evolução, ficou apenas 0,8 ponto percentual do indicador de fevereiro de 2020, antes do início da pandemia.

Na comparação com o mesmo mês anterior, o faturamento da indústria evoluiu 3,6%, mas os outros indicadores permanecem negativos: o nível de emprego é 3,3% menor, o número de horas trabalhadas cai 3,3% e o rendimento médio real recua 2,2%.

Com a elevada demanda, alguns setores têm percebido dificuldades para encontrar matérias-primas, insumos ou mercadorias, com vem detectando o IBGE. A elevada procura e a taxa de câmbio pressionam a inflação de segmentos como a construção civil, por exemplo.

Fonte: Diário do Nordeste em 06/10/2020

Para este executivo, a África será a ponte digital entre o Brasil e a Ásia

Para este executivo, a África será a ponte digital entre o Brasil e a Ásia

Em entrevista à EXAME, Antonio Nunes, presidente da Angola Cables, diz que a empresa de cabos submarinos estuda levar conexão até a Ásia

O continente africano – e mais especificamente os países da região sul, como Angola e África do Sul – poderá se tornar em alguns anos uma espécie de ponte digital para o tráfego da internet entre os países da América do Sul e da Ásia, facilitando a conexão entre a China e o Brasil, por exemplo. Essa é a visão do executivo Antonio Nunes, presidente da Angola Cables, companhia responsável por instalar o primeiro cabo submarino de fibra óptica entre o Brasil e o continente africano.

Desde que foi inaugurado há dois anos, o Sistema de Cabos do Atlântico Sul (SACS, na sigla em inglês) permitiu um ganho significativo nas conexões entre o continente africano e o Brasil, reduzindo pela metade a latência — o tempo necessário para que um pacote de dados seja transmitido de um ponto a outro. O SACS tem ainda uma capacidade de transmissão de 42 terabits por segundo, permitindo uma conexão mais veloz para a troca de dados entre as duas regiões.

Em entrevista exclusiva à EXAME, Nunes afirmou que, depois de conectar Angola à América do Sul, aos Estados Unidos e à Europa com uma rede de cabos submarinos, a empresa está em negociações para estender uma nova conexão de fibra óptica até a Ásia. Dessa forma, o tráfego que hoje segue uma rota pelos Estados Unidos ou pela Europa poderia ter um novo trajeto alternativo passando pela África. “As ligações entre a América do Sul e a Ásia, usando a África como uma plataforma, e não a Europa ou os Estados Unidos, é algo que está nos planos e que pode vir a agregar muito valor com essa infraestrutura”, disse Nunes.

A Angola Cables foi formada em 2009 em um consórcio de cinco operadoras de telefonia angolanas, que se mobilizaram para ampliar a infraestrutura de telecomunicações do país numa época que a economia crescia a taxas acima de 10% ao ano, impulsionada pelos altos preços do petróleo.

À EXAME, Nunes falou também da importância das conexões de fibra óptica para a economia de Angola e da África e de como elas permitem que os países da região possam digitalizar os setores da economia, como a agricultura, e tenham acesso a serviços online, como atendimentos médicos. Nunes também vê a África como um novo polo de mão de obra para empresas de tecnologia, uma vez que o continente tem uma população numerosa, com cerca de 1,3 bilhão de habitantes, e com uma grande quantidade de jovens. “Os próximos programadores do mundo vão ser africanos”, disse ele. A seguir, os principais trechos da entrevista, feita de seu escritório, em Luanda, de onde ele falou por videoconferência:

O que mudou nas telecomunicações entre o Brasil e Angola desde que o cabo submarino entrou em operação?

O primeiro cabo que instalamos no Brasil é um cabo que vem de Miami, nos Estados Unidos, até Fortaleza e São Paulo, no Brasil. Esse cabo realmente foi revolucionário para as comunicações no Brasil, porque na época havia mais de dez anos que não se faziam investimentos em cabos submarinos no Brasil. Foi um projeto que revolucionou sem dúvida as comunicações no Brasil, reduzindo os custos. Depois a Angola Cables, quase dois anos atrás, concluiu também um projeto do cabo do SACS, que é o cabo que liga Fortaleza a Luanda. Esse cabo trouxe também para o Brasil uma maior conectividade internacional. Antes dele, o Brasil dependia totalmente das ligações com os Estados Unidos para se conectar a outros lugares, como a Europa. Hoje o Brasil tem ligações diretas para a África através desse cabo. E tem ligações indiretas para a Europa e para a Ásia sem passar pelos Estados Unidos. Isso foi realmente uma mudança de paradigma nas telecomunicações brasileiras.

O que levou a empresa a fazer esse investimento?

Houve um convênio feito entre o Brasil e Angola, que vem desde os anos 80, que estabeleceu a criação e uma ponte digital entre os dos países. A Angola Cables veio a materializar esse acordo depois da assinatura em 2012. Além disso, quando fizemos o estudo do mercado e da ligação entre Angola e África e com a América Latina, percebemos que havia muita demanda de tráfego de dados da África para os Estados Unidos. E por isso fizemos a complementariedade da infraestrutura, com a ligação entre Fortaleza e Miami. Com isso, nos tornamos um operador a nível do Atlântico. Temos infraestruturas da África para a Europa. Temos infraestrutura da África para a América do Sul. E infraestrutura da América do Sul para a América do Norte. Somos o único operador hoje que consegue oferecer uma ligação a completa no Atlântico. Ligando o Atlântico Norte ao Atlântico Sul.

Qual é a capacidade dos cabos e como está a utilização?

O cabo do SACS, que liga Angola ao Brasil, tem cerca de 42 terabits por segundo de capacidade. É claro que nem 10% dessa capacidade ainda é usada. É um projeto que está numa fase de maturidade. É um paradoxo, mas a internet fundamentalmente foi concebida numa concepção Norte-Norte e Norte-Sul. A internet hoje circula fundamentalmente no Hemisfério Norte. E depois, a Europa alimenta a África, e os Estados Unidos alimentam a América do Sul. O que nós estamos a fazer é algo extremamente inovador, que é uma ligação Sul-Sul.

Essa concepção tem mudado?

O que acontece hoje é que as empresas estão já acostumadas a comprar capacidade de transmissão pensando nessa ligação Norte-Sul. Nosso trabalho é agora apresentar a elas as vantagens estratégicas de utilizar as ligações de outra maneira. Porque nós hoje temos a mesma latência de conectividade entre o ponto mais ao sul da África que é a Cidade do Cabo, na África do Sul, e Londres, no Reino Unido. E da Cidade do Cabo a Miami. Nossa aposta é que as grandes plataformas de conteúdo mundiais, que são americanas, terão mais interesse em alocar o tráfego dos Estados Unidos para o Brasil, que já é um grande consumidor, e a partir do Brasil alimentar a África. Mas é uma questão de tradição. Agora temos que ir escavando para que a tradição mude. É questão de tempo.

Até agora qual foi o principal benefício da ligação?

O grande benefício é a diversificação. No início do ano, tivemos um problema na costa ocidental africana. Houve como se fosse um maremoto. E dois dos cabos alimentam a África Ocidental foram cortados. Portanto, todo nosso tráfego e o tráfego sul-africano foi escoado pelo novo cabo via Brasil. Isso já foi um grande benefício para as comunicações da África Subsaariana. Se não fosse isso, teríamos ficado isolados. Percebemos qual é a importância real de ter uma diversificação de rotas de transmissão.

Houve ganhos de eficiência também?

Sim. Passamos a ter rotas mais eficientes para os Estados Unidos e para o Brasil. Hoje toda a região que está ao sul da Nigéria tem um tráfego muito melhor passando por esse novo cabo. Em eficiência, latência e de quantidade de tráfego.

De quanto foi o ganho?

Entre Miami e Cidade do Cabo temos hoje 130 milissegundos de latência e tínhamos antes 280 ou 300 e poucos. Foi uma melhoria significativa.

Como isso se reflete na prática?

Dou um exemplo. Estamos a desenvolver, com uma empresa do Ceará, um projeto que se chama Respira Brasil. É um software que foi desenvolvido com a ajuda dos nossos engenheiros e foi colocado dentro do nosso data center em Fortaleza. No caso de um paciente que tenha covid-19 ou que vá fazer um teste de radiologia de covid-19, o software consegue interpretar se a pessoa está contaminada ou não através de machine learning. Agora é possível fazemos o mesmo teste, usando essa infraestrutura, com as pessoas em Angola. Um doente que vá em um hospital em Angola e que faz uma radiografia pode ter o resultado analisado praticamente em tempo real. Há também outro exemplo. Nós neste momento estamos a fomentar parcerias na agroindústria digital, o que faz com que por exemplo um pivô de irrigação que esteja instalado em uma fazenda em Angola possa ser controlado por uma pessoa no Brasil. Agora estamos entrando na era do 5G e da internet das coisas e vamos potencializar esses projetos ao maior nível possível.

A Angola Cables chegou a anunciar um investimento de 300 milhões de dólares no Brasil, com o projeto do cabo submarino e do data center em Fortaleza. Esse investimento já foi todo aplicado? Planejam alguma outra expansão?

Esse investimento já foi todo feito. Temos outras intenções de investir. No setor de telecomunicações, só é possível crescer se mantivermos o investimento. Nós temos feito isso. Estamos agora focando os esforços em outras cidades brasileiras para diversificar o tráfego. Abrimos uma operação no Rio de Janeiro, e estamos a ir para a região Sul.

Planejam expandir os cabos submarinos a outras regiões do mundo?

Agora estamos a desenvolver novas oportunidades para que o tráfego de dados Brasil possa também chegar à Ásia de uma forma mais eficiente. Por mais que haja uma disputa entre os Estados Unidos e a China, é inegável que a China é uma potência mundial. As ligações entre o Brasil e a China vão naturalmente ser capitalizadas. Tanto que os próprios chineses já construíram um cabo entre a África e o Brasil, que se chama SAIL. Ele só não está operacional, mas está construído. Eles estão à espera do momento certo. Eles são bem mais pacientes do que nós. Mas a tendência é esta. As ligações entre a América do Sul e a Ásia, usando a África como uma plataforma, e não a Europa ou os Estados Unidos, é algo que está nos planos e que pode vir a agregar muito valor com essa infraestrutura.

Durante a pandemia, houve uma explosão no uso de serviços digitais no mundo. Qual foi o impacto para a Angola Cables?

O tráfego de internet da Angola Cables no Brasil aumentou seis vezes desde dezembro até junho. Foi algo impressionante. No entanto, o aumento da receita não é proporcional. Não é só o aumento do tráfego que traz receitas de sustentabilidade da empresa. Por isso temos que olhar para outros fatores, olhar para outros produtos para criar maior valor e manter a sustentabilidade.

Para Angola, qual é a importância econômica dessas conexões de fibra óptica?

Na minha opinião, elas são vitais. Nós pudemos desenvolver setores econômicos que estão em falta no país. Por exemplo, na agricultura. Neste momento estão se a desenvolver em Angola grandes fazendas agrícolas, muitas delas por investidores brasileiros. Essas fazendas, como já estão a vir com o conhecimento tecnológico do Brasil, estão sendo desenvolvidas de uma forma digitalizada. Os tratores já são robotizados. A informação já é centralizada. Portanto, a digitalização desses setores econômicos irá trazer benefícios muito grandes a economias emergentes como as africanas. E isso ocorre em todas as áreas, incluindo na saúde. Já tivemos demanda de um dos hospitais centrais pediatras de Angola a nos pedir o suporte de hospitais no Brasil. Melhorarmos significativamente a qualidade de vida das pessoas através da infraestrutura digital.

E para a África de modo geral?

A África é o segundo continente mais populoso do mundo e é o lugar onde há a maior proporção de jovens no mundo. Por isso eu costumo dizer nos fóruns internacionais que os próximos programadores do mundo vão ser africanos. Porque é aqui que eles estão. Os jovens estão aqui. Temos a oportunidade de ensinar os novos programadores do futuro, que é tipo de mão de obra que o mundo vai precisar nas próximas duas décadas. Já não vamos precisar mais de tantos mecânicos, de tantos pedreiros. Vamos precisar de alguém que programe os carros, e que programe as casas. Porque depois as impressoras 3D vão construir tudo. É o futuro. Não temos hoje essa mão de obra, mas talvez daqui a 10 anos, daqui a 30 anos.

Fonte: Exame em 29/09/2020

Como acelerar 10 anos de avanços tecnológicos na sua empresa em poucos meses; Google ensina

Como acelerar 10 anos de avanços tecnológicos na sua empresa em poucos meses; Google ensina

Empresa criou programação especial para comemorar o Dia Nacional da da Micro e Pequena Empresa e auxiliar empreendedores

A restrição das atividades em decorrência da pandemia do novo coronavírus forçou e acelerou a digitalização de centenas de negócios, viabilizando a continuidade da operação no período. Para ajudar os empreendedores a fazer essa adaptação e potencializar os resultados de quem já deriu aos canais digitais, o Google inicia nesta segunda-feira (05) uma série de ações para auxiliar. Uma delas é como acelerar dez anos de avanços tecnológicos em poucos meses para acompanhar o crescimento do novo consumo à distância.

Apesar da crescente adesão das micro e pequenas empresas ao ecommerce, levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) revela que 12% dos que ainda não utilizam o ecommerce não sabem como aplicar ao seu negócio.

Recente pesquisa do Google em parceria com a IPSOS também demonstra que 54% dos participantes estão comprando mais em lojas online durante a pandemia e que 43% deles não veem mais razão para ir até a loja física quando têm a opção de comprar online.

Analisando os dados gerais do ecommerce no Brasil, como cada segmento se adaptou e as iniciativas individuais que mais geraram retorno, o Google elencou tendências e dicas de posicionamentos que deram certo durante a pandemia.

1- Uso do marketplace

Segundo a Associação Brasileira do Comércio Eletrônico (Abcomm), apenas em março, 107 mil novos estabelecimentos se registraram no ambiente online. A opção pode ser mais rápida e barata do que desenvolver uma plataforma própria em meio à crise.

2 – Lojistas físicos que apostaram no online

Empresas físicas que resolveram apostar nos canais digitais acabaram saindo na frente e com um aumento de tráfego superior. Enquanto lojas presentes on e offline avançaram 63% no tráfego em junho, aquelas exclusivamente virtuais apresentaram alta de 39%, segundo dados do SimilarWeb.

3- Crescente concorrência

Outra tendência capturada pelo Google é que, com o maior número de compras de produtos do dia a dia através da internet, as lojas iniciaram um corrida para disponibilizar em seus canais tais itens e capturar parte das vendas, aumentando a concorrência e com marcas diversificando seus segmentos de atuação.

Dessa forma, a plataforma enumerou três estratégias para vender em canais digitais:

– Acelerar os planos de vender no e-commerce, focando em produtos de higiene ou não perecíveis
– Prezar por entregas bem feitas e dentro dos prazos
– Tornar possível entregas mais robustas, como acontece nos deliveries de supermercado

Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa

Aproveitando as comemorações do Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa, o Google preparou uma programação para ajudar empreendedores. Uma das ações é um treinamento no Google Academy sobre o novo comportamento do consumidor e insights para ajudar o pequeno negócio a se reinventar.

Já para aqueles que precisam dar os primeiros passos nas vendas on-line, atrair clientes e ter sucesso nessa nova empreitada, o Google e a Loja Integrada lançam a Jornada Quero Vender Online, que será realizada entre os dias 6 e 8 de outubro, começando sempre às 12h.

Os empreendedores também poderão contar com mentorias, que acontecerão entre os dias 13 de outubro a 24 de novembro, e abordarão temas desde como tirar uma ideia do papel a gestão das emoções para empreender.

Além dos novos projetos, a plataforma continua com o programa Cresça Suas Vendas com o Google que, até o momento, já ajudou mais de 35 mil negócios a criarem suas lojas virtuais. Nele, os inscritos recebem ferramentas e cursos de graça.

Fonte: Diário do Nordeste em 05.10.2020

Agricultura cearense deve crescer 20% e chegar a R$ 3,5 bi em vendas

Agricultura cearense deve crescer 20% e chegar a R$ 3,5 bi em vendas

Resultado de uma boa quadra chuvosa e do aumento da demanda interna e externa, a produção de frutas deve puxar o bom desempenho da agricultura local neste ano. Algodão e hortaliças também são destaque

Menos impactada pela pandemia e beneficiada por uma boa quadra chuvosa, a agricultura cearense deve encerrar o ano com um crescimento da ordem de 20% e chegar a R$ 3,5 bilhões em vendas, segundo estima o secretário executivo do Agronegócio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Estado (Sedet), Sílvio Carlos Ribeiro.

Ele avalia que esse cenário, aliado a um crescimento das vendas ao mercado interno e externo, contribuirá para esse desempenho, maior que o notado em 2019. Se a projeção se confirmar, a expectativa dele é que o Produto Interno Bruto (PIB) da agricultura do Estado do Ceará suba mais de 6%. A projeção não leva em conta os produtos da pecuária, que, segundo o secretário, ainda estão sendo analisados.

A fruticultura, segundo Sílvio Carlos, é um dos segmentos que mais deve contribuir para o resultado do setor – ele prevê que um avanço também de 20% da produção das frutas neste ano, já que houve uma demanda mais alta tanto do mercado nacional como internacional. O número, porém, é contestado pela Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas (Abrafrutas), que prevê um crescimento um pouco mais modesto, mas também significativo, de 10% frente a 2019.

O secretário executivo do Agronegócio lembra que, durante os meses mais intensos de isolamento social, os exportadores de frutas estavam na dúvida se teriam ou não demanda vinda na Europa, especialmente de melão e melancia, o que os deixou apreensivos. Mas encomendas da Europa acabaram surpreendendo e superando a programação de cultivo.

“Além de mais pedidos, o câmbio ajudou bastante para eles exportarem. Nós temos muitos pedidos de melão e melancia. Até brincamos que faltariam nos supermercados. Com as parcerias firmadas com outros países, isso tende a aumentar”, diz.

Sílvio Carlos destaca que o Estado do Ceará é bem visto no exterior e tem um bom “cartão de visitas” quando se refere a frutas, o que gera interesse em outros países em comprar da região, especialmente as que são das áreas livres de plantação, localizadas em Aracati, Icapuí, Itaiçaba, Quixeré, Limoeiro do Norte e Jaguaruana.

“Estamos empolgados com essa parceria que será firmada com outros países. A gente vê representantes do setor indo atrás de mais áreas livres de plantação. Temos aqui 70 mil hectares irrigados, mas temos capacidade para irrigar 286 mil. Isso só não ocorre porque não temos reservas hídricas satisfatórias e ainda não temos uma infraestrutura adequada. Mas isso vai mudar. Todos estão empolgados com isso (aumento da procura pelas frutas)”, pontua Sílvio Carlos.

O presidente da Associação das Empresas Produtoras Exportadoras de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Luiz Roberto Barcelos, endossa que a pandemia não impactou negativamente o setor. Ele avalia que o aumento das vendas do setor se deu porque as pessoas estavam mais preocupadas com uma alimentação mais saudável e demandaram, especialmente, as frutas cítricas e as que precisam ser descascadas, como banana, melão e manga.

O setor tem como expectativa que o Ministério da Agricultura firme mais parcerias para vendas de frutas<MC0>, aponta Barcelos, de forma que os produtores rurais tenham mais oportunidades de vendas. “Há conversas para exportarmos para a outros países, mas nada certo ainda. Nossa função é manter as área livres de pragas, porque ficaremos impedidos de exportar. Esperamos que ocorra até o próximo ano”.

Produção de caju
Outra cultura que deve apresentar um crescimento robusto neste ano é a do caju – o Ceará é líder nacional na exportação de castanha, tendo sido responsável por 81,58% das exportações brasileiras do produto no ano passado. Segundo o presidente da Câmara Setorial do Caju, Rodrigo Diógenes, a previsão é que 2020 tenha uma safra entre 5% e 10% maior que a do ano passado. No entanto, os fortes ventos e precipitações ocorridos entre junho e julho, especialmente no litoral, causaram um aumento na quantidade de doenças do cajueiro, o que está deixando a situação preocupante, com possibilidade de não concretizar esse aumento na safra 2020.

Por outro lado, ele pondera que a cadeia produtiva do setor tem avançado no beneficiamento dos produtos derivados do caju, o que valoriza os produtos comercializados. “O número de fábricas, pequenas fábricas de cajuína e beneficiamento da castanha, está aumentando. Hoje em dia, no Ceará, tudo o que se produz de caju é consumido internamente. Esperamos aumento significativo de produtores e empreendedores que não vendem mais o caju como matéria-prima, mas buscam transformá-lo na sua própria fazenda e já comercializar o produto acabado, agregando valor”, salienta Diógenes.

Ele explica que o setor já esperava uma elevação considerável do consumo de produtos oriundos do caju e da castanha, já que há uma demanda mais forte de consumo por produtos naturais.

“Temos a banana, que se aproveita in natura e em doces, por exemplo. Hoje em dia, com o caju também se faz isso. Existe, atualmente, uma tendência grande de se utilizar a fibra do caju para substituir a fibra animal. Então, apesar dessa preocupação, há uma elevação do aproveitamento integral da produção do caju, equilibrando as contas do produtor”, ressalta.

Algodão
Apesar de o carro-chefe do crescimento da agricultura local ser a fruticultura, Sílvio Carlos acrescenta que o desempenho do setor também será impulsionado pelas culturas de algodão e hortaliças, especialmente as de tomate e pimentão.

O Ceará já foi o segundo maior produtor de algodão do nos anos 70 e hoje está numa animada retomada, principalmente nas regiões do Centro-Sul e Cariri.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Algodão de Campina Grande (PB), em parceria com a Secretaria do Desenvolvimento Econômico do Ceará (Adece) e as secretarias municipais de Agricultura, implantaram em 2016 o projeto Modernização do cultivo do algodão no Estado do Ceará, voltado para a produção de algodão de sequeiro.

Em 2018, foram cultivados 30 hectares no Cariri. No ano seguinte, a área expandiu para 700 hectares. Em 2020, a expectativa é mais que dobrar o cultivo do ano passado.<CF73>

Safra 2019
De acordo com a Pesquisa Agrícola Municipal de 2019 (PAM), divulgada na última quinta-feira (1) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a safra agrícola do Ceará teve uma elevação de 8,3% no ano passado e ocupa a 5º posição no ranking entre os estados do Nordeste. O valor das principais culturas do Estado alcançou o montante de R$ 2,91 bilhões.

A pesquisa do IBGE também informou que algumas culturas subiram fortemente. É o caso da banana (14,6%); tomate (14%); maracujá (11,2%); milho (10,4%); feijão (9%); castanha de caju (8.8%); e mandioca (6,6%).

Quanto aos municípios, Guaraciaba do Norte foi o que registrou maior valor da produção agrícola no ano passado. O município responde por cerca de 7% do valor total do Estado, com um montante de R$ 205 milhões, um avanço de 41% em relação a 2018.<MC0>

Fonte: Diário do Nordeste em 01.10.2020

Em live, M. Dias Branco e SENAI apresentam detalhes de projeto que incentivará startups com R$1 milhão

Em live, M. Dias Branco e SENAI apresentam detalhes de projeto que incentivará startups com R$1 milhão

Na última segunda-feira, 28/9, foi realizado o lançamento do novo Germinar, um programa de conexão com startups da empresa M. Dias Branco em parceria com o SENAI Ceará e o SENAI Cimatec.

O lançamento foi transmitido pelo Youtube do SENAI Ceará e contou com a participação do diretor regional do SENAI Ceará, Paulo André Holanda, do gerente do SENAI CIMATEC, Flávio Marinho, do Coordenador de Inovação da M. Dias Branco, Rodrigo Palopoli, e do Gerente de Pesquisa & Desenvolvimento da M. Dias Branco, Marcelo Augusto dos Santos.

O Germinar é uma oportunidade de startups se relacionarem com grandes instituições, para realização de projetos de tecnologia, com o apoio de uma das maiores empresas de alimentos no Brasil.

O programa iniciou em 2018 dentro da M. Dias Branco, tendo uma relação com mais de 300 startups ao longo deste período, trabalhando conceitos como Indústria 4.0, análise de dados, experiência do consumidor em pontos de vendas, ingredientes e embalagens.

Em 2019, a empresa manifestou interesse em impulsionar o Germinar por meio do Edital de Inovação para a Indústria da Confederação Nacional da Indústria. Isso é possível dentro da categoria “Empreendedorismo Industrial” do edital, que viabiliza o compartilhamento de riscos financeiros e tecnológicos, entre grandes empresas e SENAI, para investir em inovação. Uma parcela do recurso é aportada pela empresa e a outra pelo SENAI.

“Nós identificamos com o SENAI uma oportunidade de ir além, avançar um pouco mais do que vínhamos fazendo nos últimos anos”, explicou Rodrigo Palopoli, coordenador de Inovação da M. Dias Branco.

“A nossa expectativa é enorme dentro desse programa. A M. Dias Branco é uma empresa brasileira, com mais de 65 anos de história no mercado nacional, somos líder de mercado de biscoitos e massas no Brasil’, afirmou Marcelo Augusto dos Santos, gerente de Pesquisa & Desenvolvimento da companhia.

“Um ponto fundamental que surgiu no SENAI Cimatec foi perceber a importância das startups no processo de inovação. A M. Dias Branco é um grande exemplo disso, o Germinar já existia há algum tempo. Estamos juntando o que a M. Dias tinha de bom, com as competências do SENAI, para podermos fazer uma grande soma e potencializar isso”, afirmou Flávio Marinho, gerente do SENAI CIMATEC.

O SENAI CIMATEC é o Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia, localizado em Salvador/BA, e é parceiro do SENAI Ceará na execução do Germinar.

O público-alvo do projeto são empreendedoras e empreendedores de todo o território brasileiro, que proponham soluções inovadoras aos temas propostos, sendo aceitos projetos em fase de prototipação.

Os projetos selecionados receberão apoio para o desenvolvimento de uma prova de conceito, passando por processos de validação, prototipação e teste. Cada projeto terá a duração máxima de 12 meses e contará com um investimento de, no mínimo, R$ 250.000,00 e no máximo R$ 500.000,00, cuja distribuição está descrita no item “Financiamento” do edital.
A execução dos projetos será realizada nas instalações do Instituto SENAI de Tecnologia, localizado em Maracanaú/CE, e as startups selecionadas poderão se instalar no Instituto, devendo designar pelo menos um representante local.

Conheça as cinco categorias disponíveis:

1) Eficiência Energética – Redução do consumo de energia elétrica e gás natural
2) Agregação de valor em Resíduos e Subprodutos na Indústria
3) Digitalização do processo / Dados para eficiência do processo produtivo
4) Estabilização do processo de fabricação do biscoito
5) Controle de qualidade de processos

Mais informações AQUI e (85) 3293-5055

Fonte: Sistema FIEC em 28/09/2020

Fitch afirma rating “AAA(bra)” da M.Dias Branco com “Perspectiva Estável” de negócios

Fitch afirma rating “AAA(bra)” da M.Dias Branco com “Perspectiva Estável” de negócios

A agência de classificação de risco de crédito acredita que a empresa cearense continue apresentando crescentes resultados operacionais, além de recuperação de suas margens

A Fitch Ratings, uma das maiores agências de classificação de risco de crédito do mundo, atribuiu nota “AAA(bra)” à M.Dias Branco com “Perspectiva Estável” de negócios.

Nesse sentido, a expectativa da Fitch é que a companhia continue apresentando crescentes resultados operacionais, além de recuperação de suas margens, apesar de o cenário para o mercado ser bastante desafiador por conta da COVID-19.

“O rating incorpora a robusta capacidade de geração de caixa operacional da M. Dias Branco em cenários econômicos diversos e de forte pressão de custos ao mesmo tempo em que sustenta saldos relevantes de fluxo de caixa livre (FCF) positivo e métricas de crédito conservadoras. A baixa alavancagem, a forte liquidez e a expectativa da Fitch de que a companhia retornará a uma posição de caixa líquido a partir de 2021 também foram incorporadas na análise”, destaca a empresa em comunicado.

Para completar, a agência crê que a M.Dias Branco será beneficiada no futuro com a “eficiência operacional” e de “captura de sinergias” com a Piraquê.

Fonte: Focus.jor em 29/09/2020