Movimento Respira Ceará incentiva empresas a colaborarem contra escassez de oxigênio nos hospitais

Movimento Respira Ceará incentiva empresas a colaborarem contra escassez de oxigênio nos hospitais

A vice-governadora do Ceará, Izolda Cela, e o secretário da Saúde do Estado, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho (Dr. Cabeto), por meio do Movimento Respira Ceará, buscaram sensibilizar empresários a se unirem contra a escassez de oxigênio nas unidades hospitalares cearenses diante do agravamento da pandemia da Covid-19, durante encontro virtual nessa segunda-feira (19). A iniciativa, em colaboração com a Câmara de Comércio Brasil-Portugal (CBPCE) e a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), surgiu em meio à formalização de parceria da Sesa junto ao Programa Salvando Vidas, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para incentivar empresas a doarem insumos e custearem a instalação de micro e miniusinas de oxigênio para hospitais do Estado. Em formato Matchfunding (Financiamento misto), o projeto do banco de fomento já beneficiou unidades hospitalares de todo o Brasil.

Participaram da reunião a vice-governadora do Ceará, Izolda Cela, o secretário da Saúde do Estado, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho (Dr. Cabeto), o superintendente da Área de Gestão Pública e Socioambiental do BNDES, Julio Costa, os presidentes da CBPCE, Wandocyr Romero, e da Fiec, Ricardo Cavalcante, além de empresários e outros representantes da sociedade civil. O evento foi mediado pelo secretário de Assuntos Internacionais do Governo do Ceará, César Ribeiro.

Izolda Cela afirmou ser entusiasta da ação e destacou dois pontos da iniciativa: o foco e a colaboração. “O foco, o oxigênio, escolhido como uma das prioridades dessa primeira modelagem do programa. E é muito importante a cooperação do setor privado. Nós seremos uma sociedade melhor quando estivermos mais maduros e avançados nesse grau de engajamento e colaboração”, resume.

O titular da Saúde também sublinhou a união de vários representantes sociais e comemorou uma “finalidade bem estruturada”. “Mais do que uma boa ação no momento de pandemia, há possibilidade de isso colaborar para mudança no sistema de saúde, o que inclui o fortalecimento de hospitais-polo das cinco regiões administrativas de saúde do Ceará”.

Durante a apresentação, Dr. Cabeto pontuou que 44 hospitais em 42 municípios demandam micro e miniusinas de oxigênio, considerando o perfil hospitalar e a descentralização da Saúde no Estado. Com o fortalecimento do Programa Salvando Vidas e do Movimento Respira Ceará, cerca de quatro milhões de cearenses podem ser beneficiados permanentemente. “Esse movimento vem exatamente num momento de pandemia, onde a gente enxerga algumas vulnerabilidades que precisam ser resolvidas e a possibilidade de aplicação de estruturas permanentes, que farão parte desse processo de regionalização da saúde”.

Doações iniciadas
Ainda na semana passada, enquanto se articulava o movimento Respira Ceará, o BNDES anunciou doações de duas miniusinas de 30m³/s para Sobral e Quixadá, fruto de contribuições das empresas Heineken e Omega Energia, respectivamente. Na reunião dessa segunda-feira, o procurador-geral de Justiça do Ceará, Manuel Pinheiro, manifestou o interesse de doar seis microusinas de 20m³/h para municípios cearenses por meio do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDID), ligado ao Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE). Obteve como resposta do representante do BNDES que, se formalizada a doação, o Banco asseguraria a instalação de outras seis usinas do mesmo porte, totalizando 12 equipamentos.

Programa Salvando Vidas
De acordo com Julio Costa, o programa surgiu, inicialmente, para dar suporte a hospitais filantrópicos e Santas Casas de Misericórdia – que operam pelo Sistema Único de Serviço (SUS). Em parceria com a Confederação Brasileira das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, foram mapeadas unidades e estados que precisariam ser atendidos com maior urgência. “Quando a gente entrou na pandemia da Covid, sabíamos que seria uma crise grande para os estados, municípios e hospitais filantrópicos, devido à magnitude do cenário pandêmico”, relembra.

“Podemos dividir o programa em duas fases, a de concepção de um compliance, no qual era preciso trazer um parceiro que conseguisse chegar aos melhores produtos com um preço mais razoável e no menor tempo possível para atender os hospitais. No segundo momento, percebemos que vários doadores tinham interesse em fazer doações para as secretarias da Saúde. Fizemos um ajuste para atender esse público”, continua.

Pelo programa, cada R$ 1,00 doado pelas empresas é dobrado pelo BNDES. “Atingimos a meta inicial prevista de R$ 100 milhões. Dado o recrudescimento, vamos continuar com o programa”, diz.

Como funciona
O Salvando Vidas funciona com instituições parceiras do BNDES que operacionalizam as doações (Bionexo, EY, SITAWI Finanças do Bem, Confederação das Santas Casas de Misericórdia e Benfeitoria). As instituições recebem as doações das empresas e do banco de fomento, negociam com os fornecedores e acompanham a instalação das usinas, tudo dentro de um processo de transparência e de auditoria. A sensibilização pode ser estendida aos colaboradores das empresas, que também podem fazer doações no conceito do Matchfunding.

O valor mínimo solicitado aos doadores é de R$ 100 mil. Uma miniusina de 30m³/h custa R$ 1,1 milhão para ser instalada. Já a microusina de 20m³/h tem valor de instalação em torno de R$ 600 mil.

Fonte: Governo do Estado do Ceará

FIEC lança campanha “Unidos a Favor da Solidariedade”

FIEC lança campanha “Unidos a Favor da Solidariedade”

A Campanha “Unidos a Favor da Solidariedade” é uma iniciativa da FIEC, juntamente com SESI, SENAI, IEL e Sindicados filiados à Federação, para arrecadar cestas básicas, que serão doadas para o maior número de pessoas em situação de vulnerabilidade no Estado do Ceará, além de artistas locais.

Participar é muito fácil! Buscando facilitar o processo de doação, a aquisição das cestas básicas pode ser realizada de forma online, com toda comodidade através dos links: Bit.ly/UnidosFIEC_Pinheiro ou Bit.ly/UnidosFIEC_Supermerclick.

Quem preferir, pode comprar a cesta onde ficar melhor para você e deixar a sua contribuição diretamente na Casa da Indústria (Av. Barão de Studart, 1980). Toda forma de ajuda é muito importante neste momento!

Após recebidas, FIEC ficará responsável pela distribuição das cestas. Participe! Com sua ajuda, o ‘vai passar’ chega mais rápido!

#CBPCEapoiaestacampanha

Com matrizes renováveis, CE deve se tornar exportador de energia

Com matrizes renováveis, CE deve se tornar exportador de energia

Potencial de geração de energia por fontes renováveis faz do Estado um celeiro de investimentos na área. Desafios e oportunidades foram discutidos no segundo dia do evento Proenergia 2020, que se encerra hoje

Com enorme potencial eólico em terra (onshore) e no mar (offshore) e geração superior ao consumo interno, o Ceará tem plenas possibilidades de se tornar um exportador de energia, sobretudo com o aumento da participação das fontes renováveis na matriz do Estado. A avaliação é de Joaquim Rolim, coordenador do Núcleo de Energia da Fiec, que enfatizou as oportunidades cearenses neste setor, ontem, no segundo dia do Proenergia, realizado pelo Sindienergia-CE, em parceria com a Fiec e o Sebrae. O evento, que neste ano ocorre de forma híbrida (online e presencial), conta com apoio institucional do Sistema Verdes Mares.

“O Ceará é superavitário de energia. No ano passado, o Estado gerou 22% a mais do que a energia consumida, o que deverá aumentar nos próximos anos”, destaca Rolim.

Ele frisou também o fato de que 97% dos municípios cearenses já contam com sistemas fotovoltaicos para geração distribuída. “O empresariado cearense está muito à frente no segmento de geração distribuída”, ressaltou.

Ambiente de negócios
Participando de forma remota do evento, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, enalteceu os múltiplos esforços no Ceará para promover um ambiente de negócios sólido para a cadeia de energias renováveis.

Rodrigo Limp, secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia (MME), destacou medidas em âmbito federal para ampliar a cobertura da rede de energia do País. “Buscamos ampliar a oferta de energia ao mercado. Para que isso aconteça, é necessário identificar os reais custos relacionados do Sistema Interligado Nacional (SIN), preservando a viabilidade dessa expansão, fornecendo ao setor elétrico uma maior abrangência sem comprometer a qualidade, unindo sustentabilidade e segurança”, disse.

Hidrogênio verde
O secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Maia Júnior, palestrante do evento, disse ter recebido, ontem, a proposta de uma empresa australiana para a construção de uma usina de hidrogênio verde no Ceará. Ele reiterou que, até o fim do ano, o Governo do Estado deverá assinar o protocolo de intenções para a instalação do equipamento, o qual usará energias renováveis, conforme o Diário do Nordeste já havia informado.

“A empresa australiana está vindo para o Ceará. Recebi hoje o e-mail da empresa para assinar o protocolo de intenção, até o fim do ano, para produzir hidrogênio líquido”, disse o secretário. O combustível é considerado uma das principais alternativas às fontes de energia fósseis. A expectativa é que o empreendimento conte com o financiamento de fundos europeus.

Alguns especialistas projetam que, nos próximos 20 anos, o combustível gere uma revolução no setor energético semelhante à que aconteceu com o petróleo. “Teremos um Ceará antes e depois da produção do hidrogênio verde. Nunca tivemos reservas substantivas de combustível fóssil. Mas as reservas de vento podem fazer do Ceará um dos maiores produtores do Brasil ou da América do Sul de hidrogênio verde”, vaticinou.

Confira a programação
9h às 10h35: Cadeia Produtiva de Energias Renováveis
Moderador: Lauro Fiuza
Palestrantes: Carla Gaspar Primavera – Superintendente da área de Energia do BNDES ; Margaret Lins Teixeira Gomes – Gerente Executiva IEL ; Roseane de Oliveira Medeiros – Secretária Executiva da SEDET
Debatedores: Alceu Mourão Jr – Diretor Administrativo da Avanti ; Jonathan Colombo – Diretor Institucional da Vestas.

10h35 às 10h45: Break/Networking/Visitação ao espaço de exposição

10h45 às 12h15: Geração Distribuída de Energia
Moderador: Ricardo Correia – Diretor de Geração Distribuída do SINDIENERGIA
Palestrantes: Efrain Cruz – Diretor da ANEEL ; Carlos Evangelista – Presidente da ABGD ; Bárbara Rubin – Vice presidente de GD da ABSOLAR
Debatedores: Joaquim Rolim – Coordenador do Núcleo de Energia da FIEC ; Jonas Becker – CEO da Eco Soluções em Energias

12h15 às 14h: Networking/Almoço/Visitação ao espaço de exposição

14h às 15h50: Novas Oportunidades no Setor de Energia
Moderador: Filippo Alberganti – Diretor de Inovação da Enel Brasil
Palestrantes: Hugo Figueiredo – Presidente da Cegás ; Paulo Luciano de Carvalho – Superintendente de pesquisa e desenvolvimento de eficiência energética ; Markus Vlasit (Armazenamento de Energia) – CEO da NewCharge Energy ; Mauricio Moszkowicz (Mobilidade Elétrica) – Pesquisador Sênior da GESEL ; Marcos Aurélio Madureira (Novas Tecnologias aplicadas à Distribuição de Energia Elétrica ) – Presidente da ABRADEE
Debatedor: Paulo Siqueira – CEO da SOMA Energia

15h50 às 16h: Break/Networking/Visitação ao espaço de exposição

16h às 17h20: Programas de Energia nos Estados do Nordeste
Moderador: Adão Muniz
Palestrantes: José Carlos Medeiros – Especialista de Energia no Estado do Pernambuco ; Gustavo Fernandes Rosado Coelho – Secretaria de Infraestrutura do Rio Grande do Norte ; Howzembergson de Brito Lima – Secretário Adjunto de Mineração e Energias Renováveis do Piauí ; Simplício Araújo – Secretário de Indústria e Comércio do Maranhão

17h20 às 17h30: Encerramento com Benildo Aguiar – Presidente do SINDIENERGIA-CE

Fonte: Diário do Nordeste em 19.11.2020

FIEC sedia reunião do Fórum Permanente das Câmaras de Comércio Estrangeiras no Ceará

FIEC sedia reunião do Fórum Permanente das Câmaras de Comércio Estrangeiras no Ceará

A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) sediou na quarta-feira passada (14/10) reunião para formatação do Fórum Permanente das Câmaras de Comércio Estrangeiras no Ceará.

Em 2019, o fórum foi criado através de um protocolo de intenções entre FIEC, Fecomércio e Sebrae, com o objetivo principal de discutir formas de cooperação entre as Câmaras de Comércio e mecanismos de apoio ao processo de internacionalização da economia do Estado do Ceará.

A intenção da reunião foi definir as instituições participantes do Fórum e como se dará o seu funcionamento.

“Diferente das sociedades consulares, que têm uma diretriz mais voltada para a diplomacia, o Fórum é um espaço para pensar as relações comerciais e a geração de negócios”, explicou Karina Frota, gerente do Centro Internacional de Negócios da FIEC.

“O nosso desafio é trazer outras câmaras para o nosso grupo, e ter menos burocracia e mais ação”, disse Marcos Pompeu, Secretário executivo da Câmara dos Conselhos Empresariais do Sistema Fecomércio.

Entre as decisões, ficou definido que a coordenação do Fórum será assumida pela Câmara Brasil Portugal no Ceará.

Participaram do encontro: Karina Frota (CIN/FIEC) Paulo Magnani (Câmara da Itália), Coronel Romero e Clivânia Teixeira (Câmara Brasil Portugal), Isabel Utz e Sven Richard (Câmara da Alemanha), Benjamin Egot (Observatório FranCe), Maria Lédio (Sebrae), Marta Campelo (Sedet) e Marcos Pompeu (Fecomércio).

Fonte: FIEC

FIEC sedia reunião do Fórum Permanente das Câmaras de Comércio Estrangeiras no Ceará

FIEC sedia reunião do Fórum Permanente das Câmaras de Comércio Estrangeiras no Ceará

A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) sediou na última quarta-feira (14/10) reunião para formatação do Fórum Permanente das Câmaras de Comércio Estrangeiras no Ceará.

Em 2019, o fórum foi criado através de um protocolo de intenções entre FIEC, Fecomércio e Sebrae, com o objetivo principal de discutir formas de cooperação entre as Câmaras de Comércio e mecanismos de apoio ao processo de internacionalização da economia do Estado do Ceará.

A intenção da reunião foi definir as instituições participantes do Fórum e como se dará o seu funcionamento.

“Diferente das sociedades consulares, que têm uma diretriz mais voltada para a diplomacia, o Fórum é um espaço para pensar as relações comerciais e a geração de negócios”, explicou Karina Frota, gerente do Centro Internacional de Negócios da FIEC.

“O nosso desafio é trazer outras câmaras para o nosso grupo, e ter menos burocracia e mais ação”, disse Marcos Pompeu, Secretário executivo da Câmara dos Conselhos Empresariais do Sistema Fecomércio.

Entre as decisões, ficou definido que a coordenação do Fórum será assumida pela Câmara Brasil Portugal no Ceará.

Participaram do encontro: Karina Frota (CIN/FIEC) Paulo Magnani (Câmara da Itália), Coronel Romero e Clivânia Teixeira (Câmara Brasil Portugal), Isabel Utz e Sven Richard (Câmara da Alemanha), Benjamin Egot (Observatório FranCe), Maria Lédio (Sebrae), Marta Campelo (Sedet) e Marcos Pompeu (Fecomércio).

Fonte: FIEC

Ambiente promissor fará Ceará avançar na inovação, aponta estudo

Ambiente promissor fará Ceará avançar na inovação, aponta estudo

Segundo índice de inovação 2020, elaborado pela Federação das Indústrias do Ceará, o Estado apresenta uma capacidade para a inovação maior do que o seu real desempenho neste ano, o que sinaliza mais desenvolvimento futuro

Assim como em 2019, o Ceará ficou na 13ª posição no ranking nacional de inovação elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) em 2020. No Nordeste, o Estado ficou na 3ª colocação, atrás de Pernambuco (11º) e da Paraíba (12º), segundo o Índice Fiec de inovação dos estados. No entanto, os demais indicadores sinalizam a formação de um ambiente promissor que deve fazer o Estado avançar nos próximos anos.

No ranking de “capacidades”, que avalia o ambiente para inovação dos estados, o Ceará ficou na 11ª posição, e no ranking de “resultados”, que avalia a inovação em si, o Estado ficou na 13ª colocação.

Apesar da melhora no ranking de capacidades, passando da 13ª colocação em 2019 para a 11ª posição neste ano, o Ceará manteve o 13º lugar tanto no ranking de resultados como no ranking geral. Para a Fiec, essa discrepância demonstra “uma aptidão ociosa do Ceará, uma capacidade maior que seu real desempenho, e que poderia estar sendo mais bem aproveitada para a efetividade de inovação”.

Embora o Ceará não tenha avançado em termos gerais, o economista Guilherme Muchale, gerente do Observatório da Indústria da Fiec, destaca a qualidade da pós-graduação, da participação de mestres e doutores na indústria e da produção científica. No entanto, ele diz que a indústria local não se beneficia completamente do potencial da produção acadêmica. “A qualidade das instituições tem evoluído muito nos últimos anos, mas a gente não consegue traduzir isso em resultado”, diz. “Os nossos mestres e doutores não têm conseguido aumentar o número de patentes no Estado, o que nos deixa na 19ª colocação no item ‘propriedade intelectual’. Além disso, estamos apenas na 23ª posição quanto à competitividade global dos setores tecnológicos, porque a nossa indústria ainda é muito concentrada em setores de baixa tecnologia”.

Produção científica

De acordo com o estudo, o Ceará ficou na 10ª posição tanto em “produção científica” como em “inserção de mestres e doutores na indústria”. No quesito “qualidade da pós-graduação”, ficou em 11º e em “qualidade da graduação”, em 16º. Para Muchale esses indicadores poderão ter reflexo no resultado geral dos próximos anos. “Como a capacidade de inovação do Estado está em uma melhor posição, é possível que haja um ganho no futuro. Fica mais fácil alavancar porque já há uma base de ciência e tecnologia no Estado. E isso nos deixa otimista”.

Ciência e tecnologia

Com relação aos investimentos públicos em ciência e tecnologia, o Ceará aparece na 14ª colocação no País e na 5ª posição no Nordeste. O indicador considera as despesas com ciência e tecnologia como porcentagem das despesas totais. “O investimento público em educação não tem trazido o mesmo ganho dos investimentos do setor privado”, diz Muchale.

Para o economista, a atração de mestres e doutores para a iniciativa privada tem sido um dos desafios para alavancar a inovação no Estado. “Essas capacidades seriam intensificadas com a inclusão dessas pessoas no setor privado, que apresenta uma maior capacidade para o desenvolvimento da inovação, transformando com mais velocidade conhecimento em riqueza. E o Ceará tem uma situação fiscal que favorece esses investimentos”, diz.

Para a Fiec, ao criar um ambiente propício por meio de investimentos, “o setor público pode ser altamente eficaz em mitigar” incertezas e estimular o setor privado a investir em inovação. “Parte fundamental desse apoio se dá por meio do investimento público em Ciência e Tecnologia (C&T), o qual funciona como catalizador do investimento privado, atraindo novos atores e compartilhando os riscos inerentes ao processo”.

Infraestrutura

Além dos investimentos diretos em ciência e tecnologia, Muchale diz que empreendimentos como a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) é de extrema importância para o aumento da competitividade e desenvolvimento de áreas relacionadas à inovação, já que proporciona um intercâmbio e concorrência com mercados mundiais.

“A ZPE traz uma competitividade autêntica, sendo um vetor de desenvolvimento muito importante para o Estado. Mas, para isso, a gente precisa atrair indústrias intensivas em inovação e tecnologia. A gente já tem uma academia com robustez técnica, o que precisamos agora é de integração”.

No quesito “infraestrutura e inovação”, o Ceará ficou na 11ª colocação no Brasil e na 3ª posição do Nordeste, atrás de Pernambuco (8º) e Sergipe (9º). “O Ceará está bem na parte de infraestrutura de tecnologia, mas ainda está mal no que se refere a parques tecnológicos”, diz Muchale.

Fonte: Diário do Nordeste em 12.10.2020

ESG: Environmental, Social & Governance. Por Karyna Gaya

ESG: Environmental, Social & Governance. Por Karyna Gaya

Conheça o termo que está sendo cada vez mais utilizado como critério para avaliação e investimento em empresas

Empresas que adotam melhores práticas ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês, como são conhecidas internacionalmente) estão no foco de investidores quando da construção de suas carteiras e da gestão de risco, fortalecendo o conceito de investimentos sustentáveis.

Mas o que isso significa? Que consultores financeiros, bancos e fundos de investimentos estão considerando critérios “ESG” para avaliar empresas de acordo com seus impactos e desempenho em três áreas: meio ambiente, sociedade e governança.

Critérios ambientais ajudam o investidor a entender o relacionamento da empresa com o mundo natural e a sua dependência de recursos naturais. São avaliados fatores como mudança climática, emissão de carbono, uso de recursos naturais, poluição e resíduos.

Já as métricas sociais ajudam na visualização de potenciais preocupações em relação a direitos humanos, relações trabalhistas, comunidades e com o público em geral. Medidas relacionadas à saúde, segurança, diversidade, treinamento de colaboradores, responsabilidade com o consumidor, relação com a comunidade e atividades beneficentes são levadas em consideração quando de investimentos considerando fatores ESG.

Companhias com boa governança, por sua vez, são mais confiáveis e menos propensas a ceder para corrupção, tornando-se mais atrativas para investimentos. Direitos dos acionistas, composição do Conselho de Administração (independência e diversidade), política de remuneração da diretoria e fraudes são avaliados no critério ESG de governança.

No Brasil, a adoção de critérios ESG se encontra em estágio inicial. Em um primeiro momento, investidores se concentraram primordialmente em assuntos reputacionais e em escândalos de corrupção para avaliação de riscos, tornando a governança corporativa o foco inicial de atenção.

Essa abordagem, contudo, começa a evoluir. Seja para avaliação por investidores ou, antes disso, para manter um crescimento sustentável, empresas devem considerar questões ambientais e sociais, além das questões de governança corporativa, evitando impactos negativos em curto, médio e longo prazos.

Vale então refletir sobre os seguintes questionamentos: Quais questões ambientais, sociais e de governança são financeiramente relevantes para cada companhia ou indústria? Como as companhias estão lidando com esses riscos? Como esses riscos vão afetar o valor de longo prazo da companhia?

Deve-se ter em mente, por fim, que a atenção aos critérios ESG revela a tendência dos investidores em não priorizar empresas com potencial de passivos ambientais, trabalhistas e relacionadas à corrupção, bem como a preocupação de geração de valor ao longo do tempo, direcionando investimentos a empresas empenhadas em preservar o meio ambiente, a diversidade e a ética

Fonte: Focus em 16/09/2020

Siga a CBPCE nas redes sociais.

IEL Ceará lança Hub de Empreendedorismo e Inovação nesta quarta-feira (2/9)

IEL Ceará lança Hub de Empreendedorismo e Inovação nesta quarta-feira (2/9)

O Ceará vai ganhar, nesta quarta-feira (2/9), um novo espaço voltado à conexão entre ideias inovadoras e empresas, com foco na indústria. Será lançado o Hub de Empreendedorismo e Inovação do IEL Ceará, uma iniciativa da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), por meio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL Ceará), em parceria com o Sebrae, com o objetivo de impulsionar a inovação na indústria cearense e promover o desenvolvimento do setor. O lançamento ocorrerá às 17h, em um evento online, com a palestra “Transformando ideias em negócios inovadores”, a ser ministrada pela consultora Roseanne Pimentel. Na ocasião, o IEL Ceará irá lançar também o primeiro edital de fomento ao desenvolvimento de negócios para a indústria, numa parceria com a Prefeitura de Fortaleza. Em seguida, outros editais serão lançados com a inclusão de novos parceiros, inclusive o Sebrae que será um grande parceiro do IEL/CE em mais essa ação.

A superintendente do IEL, Dana Nunes, explica que o Hub de Empreendedorismo e Inovação do IEL Ceará é mais que um espaço de ideias. A proposta é fazer um link entre ideias e indústrias. Além de ser um ambiente para geração de soluções, será um local também onde as ideias mais maduras serão mapeadas e trabalhadas para que possam efetivamente ajudar as indústrias a superarem seus desafios.

Na prática, será um espaço para empreendedores criarem negócios e produtos transformadores. O hub tem a proposta de ser uma ambiência que inspire a geração de novas ideias, a troca de conhecimentos e que acelere a transformação dessas ideias em negócios, produtos e processos inovadores para o mercado, utilizando mentorias, metodologias ágeis, abordagens de gamificação, entre outras. Podem participar empreendedores com negócios já constituídos ou aqueles que querem abrir um negócio, além de startups.

“Desde o início da gestão do presidente Ricardo Cavalcante, o IEL Ceará inova não só na oferta de soluções para as empresas, mas também se reinventando enquanto instituição. Buscamos nos aproximar cada vez mais do mercado, das empresas, e hoje somos um IEL diferenciado. Sentimos a necessidade de ir além, já que o IEL Ceará passou a coordenar todo o programa de inovação do Sistema FIEC. Percebemos que não basta ter ideias inovadoras, precisamos ter uma ambiência em sinergia com o ecossistema de inovação para tirar as boas ideias do papel e fortalecer a indústria cearense. Então, o nosso propósito é criar uma ambiência para que isso possa de fato ocorrer e que não seja só um espaço de ideias, mas de soluções concretas para a indústria, que façam nossas empresas se desenvolverem e prosperarem”, justifica.

De acordo com ela, todos os sindicatos associados à FIEC serão envolvidos na ação de forma que as soluções criadas no hub possam beneficiar todos os segmentos industriais.

A primeira ação do hub será o lançamento de um edital, em parceria com a Prefeitura de Fortaleza, que irá selecionar ideias para pré-incubação, voltadas ao setor industrial. Serão selecionadas 30 ideias que receberão apoio para o desenvolvimento de soluções aos principais desafios da indústria cearense. As ideias selecionadas poderão crescer de forma acelerada e ganhar escala, contando com toda a infraestrutura do Hub, capacitação, uma rede de mentores, networking e possibilidade de acesso a financiamento. Outros detalhes do edital serão divulgados no dia do lançamento.

“O grande diferencial do Hub do IEL Ceará, que é também nosso maior desafio, será acelerar as ideias, prototipá-las, testá-las e implementá-las nas empresas, tudo muito alinhado com nossas diretrizes e parceiros. Vamos contribuir fortemente com esse desenvolvimento incentivando o empreendedorismo e as ações inovadoras. No processo de ideação e execução, contaremos com a parceria das outras casas do Sistema FIEC – SESI e SENAI – e com o SEBRAE/CE”, destaca Dana.

Serviço:
Lançamento do Hub de Empreendedorismo e Inovação do IEL Ceará
Data: 2/9/2020
Horário: 17h
Evento online
Informações: 3421-6515/6516 ou 99270-7210

Fonte: Sfiec em 02/09/2020

Siga a CBPCE nas redes sociais.

Fiec discute reforma tributária e linhas de créditos em fórum online

Fiec discute reforma tributária e linhas de créditos em fórum online

A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) realizou ontem (4/8) reunião virtual de diretoria. O presidente Ricardo Cavalcante compartilhou com a diretoria, presidentes de sindicatos, empresários e gestores do Sistema FIEC as últimas reuniões, assuntos abordados e realizações da FIEC, SESI, SENAI e IEL.

Participaram da reunião como convidados o gerente de Políticas Fiscal e Tributária da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mário Sérgio Telles; e o superintendente do Banco do Brasil no Ceará, Kamillo Tononi.

Mário Sérgio Telles abordou os projetos de Reforma da Previdência em andamento no Congresso Nacional, em especial a PEC 45, com a qual a CNI mais está alinhada. De acordo com Telles, a proposta é substituir 5 tributos por apenas um: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e cria o Imposto Seletivo para produtos específicos como cigarros e bebidas alcóolicas. De acordo com a proposta, a mudança deve acontecer gradualmente, em dez anos. A CNI defende, segundo Telles, a criação de um Fundo de Desenvolvimento Regional para que os recursos sejam aplicados localmente no fomento direto para desenvolvimento produtivo e infraestrutura. A CNI segue analisando as propostas e sugerindo melhorias.

O superintendente do Banco do Brasil no Ceará, Kamillo Tononi, participou da reunião para se apresentar aos empresários. Ele está no cargo desde julho. “O crédito tem sido a mola de retomada da economia. Pode haver a sensação de que o crédito não está chegando, mas realmente temos tido alta procura por crédito”, disse. O Banco do Brasil teve mais de R$15 bilhões em créditos prorrogados, sendo quase R$200 milhões no Ceará.

Em três dias, em todo o Brasil, por meio do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), foram concedidos mais de R$5 bilhões em crédito. No Ceará, esse montante chegou a R$150 milhões. Tononi anunciou a prorrogação, por mais dois meses, das operações com o Banco do Brasil.

Pautas da reunião
Também foram pauta da reunião da diretoria a Campanha Compre do Ceará e o Fórum de Transformação Digital do Sistema FIEC, que teve início ontem (4/8), e foi transmitido pelo Youtube e Facebook do Sistema FIEC.

O líder da FIEC sugeriu que os empresários entrem no site da Campanha Compre do Ceará, façam download do material e usem nas indústrias e sindicatos. Sob o slogan “Movimente a Economia. Compre do Ceará, Compre da sua Gente”, a campanha pretende motivar consumidores e toda a sociedade para, no ato da compra, preferir produtos e serviços cearenses. O objetivo é apoiar as empresas locais, promover a abertura de novos negócios, manter e gerar empregos, fortalecendo a economia, por meio do consumo consciente, valorizando o que é produzido, vendido e transportado dentro do Ceará.

Fonte: Sistema FIEC em 04/08/20

Siga a CBPCE nas redes sociais.

Fiec lança estudo para orientar indústrias a produzirem itens de combate à pandemia

FIEC lança estudo para orientar indústrias a produzirem itens de combate à pandemia

A Federação ds Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) lançou, na última quinta-feira (21), o estudo “Estratégias para a Reorientação Produtiva da Indústria Cearense frente à Covid-19”. O objetivo do material é orientar os representantes do setor a produzirem itens de combate à pandemia do novo coronavírus.

O estudo contém um mapeamento de panorama geral; desenho técnico, materiais, equipamentos necessários; alternativas produtivas, patentes e possíveis empresas fornecedoras.

“O estudo consiste numa iniciativa para contribuir com aquelas indústrias que vejam a possibilidade conversão de suas produções industriais para os itens médicos essenciais de maior demanda pelo sistema de saúde”, explica Byanca Pinheiro, analista de Gestão e Prospectiva Estratégica do Observatório da Indústria.

Entenda
De acordo com a Fiec, o colapso do sistema de saúde, temido por consequência da disseminação do covid-19, não se dá apenas pela falta de leitos hospitalares ou da falta de profissionais da área da saúde. Conforme a instituição, além dos equipamentos de respiração mecânica, vários itens também são necessários para o tratamento eficaz dos doentes, tanto para aumentar suas chances de sobrevivência quanto para proteger os profissionais de saúde que estão incumbidos nesta tarefa.

O fornecimento de itens como luvas, máscaras, cateteres, tubos endotraqueais e outros listados neste documento, pontua a entidade, é fundamental para que as atividades hospitalares não cessem e para que nenhum paciente deixe de receber um tratamento digno.

Fonte: Marcia Travessoni em 25/05/20