Armando Abreu, CEO da Qair Brasil e sócio da CBPCE, participará do FIEC Summit 2024

Armando Abreu, CEO da Qair Brasil e sócio da CBPCE, participará do FIEC Summit 2024

O Ceará se destaca como um estado promissor para a produção de hidrogênio verde, graças à sua abundância de recursos naturais, como a média anual de 2.500 horas de sol e um enorme potencial eólico. Aproveitando essas condições, o FIEC Summit 2024 será realizado nos dias 12 e 13 de agosto, no Centro de Eventos do Ceará, reunindo líderes do setor produtivo, acadêmicos, autoridades públicas e a sociedade para discutir as oportunidades e desafios do hidrogênio verde.

Armando Abreu: Um Visionário à Frente da Qair Brasil
Um dos nomes mais aguardados do evento é Armando Abreu, CEO da Qair Brasil. Sob sua liderança, a Qair tem se destacado no cenário nacional como uma das empresas pioneiras na implementação de projetos de energias renováveis. Abreu é conhecido por sua visão estratégica e capacidade de transformar potencial em realidade, conduzindo a Qair em iniciativas inovadoras que impulsionam a transição energética do Brasil.

Painel de Destaque: A Cadeia Produtiva do Hidrogênio Verde
Armando Abreu participará do painel sobre a cadeia produtiva do hidrogênio verde, ao lado de outros especialistas renomados, como Fernanda Delgado, CEO da ABIHV, e David Burns, Vice-presidente da Clean Energy. Este painel é uma oportunidade imperdível para ouvir insights sobre a produção de hidrogênio verde a partir de energias limpas, abordando desde os desafios tecnológicos até as oportunidades de mercado.

Infraestrutura e Potencial Energético do Ceará
O estado do Ceará possui uma infraestrutura robusta que favorece a produção e distribuição de hidrogênio verde. O Porto do Pecém, com seu potencial de 6 GW de capacidade instalada até 2034, é um exemplo de como a infraestrutura local pode ser um diferencial competitivo. Além disso, o estado conta com uma rede de transmissão de energia em expansão, facilitando o transporte do hidrogênio verde para centros de consumo.

Impacto Econômico e Social
De acordo com um mapeamento de oportunidades apresentado pela FIEC em parceria com o Governo do Estado, o Ceará tem o potencial de atrair mais de US$ 30 bilhões em investimentos na área de hidrogênio verde até 2031. Este desenvolvimento não apenas impulsionará a economia local, mas também deverá duplicar a quantidade de empregos diretos e indiretos na região, promovendo um crescimento sustentável.

Programação do FIEC Summit 2024

O FIEC Summit 2024 oferecerá uma programação rica em conferências, exposições e oportunidades de networking. Entre os principais palestrantes, além de Armando Abreu, estão:
– Jurandir Picanço, Consultor de Energia da FIEC
– Luis Viga, Country Manager Brasil da Fortescue
– Fernanda Delgado, CEO da ABIHV
– David Burns, Vice-presidente de Clean Energy
– Duna Uribe, Desenvolvedora de Negócios Sênior no Porto de Rotterdam
– Fabio Koga, Diretor da Siemens
– Hugo Diogo, Gerente da Fortescue

Serviço
FIEC Summit
Data: 12 e 13 de agosto de 2024
Local: Centro de Eventos do Ceará – Pavilhão Leste – Portão D
Site do evento: https://eventofiecsummit.com.br
Link para inscrições https://fiecsummit2024.gupe.com.br/
Mais informações: https://www.instagram.com/fiecsummit/
Programação: https://eventofiecsummit.com.br/programacao/

Fonte: Sistema FIEC em 26.07.2024

Carlos Alberto Nunes, da Tecer Terminais, sócio da CBPCE, participou de debate com o tema: Produção de Hidrogênio Verde

Carlos Alberto Nunes, da Tecer Terminais, sócio da CBPCE, participou de debate com o tema: Produção de Hidrogênio Verde

Uma das formas de energia limpa mais promissora dos últimos anos e que tem ganhado forte destaque em nosso estado é o chamado hidrogênio verde. O chamado “combustível do futuro” tem três vezes mais energia do que a gasolina, com a vantagem de não gerar poluentes. Produzido com fonte de energia renovável, é considerado a principal alternativa ao petróleo.

A participação no Debates do Povo, da rádio O Povo/CBN, com o tema produção de Hidrogênio Verde. Constatino Frate, da Sedet, Lúcio Bonfim, da BI Energia, e Carlos Alberto Nunes, da Tecer Terminais, foram os participantes, com mediação do jornalista Nazareno Albuquerque. O programa tem duração de 1h, no qual debateram o assunto dentro do eixo temático do evento. Constantino lembrou que o tema Transição Energética será debatido no Ceará Global 2022.

Assista o debate no link: https://www.facebook.com/opovocbn

Fonte: Rádio o Povo/CBN em 16.08.2022

O Ceará na transição energética

 

O Ceará na transição energética

A transição energética, que visa substituir os combustíveis fósseis por energias renováveis, impacta positivamente o estado do Ceará. No Brasil, na geração de eletricidade, predominam as energias renováveis que participam com 82,6%, valor muito superior à média mundial.

O mesmo não ocorre em outras atividades, na indústria e nos transportes, que demandam carvão e derivados do petróleo em maior proporção.

Para promover a substituição dos combustíveis fósseis em todas essas atividades, a principal opção escolhida foi o hidrogênio verde (H2V) que é produzido com o uso de energias renováveis.

O H2V pode substituir os combustíveis fósseis na maioria dos seus usos. Permite ser armazenado e transportado para países que detém potencial de energias renováveis suficiente para atender suas necessidades.

No cenário internacional, o Brasil é destaque, pois poderá produzir o H2V ao menor custo. A região Nordeste é privilegiada por deter gigantesco potencial de energia eólica (dos ventos) e solar, que são as fontes de energias mais competitivas. Diante desse cenário favorável, o Ceará partiu na frente com seu projeto de HUB de H2V no Pecém. Empreendedores internacionais do setor de energia estão desenvolvendo seus projetos de produzir H2V no Ceará.

Os investimentos previstos são bilionários. Em grande parte, serão realizados no Ceará, mas para maior benefício, o Ceará terá que atrair a cadeia produtiva, como já ocorre com a energia eólica em que temos fábrica de turbinas e pás eólicas.

Os últimos acontecimentos decorrentes do conflito na Ucrânia resultaram em aumento substancial do preço do petróleo e do gás natural. Esse fato contribui para acelerar a transição energética.

Países da União Europeia estudam a antecipação de suas metas de H2V para reduzir a dependência atual do gás russo.

Muitos são os desafios para que o Ceará alcance o êxito nesse projeto. Nós, cearenses, temos que apoiá-lo acreditando que seu sucesso posicionará nosso estado num patamar mais elevado de desenvolvimento social e econômico.

Por Jurandir Picanço, Consultor de energias da FIEC, Membro da Academia Cearense de Engenharia ACE.

 

Primeiro hub de hidrogênio verde do Ceará deve começar a operar este ano

Primeiro hub de hidrogênio verde do Ceará deve começar a operar este ano

Segundo o governador Camilo Santana e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Maia Júnior, a EDP vai iniciar as operações com uma pequena fábrica para medir novos investimentos no futuro.

O Ceará pode ter a primeira estação de hidrogênio verde operando no território do Porto do Pecém ainda em 2022. A informação foi confirmada pelo governador Camilo Santana e pelo secretário estadual de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Maia Júnior, durante o evento de inauguração do novo terminal ancoradouro.

Segundo Camilo, a EDP, uma das empresas a assinar acordos de entendimento para investimento no novo polo de hidrogênio verde no Ceará deve iniciar as operações com uma pequena planta de produção ainda este ano, aproveitando para dimensionar os próximos passos do projeto.

A fábrica da EDP, no entanto, ainda não tem uma estimativa do nível de produtividade. Segundo o governador, a empresa ainda trabalha em estudos de viabilidade para mensurar os investimentos nos próximos anos.

“Assinamos 17 protocolos com empresas internacionais e há um olhar especial para as vantagens do Ceará, para a estrutura portuária, a ZPE e outras coisas, então acreditamos que o Ceará está na vanguarda, e fizemos uma parceria com a academia para pesquisa. Também temos a perspectiva da primeira instalação das usinas ainda em 2022, para que possamos dar seguimento a isso”, disse Camilo.

“É uma estação, mesmo muitas coisas ainda estão sendo feitas, com estudos para ver as melhores estratégias de produção e transporte”, acrescentou.

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Fonte: Ceará Global

Investimentos em hidrogênio verde somam R$110 bilhões no Brasil

Investimentos em hidrogênio verde somam R$110 bilhões no Brasil

Mais eficiente do que o petróleo e com zero emissões de CO2, o hidrogênio verde é a aposta do mundo na descarbonização.

Cerca de 1h de carro saindo de Fortaleza em direção ao norte, é possível encontrar um dos locais que, a despeito de ainda pouco badalado, promete se tornar um hub global na nova economia, o Porto do Pecém.

É por lá que ao menos 5 grandes empresas já se comprometeram a investir R$90 bilhões, ou 60% do PIB da economia cearense, para produzir “hidrogênio verde”.

O hidrogênio tem sido uma das apostas mais relevantes do mundo rumo à descarbonização em 2050. Segundo estimativas das Nações Unidas, o produto, fruto da separação da molécula de água (a famosa H2O), deve movimentar $2,5 trilhões por ano em 2 décadas.

A aposta possui uma razão bastante simples. O hidrogênio é por larga distância mais eficiente do que os combustíveis fósseis em geração de energia, além de mais barato.

Para isso, porém, é preciso mudar a própria maneira de produção do hidrogênio, que possui ao menos 3 definições: o cinza, produzido com combustíveis fósseis, o azul, produzido com captura de carbono, e o verde, produzido com energias renováveis.

O terceiro é ainda o mais caro, com custo de cerca de $5 por Kg, contra $1-3 do hidrogênio criado com uso de combustíveis fósseis. Em boa medida, os custos decorrem ainda de uma baixa escala de produção.

Mudar essa realidade é a aposta de inúmeras startups, e de gigantes de tecnologia, como a australiana Energix.

A empresa promete produzir 600 mil toneladas de hidrogênio verde em Pecém, com investimento de $5,4 bilhões, uma quantia significativa que deve levantar 3,3 Gw de energia solar e eólica (15% da capacidade brasileira hoje nas duas fontes), apenas para sustentar a usina.

O resultado equivale, em uma conta simples, a cerca de 2,55 bilhões de litros de gasolina, considerando que 1kg de hidrogênio produz o mesmo que 3,2 kg de gasolina (e 1kg de gasolina a 1,35l).

Na prática, com o kg do hidrogênio verde custando hoje por volta de R$27,5, temos o combustível que emite 0g de CO2 custando o mesmo que R$6,47 em gasolina.

A questão, claro, é que o hidrogênio ainda está no início de sua produção em escala global, e há quem aposte que ele possa custar até 5 vezes menos. Na prática, um combustível abundante que poderia substituir gasolina, diesel e carvão, os maiores vilões das emissões de CO2.

Essa tem sido uma aposta que une fundos de investimentos como o Breakthrough Ventures de Bill Gates a nomes como a CSN, a Companhia Siderúrgica Nacional, que aposta no hidrogênio verde para zerar suas emissões de carbono em aço e cimento (a produção de cimento é hoje responsável por ⅕ das emissões globais de CO2).

Um pouco mais ao sul, em Suape, há outro projeto também bilionário, o da francesa Qair, que prevê produzir outras 260 mil toneladas por ano.

Para colocar em perspectiva, o mundo produziu em 2019 cerca de 360 mil toneladas de hidrogênio verde e azul, e deve produzir em 2030 cerca de 7,3 milhões de toneladas.

Os projetos brasileiros equivalem a mais de 20% da expectativa de aumento na oferta, e ainda sim, é apenas uma fração do demandado.

Atualmente o mundo consome 72 milhões de toneladas de hidrogênio em processos químicos e siderúrgicos, praticamente todo vindo do hidrogênio cinza. Apenas nesse processo há uma emissão de 720 milhões de toneladas de CO2, o equivalente a Inglaterra e a Indonésia somadas.

Até o momento, porém, a expectativa é de que este hidrogênio produzido por aqui seja inteiramente exportado, daí a prevalência de hubs portuários próximos a europa.

A expectativa é de que a União Europeia deve investir cerca de 60 bilhões de euros em hidrogênio verde até 2030, com parte destes recursos indo para países parceiros que possam fornecer o combustível ao velho continente.

Isso ocorre, pois, para gerar 1Kg de hidrogênio verde, é preciso consumir ao menos 9 litros de água.

Ao todo, o Brasil possui ao menos $22 bilhões em investimentos já prometidos em 3 hubs, incluindo ainda o Porto de Açu no Rio de Janeiro.

Quando concluída, a planta da Energix deve gerar um boom na pauta exportadora cearense, podendo sozinha aumentar em 2 vezes o total exportado pelo estado.

Fonte: Blocktrends

Maia Jr: Ceará tem 16 protocolos de grandes grupos para produção de hidrogênio verde

Maia Jr: Ceará tem 16 protocolos de grandes grupos para produção de hidrogênio verde

“Se conseguirmos implantar pelo menos 50% desses projetos, será um grande feito extraordinário para o futuro do Ceará”, declarou o titular da Sedet em entrevista

O Ceará contabiliza 16 protocolos de grandes grupos empresariais voltados à produção de hidrogênio verde. A informação foi divulgada pelo titular da Sedet, Maia Júnior, em entrevista ao Focus Colloquium desta terça-feira, 14.

O secretário citou que o pontapé inicial se deu com a Enegix Energy, da Austrália, cujo valor do investimento soma US$ 5,4 bilhões. “Temos mais quatro assinados, cinco na mesa do governador para marcar a data (de assinatura). Há também outros sete projetos em finalização para encaminharmos à PGE e que já foram definidos com os empresários. São 16 grandes grupos econômicos interessados em investir em hidrogênio verde”, disse Maia.

“Se conseguirmos implantar pelo menos 50% desses projetos, será um grande feito extraordinário para o futuro do Ceará. São grandes empresas e investimentos que, um pelo outro, oscilam entre US$ 4 bilhões e US$ 6 bilhões, dependendo do tamanho do empreendimento”, adiantou.

Qair Brasil calcula investir US$ 6,8 bilhões de olho no hidrogênio verde do Ceará

Pontou ainda que o Ceará não depende do repasse de energia elétrica de outras regiões.

“O Estado produz três vezes o que consome em energia elétrica, sendo 4,7 GW e deverá chegar a 7 GW. Com o projeto de transformar o Ceará no grande polo de hidrogênio verde para exportar para o mundo, nós vamos desenvolver não somente uma indústria de bens. Será o nosso carro-chefe”, afirmou.

EDP anuncia investimento de R$ 41,9 milhões em usina de hidrogênio verde no Ceará

Licenciamento ambiental célere

Para destoar no cenário mundial do hidrogênio verde, o titular da Sedet falou que o Estado precisa entender a questão dos licenciamentos ambientais.

Destacou que ocorreu uma reunião entre os secretários do Governo Camilo e o governador para discutir o assunto. “Boa parte do seu secretariado estava presente (no dia 13 de setembro). Para ser um grande player na produção de hidrogênio no mundo, precisamos aprender a licenciar esses projetos. Licenciar com agilidade. Se não fizermos isso, outro Estado pode fazer”, argumentou.

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Fonte: Focus.jor

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EDP anuncia investimento de R$ 41,9 milhões em usina de hidrogênio verde no Ceará

EDP anuncia investimento de R$ 41,9 milhões em usina de hidrogênio verde no Ceará

Projeto fará parte do hub de hidrogênio verde desenvolvido pelo governo do estado

A EDP anunciou a implantação de sua primeira usina de produção de hidrogênio verde (H2V) do Ceará. Expectativa é que a unidade piloto comece a operar no fim de 2022, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP).

Como antecipado pela epbr em julho, o projeto fará parte do hub de hidrogênio verde que vem sendo desenvolvido pelo estado.

De acordo com a companhia, serão investidos R$ 41,9 milhões na planta que contempla uma usina solar com capacidade de 3 MW e um módulo eletrolisador para produção do combustível a partir de energia renovável.

A unidade modular terá capacidade de produzir 250 Nm3/h de H2V.

Além da EDP, o Ceará possui outros quatro memorandos de entendimento com empresas para construção de unidades produtoras de H2V (White Martins, Qair, Fortescue e Enegix), e mais uma dezena em andamento.

Segundo o CEO da EDP no Brasil, João Marques da Cruz, o estado foi escolhido para sediar o projeto por reunir características estratégicas para introdução do hidrogênio verde no Brasil.

Fonte: EDP Brasil

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Engie e EDP(Sócia CBPCE) planejam produção de hidrogênio verde no Ceará

Engie e EDP(Sócia CBPCE) planejam produção de hidrogênio verde no Ceará

Companhias devem assinar um memorando de entendimento com o governo do Ceará para fazer parte de hub de hidrogênio

A francesa Engie e a portuguesa EDP planejam investir na produção de hidrogênio verde (H2V) no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP).

Nos próximos dias, as companhias devem assinar um memorando de entendimento com o governo do Ceará para fazer parte do hub de hidrogênio do CIPP, que já conta com quatro memorandos assinados até agora: Enegix, White Martins, Qair e Fortescue.

A Engie e a EDP são sócias na Ocean Winds (OW Offshore), join venture 50%-50% criada em 2019, com sede na Espanha.

Segundo a OW Offshore, a empresa não participa das tratativas com o governo do Ceará.

Atualmente, a OW Offshore está licenciando cinco parques eólicos offshore no Brasil, com 15 GW de capacidade — a maioria de grande porte. Projetos no Rio Grande do Sul (700 MW e 6,5 GW); Rio de Janeiro (5 GW); Rio Grande do Norte (2 GW); e Piauí (999 MW).

A combinação dos portos com os novos parques eólicos offshore atrai investidores interessados no hidrogênio verde.

A expectativa é que a nova fonte de energia renovável seja capaz de suprir uma parte relevante da enorme demanda de eletricidade necessária na eletrólise para sintetização do H2V.

EDP e Engie já operam no Ceará. A EDP com a termelétrica a carvão UTE Pecém – I, localizada no CIPP, e a Engie com o Conjunto Eólico Trairi.

O parque eólico onshore da francesa possui um total de 212,6 MW de capacidade instalada e 102,3 MW de garantia física para comercialização.

Na semana passada, representantes da Engie se reuniram com o Ministério de Minas e Energia e a Empresa de Pesquisa Energética para discutir hidrogênio.

A companhia espera desenvolver 4 GW de capacidade de H2V no mundo até 2030.

Hidrogênio para substituir carvão em térmicas
No caso da EDP, o hidrogênio verde é considerado essencial para viabilizar a continuidade das operações da companhia no Ceará.

Como meta do seu programa de descarbonização, em janeiro a companhia desativou sua termelétrica em Sines, Portugal, também abastecida a carvão.

A EDP fazia parte de um consórcio ao lado da Galp, REN, Martifer, Vestas e Engie, que pretendia criar um hub de H2V na região onde está a usina e com isso convertê-la para a utilização de hidrogênio verde como combustível, já até o fim de 2022. Porém, em maio deste ano, EDP e Galp abandonaram o projeto.

Eólicas offshore no Pecém
A francesa Qair prevê uma planta de geração eólica offshore com capacidade instalada de 1.216 GW, na plataforma de Acaraú-Ceará e uma planta de eletrólise com capacidade de 2.240 MW, para produção de aproximadamente 296 mil toneladas hidrogênio verde por ano.

O investimento total previsto é de US$ 6,95 bilhões, com geração de dois mil empregos durante a construção das plantas e 600 empregos diretos na operação dos projetos.

A expectativa da empresa, com sede no Ceará, é produzir, armazenar, transportar e comercializar o combustível renovável já a partir de 2023.

A fabricante chinesa Mingyang também pretende instalar uma torre eólica piloto com 15 MW de potência – voltada para o offshore – próximo de Pecém.

Previsto para 2022, o projeto contará com uma turbina de alta capacidade nos padrões atuais, mercado em disputa pelos fornecedores globais.

A empresa avalia a instalação de uma fábrica no porto para atender ao mercado eólico brasileiro, tanto em terra quanto para os futuros parques marítimos.

Representantes da Mingyang, Saipem e BI Participações e Investimentos se reuniram com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet) do Ceará na semana passada. A BI desenvolve campos offshore no Nordeste.

Atualização: ao contrário do informado inicialmente, a OW Offshore diz não participar das tratativas envolvendo o governo do Ceará.

Fonte: EPBR em 26.07.2021

Portos com eólicas offshore são modelos preferidos para hidrogênio verde no Brasil

Portos com eólicas offshore são modelos preferidos para hidrogênio verde no Brasil

Os investimentos anunciados para construção de usinas produtoras de hidrogênio verde (H2V) no Brasil já somam mais de US$ 22 bilhões, todos concentrados em portos — Pecém, no Ceará, Suape, em Pernambuco, e Açu, Rio de Janeiro.

Esses portos combinam uma série de fatores estratégicos para o desenvolvimento da nova cadeia do H2V, como logística para exportação, proximidade de polos industriais e de fontes de energia renovável — utilizada na eletrólise para sintetização do H2V.

Com destaque para os novos parques eólicos offshore que, assim como no caso do hidrogênio verde, estão em fase embrionária no país e aguardam definições regulatórias.

“O Pecém possui localização super estratégica, além de uma ZPE com incentivos tributários diferenciados. E o estado do Ceará um enorme potencial de geração de energias renováveis”, explica Duna Uribe, diretora executiva do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP).

Considerado um dos combustíveis do futuro, o H2V é apontado como uma das soluções para descarbonização da economia mundial, substituindo até mesmo combustíveis fósseis em automóveis e em setores difíceis de descarbonizar, como transportes pesados.

Seu uso como insumo é uma demanda de indústrias de cimento, siderurgia e mineração, e até mesmo como matéria-prima de fertilizantes para o agronegócio.

O Hydrogen Council calcula que, em 2050, o mercado de hidrogênio verde deverá ser de US$ 2,5 trilhões, sendo responsável por cerca de 20% de toda a demanda de energia no mundo.

Hub de Hidrogênio no Pecém

Saindo na frente, o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), no Ceará, já fechou quatro dos sete memorandos de entendimento assinados no país para implantação de unidades produtoras de H2V na sua Zona de Processamento de Exportação (ZPE).

Além dos projetos solares e de eólicas onshore já em operação no estado, há 5.000 MW em parques eólicos offshore sendo licenciados no Ibama, quase o dobro da capacidade em operação (2.394 MW) e outorgada (238 MW) em terra.

São projetos da Neoenergia (Jangada), BI Energia (Camocim e Caucaia) e Eólicas do Brasil (Asa Branca).

Para Duna Uribe, isso revela o potencial natural para a implementação de um hub de hidrogênio verde no Pecém, a princípio com uma capacidade anual de eletrólise de 5 gigawatts e 900 mil toneladas de H2V.

O volume inicial é tímido se comparado às ambições de uma das empresas que já começou estudos para operar no local.

Com investimento de US$ 6 bilhões, a Fortescue Future Industries (FFI), subsidiária da mineradora australiana Fortescue Metals, espera iniciar as operações no porto cearense em 2025 e produzir 15 milhões de toneladas de H2V até 2030.

Além dela, a Qair Brasil também oficializou suas intenções de instalar um planta para produção de H2V e um parque eólico offshore no estado, com investimento total de US$ 6,95 bilhões.

A White Martins e a australiana Enegix também já possuem memorandos de entendimento para investimentos no Hub de Hidrogênio do Pecém.

O governo do Ceará vem se antecipando ao lançamento do Programa Nacional do Hidrogênio, cujas diretrizes estão em fase de definição pelo governo federal, e fechando parcerias para o desenvolvimento de uma cadeia de valor para o hidrogênio verde.

Conexão com Roterdã
Além da grande disponibilidade de energia renovável barata, o Pecém conta com outro trunfo, que é a sua conexão com o Porto de Roterdã, na Holanda – o maior porto marítimo da Europa –, que detém 30% de partição acionária no CIPP. Os outros 70% são do governo do Ceará.

“O porto de Roterdã avaliou vinte portos no mundo com potencial de produção de hidrogênio verde, e o Pecém foi um dos escolhidos, e o único no Brasil”, conta a diretora do CIPP à epbr.

Segundo Duna, a ideia é que haja um corredor logístico entre o Pecém e Roterdã, onde o primeiro seja a porta de saída para o H2V produzido no Brasil e o segundo a porta de entrada na Europa.

A expectativa de especialistas é que 20 milhões de toneladas de hidrogênio verde entrem no noroeste da Europa via Porto de Roterdã até 2050.

“Eles estão na vanguarda da transição energética, e como um grande polo da indústria de combustíveis, precisam de adotar medidas de descarbonização o quanto antes. Para o porto de Roterdã, o hidrogênio verde é uma questão de sobrevivência”, destaca.

O hidrogênio produzido no Brasil será transportado em navios na forma de amônia verde para depois ser reconvertido em H2V no continente europeu.

Para isso, o porto holandês já conta com projetos de implementação de eletrolisadores para produção de hidrogênio verde pelas petroleiras Shell e bp.

França e Alemanha serão, incialmente, os principais mercados consumidores do hidrogênio verde brasileiro.

Dobradinha com hidrogênio azul

No Rio de Janeiro, o Porto do Açu pretende utilizar sua expertise e infraestrutura na indústria de óleo e gás para se tornar um grande player na produção de hidrogênio azul e verde.

Produzido a partir de uma fonte fóssil, em geral o gás natural, o hidrogênio azul tem o carbono que é emitido no processo capturado e armazenado (CCS) para neutralizar as emissões.

E na transição para o verde, deve ocupar um papel estratégico.

“Encontramos a solução de trabalhar em paralelo o hidrogênio verde junto com o hidrogênio azul. Não sabemos qual vai ganhar. Tem empresas apostando firmemente no azul, outras no verde. Poucas estão apostando nos dois”, diz José Firmo, CEO do Porto do Açu.

Por enquanto, a mineradora australiana Fortescue foi a única a anunciar publicamente o interesse na instalação de uma usina produtora de amônia verde, 100% para exportação.

Mas segundo Firmo, outras anúncios devem acontecer em breve.

Até 2023, o porto espera receber R$ 16,5 bilhões em investimentos para implantação de termelétricas, gasodutos, oleodutos, parque de tancagem de óleo e UPGN (unidade de processamento de gás natural), entre outros.

Além disso, o Açu está localizado bem próximo a futuros parques eólicos offshore, nos mares do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.

O Rio de Janeiro concentra quatro dos seis maiores projetos offshore em desenvolvimento no país.

O projeto da Ventos do Atlântico — o segundo maior do país — com 371 aerogeradoes e pouco mais de 5 GW de potência. Em seguida vem o parque Aracatu, da Equinor, com 3,8 GW de capacidade e 320 turbinas.

No Espírito Santo, o parque da Votu Winds prevê 1.440 MW de potência, a partir da instalação de 144 torres com potência de 10 MW cada.

“A logística da eólica offshore é mesma do óleo e gás. Como o Açu hoje já representa a maioria da capacidade logística para óleo e gás da região é natural que seja a melhor e mais eficiente opção para logística da implementação dos parques eólicos também”, explica Firmo.

O CEO acredita que outro diferencial do porto está na sua possibilidade de escala, e que esse foi o fator que atraiu a Fortescue.

“Hoje estamos falando na produção de 200 mil toneladas de amônia verde, o que é muito pouco se comparada a 80 milhões de toneladas de petróleo que transportamos. Temos que imaginar um substituto com a mesma escala, e o Açu tem essa capacidade de escalabilidade nos projetos “, afirma.

Entre as ambições do Açu também está a integração do hidrogênio verde para viabilizar a implantação de um hub de aço verde.

“Casa muito bem (o hidrogênio verde) com a indústria de minério de ferro, que chega via minerioduto de Minas Gerais. Temos um projeto de desvio para industrialização do minério e produção de aço de baixo carbono, que nos permite sonhar com o green steel hub”, explica Firmo.

Suape de olho na indústria nacional

Também de olho no abastecimento das indústrias nacionais, o Complexo Industrial Portuário de Suape, em Pernambuco, vê o hidrogênio verde e o azul com entusiasmo.

O porto abriga uma das principais refinarias do Brasil, a de Abreu e Lima (RNEST).

“A ideia principal é o hidrogênio verde, mas o mercado sinaliza que irá começar a produzir o hidrogênio azul passando para o verde”, conta Carlos André Cavalcanti, diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade do porto.

Diferente dos outros dois portos, a principal fonte de energia dos projetos no Suape seria a solar. Pernambuco possui em 3GW de capacidade solar em outorga, mas apenas 167 MW em operação.

“O objetivo é conseguir até 2022 ter a primeira célula de hidrogênio verde aqui no Suape”, afirma.

Cavalcanti diz que foi feito um mapeamento das mais de 150 indústrias que atualmente ocupam o complexo portuário, incluindo setores petroquímico, alimentício, cimenteiro e siderurgia.

“Queremos nos posicionar como exportador, tanto na parte da amônia como para hidrogênio verde, e também suprir a demanda interna de empresas já instaladas no porto”.

Dois memorandos foram assinados, um com a Qair, que prevê investimentos de quase US$ 4 bi numa planta de H2V, e outro com a Neonergia, para o desenvolvimento de um projeto piloto.

A área escolhida para construção dos projetos está fora da ZPE.

“Outras empresas nacionais de capital estrangeiro, e um pool de empresas europeias, principalmente pela indicação que nós temos do mercado da Alemanha, França e Estados Unidos, estão em negociação”, conta.

O governo de Pernambuco irá realizar um leilão teste para hidrogênio verde ainda este ano, segundo Cavalcanti. O estado foi o primeiro a realizar leilão de energia solar do Brasil.

“Faremos um leilão experimental. Estamos chamando de plataforma propulsora do hidrogênio verde em Pernambuco. Vamos simular dados com validade real para que a gente possa visualizar como seria essa prospecção das empresas, setores, transporte, indústria e agricultura, e entender as demandas, trazendo o futuro para o presente”.

O diretor destaca a vantagem geográfica do Suape na região Nordeste. O porto, segundo ele, está próximo às principais capitais nordestinas, o que facilitaria o escoamento interno da produção H2V, em especial de amônia verde para o agro.

“Estamos a 300 km de Maceió, João Pessoa, Natal, Aracaju, e cerca de 800 km de Fortaleza, e Salvador (…). A amônia produzida pode ser escoada para o mercado de agricultura de baixo carbono, podendo ser utilizada na região de Petrolina, reconhecida pela produção de frutas, e de soja em Matopiba”.

Matopiba é um anagrama referente ao cinturão agrícola, formado pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, que se destaca principalmente pela produção de de grãos e fibras, especialmente soja, milho e algodão.

Fonte: EPBR em 16.07.2021

Ceará e Qair Brasil assinam memorando para usina de hidrogênio de US$ 6,95 bi

Ceará e Qair Brasil assinam memorando para usina de hidrogênio de US$ 6,95 bi

O empreendimento vai gerar 2.000 empregos durante a construção das plantas e 600 empregos diretos quando da plena operação dos projetos

O governador Camilo Santana assinou Memorando de Entendimento entre o Governo do Ceará e a multinacional Qair Brasil para o desenvolvimento de planta de produção de hidrogênio verde com energia elétrica gerada através do Complexo Eólico Marítimo Dragão do Mar e de um parque de energia eólica offshore (dentro do mar). O acordo foi celebrado nesta terça-feira, 6.

O investimento total previsto é de US$ 6,95 bilhões, com geração de 2.000 empregos durante a construção das plantas e 600 empregos diretos quando da plena operação dos projetos.

O presidente da Qair Brasil, Armando Abreu, garantiu que, com o apoio do Governo do Ceará, e das instituições, vai concretizar todos esses investimentos previstos. “Realmente é um momento muitíssimo importante para Qair; é mais um passo na continuação dos investimentos e da estratégia de desenvolvimento da Qair no Brasil, e no Ceará, onde fica nossa sede no Brasil, e vamos continuar aqui e concretizar todos esses investimentos”, informou.

Para Cândido Albuquerque, reitor da UFC, o Ceará será uma referência como produtor de energia limpa no mundo. “Estamos hoje aqui fazendo um contributo, dando uma contribuição de energia limpa para todas as gerações do mundo”, disse.

Fonte: Focus.jor