A Câmara Portuguesa de Minas Gerais realiza o Encontro de Negócios Minas Gerais & Portugal 2020

A Câmara Portuguesa de Minas Gerais realiza o Encontro de Negócios Minas Gerais & Portugal 2020

O Encontro de Negócios Minas Gerais & Portugal 2020 consiste em Webinar e Rodada de Negócios entre instituições e empresas do Estado de Minas Gerais e de Portugal, com o objetivo de atrair investimentos e negócios para o Estado.

No primeiro dia do evento (25/11) ocorrerá um Webinar de abertura e apresentação de alto nível das ações e parcerias entre instituições e entidades do Estado de Minas Gerais e de Portugal sobre o tema de investimentos e negócios.

A participação no seminário é gratuita e aberta, por meio do link no Canal do INDI no Youtube:

https://www.youtube.com/watch?v=v-8n0w9PnQY

Já no segundo dia do evento (26/11) acontecerão as rodadas de negócios entre empresas e entidades de Minas Gerais e Portugal.

A inscrição para as rodadas já está aberta e ocorrerá por meio deste link:

https://www.sympla.com.br/rodadas-de-negocios-entre-empresas-mineiras-e-portuguesas__973210

Fonte: Câmara Portuguesa de Minas Gerais

Galp entra com 15% num novo viaduto em Matosinhos, Leixões paga o resto

Galp entra com 15% num novo viaduto em Matosinhos, Leixões paga o resto

A construção do novo viaduto de 400 metros no Terminal Petroleiro do Porto de Leixões, que vai substituir o atual, que tem já 50 anos e está bastante degradado, está orçada em mais de 3,5 milhões de euros e foi adjudicada à Etermar, sócia CBPCE, que tem 12 meses para executar a obra.

Foi consignada esta terça-feira, 3 de novembro, a obra de construção de um novo viaduto no Terminal Petroleiro do Porto de Leixões, que vai substituir o atual viaduto de acesso, que tem já 50 anos e encontra-se em avançado estado de degradação.

Num investimento estimado “em mais de 3,5 milhões de euros” por parte da APDL e da Galp, que comparticipará 15% da obra, a intervenção consiste na construção de um novo viaduto de cerca de 400 metros que vai estabelecer a ligação aos postos B e C do Terminal Petrolífero e assegurar a passagem para o posto A, explica a APDL, em comunicado.

“Esta obra vem, assim, substituir a estrutura pré-existente e permitir o seu desmantelamento, assim que a construção do novo viaduto seja concluída”, avança a mesma autoridade portuária.

Numa fase subsequente, adianta a APDL, “irá ser reabilitada a estrutura em que o viaduto atual se apoia e que suporta, igualmente, os ‘pipelines’, ou sejam o sistema que permite o transporte dos produtos petrolíferos”.

A APDL refere que a nova infraestrutura “vai permitir, ainda, a normal circulação em ocasiões em que o mar transpõe o molhe e impede a utilização da via existente junto ao seu muro”.

Com execução prevista de 12 meses, a obra foi adjudicada à empresa Etermar – Engenharia e Construção, sendo o projeto da autoria da A3R, Engenharia, enquanto a fiscalização e coordenação de segurança em obra estará a cargo da Future Proman.

Recorde-se que a Galp Energia suspendeu no passado dia 10 de outubro a atividade de produção de combustíveis na refinaria de Matosinhos, em resposta ao impacto da crise da covid-19 e, consequentemente, na atividade económica e na procura de combustíveis.

Esta é a segunda vez este ano que a Galp Energia suspende a produção nesta refinaria, depois de ter retomado a 19 de julho após uma primeira paragem em abril.

Fonte: Jornal de Negócios em 03.11.2020

Ceará está em fase final de negociação para abrigar mais dois data centers

Ceará está em fase final de negociação para abrigar mais dois data centers

Outros dois players internacionais de TI estão “em processo de certificação para homologação junto à Etice”, adianta Maia Júnior

O Ceará poderá abrigar, em breve, até seis data centers, consolidando-se como um dos principais hubs de tecnologia de dados no continente. Maia Júnior, secretário do Trabalho e Desenvolvimento Econômico do Estado, confirmou que duas grandes empresas do setor estão finalizando entendimentos com o Governo do Estado. “Temos duas negociações na reta final de negociação além dos que já captamos para o Ceará. Já temos quatro, sendo três prontos e um estágio de implantação”, completou. Maia ressaltou ainda que, além de já ter projetos em andamento na área de tecnologia de dados com companhias do porte de IBM, Google, Microsoft, Amazon e Oracle, “o Ceará tem mais dois grandes grupos mundiais em processo de certificação para homologação como providers de TI junto à Etice (Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará)”. “Essa cadeia do HUB tecnológico está em um momento muito propício de atração de investimentos”, avaliou. O gestor também comemorou o anúncio oficial da B2W (Lojas Americanas, Submarino e Ponto Frio) sobre a instalação de um centro de distribuição no Estado. A estrutura vai permitir ao grupo efetuar entregas em até 24 horas em endereços em um raio de até 400 km de distância do centro de distribuição.

Pandemia e o apetite para investir
Maia Júnior contabiliza ainda entendimentos com duas indústrias calçadistas (além da recém anunciada unidade da Vulcabrás para produção da Mizuno) e “quase 100 processos de solicitações de incentivos de empresas diversas”. “A gente esperava esses resultados até um pouco mais para frente, mas parece que o período de pandemia fez mostrar aos investidores, tanto do Brasil quanto de fora, que o Ceará está muito bem posicionado para receber grandes investimentos, em logística, em e-commerce e indústria de forma geral”.

Plano Pecém
Outra novidade que a Sedet deve apresentar até dezembro é um business plan para orientar a ocupação do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) e da ZPE. “É toda uma estratégia nova, finalizando o projeto com equipes do CIPP, da Sedet e do Porto de Roterdã. Queremos aprovar no conselho até o fim deste ano”, completa.

Fora da curva
Este plano de ocupação deve dar origem também a um guia sobre o CIPP e a ZPE “para que a gente possa ampliar a busca de grandes investimentos”. “O Pecém é um projeto bem fora da curva para o futuro do Ceará. É um projeto diferenciado, principalmente pela logística portuária de primeira linha”, prossegue Maia.

Mais 500 Pague Menos
Com valorização de 7,4% no valor da ação desde a sua estreia na B3, no mês passado, a Pague Menos projeta abrir 500 lojas no Brasil até 2025, chegando a cerca de 1,6 mil unidades. Segundo o CEO da companhia, Mário Queirós, filho do fundador Deusmar Queirós, dos R$ 713 milhões levantados com o IPO, quase 65% deve ir para a expansão da rede. A redução de endividamento vai consumir 20% do valor e 17% será direcionado para desenvolvimento de tecnologias e serviços. “Passamos a reforçar nosso discurso aos investidores de que somos uma rede nacional, com escala, e não regional”, afirmou o CEO, Mário Queirós, em entrevista ao Valor Econômico.

Produtos da Ceart ganham novo ponto de venda
Inaugurada ontem (15), no shopping Jardins Open Mall, a loja colaborativa BIRDS vai comercializar produtos de artesãos cearenses, via parceria com a Central de Artesanato do Ceará (CeArt). “É mais uma oportunidade para as pessoas terem acesso ao legítimo artesanato cearense. Convido a todos para que adquiram e valorizem o trabalho desses artistas”, afirma a primeira-dama do Ceará, Onélia Leite Santana, uma das articuladoras da parceria.

Fonte: O Otimista em 16.10.2020

Utilização de energia solar se populariza e apresenta crescimento de 80% no país

Utilização de energia solar se populariza e apresenta crescimento de 80% no país

Sistema que utiliza placas solares ganhou impulso com a pandemia. Dos negócios instalados em Fortaleza, 77,9% são em residências. Redução de impactos ambientais e economia na conta são vantagens na escolha do modelo

O uso mais intenso de energia durante a pandemia fez muitos usuários repensarem o consumo do recurso. Nesse contexto, a energia fotovoltaica ou solar surgiu como alternativa limpa, renovável e mais acessível para residências.
Além da redução no impacto ambiental, a instalação de um sistema de energia solar pode representar redução de 95% no valor da conta. Neste ano, até setembro, o setor apresenta crescimento de 80% no país. No Ceará, o serviço tem-se popularizado ao ponto de Fortaleza ser a terceira cidade no Brasil e primeira no Norte e Nordeste com maior capacidade instalada de energia fotovoltaica. Das 2.525 unidades geradoras localizadas na capital cearense, 1.969 são em residências, o que equivale a 77,9% do total.

Investimento
Segundo pesquisa do Canal Solar, portal gerador de conteúdo na área, os investimentos no setor ultrapassaram R$ 62 milhões entre janeiro a junho deste ano. O país conta com 285.366 mil sistemas fotovoltaicos instalados, segundo a Associação Brasileira Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Em dezembro de 2019, o país gerava 1 gigawatt (GW) de potência. Neste ano, a unidade de potência já é de 3.77 gigawatts. A ampliação do serviço acompanha tendências mundiais. Na Europa, a Agência Internacional de Energia (AIE) considera que a energia fotovoltaica será uma das principais matrizes de energia elétrica no continente até 2025. Entre as vantagens de ter um sistema do tipo estão a produção de energia limpa, diminuição dos efeitos socioambientais e redução na conta de energia.

Retomada
Mas o crescimento na pandemia não foi imediato. Os meses de março e abril foram de retração no setor. Só em meados de junho, com o início da retomada das atividades econômicas, a demanda por energia solar começou a crescer. Na Sou Solar, o mês de junho já equiparou o faturamento de fevereiro. Julho, agosto e setembro, por sua vez, registraram recordes sucessivos na receita. “Fizemos um trabalho muito forte de prospecção em abril, começamos a vender para gente que não era nosso cliente. Tínhamos muito material para fazer pronta entrega. Em maio fizemos uma série de treinamentos online e ações institucionais, trabalhamos um mix de produtos, relacionamentos, preços competitivos. Isso fez a diferença”, explica o biólogo e gerente executivo da empresa, Igor Batista.
A Sou Energy atua como distribuidora desses sistemas. Com cinco anos de mercado, é a maior no Norte e Nordeste e está entre as dez maiores do país. De acordo com o diretor da empresa, Carlos Kléber, nos últimos 12 meses o faturamento cresceu 300% em relação a novembro de 2019.

Contratações
Nos últimos meses, a empresa contratou e ampliou o espaço físico, funcionando em um prédio de 3.400m² na BR-116. “O estado que mais compra da gente é o próprio Ceará. Em seguida estão Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco e Bahia”, pontua, acrescentando que a expectativa é que o faturamento duplique até dezembro.
Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem 311.375 unidades geradoras de energia fotovoltaica em 5.042 municípios, sendo que 338.435 unidades recebem créditos – isso porque uma unidade geradora pode enviar energia solar para mais de um ponto receptor.
No Ceará há 8.306 unidades geradoras de todas as classes (residências, comércio, indústria) e 10.549 recebendo crédito em 177 municípios. A potência instalada no estado é de 129,4 megawatss. Quase 50% dessa potência, aproximadamente 60 MW, concentra-se na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Sozinha, a capital abrange 35,7 megawatts.

Estado
Os municípios que concentram a maior parte da potência instalada são, além de Fortaleza, Juazeiro do Norte, Eusébio, Aquiraz, Iguatu, Limoeiro do Norte, Maracanaú, Russas e Caucaia, nessa ordem. Das 8.036 unidades cearenses, 6.040 são em residências.
Já em Fortaleza, dos 2.525 geradores de todas as categorias, 1.969 são em residências. O Ceará se destaca no ranking nacional. Isso porque Fortaleza é a terceira capital com maior capacidade instalada, ficando atrás apenas de Uberlândia e Rio de Janeiro.
Segundo Igor Batista, a classificação mineira se deve à isenção de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para usinas com capacidade acima de 5 megawatts de potência.
Na mesma lógica, o Rio ganhou isenção neste ano e alavancou o volume de unidades geradoras. Já Fortaleza se sobressai devido também ao volume de unidades, mas também às condições climáticas. “Tem sol em abundância, mas o clima não é extenuante e existe brisa. A estação de energia solar é influenciada pela temperatura. Tem que quer luz, mas quanto menor a temperatura, melhor. O ideal é ter mais ventilação e boa luminosidade, por isso a brisa de Fortaleza ajuda tanto”, justifica.

Moda sustentável com economia

A Estilo Feitiço decidiu produzir 100% da energia empregada em sua fábrica no bairro Montese, na Capital, e em toda a rede de lojas. O parque solar sobre a estrutura fabril de 1.500m² custou pelo menos R$ 800 mil, um investimento de retorno a médio prazo.
Manu Corrêa, gerente de marketing da Estilo Feitiço, lembra do compromisso da marca com a sustentabilidade. “Sabendo que a indústria da moda é uma das mais poluentes, quando temos possibilidade de reduzir os impactos, a gente faz. São exemplos o tingimento ou fibras mais naturais que a gente aplica sempre que possível na nossa cartela de matérias-primas. Ao analisarmos a possibilidade de ter energia limpa, abraçamos a causa”, justifica.

Ações
Ela lembra ainda ações de desestímulo ao uso de sacolas e canudos plásticos e às práticas cotidianas de reciclagem de papel e tecido, com descarte consciente dos demais resíduos. A Feitiço abandonou as sacolas plásticas no ano passado. “Temos reduzido também o uso de poliéster, que é um dos materiais de mais difícil decomposição. Fazemos parte de um meio que está pedindo ajuda. Temos por obrigação ajudar, porque queremos ser positivamente relevantes dentro da sociedade”, completa Manu.

Investimento recompensa

Ao lado de Fortaleza, municípios da Região Metropolitana são os que mais atraem projetos de energia solar. No caso das residências, o custo inicial fica em torno de R$ 20 mil para o consumo equivalente a R$ 500 em energia elétrica. O retorno do investimento pode ser em cerca de três a três anos e meio. Mas o maior valor é o impacto gerado no meio ambiente.

Segundo o biólogo Igor Batista, considerando que o equipamento não tem vida útil menor do que 15 anos, o consumidor teria um benefício de 10 anos economizando e gerando mais receita para outras aplicações domésticas. Além disso, a contribuição com o meio ambiente representa um valor agregado irrestrito. “De todas as formas de energia, há as extremamente poluentes, como o carvão mineral, que também é muito caro. É preciso investir em fontes renováveis e não poluentes. A energia renovável, como a solar, é extremamente limpa. No caso da hidrelétrica, a área que precisa ser alagada é gigantesca, que afeta áreas verdes e espécies animais e vegetais”, compara. Como informa Batista, a energia solar reduz o custo na geração e na transmissão do recurso.

Para instalar o sistema em uma casa, é preciso fazer um estudo do espaço, especialmente no telhado, que receberá os módulos fotovoltaicos. Cada placa solar acumula 18kg por metro quadrado, o que exige segurança na infraestrutura do espaço. “A empresa prepara o projeto, desenha, dá entrada na concessionária de energia. O mais comum é o modelo ligado à rede, em que o consumidor injeta energia excedente na rede e recebe crédito na sua conta”, explica Igor Batista. Já a concessionária troca o medidor de energia. Na prática, um sistema residencial, em uma casa que consome o equivalente a 30 KW por mês terá economia de 95% na conta. Os outros 5% se referem custos obrigatórios, como a taxa de iluminação pública.

Fonte: O Otimista em 12.10.2020

Ceará atraiu mais de R$ 56 bilhões em investimentos no mês de setembro

Ceará atraiu mais de R$ 56 bilhões em investimentos no mês de setembro

Quem encabeça a lista são os projetos de geração de energia offshore (capaz de aproveitar a força dos ventos nos mares)

Mesmo com a retração do PIB e a economia local aos poucos se recuperando, o Ceará faz o dever de casa no que diz respeito à atração de investimentos. Em setembro foram aproximadamente R$ 56,8 bilhões na somatória de projetos captados. É o que revela o titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), Maia Júnior.

Quem encabeça a lista são os projetos de geração de energia offshore (capaz de aproveitar a força dos ventos nos mares). Com capacidade de produção estimada em 5,2 GW, são R$ 50 bilhões. “O Ceará está se posicionando na dianteira. Cada GW representa R$ 10 bilhões. Uma torre offshore é capaz de gerar 15 MW de energia. Já uma onshore (em terra) gera 4,2 MW. Conseguimos também uma fábrica de aerogeradores no valor de R$ 400 milhões”, pontua.

Maia também elenca a refinaria da Noix Energy, na Zona de Processamento de Exportação (ZPE), no Pecém. Os investimentos giram em R$ 4,2 bilhões. No rol entra a assinatura do memorando de entendimento da usina de Itataia, cujo investimento gira em R$ 2,2 bilhões.

“São segmentos econômicos estruturadores que só confirmam o pioneirismo do Estado”, reforça Maia.

Vulcabras em Horizonte
Após a Vulcabras fechar acordo com a Alpargatas para a aquisição da Mizuno do Brasil, Maia relata que o time da secretaria entrou em campo para atrair os investimentos para o Ceará.

“No mesmo dia do anúncio, entrei em contato com o Pedro (Grendene). Falei para o governador da situação e ele se prontificou a buscar o negócio”, destacou. Ainda relevou que a Vulcabras foi assediada por outros Estados.

“Eles ainda vão detalhar o projeto para poder formalizar o acesso às políticas de incentivo. Será praticamente uma nova fábrica, apesar de fazerem no mesmo complexo fabril”, complementou Maia sem destacar o montante a ser investido no novo empreendimento.

Fonte: Jornal Focus em 28.09.2020

Hub aéreo do Ceará é diferencial do Estado na atração de investimentos

Hub aéreo do Ceará é diferencial do Estado na atração de investimentos

O setor de transporte aéreo consolida-se como uma grande contribuição para a economia cearense, facilitando o fluxo de pessoas, bens e capital. Quando o Aeroporto Internacional de Fortaleza passou a ser operado pela iniciativa privada, em janeiro de 2018, e, menos de cinco meses depois, foi implementado o hub aéreo capitaneado pela GOL, Air France e KLM, os holofotes do mercado se acenderam sobre o turismo. Afinal, só a Fraport Brasil, responsável pelo terminal aeroportuário, injetou R$ 1 bilhão na economia cearense. Quantia aplicada nas obras de modernização e ampliação do aeroporto.

Ao mesmo tempo, essas três companhias áreas renderam mais de 17 mil voos para o Estado apenas no primeiro ano. Consolidava-se, dessa forma, um novo vetor econômico capaz de atrair mais investimentos e colocar o Ceará em um patamar diferenciado no Norte e Nordeste do país.

E nem poderia ser diferente. O transporte aéreo gera inúmeros benefícios aos consumidores e à economia em geral. Vai além de conexões rápidas entre cidades e países. Estabelece pontes que permitem o fluxo econômico de bens, serviços, pessoas e ideias. Principais fatores impulsionadores do crescimento econômico. “Tomando como exemplo os 20 anos de operação da companhia aérea TAP no Ceará, cerca de 1.980 empresas foram abertas por portugueses no Estado, como consequência da ligação entre Lisboa e Fortaleza. Esse é o maior demonstrativo do que o transporte aéreo faz e pode fazer.

Atrai empresas de pequeno a grande porte e nos mais variados setores”, corrobora o secretário de Turismo do Ceará, Arialdo Pinho.

Impactos vão além do turismo. Na sua avaliação, com o desenvolvimento da operação da Air France, KLM e GOL, responsáveis diretas pela implementação do hub aéreo do Ceará, e ainda com a chegada posterior da Air Europa e demais companhias aéreas que estão por vir, setores como o agronegócio, a indústria da aviação, energias renováveis, comércio e serviços em geral devem atrair, a reboque do turismo, cada vez mais investimentos estrangeiros diretos para o Estado.

“Com mais voos, as pessoas passam a conhecer o Ceará e, consequentemente, descobrem as oportunidades de negócios que temos”, enfatiza Pinho.

Nesse contexto, dados da Secretaria de Turismo do Ceará (Setur CE) apontam que, em 2019, a movimentação de passageiros nacionais e internacionais chegou a aproximadamente 5,89 milhões de pessoas. Ou seja, 20% a mais se comparado ao registrado em 2017, ano anterior à criação do Hub Aéreo do Ceará.

Olhando mais especificamente para a movimentação internacional de passageiros, o acréscimo foi de 125%, totalizando 467 mil pessoas.

Leia a matéria completa no site do Trends CE

Ministro diz que Nordeste terá investimentos de R$ 26 bi para expansão energética

Ministro diz que Nordeste terá investimentos de R$ 26 bi para expansão energética

O chefe da pasta participou junto ao presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira da inauguração de nova etapa do complexo solar de Coremas (PB)

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, destacou nesta quinta-feira, 17, que 56% da previsão da expansão da capacidade de geração de energia elétrica brasileira até 2026 se dará na Região Nordeste. Segundo ele, os investimentos devem chegar a cerca de R$ 26 bilhões.

O chefe da pasta participou junto ao presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira da inauguração de nova etapa do complexo solar de Coremas (PB).

Durante o evento, o ministro ressaltou em especial o potencial energético da região na produção de energias limpas, a eólica e solar. “O Nordeste se destaca pela sua extraordinária contribuição nas gerações solar e eólica, fontes que representam hoje cerca de 11% da nossa capacidade de geração e serão 25%, em 2030”, disse.

O ministro também citou o perfil acima da média mundial do País de produção de energia limpa. “As nossas fontes limpas e renováveis representam 85% da geração de energia elétrica brasileira, enquanto a média no resto do mundo é 24%”, disse.

Ele também mencionou a segurança energética do Brasil, mesmo durante a pandemia da covid-19. “O Brasil é um exemplo para o mundo em termos de sustentabilidade na geração e energia elétricas. Estamos vendo na pandemia alguns países com apagões e aqui estamos com segurança energética; fontes limpas 85% da energia.”

Fonte: Diário do Nordeste em 17.09.2020

Refinaria entra no rol de grandes projetos privados no CE, que somam R$ 56 bilhões

Refinaria entra no rol de grandes projetos privados no CE, que somam R$ 56 bilhões

Iniciativa privada é responsável pela aplicação dos recursos no Estado, em parcerias com o governo estadual e com o federal, no caso da Usina de Itataia. Resultado aparecerá com geração de empregos e atração de novas indústrias

Ao fim deste mês, o Ceará deve somar R$ 56,64 bilhões em investimentos estruturantes, que não se limitam exclusivamente à instalação de empresas, mas à atração de novas indústrias e fomento de desenvolvimento local. Além do acordo firmado semana passada para estabelecimento de indústrias na área de energia (investimento de R$ 50,4 bilhões) e os R$ 4,240 bilhões anunciados ontem para a refinaria de petróleo, o Estado deve firmar, no fim de setembro, aplicação de mais R$ 2 bilhões para a construção da Usina de Itataia, no município de Santa Quitéria. Com os três aportes, o Ceará passa a ser destaque no país por movimentar tamanho volume em negócios estruturantes nestes meses de pandemia.

De acordo com o titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Ceará (Sedet), Maia Júnior, no fim do mês o projeto para a Usina de Itataia deve ser assinado pelo Estado, Governo Federal e Consórcio Santa Quitéria, formado pela estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e Empresa Galvani Indústria Comércio e Serviços S.A. A finalidade é explorar, na mina localizada no município de Santa Quitéria, urânio e fosfato. “Dentro de uma lógica estratégica, são três grandes projetos que vão ter como consequência uma boa geração de empregos e desenvolvimento local”, acredita o secretário.

São avanços para uma nova economia, na avaliação de Maia Júnior. Isso porque as atrações envolvem energias renováveis, bens e geração de energia solar e eólica. “Agora estamos consolidando as energias offshore. Atraímos uma fábrica semana passada. Com o projeto de energia, turismo, o hub de aviação e indústria de datacenter, o Ceará está criando – além das velhas economias, como agronegócio, têxtil, turismo e indústria de calçados – novas oportunidades de fortalecer sua base econômica. Do ponto de vista futuro isso tudo dá ao Ceará uma estrutura mais sólida de desenvolvimento”, considera.

Só com Itataia, o investimento estimado é de US$ 400 milhões de dólares, o que equivale a cerca de R$ 2 bilhões. Trata-se de um acordo semipúblico, pois o INB é o detentor de exploração da mina de urânio no Brasil, mas uma empresa do setor de fertilizantes que vai produzir o subproduto da mina, que é o fosfato. A produção local, segundo Maia Júnior, deve reduzir em 50% as importações brasileiras as fosfato e bicálcio. A expectativa é que a exploração e produção gerem em torno de 2.000 empregos diretos. A previsão é que a mina passe a operar por volta de 2023, sendo que o projeto deve ser iniciado no fim de 2021 ou início de 2022.

“São três notícias extraordinárias”, diz Maia Júnior. Além da refinaria e da Usina de Itataia, ele se refere ao contrato assinado semana passada com chinesa Mingyang Smart Energy, que construirá uma fábrica de aerogeradores para utilização em parques eólicos offshore, instalados no mar do Ceará. Com 15 fábricas na China, a companhia pretende investir R$ 400 milhões no Ceará. Somados aos investimentos do projeto Asa Branca e da Neoenergia, Maia Júnior informa que o Ceará soma R$ 50,4 bilhões em aplicações em energia limpa. “São três notícias extraordinárias para o Estado, em um momento difícil, em que o Nordeste todo teve articulação de atração”, diz.

“Considerada a maior jazida de urânio do Brasil, Itataia foi descoberta na década de 1970. Em 2004 formou-se o consórcio do Projeto Santa Quitéria (PSQ), formado pela estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e a Empresa Galvani Indústria Comércio e Serviços S.A. Segundo informações da INB, o PSQ está na agenda de prioridades do Governo Federal. A empresa aponta como justificativa a “recuperação do Brasil pós-pandemia da covid-19, com foco na balança comercial tanto para o urânio como para o fosfato”. O objetivo da exploração, segundo a estatal, é produzir fertilizantes fosfatados granulados destinados à agricultura, fosfato bicálcico utilizado para suplementação animal e urânio para a produção de energia elétrica.

Entre os benefícios do projeto a INB destaca ainda a condução de investimento pela iniciativa privada, a diminuição da importação de fertilizantes, a receita prevista, arrecadação de impostos, distribuição de produtos fosfatados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e desenvolvimento da “rota tecnológica”. Ainda conforme a estatal, a exploração em Itataia será baseada na economia de água, dispensará barragem de rejeitos, substituirá biomassa por coque de petróleo e terá maior aproveitamento do minério.

Pesquisas apontam que a produção do fosfato deve garantir a exclusão de elementos radioativos que representam risco para pessoas e ecossistema. Segundo informações do Ministério de Minas e Energia, o país importa urânio enriquecido no valor de R$ 100 milhões mensais para abastecer as usinas Angra I e II. O Movimento pela Soberania Popular na Mineração no Ceará defende que as comunidades atingidas participem das decisões e que o projeto contemplem políticas públicas que humanizem a economia, as relações com o espaço e minimizem riscos de contaminação.”

Investimento na refinaria é de R$ 4,240 bi, com implantação em até 30 meses

Após mais de 60 anos de espera, finalmente o Ceará terá uma refinaria – não pública, como foi ventilado no início dos anos 2000, mas com investimento privado. Nessa quarta-feira, o memorando de entendimento para a instalação do projeto foi assinado entre Governo do Estado e a companhia brasileira Noxis Energy. Com investimento de R$ 4,240 bilhões, a refinaria de petróleo deve gerar 150 empregos diretos e 3.000 indiretos. O maior impacto, contudo, é para o desenvolvimento local. Através da refinaria, novas indústrias podem se instalar no Estado, inclusive montadora de veículos. O fator determinante para a efetivação do projeto neste ano de incertezas econômicas foi o fato de o Ceará ser o único estado brasileiro com uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE) em pleno funcionamento.

O governador Camilo Santana assinou o documento com o diretor-presidente da Noix, Gabriel Debellian, e Márcio Dutra, principal investidor. Os secretários do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), Maia Júnior, e do Meio Ambiente (Sema), Arthur Bruno, também estavam presentes. “Sempre tivemos um objetivo de implantar no Ceará uma refinaria e uma siderúrgica. Em 2017 conseguimos abrir a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), formada pela brasileira Vale e as coreanas Dongkuk e Posco, um grande investimento de todas as partes. Agora, para a instalação da refinaria da Noxis Energy, nós também nos colocamos à disposição para viabilizar a sua instalação. É um grande investimento para o nosso Estado e para os cearenses”, aponta o governador.

Após o licenciamento ambiental, a implantação está prevista para ocorrer no máximo em 30 meses. Em funcionamento, a refinaria terá como principal produto o óleo combustível marítimo (bunker), com capacidade de refino de 50.000 BBL/dia. Mas, plenamente implantada, a produção prevista é de 1.500.000 (hum milhão quinhentos mil) toneladas/ano de combustível, até 2025. Sediada no Rio de Janeiro, a Noxis Energy atua na área de refino de petróleo com plantas em processo de instalação em locais estratégicos ao longo da costa brasileira.

“Estar no Ceará é muito estratégico para a nossa empresa, pois o Estado apresenta condições favoráveis em posicionamento geográfico em um mercado com demanda significativa de derivados num raio de 200 km, instalações necessárias como o moderno Porto do Pecém, e pode atender também o Porto de Itaqui no Maranhão. Por falta de oferta, os navios vêm para o Brasil supridos de combustível para a viagem de retorno, e assim nos colocamos como principal fonte de reabastecimento de um bunker limpo, que terá uso compulsório nas embarcações já em 2020, reduzindo o teor de enxofre de 3,5% para 0,5%”, explica Gabriel Debellian. O presidente da Noxis garante também que a prioridade para a mão de obra essencial da refinaria será de cearenses.

Originalmente, a refinaria seria instalada no Maranhão. Contudo, a localização e as vantagens estratégicas locais foram preponderantes. Na avaliação do secretário Maia Júnior, daqui em diante o momento é de desenvolver projetos e obter licenças ambientais e de órgãos públicos licenciadores de obras. A ação, para o secretário, representa um segundo grande passo para a estruturação da política de desenvolvimento econômico, pois se trata de um investimento estruturador. O outro projeto a que Maia Júnior se refere é a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP).

“Como a ideia inicial era de um projeto voltado para exportação, o fato de o Ceará ter a única ZPE em funcionamento no Brasil foi um fator decisivo”, ressalta. Como contrapartida, o Estado oferta terrenos que hoje estão alugados e incentivos fiscais. Como já é definido pela ZPE, a produção e exportação do petróleo refinado não gerará imposto. Desse modo, a vantagem local é mais ampla. “A refinaria vai gerar um outro de consumo e indústrias complementares. Como vamos exportar, estamos agregando valor ao petróleo bruto, produzindo combustíveis, criando novas economias, fortalecendo a visão de futuro do porto e consolidando todo o arranjo planejado para o Pecém”, contextualiza.

Como reforça o secretário, “uma indústria não se abre nem se fecha da noite para o dia, sempre foi base de desenvolvimento em qualquer país do mundo”. Apesar de considerada de pequeno porto, Maia Júnior afirma que a refinaria pode ser ampliada de acordo com a demanda. Além disso, a instalação suscita uma nova lógica de crescimento no setor. Como se trata de uma indústria de base, a expectativa é que sua instalação agregue a vinda de outras indústrias, como a petroquímica. “Com essa nova estruturação, os desdobramentos futuros incluem negócios complementares, como a indústria automobilística, por exemplo. Não há mais impeditivo de se formar a complementação da cadeia, com uma base de refino, atrelada à indústria petroquímica”, sinaliza.

O secretário lembra ainda que a refinaria resgata antigos planejamentos para o Ceará, de outros governos. Isso porque desde os anos 1960 se ventila a possibilidade de o estado ter uma refinaria de petróleo. A condição mais próxima ocorreu no início dos anos 2000, quando a instalação de uma refinaria da Petrobras mobilizou estados nordestinos a barganharem a obra. Na ocasião, a decisão foi pelo estado de Pernambuco, onde a Refinaria Abreu e Lima foi instalada, está em operação, mas neste ano passa pela possibilidade de ser privatizada. No Nordeste, o outro equipamento do tipo é a Refinaria Landulpho Alves-Mataripe, construída nos anos 1960 na Bahia e também, à época, vislumbrada para ser instalada no Ceará. Na região, portanto, a refinaria cearense será a terceira, mas a primeira privada.

Fonte: O Otimista em 16.09.2020

Investimento de US$ 400 mi no Ceará eleva oferta de fertilizantes e de urânio

Investimento de US$ 400 mi no Ceará eleva oferta de fertilizantes e de urânio

Projeto, que está na fase de licenciamento ambiental, deve ter mina operando no final de 2023

Redenção. Essa foi a palavra que Tomas Antonio Albuquerque de Paula Pessoa, prefeito de Santa Quitéria (CE), buscou ao falar sobre uma parceira público-privada que está para ocorrer em sua cidade.

Em seu quarto mandato, e tentando o quinto, Pessoa diz que enfim a região poderá desfrutar de um investimento industrial que vem sendo esperado desde 1976.

O prefeito se refere ao consórcio Santa Quitéria, que une a estatal INB (Indústrias Nucleares do Brasil) e a Galvani em um projeto para a extração de fosfato e de urânio na cidade.

“É um casamento de interesses e oportunidades, realizado em um momento adequado”, diz Carlos Freire Moreira, presidente da INB, empresa que tem o monopólio da produção de urânio no país.

O contrato, ainda com possíveis acertos, dá à Galvani o direito de extração dos minerais. Ela fica com o fosfato e repassa o urânio para a INB. A empresa do setor de fertilizantes assume a operação de extração.

“É um projeto com viabilidades interessantes. Vamos produzir fertilizantes fosfatados de alto teor para uma região que cresce muito”, afirma Ricardo Neves de Oliveira, diretor-presidente da Galvani.

A empresa vai utilizar o fosfato para dois segmentos: o de fertilizantes fosfatados e o de fosfato bicálcico. Este último, destinado à nutrição animal, um setor novo para a empresa.

O executivo aposta no sucesso da operação devido à forte demanda por fertilizantes e por suplementação alimentar nas áreas do chamado Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).

Na avaliação do prefeito de Santa Quitéria, a logística favorável e a proximidade da mina de algumas das principias regiões produtoras de grãos e pecuária vão baratear os custos para os produtores. Agricultores de São Raimundo Nonato (PI) e Balsas (MA) serão dois dos polos que serão bastante beneficiados, diz ele.

Para Oliveira, o novo olhar sobre a sustentabilidade no país vai reverter muita área de pastagens para a produção de grãos. Com isso, a pecuária vai ter de usar mais tecnologia e ser mais produtiva.

Segundo o executivo, a Galvani vai poder atuar no Norte e Nordeste com preços bastante competitivos para agricultores e pecuaristas.

O novo projeto auxiliará o abastecimento do país em duas frentes: reduzirá a importação de fertilizantes e elevará a produção nacional de urânio, tornando o país exportador do excesso neste último caso.

A Galvani, quando o projeto estiver terminado, colocará 500 mil toneladas de fertilizantes fosfatados por ano no mercado. O Brasil importa 72% do que consome.

A empresa elevará também a oferta nacional de fosfato bicálcico em 250 mil toneladas. O consumo anual do produto para suplementação animal é de 1,2 milhão de toneladas.

No caso do urânio, o salto na oferta será gigantesco, segundo Freire. Serão 1.600 toneladas por ano de concentrado de urânio (yellowcake), extraído do ácido fosfórico.

A produção de Santa Quitéria terá capacidade para cobrir as necessidades das usinas Angra 1, 2 e 3, e fornecerá combustível para o abastecimento de pelo menos outras três usinas do porte das atuais.

O Brasil será reconhecido como um potencial fornecedor de urânio enriquecido, um produto com muito mais valor adicionado, diz Freire.

“Uma coisa é ter urânio. Outra é saber processar, e o Brasil está no grupo dos poucos países que já dominam essa tecnologia”, afirma ele.

Segundo Freire, “fala-se muito dos malefícios da energia nuclear, mas pouco dos benefícios”. É uma energia limpa e pode ser levada para perto dos grandes centros de demanda. Além disso, ganha espaço na medicina e na agricultura.

Sobre o acidente ocorrido em Goiânia (GO), em 1987, ele o classifica como um ponto fora da curva. Naquele ano, o caso conhecido como o do césio-137 provocou a morte de quatro pessoas e a contaminação de várias dezenas por radioatividade.

Um dos sérios problemas da região é a falta de água, mas o processo a ser utilizado na extração do fosfato e do urânio vai reduzir em 30% o consumo, segundo Oliveira. Entre 80% e 85% da energia elétrica será gerada na própria unidade.

O projeto, que está na fase de licenciamento ambiental, terá investimentos de US$ 400 milhões a US$ 450 milhões. Serão de US$ 320 milhões a US$ 350 milhões na planta e mais um valor de US$ 80 milhões a 100 milhões em outras operações, inclusive portuária.

A mina começa a operar no final de 2023, mas ainda com baixa produção. Aumenta o ritmo em 2024 e estará a plena carga em 2026. A vida útil da jazida é estimada em 30 anos.

O empreendimento movimentará 2.500 trabalhadores, 500 deles com contratação própria. Freire diz que o objetivo é requisitar o máximo possível de trabalhadores da região. Para o prefeito da cidade, as contratações e a formação de profissionais não serão problemas. Santa Quitéria tem várias escolas premiadas pela liderança na qualidade do ensino no estado.

O projeto da INB e da Galvani dará vida a toda a região, segundo Pessoa. O município faz divisa com 14 outros e tem 45 mil habitantes. Está a 230 km do porto de Pecém.

O prefeito já prevê o caixa da cidade um pouco mais gordo, podendo ser acrescentados R$ 20 milhões aos atuais R$ 90 milhões do orçamento.

Pensa, e faz as contas. O movimento será intenso. Serão pelo menos 700 carretas por semana circulando pelo município, afirma.

Fonte: Folha de São Paulo em 11.09.2020

Complexo do Pecém quer atrair negócios relacionados à alimentação

Complexo do Pecém quer atrair negócios relacionados à alimentação

Atrair unidades de indústrias da alimentação é uma das prioridades para o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), mais ainda para a Zona de Processamento de Exportação (ZPE). Em reunião com o Sindicato das Indústrias da Alimentação e Rações Balanceadas no Estado (Sindialimentos), a diretora executiva do complexo, Duna Uribe, ressaltou que os incentivos oferecidos pela ZPE Ceará, que já exportou 48,04 milhões de toneladas em cargas, são válidos para empresas de qualquer porte. “Não existe investimento mínimo. Basta seguir os requisitos previstos em legislação para obter os benefícios, incluindo a segurança jurídica de um contrato de 20 anos”.

A executiva afirmou ainda que os incentivos são ainda mais vantajosos para empresas menores, devido a menor capilaridade destas no mercado internacional. Para compor a ZPE, é preciso que no mínimo 80% da receita seja oriundo de exportações. “Como são oferecidos benefícios robustos, é necessário que exista uma atividade de processamento, beneficiando o produto que será exportado”, concluiu. Atualmente a ZPE passa por ampliação. Uma área de 137 hectares será adicionada aos 23 hectares atuais. A previsão de conclusão das obras é o primeiro semestre de 2021, porém as empresas poderão se instalar a partir de novembro de 2020.

Fonte: O Otimista em 02/09/2020

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