Da nossa língua vê-se o mar

Da nossa língua vê-se o mar

Foi com esse horizonte atlântico no olhar que há 20 anos, no dia 01 de junho de 2001, um grupo de empresários cearenses e portugueses levantou a bandeira da diplomacia econômica das relações luso brasileiras a partir do Ceará e fundaram a Câmara de Comércio Brasil Portugal no Ceará (CBPCE).

Nunca foi tão oportuna a frase de Vergílio Ferreira, “Da minha língua vê-se o mar”, para ilustrar o contexto atual que ambienta a atuação da Câmara em seus 20 anos.. 521 anos após Cabral ter aportado em terras brasileiras, a Ella link concluiu a instalação do cabo submarino de mais de 6000km, ligando Fortaleza à cidade de Sines, em Portugal, presente maior não poderia existir.

Ao longo de sua trajetória compreendendo dez gestões, a CBPCE tem desenvolvido suas ações de forma contínua e com amplitude geográfica crescente, ancorada num conjunto de valores que afetivamente intitularemos luso-brasilidade e que unem Brasil e Portugal – sangue, língua, cultura e passado comuns.

Tem sido a partir destes valores que a CBPCE contribui para a cooperação econômica, social, cultural, científica e tecnológica, sempre contextualizada com a ambiência atual de negócios apropriada ao fortalecimento das relações, sejam elas com seus sócios, institucionais e/ou governamentais.

Graças a essa consciência, a CBPCE tem uma base de trabalho sustentada pela cooperação e relacionamento, produzindo oportunidades de negócios e parcerias que tanto contribuíram nestes 20 anos para apoiar as relações internacionais do estado do Ceará.

Com a realização do Censo dos Investimentos Portugueses em 2003, a CBPCE contribuiu para ilustrar as relações econômicas com Portugal no mapa de Comércio Exterior do Ceará. Sempre com o olhar de que os números representam uma troca potencial e fomentam ações para otimizar a oportunidade crescente de relacionamento comercial entre os dois países. Foi nesta vertente que a entidade contribuiu para a fundação da Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil, hoje contando com 18 instituições no país.

Após alguns acordos de cooperação firmados com várias instituições portuguesas nomeadamente a Câmara de Comércio e Indústria de Aveiro – CCI AIDA, AERSET, CEVAL, ANEMME, entre outras grandes parcerias, a CBPCE fomentou uma das maiores missões de negócios em língua portuguesa, conduzindo empresários de 13 estados do Brasil numa missão de negócios a Portugal, com uma delegação de 82 representantes que cumpriu uma exitosa agenda com grande contribuição para a ampliação dos laços empresariais e institucionais entre os dois países.

Uma outra bandeira que, sem sombra de qualquer dúvida, representa as nossas velas nos navios da modernidade, tem sido a comunicação. Desde seus primeiros passos, a Câmara investiu em ferramentas como site, newsletters, estas até hoje enviadas semanalmente, e formatos de boletins informativos em redes sociais abertas e fechadas. Esses diversos canais de comunicação atingem semanalmente públicos distintos em mais de 100 países, incluindo imprensa, empresários, diplomatas, formadores de opinião, entre outros.

Em 2009, a CBPCE assumiu a presidência da Federação das Câmaras pela primeira vez, tendo como marco da gestão a realização do V Encontro de Negócios em Língua Portuguesa. Com isso, a CBPCE se consolidou como uma das principais instituições portuguesas de articulação das relações luso brasileiras em território nacional.

Com a aproximação e filiação da CBPCE à Rede Mundial de Câmaras Portuguesas, com mais de 60 instituições e atingindo mais de 70 mercados, a Câmara passa a ser uma das mais referenciadas da rede, culminando com a conquista para o Ceará da realização da 9ª Reunião Anual das Câmaras Portuguesas no Mundo e da realização do 10º Encontro de Negócios em Língua Portuguesa, pela segunda vez a ser sediado no Ceará.

Em se tratando de eventos estratégicos, a CBPCE vem apoiando a EXPOLOG, um dos maiores eventos de logística do país, contribuindo sobremaneira para a interlocução internacional do evento. A Câmara é ainda a entidade criadora e mantenedora da marca Ceará Global, que se tornou um dos maiores eventos de projeção internacional do estado, conduzido hoje pelas instituições que formam a Câmara Setorial de Comércio Exterior. O Ceará Global segue em agosto de 2021 para sua quinta edição.

Atualmente a décima gestão da Câmara ancora mais uma vez a presidência da Federação das Câmaras, tendo como bandeira a internacionalização, o que se traduz em fomentar ações que permitam conjuntamente com as demais câmaras portuguesas no Brasil e do mundo o estabelecimento da maior rede global de negócios em língua portuguesa, estando atualmente em pleno processo de reconhecimento como entidade de utilidade pública pelo governo português.

Por estas razões singulares, pela persistência e protagonismo, parabenizamos a CBPCE, sobretudo pela forma continuada de fazer acontecer com vanguarda, ancorada em algo que merece de nós todo o respeito, a autossutentabilidade de suas ações.

Parabéns por contextualizar tão bem a porta atlântica de Portugal no Ceará, sempre entendendo e respeitando o fato de que entre Portugal e Brasil há muito mais fatores a unir do que a separar. Acima de tudo, há um oceano que une os dois países e não que os separa, e isso quer dizer muito mais do que as palavras podem expressar. Que venham mais 20 anos! Parabéns aos navegadores da modernidade.

Clivânia Teixeira
Executiva CBPCE

01.06.21

Primeiro encontro “Portugal – Negócios & Investimentos” apresenta oportunidades no Distrito de Aveiro

Primeiro encontro “Portugal – Negócios & Investimentos” apresenta oportunidades no Distrito de Aveiro

Evento online foi realizado pela Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil

Na última terça-feira, 13, aconteceu a primeira edição do “Portugal – Negócios & Investimentos”, um projeto da Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil (FCPCB), que contempla um ciclo de eventos online a serem realizados neste ano de 2021.

O intuito é apresentar associações industriais e comerciais portuguesas para associados e convidados da Federação, explorando as potencialidades de conexões e negócios com o Brasil.

A região da vez foi o distrito português de Aveiro, apresentada por Elisabete Rita, Vice-Presidente Executiva da Câmara de Comércio e Indústria do Distrito de Aveiro, AIDA CCI. Com excelente infraestrutura, que contempla dois importantes portos e linha ferroviária com distribuição de mercadorias para dentro da Europa, principalmente para Espanha, França, Alemanha e Itália.

Entre os dados apresentados sobre Aveiro no encontro, estão que Aveiro abriga atualmente 6% das empresas existentes em Portugal e que Indústria e Comércio são responsáveis por cerca de 81% do volume de negócios gerados no distrito. Trata-se de uma região exportadora, principalmente, de máquinas e aparelhos, madeira e cortiça, metais comuns e plásticos e borrachas.

O evento contou com a participação do Embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro Ramos, que pontuou a importância das parcerias para estreitar as relações entre os dois países. “Brasil e Portugal são dois países irmãos, mas que podem dar mais as mãos. Há sempre potencial e margem para nos unirmos mais e essa área de comércio e indústria é muito importante”, declarou o Embaixador.

O presidente da FCPCB, Armando Abreu, falou sobre o objetivo do projeto: “Queremos apresentar as câmaras para que empresários portugueses e brasileiros, que quiserem investir nos dois países, saibam que podem e devem usá-las”. O próximo evento, que apresentará outra região portuguesa, ainda não tem data definida.

Sobre Aveiro
O distrito de Aveiro tem apresentado, ao longo das últimas décadas, um dinamismo empresarial ímpar no contexto de Portugal, caracterizando-se por uma forte densidade empresarial e pela predominância de indústrias, muitas delas exportadoras de produtos, aproveitando-se da localização geográfica privilegiada, no litoral central do país, rodeado pelos Distritos do Porto, Viseu e Coimbra, e próximo à região metropolitana de Lisboa.

Com mais de 80 mil empresas, o distrito de Aveiro é o terceiro de Portugal com maior representatividade em termos de empresas com a classificação PME Excelência (selo de reputação que reconhece as empresas por sua solidez e idoneidade e que possui grande relevância para empresas exportadoras e com ambição internacional), sendo caracterizado por uma grande diversidade de tipos de negócios, que vão da indústria transformadora ao comércio, serviços e turismo.

Mais informações:
secretariace@cbpce.org.br

Fonte: AD2M Engenharia de Comunicação

“É possível ter resultados nos negócios em meio a adversidade?” esse é o tema do nosso evento de hoje, às 17:30

“É possível ter resultados nos negócios em meio a adversidade?” esse é o tema do nosso evento de hoje, às 17:30

Neste momento globalmente desafiador para a sociedade e economia, o que mais as empresas querem é Sobreviver e Crescer!

Para isso, elas precisam aumentar a produtividade, fortalecer a sua imagem e melhorar os seus resultados, sendo competitivas no mercado.

Mas, como fazer? Como é possível engajar toda a empresa diante de cenários tão adversos?

Reunimos empresários, especialistas em finanças, gestão e pessoas para conversarmos sobre esse tema tão instigante e desafiador. E você é nosso convidado para participar deste bate papo!

Dia 24/02
Das 17:30 às 18:30
Via Zoom
Inscrições: http://bit.ly/evento-cbpce

“É possível ter resultados nos negócios em meio a adversidade?” Abordaremos este tema no dia 24, próxima quarta-feira

“É possível ter resultados nos negócios em meio a adversidade?” Abordaremos este tema no dia 24, próxima quarta-feira

Neste momento globalmente desafiador para a sociedade e economia, o que mais as empresas querem é Sobreviver e Crescer!

Para isso, as elas precisam aumentar a produtividade, fortalecer a sua imagem e melhorar os seus resultados, sendo competitivas no mercado.

Mas, como fazer? Como é possível engajar toda a empresa diante de cenários tão adversos?

Reunimos empresários, especialistas em finanças, gestão e pessoas para conversarmos sobre esse tema tão instigante e desafiador. E você é nosso convidado para participar deste bate papo!

Dia 24/02
Das 17:30 às 18:30
Via Zoom
Inscrições obrigatórias através do link: http://bit.ly/evento-cbpce

Demanda por fretes rodoviários cresceu 62% em 2020, aponta relatório

Demanda por fretes rodoviários cresceu 62% em 2020, aponta relatório

Crescimento de 82% no volume de fretes, no segundo semestre, foi puxado pelo agronegócio

Apesar do ano atípico por conta da pandemia, o setor de transporte rodoviário de cargas seguiu firme para superar os desafios enfrentados por toda a economia brasileira, em 2020. O resultado positivo do segmento foi refletido no volume de fretes movimentados no país, que aumentaram 62% na comparação com 2019. O dado faz parte do “Relatório Anual FreteBras – O Transporte Rodoviário no Brasil”, produzido pela Fretebras, plataforma on-line de transporte de cargas da América do Sul, que analisou o mercado de fretes durante todo o ano passado.

De acordo com o estudo, o maior impacto da pandemia no setor de transportes em 2020 foi sentido na primeira metade do ano. Do primeiro para o segundo trimestre, houve queda de 8% nos fretes. A redução ocorreu exatamente no momento em que foram iniciadas as medidas de distanciamento social. Entretanto, a chegada do terceiro trimestre, com uma alta histórica puxada principalmente pela safra recorde de produtos agrícolas, contribuiu para que houvesse um aumento duas vezes maior no volume de fretes em relação ao mesmo período em 2019, registrando um crescimento de 102%.

Preço médio do frete em 2020

Com o intuito de apoiar no equilíbrio e transparência da indústria de transportes rodoviários, a FreteBras anunciou o lançamento do Índice FreteBras de Preço do Frete, que passará a ser divulgado mensalmente.

Segundo a empresa, em 2020, o caminhoneiro que cruzou o Brasil de Norte a Sul recebeu, em média, R$3,93 por km por eixo. Ao seguir pelo Centro-oeste, os ganhos foram mais altos, em média R$4,73. As regiões Sudeste e Nordeste registraram os valores mais baixos do país, média de R$3,81. Ao longo do ano este preço se manteve estável.

Setores em destaque

Com uma grande safra de grãos, o agronegócio foi um dos principais destaques em 2020. Considerando todos os fretes oriundos deste setor, o estudo registrou um volume 71,3% maior que em 2019.

O mercado de insumos também alcançou excelentes resultados com destaque para Construção, que aumentou cerca de 90% o volume de fretes em comparação a 2019. O crescimento do segmento nos três meses finais do ano alcançou o número expressivo de 82,9% na comparação com o mesmo período de 2019.

A categoria de produtos industrializados também mereceu destaque. Durante os primeiros meses de distanciamento social, o setor registrou uma queda de quase 20% na quantidade de fretes, porém a recuperação foi a mais intensa identificada pela FreteBras. O crescimento nos fretes do segundo trimestre foi de 117% e no total do ano, foram realizadas 50,9% mais viagens que em 2019.

A digitalização da indústria de transportes rodoviários

A FreteBras registrou 200 mil novos caminhoneiros se cadastrando pelo aplicativo ou site da empresa para buscar fretes online em 2020. Este crescimento acompanha e aponta que a categoria está buscando mais soluções digitais, que facilitem a relação entre transportadoras e motoristas.

*Com informações da Fetranslog-NE

FONTE: Mundo Logística

Energia solar: Ceará passa a marca de 10 mil sistemas fotovoltaicos

Energia solar: Ceará passa a marca de 10 mil sistemas fotovoltaicos

Apenas em 2020, o Estado recebeu mais de 6 mil novos sistemas. É o 9º estado do País em potência instalada

Em 2020, o Ceará ultrapassou a marca de 10 mil sistemas de energia solar instalados em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos. No ano, o Estado recebeu 6.050 novas conexões de sistemas fotovoltaicos de geração distribuída, o que representou um incremento de 135% em relação ao registrado em 2019 (2.573 novas conexões). Apenas neste ano, de 1° de janeiro até 8 de fevereiro, o Estado recebeu mais 622 novas conexões de sistemas solares.

Com esse incremento, o Ceará tem hoje, 170,9 megawatts (MW) de potência instalada, sendo o nono estado brasileiro com maior potência e o maior do Nordeste. Dos mais de 6 mil sistemas instalados no Estado no ano passado, 4.549 foram em residências, 997 em comércios, 374 no meio rural, 93 em indústrias, 37 em prédios do poder público e 2 em iluminação pública. Ao todo, 181 municípios cearenses contam com pelo menos um sistema fotovoltaico instalado. Os dados são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Para Jonas Becker, coordenador estadual da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) no Ceará, o estado é atualmente um importante centro de desenvolvimento da energia solar. “A tecnologia fotovoltaica representa um enorme potencial de desenvolvimento sustentável, econômico e social para os cearenses, com geração de emprego e renda, e atração de investimentos privados”, diz.

Enquanto o Ceará apresentou um incremento de 135%, no número de sistemas, no Brasil o crescimento foi de 65%, passando de 122,4 mil em 2019 para 202,3 mil em 2020. Com relação à potência instalada, o Ceará responde por 3,5% de todo o parque brasileiro de energia solar distribuída.

O presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia, destaca que a energia solar fotovoltaica terá função cada vez mais estratégica para o atingimento das metas de desenvolvimento socioeconômico e sustentável em todos os estados brasileiros. “A tecnologia fotovoltaica é essencial para a recuperação da economia após a pandemia, sendo a fonte renovável que mais gera empregos no planeta”, diz Sauaia.

Geração distribuída
Com os sistemas de micro e minigeração distribuídas de energia elétrica, o consumidor brasileiro pode gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis ou cogeração qualificada e inclusive fornecer o excedente para a rede de distribuição de sua localidade.

Na microgeração distribuída é permitido o uso de qualquer fonte renovável com potência instalada até 75 quilowatts (KW) e a minigeração distribuída compreende os sistemas com potência acima de 75 kW e menor ou igual a 5 MW, conectadas na rede de distribuição por instalações de unidades consumidoras.

Clique aqui e assista a entrevista com Armando Abreu, presidente da Qair Brasil sobre os investimentos em energias renováveis.

Fonte: Diário do Nordeste

Porto do Pecém apresenta crescimento em embarque de cargas

Porto do Pecém apresenta crescimento em embarque de cargas

Ferro fundido, sal, produtos da indústria de moagem, frutas, minérios, cereais e alumínio lideram as cargas que mais foram embarcadas através do Porto do Pecém em 2020. Ao todo foram embarcadas 5.324.440 toneladas no ano passado, um aumento de 2% nessa movimentação em comparação a 2019 (5.212.141 toneladas).

Somente no último mês do ano passado os embarques totalizaram 535.775 toneladas, resultado 14% superior ao embarcado em dezembro de 2019 (469.290 toneladas). Ao todo, entre embarques e desembarques, foram movimentadas 1.472.355 toneladas em dezembro de 2020.

“Esse aumento pode parecer pouco, mas representa muito diante desse dificílimo 2020. Foi um ano que, desde o início, exigiu muito da equipe, muito de todos nós profissionais do Complexo do Pecém. Nos reinventamos para seguir com todas as nossas operações. E mesmo com a pandemia, não paralisamos nossas atividades um único dia”, enfatiza Danilo Serpa – Presidente do Complexo do Pecém (CIPP S/A).

E foi também a pandemia que afetou diretamente a movimentação acumulada do ano passado. 2020 fechou com o total de 15.930.483 toneladas movimentadas no Terminal Portuário do Pecém, resultado 12% abaixo em relação ao mesmo período de 2019 (18.096.308 toneladas).

“Já no primeiro semestre de 2020 estimávamos uma possível retração. O Pecém é um porto-indústria, somos um complexo industrial e portuário com clientes que sofreram e, de certa forma, ainda sofrem com a pandemia. Alguns fecharam fábricas, suspenderam atividades. Mas é fato que já no fim do ano passado começamos a sentir uma melhora na nossa movimentação”, conclui Danilo.

A navegação de cabotagem (Pecém para outros portos do Brasil) totalizou 9.015.621 toneladas. Nos desembarques os principais produtos movimentados foram minérios (3.090.416 t); cereais (402.270 t); ferro fundido (242.762 t); alumínio e suas obras (95.899 t) etc. Já os embarques de cabotagem ficaram por conta das movimentações de sal (374.487 t); ferro fundido (169.004 t); produtos da indústria de moagem (139.561 t); cereais (98.306 t); alumínio e suas obras (96.160 t); plásticos e suas obras (43.206 t); etc.

A navegação de longo curso (Pecém para outros portos do Mundo) totalizou 6.914.862 toneladas. Nos desembarques de longo curso os principais produtos movimentados foram combustíveis minerais (2.759.759 t); ferro fundido (60.567 t); adubos (43.084 t); cereais (8.452 t); etc. Em relação aos embarques de longo curso, os destaques foram verificados nas movimentações de ferro fundido (1.815.880 t); frutas (107.613 t); minérios (104.744 t); máquinas (39.541 t); preparações de produtos hortícolas (34.130 t); etc. O Pecém é um terminal multicargas por movimentar granéis sólidos, granéis líquidos, contêineres e cargas em geral nos 10 berços que possui.

O Governador Camilo Santana deverá fazer em breve a inauguração da segunda expansão do terminal portuário cearense. Serão inaugurados um novo berço de atracação (berço 10), uma segunda ponte de acesso aos píeres (Ponte 2) e um segundo portão de acesso (Gate 2) ao terminal. Todas essas obras serão oficialmente entregues no ano que marca os 19 anos de operação do Porto do Pecém. (Com informações Ascom Complexo do Pecém)

Fonte: O Estado do CE

Turismo ajuda a alavancar desenvolvimento de Fortaleza

Turismo ajuda a alavancar desenvolvimento de Fortaleza

Nos últimos anos, Capital cearense passou a receber um fluxo mais intenso de visitantes domésticos e internacionais. Ações de divulgação do destino e aprimoramento da infraestrutura dão mais relevância à atividade

Responsável por cerca de um terço das riquezas produzidas por Fortaleza, o turismo foi um importante vetor do desenvolvimento socioeconômico da Capital nos últimos anos. A atividade integra o setor de serviços, que corresponde a 70% do Produto Interno Bruto (PIB) do Município, e tem o seu fortalecimento assinalado pelo aumento no número de voos que recebeu nos últimos anos, passageiros domésticos e internacionais e, consequentemente, crescimento da atividade econômica – a mais pujante entre todas as capitais nordestinas em 2018.

O economista e professor Allisson Martins reforça que o turismo é “elemento-chave na economia local” e catalisa atividades econômicas como alojamento, alimentação, transportes e atividades recreativas, culturais e desportivas. “Nos últimos anos, é notório o fluxo consistente de voos e de passageiros, especialmente estrangeiros, de forma mais recente, consolidando Fortaleza como cidade do turismo de lazer e negócios”, detalha.

De fato, números da Empresa Brasileira de Transporte Aéreo (Infraero) e da Fraport Brasil, administradora do Aeroporto de Fortaleza desde 2017, mostram crescimento no número de voos e de passageiros embarcados e desembarcados de 2012 para cá. Em 2019, 7,2 milhões de passageiros passaram pelo terminal cearense – 1,2 milhão a mais que os 5,9 milhões em 2012, um crescimento de 22%. Foram 59,6 mil pousos e decolagens de aeronaves do terminal aeroportuário de Fortaleza, entre voos domésticos e internacionais.

O titular da Secretaria do Turismo do Município de Fortaleza, Alexandre Pereira, afirma que cada turista que vem a Fortaleza deixa, em média, R$ 3 mil, impactando mais de 50 setores da economia local. “Quando o turista chega ao aeroporto, ele impacta positivamente quem trabalha no aeroporto, o motorista de táxi ou de aplicativo que ele solicita para se locomover, o hotel, desde o dono à camareira, porteiro e recepcionista, faz compras, movimenta as barracas de praia, então são muito setores impactados”.

Ele detalha que o turismo é baseado em três pilares, sendo um deles a infraestrutura, e que ações como as obras de requalificação de algumas áreas, a exemplo da Avenida Beira-Mar, cuja previsão de conclusão é janeiro de 2021 (as obras estão com execução de quase 100%, assim como as da Avenida Desembargador Moreira), são fundamentais para a atração de turistas.

“Toda essa infraestrutura, com um novo aeroporto, possibilita essa atração de turistas. O segundo pilar é a promoção turística de Fortaleza como destino, porque a gente disputa esse turista com outros lugares do mundo”, detalha Alexandre Pereira.

De acordo com o titular da Setfor, o terceiro pilar é a capacitação. “Eu acho que talvez esse seja o pilar mais importante. Não é só a capacitação dos atores do turismo de Fortaleza, mas das pessoas que moram na Cidade. Cada vez mais nós temos que fazer uma cidade que seja boa para nós, fortalezenses. Se for boa para nós, vai ser boa para qualquer turista. Não existe estratégia de cidade para turismo, existe estratégia de uma cidade que monta uma estrutura para o turismo e cuida das pessoas, capacita os agentes que trabalham na cidade, e aí ela estará pronta para receber o turista, porque ela é boa para o morador”, reforça o secretário.

Na avaliação dele, isso fez com que Fortaleza se tornasse o destino mais cotado para turismo em janeiro de 2021, conforme levantamento do site Decolar.com, o que sugere uma recuperação gradual do fluxo mesmo após o baque provocado pela pandemia.

Pereira também ressalta o resultado mais recente do Produto Interno Bruto da Capital cearense, divulgado esta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica (Ipece), no qual Fortaleza aparece com R$ 67,02 bilhões em riquezas produzidas no ano de 2018, ultrapassando pela primeira vez desde 2002 a capital baiana Salvador.

“Em 2011, por exemplo, a economia de Fortaleza, então 2º lugar entre as capitais do Nordeste, apresentava um Produto Interno Bruto inferior a Salvador em torno de R$ 3 bilhões e superava Recife em R$ 3,7 bilhões. Os dados recentes publicados pelo IBGE mostram uma rápida evolução e pujança econômica da nossa Capital nos últimos anos”, explica Allisson Martins. “Fortaleza superou a capital soteropolitana em R$ 3,4 bilhões e abriu uma vantagem em relação a Recife de R$ 14,6 bilhões”, diz.

Ele explica que o turismo é importante dentro do processo de desenvolvimento econômico de Fortaleza ao longo dos últimos anos, mas destaca ainda outras atividades dentro do próprio setor de serviços que tiveram destaque no crescimento da Capital. “Em grande medida, alcançar o posto de cidade mais rica do Nordeste decorre sobretudo do avanço do setor de serviços na economia de Fortaleza, que engloba atividades de comércio, turismo, transportes, saúde, educação e atividades financeiras, por exemplo”, pontua Martins.

“As atividades de educação e saúde, além das externalidades positivas nos ganhos de produtividade e qualidade de vida, também demonstram trajetória econômica crescente e referências em âmbitos nacional e internacional, inclusive com empresas listadas em bolsas de valores, que ativam diferentes atividades e ramos econômicos, como mão de obra especializada, serviços de informação, entre outros”, acrescenta o professor e economista.

Perspectivas
Para Allisson Martins, o cenário atual aponta para um futuro promissor. “As atividades de Serviços apresentam tendência global de crescimento, fundamentalmente baseada na economia do conhecimento, de maneira que os serviços de informação e comunicação serão atividades extremamente relevantes”, detalha. Ele arremata que, nesse sentido, Fortaleza possui diferenciais importantes sob a ótica geográfica e de infraestrutura, com o hub de telecomunicações na Praia do Futuro.

Fonte: Diário do Nordeste em 18.12.2020

Transformação digital no comércio exterior: oportunidades para o Ceará

Transformação digital no comércio exterior: oportunidades para o Ceará

Inteligência artificial, computação em nuvem, Big Data, entre outros serviços de automação digital, tendem a se reverterem em um leque de oportunidades na atração de investimentos e novas possibilidades de mercado externo para o Brasil e o Ceará. Atualmente, muito se fala sobre os movimentos de inovação e, quando eles se voltam para o comércio exterior, a transformação digital tem resultado em uma revolução no desempenho e alcance das organizações.

Com um mercado cada vez mais competitivo e conectado, não é à toa que empresas e governos estejam se rendendo às novas tecnologias nas operações que intermediam o comércio internacional. Inteligência artificial, computação em nuvem, Big Data, entre outros serviços de automação digital, tendem a se reverterem em um leque de oportunidades na atração de investimentos e novas possibilidades de mercado externo para o Brasil e o Ceará.

“A transformação digital, que passa pela reestruturação de processos usando a tecnologia, além de ser vital para as empresas alcançarem bons resultados no comércio exterior, é uma realidade cada vez mais presente em todas as etapas, desde a identificação de oportunidades até o fluxo de logística e comércio exterior”, aponta Adalberto Netto, gerente comercial da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

Na sua avaliação, a automação, ampliada por novas tecnologias e rotinas de inteligência artificial, é uma tendência a se destacar e que traz uma série de benefícios, “desde a otimização do uso de recursos, agilidade na execução de rotinas e integração com agentes externos, como fornecedores, clientes, instituições financeiras, desembaraço aduaneiro e muitos outros. Todos esses benefícios, refletem em maior competitividade dos produtos e serviços das empresas nos mercados alvo escolhidos”, fala. Além disso, há uma série de outras tecnologias e métodos que podem ampliar o impacto da transformação digital no comércio exterior.

Leia a matéria completa no site TRENDSCE

Ministros europeus fazem carta de apoio ao acordo com Mercosul

Ministros europeus fazem carta de apoio ao acordo com Mercosul

Nove ministros europeus enviaram uma carta para o vice-presidente executivo da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, para manifestar apoio à assinatura e à ratificação do acordo da União Europeia com o Mercosul.

“Esperamos que em breve possamos concluir, de maneira bem-sucedida, um processo que começou há mais de 20 anos”, afirmam em um trecho da carta que foi assinada pelo chefe da diplomacia portuguesa e pelos ministros da área de Comércio e Negócios Estrangeiros da República Tcheca, Dinamarca, Estônia, Espanha, Finlândia, Itália, Letônia e Suécia.

“Não assinar ou não ratificar o acordo com o Mercosul vai não só afetar a credibilidade da UE enquanto parceira geopolítica e de negociação, mas também fortalecer a posição de outros concorrentes na região”, diz outro trecho do texto, datado de 11 de novembro.

Portugal vai assumir a presidência rotativa do bloco no próximo semestre, função hoje desempenhada pela Alemanha. No mês passado, a ministra do Brasil Tereza Cristina (Agricultura) foi ao país em um gesto de aproximação em favor do acordo.

O governo português manifestou na ocasião apoio ao tratado. Em comunicado, a ministra da Agricultura portuguesa, com quem Tereza Cristina se reuniu, afirmou que “Portugal apoia desde o primeiro momento o acordo União Europeia-Mercosul e aguarda que este seja concluído em breve”.

A carta contrasta com o posicionamento de outros países membros da União, com destaque para Áustria, França e Holanda, que têm afirmado que o acordo não pode ser assinado “como está”.

Problemas em questões ambientais estão entre os principais entraves apontados por esses países para o avanço do acordo. Segundo eles, são necessárias regras mais rígidas para garantir que todas as partes cumpram compromissos ambientais.

“O tratado de livre-comércio traz ganhos, mas esses ganhos não podem ser obtidos a qualquer preço, e certamente não ao preço do desmatamento”, disse o ministro do Comércio da França, Jean-Baptiste Lemoyne, durante audiência no Parlamento Europeu.

Em face desses entraves, foi apresentada no final de outubro uma possível solução: a assinatura de um compromisso formal em questões ambientais.

Segund Dombrovskis, que encampou a ideia, temas como o desmatamento da Amazônia e a adesão dos países do Mercosul ao Acordo de Paris estão entre os que podem ser abordados nesse texto.

“Então, atualmente estamos nos envolvendo com as autoridades do Mercosul, eu diria, especialmente com o Brasil. Bem, informalmente, atualmente, para ver que tipo de compromissos significativos os países do Mercosul podem assumir para garantir uma ratificação bem-sucedida desse acordo”, afirmou Dombrovskis em entrevista ao site jornalístico Politico.

Em outubro, eurodeputados propuseram uma emenda em que diziam que o Parlamento Europeu estava “extremamente preocupado com a política ambiental de Jair Bolsonaro, que vai contra os compromissos do Acordo de Paris, em particular no combate ao aquecimento global e à proteção à biodiversidade”.

“Nessas circunstâncias, o acordo UE-Mercosul não pode ser ratificado como está”, dizia o trecho final da alteração proposta, que acabou aprovado pela maioria dos parlamentares (a citação inicial ao presidente brasileiro foi rejeitada).

O texto do acordo ainda está sob revisão legal na Comissão Europeia. Encerrada essa fase, ele deverá ser traduzido nas 23 línguas oficiais dos dois blocos e só então seguir para a aprovação dos governos e parlamentos locais.

São 27 países envolvidos e, caso um deles rejeite o acordo, o tratado é derrubado.

Relatório final de impacto feito pela LSE (London School of Economics) mostra que a UE teria ganhos significativos com o acordo. Trabalhando com dois cenários (um conservador e um otimista), os pesquisadores projetam um ganho no PIB (Produto Interno Bruto) de 10,9 bilhões de euros (R$ 68,4 bi) para a UE em 2032 no primeiro caso e de 15 bilhões (R$ 94 bi) no segundo, o que equivale a 0,1% do PIB do bloco.

Já o Mercosul teria um incremento de 7,4 bilhões de euros (R$ 46,4 bi) no cenário conservador e 11,5 bilhões de euros (R$ 72 bi) no otimista.

ENTENDA O CASO
O que é o acordo UE-Mercosul?

Um documento que tem um capítulo de livre-comércio entre os blocos e um capítulo político, que inclui áreas como direitos humanos, colaboração científica e imigração

Em que pé está?

As negociações começaram em 1999 e foram concluídas em 2019. No momento, o texto está sob revisão jurídica, na qual se acertam trechos pontuais que possam estar em contradição

O que falta fazer?

Após a revisão jurídica, o texto tem que ser traduzido nas 23 línguas oficiais dos dois blocos, e então segue para ratificação

Quem ratifica?

No Mercosul, o acordo tem que ser aprovado pelos Parlamentos dos quatro membros (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai). Na União Europeia, precisa ser aprovado no mínimo pelo Conselho e pelo Parlamento europeus, mas a tramitação final depende de ele ser ou não fatiado em um acordo comercial e um político

Quando o acordo deve ser votado?

Não há prazo, mas negociadores dos dois lados dizem ser mais provável que fique para o segundo semestre de 2021 ou para 2022