Porto do Pecém: 20 anos que mudaram a economia do Ceará

Porto do Pecém: 20 anos que mudaram a economia do Ceará

O Porto do Pecém completa nesta semana 20 anos de operação. São duas décadas de uma história que transformou a economia do Ceará, atraindo grandes investimentos, fomentando novos setores e dando origem a um novo polo industrial em seu entorno, que hoje responde por metade do PIB cearense. Desde o primeiro dia, a equipe da Tecer Terminais vem participando de todas as etapas dessa jornada, movimentando praticamente todos os tipos de cargas que já passaram pelo terminal até hoje.

De lá para cá, o porto não parou de crescer, batendo sucessivos recordes, de movimentação de cargas e navios, e tornando-se o mais importante equipamento logístico da região, servindo de porta de entrada e de saída para cargas não apenas do Ceará, mas de estados vizinhos.

Após várias expansões, o Porto do Pecém, conhecido como “a jóia do Ceará”, hoje se destaca tanto na cabotagem como na navegação de longo curso, seja pelas exportações e o embarque de placas de aço, pás eólicas, blocos de granito, minério de manganês e pelas importações e desembarque de fertilizantes, milho, carvão minério, bobinas de aço dentre outros produtos.

As primeiras movimentações de exportação, ainda em fase de testes, foram basicamente de produtos locais como castanha de caju, couros, calçados e granitos. Em 2021, o terminal bateu todos os recordes, superando pela primeira vez a marca de 20 milhões de toneladas em um mesmo ano, com a movimentação de 22,4 milhões de toneladas. Ao todo, 811 embarcações atracaram no porto, maior número da história.

Nesses vinte anos, a equipe da Tecer vem atuando como prestadora de serviço, investindo em novos equipamentos e viabilizando a movimentação de praticamente todos os tipos de cargas que passam pelo terminal. Ao longo desses anos, a empresa também desenvolveu soluções logísticas personalizadas para todos os modais que se conectam ao Pecém, marítimo, rodoviário, ferroviário ou dutoviário.

Para nós da Tecer, é motivo de orgulho fazer parte da história desse pólo indutor de investimentos para o Ceará. Acreditamos, no entanto, que esses primeiros 20 anos foram apenas o começo de uma grande avenida a ser explorada, com a chegada de novas matrizes energéticas e de novos setores industriais que deverão se instalar no Ceará atraídos, sobretudo, pelas vantagens competitivas proporcionadas pelo Complexo do Pecém.

Carlos Alberto Nunes é gerente comercial da Tecer Terminais, empresa que faz o braço operacional do Porto do Pecém

Fonte: Diário do Nordeste

PODCAST CBPCE: ZPE Ceará e as oportunidades de novos negócios com Portugal na próxima quinta-feira dia 23

PODCAST CBPCE: ZPE Ceará e as oportunidades de novos negócios com Portugal amanhã (23)

Amanhã (23), a CBPCE realizará live com o tema: ZPE Ceará e as oportunidades de novos negócios com Portugal e contará com a participação de Eduardo Neves presidente da ZPE Ceará, Duna Uribe, diretora executiva comercial da CIPP – S/A e Luis Cacho, presidente da APS – Administração dos Portos de Sines e do Algarve, S.A.

Eduardo Neves:
é Bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade de Fortaleza (Unifor) desde 1990. Foi presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado do Ceará (Adece) de abril de 2018 até fevereiro de 2021, tendo trabalhado na captação de novos investimentos para o desenvolvimento do Ceará. Iniciou sua trajetória na Adece em 2007, ano de fundação da instituição, tendo atuado também como gerente de Comércio e Serviço e diretor de Infraestrutura. Atuou em diversas empresas privadas como executivo, passando pelos setores de construção civil, indústrias de bebidas, granito, entre outras. Desde de abril de 2021, é presidente da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Ceará.

Duna Uribe:
é Mestre em Economia Marítima e Logística pela Universidade de Erasmus e tem também MBA da Rotterdam School of Management, ambas instituições nos Países Baixos. É graduada em Administração de Empresas com especialização em negócios internacionais e supply chain management pela Universidade de Maryland, nos Estados Unidos. Foi líder de projetos no departamento internacional do Porto de Roterdã, sendo responsável pelo projeto de parceria entre Porto de Roterdã e Estado do Ceará para o Pecém. Atualmente é Diretora Executiva Comercial no Complexo do Pecém (CIPP S/A).

Luis Cacho
Presidente da APS – Administração dos Portos de Sines e do Algarve, S.A.

O bate papo será conduzido pelo Jornalista Marcos Gomide da 2Go Digital (Sócio CBPCE) – agência voltada à criação e à estratégia para internet.

As lives acontecem às quintas-feira a partir das 11 horas no Brasil e às 15 horas em Portugal, com transmissão simultânea no Facebook, YouTube e estará disponível no Spotify em formato Podcast.

Para acessar os conteúdos, se inscreva no canal da Câmara no YouTube

Clique no link: https://bit.ly/liveCBPCE, e ative o sininho para receber as notificações das lives.

O Pecém é fundamental e essencial por: Carlos Alberto, Gerente Comercial da Tecer Terminais

O Pecém é fundamental e essencial por: Carlos Alberto, Gerente Comercial da Tecer Terminais

O transporte marítimo é fundamental. É através dele que insumos essenciais chegam e são distribuídos regionalmente e nacionalmente, tendo um ambiente de negócios para os importadores. Dessa forma, celebrar os 19 anos de existência do Complexo do Pecém é celebrar o avanço e as oportunidades geradas no estado do Ceará.

O Complexo abriga várias empresas que vão desde companhias locais a multinacionais. Todas contam com um só objetivo: fazer as movimentações acontecerem com segurança, produtividade e respeito ao meio ambiente.

A quantidade de movimentações ano a ano são sempre superadas com aumento de diversidade de cargas. Exemplo disso é o PIB de São Gonçalo do Amarante, cidade que sedia o Porto do Pecém, ser o maior do Ceará atualmente. Inclusive, desde 2018 o porto de Rotterdam se tornou parceiro do Pecém e compartilha experiência internacional em operações portuárias.

Os berços do Complexo contam com estruturas para lidar com cargas e operações diversificadas. Movimentações em contêineres, produtos siderúrgicos, carga eólicas e granéis sólidos, por exemplo, são realizadas diariamente.

Uma das movimentações que completam o case de sucesso do funcionamento do Porto são as importações e exportações de componentes eólicos provenientes do parque eólico do Ceará, que se especializou na produção de pás eólicas para os principais fabricantes mundiais. Inclusive, a Tecer Terminais, uma das empresas que fazem o braço operacional do Complexo, conta com a expertise de adaptar os navios para conseguirem transportar inúmeras cargas diferentes.

Vale lembrar que o Complexo não parou nenhum só dia desde o início da pandemia atual. O Pecém foi e é responsável por garantir o abastecimento de insumos regionais e nacionais para vários setores como o de construção civil, alimentício e o de saúde.

Neste primeiro bimestre de 2021 o Porto acabou de somar a maior movimentação de cargas dos últimos quatro anos (três milhões). São números como esse que mostram como o papel do Porto do Pecém é de protagonista para garantir que a roda da economia do estado não pare de girar. Muito já foi feito ao longo dos últimos dezenove anos, mas certamente muito ainda virá.

Carlos Alberto Alves
Gerente comercial Tecer Terminais

Movimentação de cargas no Pecém é a maior para o 1º bimestre em quatro anos

Movimentação de cargas no Pecém é a maior para o 1º bimestre em quatro anos

No acumulado de 2021, o terminal já movimentou mais de 3 milhões de toneladas, o maior volume para os meses de janeiro e fevereiro desde pelo menos 2018

Puxada transporte de cargas entre portos nacionais (cabotagem), a movimentação de mercadorias no Porto do Pecém avançou 7% nos primeiros dois meses deste ano e atingiu um novo marco – o terminal movimentou mais de 3 milhões de toneladas em 2021, o maior volume para o período em pelo menos quatro anos.

Na passagem de janeiro a fevereiro, a movimentação cresceu 21,7%, conforme dados do Complexo do Pecém.

O volume de cargas transportadas passou de 1,36 milhão de toneladas (t) em janeiro a 1,66 milhão de toneladas no mês passado. Mais da metade (53%) foi de granéis sólidos e 25% por contêineres.

Movimentação no 1º bimestre dos últimos quatro anos
2021 – 3.093.868 toneladas
2020 – 2.879.626 toneladas
2019 – 2.584.235 toneladas
2018 – 2.564.097 toneladas

O fluxo observado pelo terminal cearense neste ano também já é levemente superior à média mensal de 2019, de 1,50 milhão de toneladas por mês, ano de maior movimentação na história do Porto do Pecém. Nos primeiros dois meses de 2021, a média chegou a 1,54 milhão de toneladas.

Cabotagem em alta
Mais da metade das cargas transportadas no período foi por cabotagem – 1,69 milhão de toneladas no primeiro bimestre de 2021, um salto de 27% a mais que no do ano passado.

De acordo com Raul Viana, gerente de Negócios Portuários do Complexo do Pecém (CIPP S/A), o aumento reflete o crescimento da busca de empresas nacionais pelo transporte marítimo e à desburocratização desses processos.

“Destaque para as movimentações que vem sendo feitas para desburocratizar ainda mais esse trabalho, esse segmento da navegação e os constantes investimentos que vem sendo feitos na estrutura do terminal portuário ao longo dos anos.

Isso certamente se reflete na colheita desses bons resultados que a gente vem tendo agora nesses últimos meses”, apontou.

Na cabotagem, destacaram-se entre as cargas transportadas o minério de ferro, placas de aço, cereais e sal, além do segmento dos contêineres, que cresceu 19% em comparação ao primeiro bimestre de 2020.

Principais desembarques de cabotagem:
Minérios (722.678 t),
Ferro fundido (76.269 t),
Cereais (59.643 t)
Plásticos (25.371 t).
Principais embarques de cabotagem:
Ferro fundido (269.846 t),
Sal (72.001 t),
Produtos da indústria de moagem (27.803 t),
Alumínio (21.217 t),
Plásticos (16.706 t)
Cereais (11.830 t).

Comércio exterior
Outro fator que explica o incremento da movimentação é o aumento da importação de insumos para a construção civil, acrescenta Carlos Alberto Alves, gerente da Tecer Terminais Portuários, braço operacional do Porto do Pecém.

Ele explica que esse mercado cresceu em meio à pandemia e, após o fechamento ou redução da produção de algumas indústrias no lockdown do ano passado, insumos passaram a ser insuficientes para atender a demanda.

“(A importação) foi para atender essa demanda que não conseguiu ser atendida pela siderúrgicas locais. Algumas empresas locais, há um ano, tomaram decisões de desativar, sendo muito pessimista. Mas o mercado deu uma recuperada nos últimos no final do ano. Então, esse pessoal não conseguiu comprar no mercado interno e f oi obrigado aí nesses primeiros seis meses a imprimir um ritmo intenso de importação”, aponta.

Considerando toda a movimentação do Porto, as operações de desembarque tiveram um aumento de 21% no primeiro bimestre de 2021 comparado ao do ano passado. Entre as cargas que chegaram ao porto cearense de operações de longo curso, ou seja, com escalas em mais de um país, os principais produtos foram combustíveis minerais (1,082.724 t), ferro fundido (97.419 t), adubos (6.373 t) e plásticos (1.855 t).

Já em relação aos embarques de longo curso, os destaques foram para as movimentações de ferro fundido (98.782 t), frutas (51.300 t), sal (7.902 t) e preparações de produtos hortícolas (6.401 t).

“Os números mostram que o Porto do Pecém vem sinalizando um crescimento mesmo em plena pandemia. Esses dois primeiros meses de 2021 foram também positivamente impactados pela excelente safra de frutas que tivemos ao longo de 2020 e que foi encerrada nesse mês de março. Frutas frescas, principalmente melão, que foram embarcadas em contêineres refrigerados para a Europa. Dessa maneira, as nossas expectativas para 2021 são as melhores possíveis”, destaca Viana

Fonte: Diário do Nordeste

Porto do Pecém apresenta crescimento em embarque de cargas

Porto do Pecém apresenta crescimento em embarque de cargas

Ferro fundido, sal, produtos da indústria de moagem, frutas, minérios, cereais e alumínio lideram as cargas que mais foram embarcadas através do Porto do Pecém em 2020. Ao todo foram embarcadas 5.324.440 toneladas no ano passado, um aumento de 2% nessa movimentação em comparação a 2019 (5.212.141 toneladas).

Somente no último mês do ano passado os embarques totalizaram 535.775 toneladas, resultado 14% superior ao embarcado em dezembro de 2019 (469.290 toneladas). Ao todo, entre embarques e desembarques, foram movimentadas 1.472.355 toneladas em dezembro de 2020.

“Esse aumento pode parecer pouco, mas representa muito diante desse dificílimo 2020. Foi um ano que, desde o início, exigiu muito da equipe, muito de todos nós profissionais do Complexo do Pecém. Nos reinventamos para seguir com todas as nossas operações. E mesmo com a pandemia, não paralisamos nossas atividades um único dia”, enfatiza Danilo Serpa – Presidente do Complexo do Pecém (CIPP S/A).

E foi também a pandemia que afetou diretamente a movimentação acumulada do ano passado. 2020 fechou com o total de 15.930.483 toneladas movimentadas no Terminal Portuário do Pecém, resultado 12% abaixo em relação ao mesmo período de 2019 (18.096.308 toneladas).

“Já no primeiro semestre de 2020 estimávamos uma possível retração. O Pecém é um porto-indústria, somos um complexo industrial e portuário com clientes que sofreram e, de certa forma, ainda sofrem com a pandemia. Alguns fecharam fábricas, suspenderam atividades. Mas é fato que já no fim do ano passado começamos a sentir uma melhora na nossa movimentação”, conclui Danilo.

A navegação de cabotagem (Pecém para outros portos do Brasil) totalizou 9.015.621 toneladas. Nos desembarques os principais produtos movimentados foram minérios (3.090.416 t); cereais (402.270 t); ferro fundido (242.762 t); alumínio e suas obras (95.899 t) etc. Já os embarques de cabotagem ficaram por conta das movimentações de sal (374.487 t); ferro fundido (169.004 t); produtos da indústria de moagem (139.561 t); cereais (98.306 t); alumínio e suas obras (96.160 t); plásticos e suas obras (43.206 t); etc.

A navegação de longo curso (Pecém para outros portos do Mundo) totalizou 6.914.862 toneladas. Nos desembarques de longo curso os principais produtos movimentados foram combustíveis minerais (2.759.759 t); ferro fundido (60.567 t); adubos (43.084 t); cereais (8.452 t); etc. Em relação aos embarques de longo curso, os destaques foram verificados nas movimentações de ferro fundido (1.815.880 t); frutas (107.613 t); minérios (104.744 t); máquinas (39.541 t); preparações de produtos hortícolas (34.130 t); etc. O Pecém é um terminal multicargas por movimentar granéis sólidos, granéis líquidos, contêineres e cargas em geral nos 10 berços que possui.

O Governador Camilo Santana deverá fazer em breve a inauguração da segunda expansão do terminal portuário cearense. Serão inaugurados um novo berço de atracação (berço 10), uma segunda ponte de acesso aos píeres (Ponte 2) e um segundo portão de acesso (Gate 2) ao terminal. Todas essas obras serão oficialmente entregues no ano que marca os 19 anos de operação do Porto do Pecém. (Com informações Ascom Complexo do Pecém)

Fonte: O Estado do CE

Volta do transbordo de combustíveis no Pecém deve elevar arrecadação

Volta do transbordo de combustíveis no Pecém deve elevar arrecadação

Em fevereiro, Petrobras vai retomar operação suspensa desde 2014 no Ceará. Combustível chegará em navios grandes e será distribuído a embarcações menores, que farão o transporte para estados do Norte e Nordeste

A retomada do transbordo de combustíveis no Porto do Pecém anunciada ontem (17) pelo governador Camilo Santana deve alavancar a arrecadação de impostos do Estado. A operação, que estava suspensa desde 2014 pela Petrobras, voltará a ocorrer em fevereiro do ano que vem e permitirá a distribuição de combustíveis de navios maiores para navios menores, que transportarão o combustível para outros estados do Norte e Nordeste.

A retomada foi anunciada após reunião entre o Governo do Ceará, Petrobras e o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp). De acordo com o titular da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), Maia Júnior, o Estado buscava a estatal para retomar a operação no porto cearense. “O governador Camilo Santana havia notificado a Petrobras sobre a necessidade de continuar com suas obrigações contratuais e retomar essa movimentação de combustíveis, que são óleo diesel, gasolina, etanol, para retomar o projeto de transformar o Porto do Pecém em um grande hub de combustíveis”, aponta.

“Nós conseguimos licenciar essa operação junto ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais) e a partir de fevereiro que vem, a Petrobras volta a realizar essa operação conosco”, afirmou Danilo Serpa, presidente do Complexo do Pecém (Cipp S/A).

A operação será retomada inicialmente com três navios para transporte de 200 mil m³/mês, mas segundo Camilo, há perspectiva de ampliação.

O titular da Sedet-CE, Maia Júnior, pontua que o grande objetivo com a medida é fortalecer a arrecadação estadual proveniente de combustíveis, ampliando as receitas e a rentabilidade do Porto do Pecém. “Sabemos que o ano de 2021 será um ano difícil, então é preciso melhorar as receitas e a rentabilidade do porto”, explica o titular da Pasta.

Maia Júnior acrescentou que o presidente da Petrobras, Roberto Castello, disse que “o Pecém e o Estado do Ceará são estratégicos” e que a estatal “quer operar novamente em toda a plenitude dentro do Pecém”.

O consultor na área de Petróleo e Gás, Bruno Iughetti, explica que o transbordo estava suspenso desde 2014 porque o Porto de Itaqui, no Maranhão, havia oferecido, à época, melhores condições para que a Petrobras realizasse lá a operação.

Preço ao consumidor
Ele afirma que a operação de transbordo vai impactar a arrecadação do Estado, mas não deve influenciar no preço dos combustíveis ao consumidor no Ceará, porque a logística de transporte continua a mesma. “O produto destinado aos postos é, foi e será feito pelo Porto de Fortaleza. É importante que se diga: a logística de abastecimento continuará sendo da mesma forma que já vem ocorrendo. Esse combustível não será descarregado no Pecém”, explica Iughetti.

Fonte: Diário do Nordeste em 17.12.2020

Empresa chinesa reforça interesse de exportar aerogeradores pelo Porto do Pecém

Empresa chinesa reforça interesse de exportar aerogeradores pelo Porto do Pecém

Em encontro com o secretário de desenvolvimento econômico do Ceará, representantes da Mingyang afirmaram que poderão fornecer equipamentos para usinas de energia eólica offshore para o Brasil e para o exterior

O Governo do Estado recebeu mais uma visita dos representantes da Mingyang Smart Energy. Em diálogo com o secretário de desenvolvimento econômico e trabalho do Ceará, Maia Júnior, o vice-presidente da empresa chinesa, Ben Gao, reforçou a intenção em transformar o Porto do Pecém em um hub de exportações de equipamentos para usinas de energia eólica offshore tanto para o Brasil e exterior.

Maia Júnior ainda destacou os esforços do Estado em garantir condições atrativas para que as empresas do setor de energias renováveis possam se instalar no Ceará.

“Nós, do Governo do Estado, estamos trabalhando de forma ágil e com o compromisso de criar condições para atrair empresas que produzem energias renováveis para o Ceará. Nos comprometemos em fornecer todo o apoio institucional para que o projeto da Mingyang seja consolidado. Estamos muito felizes e entusiasmados para estabelecer essa matriz de energia limpa no Ceará e no Brasil”, disse.

A Mingyang firmou um acordo com o Governo do Estado no último dia 9 de setembro para a instalação de um parque de fabricação de aerogeradores focados na produção de energia eólica em alto mar (offshore).

Projetos

Atualmente, no Ceará, há quatro projetos de geração de energia eólica offshore, que somados, deverão gerar cerca de 5 gigawatts (GW) de potência. A expectativa do Estado é que os projetos estejam operando nos próximos 5 anos.

Em Amontada, em uma área com 15 km de frente ao continente, o projeto do Complexo Eólico Marítimo Asa Branca deve produzir 400 MW.

A BI Energy trabalha com dois projetos: um em Caucaia e outro em Camocim. O primeiro deverá operar com 48 turbinas offshore e 11 semi-offshore, gerando um total de 598 MW de potência. Já o parque de Camocim deverá ter 100 aerogeradores e capacidade instalada de 1,2 GW.

Além disso, a Neoenergia está desenvolvendo estudos preliminares e iniciou o licenciamento junto ao Ibama de um parque em Amontada que deverá produzir 3 GW.

Fonte: Diário do Nordeste em 19.10.2020

Exportação de cargas fracionadas abre oportunidade para o Ceará

Exportação de cargas fracionadas abre oportunidade para o Ceará

Por meio das LCL, mais negócios podem surgir para o Ceará no exterior, por meio do Porto do Pecém. Setor alimentício é um dos principais demandantes.

No mercado de exportações via transporte marítimo, o preenchimento de um contêiner completo pode ser um desafio para o produtor local. Por demandar grande volume de produtos para envio, casos em que importadores solicitam apenas amostras dos materiais podem acabar não sendo finalizados, pois o custo final acaba sendo oneroso para ambas as partes.

Uma das estratégias para reduzir custos de envio e ampliar oportunidades de negócio no Ceará seria a implantação do processo de envio de cargas fracionadas, conhecidas como LCL, sigla para Less Container Load, ou seja, quando os produtos preenchem menos que a quantidade total de um contêiner. Atualmente, o processo, no caso de contêineres refrigerados, os chamados reefer, é realizado somente no Porto de Suape, em Pernambuco, e no Porto de Santos, em São Paulo.

Para André Siqueira, presidente do Sindicato das Indústrias da Alimentação e Rações Balanceadas no Estado do Ceará (Sindialimentos), ter a possibilidade de exportar cargas fracionadas pelo Porto do Pecém seria uma facilidade para as indústrias de alimentos e diversos outros setores da economia. “Exportar cargas fracionadas pelo Porto é uma grande necessidade das indústrias alimentícias atualmente, pois nem todos os clientes estrangeiros querem uma quantidade de produtos que permite o preenchimento total do contêiner. Portanto, a carga fracionada facilitaria o frete e baixaria os custos.

Uma logística de extrema importância não só para o setor de alimentos, mas os demais também, já que atualmente os interessados em realizar o envio por meio de cargas fracionadas, precisam buscar outras modalidades de transporte. As microempresas também seriam beneficiadas, pois muitas enviam cargas menores por via aérea, o que gera um alto custo”, relata André Siqueira.

Fellipe Calado, sócio administrador da Expand Brazil, empresa responsável pela terceirização de setores de comércio exterior para empresas, explica que, normalmente, quando se efetiva o envio de um contêiner, todos os produtos inseridos são do mesmo cliente. No caso de exportações fracionadas, diferentes clientes podem dividir o mesmo contêiner, reduzindo o custo final de frente. “Aqui, o Porto do Pecém não possui embarque fracionado para carga refrigerada. Seja ela refrigerada ou congelada, que envolva controle de temperatura. Por exemplo, frutas frescas têm que ir com 5, 6, 8 graus”, explica Calado.

Para envios em contêineres reefer, a logística é mais complexa, pois a temperatura não pode prejudicar nenhuma das cargas dentro do espaço, o que acaba dificultando a implantação do envio de carga fracionada. “É mais complexo ratear um container para vários clientes, porque cada produto vai ser diferente. O responsável vai encher um container inteiro com outras clientes que exportam a menos 8 graus”, relata Fellipe.

Cargas dry
No último dia 1º de setembro, em reunião do Sindialimentos com a Diretoria Comercial do Complexo do Pecém, foi levantado o questionamento acerca da modalidade LCL passar a ser adotada pelo Porto do Pecém.

Em nota, Raul Viana, Gerente de Negócios Portuários do Complexo do Pecém, explicou que há a oferta de frete LCL, mas apenas para “cargas dry”. “Os serviços de ovação dos contêineres ocorrem fora da área do Terminal Portuário e, ao serem entregues em nossa área, podem sofrer as eventuais fiscalizações dos órgãos competentes, para que fiquem devidamente liberados para embarque. Estes são serviços ofertados diretamente por agentes de carga em parceria com os armadores e transitários, que podem desenhar a logística adequada de acordo com a demanda de carga em cada região.” A nota também destaca que serão realizadas análises sobre a possibilidade de adoção do frete LCL.

Durante o ano de 2019, somente em frutas, o Porto do Pecém exportou mais de 151 mil toneladas, com os principais países sendo Estados Unidos (35%), Holanda (26%), Reino Unido (17%), Espanha (13%), Itália (5%) e Alemanha (2%). Até agosto de 2020, o valor foi de 62.768 toneladas. Na nota, Raul destaca que o Porto é referência no envio de contêineres reefer para os mercados citados.

Ampliação de negóciosPara Fellipe Calado, a chance de implantar a exportação fracionada no Porto do Pecém irá facilitar os primeiros contatos dos empresários cearenses com compradores internacionais. “Pequenos e médios empresários do agronegócio, agricultura ou pecuária, às vezes não começam a exportar. Até encontram compradores no exterior que têm interesse, mas eles primeiro pedem amostra, um ou dois pallets pra testar em uma rede de supermercado. Esses pequenos envios não têm saída, precisa de um envio fracionado.

Leia a matéria completa no site do Trends CE clicando aqui.
https://www.trendsce.com.br/negocios/exportacoes-de-cargas-fracionadas-abre-oportunidade-para-o-estado/

Fonte: TrendsCE em 29/09/2020

Pecém: de um sonho a uma política de Estado

Pecém: de um sonho a uma política de Estado

O Complexo Industrial e Portuário do Pecém é um projeto que representa o melhor dos planos públicos estaduais de longo prazo dos últimos 30 anos, iniciado nos governos Fernando Henrique e Tasso e aprimorado nos governos federais e estaduais posteriores.

Apesar de o porto ter-se tornado a parte mais visível do complexo – certamente por ter sido a sua primeira grande obra – ele foi concebido para ser a principal infraestrutura de suporte que integrasse um complexo industrial liderado por duas indústrias de base: a refinaria e a siderúrgica, que precisariam de um terminal marítimo para trazer matéria prima e escoar a sua produção. O atual Secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Maia Júnior, conhece bem esse sonho de todos os cearenses, pois o acompanha atento desde aquela época. Foi a falta inicial dessas duas indústrias que acabou tornando o porto o principal destaque do complexo e alterando, positivamente, o seu protagonismo.

“Se o Porto e a infraestrutura que deram identidade ao polígono do Complexo foram a grande contribuição pública para o Pecém aparecer no mapa, a siderúrgica que veio cerca de 10 anos depois foi a grande contribuição privada.”

Entretanto, mesmo nesse projeto, o apoio público federal e estadual foi determinante por conta do seu funcionamento dentro de uma Zona de Processamento se Exportações – ZPE, que não estava nos planos iniciais do complexo – mas foi fundamental para que a conta de investimento e produção vingassem face a simplificação e desoneração fiscal típicas dessas áreas voltadas para o mercado externo – e foi uma grande conquista nos governos Cid e Lula e posteriormente a sua ampliação nos governos Camilo e Dilma.

O desenvolvimento do mercado de geração de energia também foi relevante para aumentar o número de empresas na região que passou a abrigar um complexo de geração de energia liderados pela EDP e Eneva. As termoelétricas instaladas no Pecém, que também não estavam nos planos iniciais, compõem o elo forte industrial na região e, em conjunto com as fontes de energia renováveis em outras regiões do estado, tornaram o Ceará um importante gerador de energia na região Nordeste.

Por sua vez, o anel viário, que forma o corredor de desenvolvimento desde o Porto do Mucuripe até o Porto do Pecém (com as principais indústrias do estado no percurso, algumas delas instaladas no Distrito Industrial de Maracanaú) encerra a infraestrutura rodoviária vital do complexo e que está avançando, apesar de ainda não ter sido totalmente concluído.

“Dos planos originais, ainda falta assegurar que duas importantes decisões saiam do papel.”

Primeiro a refinaria e, associado a ela, o terminal de combustíveis claros (pelo menos esse, se a refinaria não for mais viável) que permita desenvolver essa indústria hoje sufocada no Mucuripe e vital para abastecer o mercado local, mas também para fazer do Ceará um entreposto regional de combustíveis e competir com Suape e Itaqui.

Também não foi concluída a ferrovia, essa, de longe, a mais importante infraestrutura ausente. O Porto do Pecém tem expandido suas operações e ampliado suas conexões com outros portos no mundo e procurado se posicionar como alternativa de escoamento de produção da hinterlândia. Entretanto, a ferrovia que conectará o Pecém a outros mercados produtores no Nordeste não consegue sair do papel, atrasa o desenvolvimento do Ceará e a consolidação da região metropolitana de Fortaleza, onde está incluído o Complexo do Pecém nos municípios de Caucaia e São Gonçalo do Amarante, como a maior área de influência regional do nordeste apontada pelo IBGE.

Hoje, 18 anos após ter sido inaugurado, passado pelas mãos de vários governos, o Pecém responde por mais de 50% das exportações e importações do Ceará e, ao atrair Rotterdam e ter adotado uma estrutura de governança única para todo o complexo, caminha para se tornar um dos mais competitivos polos econômicos da região Nordeste. É o sonho que uma política de estado fez realidade.

* Advogado, sócio da firma APSV Advogados e vice-presidente nordeste da Federação das Câmaras Brasileira de Câmaras de Comércio Exterior

Fonte: TrendsCE em 05.08.2020

Porto cearense é o primeiro do Brasil a fazer parte da rede Green Award

Porto cearense é o primeiro do Brasil a fazer parte da rede Green Award

São Gonçalo do Amarante – CE. No Dia Mundial do Meio Ambiente de 2020, o Porto do Pecém ingressou na rede Green Award, como Fornecedor de Incentivos ao decidir recompensar navios certificados pela Fundação Green Award, com sede em Roterdã, na Holanda. Para marcar a iniciativa foi realizada, no fim da manhã do dia 5 de junho, uma cerimônia virtual cruzando as fronteiras da América Latina e Europa com a participação de representantes do Porto do Pecém e da Fundação Green Award.

O porto cearense se tornou, assim, o primeiro terminal portuário do Brasil a fazer parte da rede Green Award. Com o objetivo de proteger a comunidade local e o ambiente marinho, o porto passa a fortalecer o apoio e a promoção contínua de movimentações mais seguras e limpas, usando o Green Award como ferramenta. O porto passa a oferecer até 10% de desconto na taxa de utilização das instalações de atracação para os navios que possuem um certificado de navio Green Award.

O Green Award é uma plataforma para promover segurança, qualidade e desempenho ambiental no transporte, facilitando uma rede de fornecedores de incentivos com uma ampla gama de benefícios para os titulares de certificados. Os detentores de certificados do Green Award podem demonstrar que estão acima e além dos padrões internacionais e do excelente compromisso com a segurança e o meio ambiente por meio da melhoria contínua.

“O porto de Pecém é o primeiro do Brasil a ingressar no Green Award como fornecedor de incentivos. O Brasil é o maior país da América do Sul em população e tem um enorme impacto no comércio global por enquanto e ainda mais no futuro. O ingresso do Pecém no Green Award mostra seu compromisso de apoiar a melhoria contínua na segurança de movimentações portuárias, proteção ambiental e proteção de tripulantes. Todos esses tópicos são mais importantes do que nunca no presente momento e precisamos resolver isso juntos. Desde o alcance global do Ceará, Brasil e Green Award, acreditamos que podemos causar um impacto”, afirma Jan Fransen, diretor executivo da Green Award Foundation.

A conquista reforça um compromisso do Porto do Pecém com o meio ambiente. No ano passado, o terminal cearense saltou cinco posições e chegou ao 4° lugar no Índice de Desempenho Ambiental (IDA) – referente ao ano de 2018. O resultado foi apresentado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), em Brasília. O IDA, que é referência no setor portuário, é composto por 38 indicadores relacionados a conformidades legais vigentes no Brasil e boas práticas em gestão ambiental, saúde e segurança de operações.

“O Pecém gostaria de incentivar as linhas de navegação a investir cada vez mais em navios sustentáveis, bem como incentivar outros portos brasileiros a oferecer incentivos semelhantes e a participar da rede Green Award, para que juntos, possamos ter um impacto positivo maior no transporte aquático sustentável ”, declara Duna Uribe, diretora executiva comercial do Porto de Pecém.

O Dia Mundial do Meio Ambiente nesse ano teve como tema escolhido pela ONU a Biodiversidade para 2020. Muitos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU estão relacionados a este tema, enquanto o programa de certificação de navios do Green Award também estão relacionados com os 12 Objetivos que promovem o Desenvolvimento Sustentável nos transportes marítimos.

Complexo do Pecém
O Complexo do Pecém concentra uma Área Industrial, o Porto do Pecém e a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) Ceará – a única em atividade hoje no Brasil. O Complexo do Pecém é uma joint venture formada pelo Governo do Estado do Ceará (70%) e pelo Porto de Roterdã (30%). A sociedade com um player global representa a otimização das operações e a possibilidade de atração de novos investimentos, inclusive investimentos estrangeiros.

O Pecém, enquanto complexo industrial e portuário está estrategicamente localizado no nordeste do Brasil, na “esquina do atlântico”. Localizado a cerca de 50 Km de Fortaleza, capital do Estado do Ceará, o terminal atende a um mercado de aproximadamente 56 milhões de pessoas, conectando-se aos mercados dos EUA, Europa, Oriente Médio e Ásia. Em 2019, movimentou 18,1 milhões de toneladas de carga.

Fundação Green Award
A Green Award Foundation certifica petroleiros marítimos e químicos, navios graneleiros, navios GNL e GLP, navios porta-contêineres, navios offshore, RoRo, barcaças de navegação interior e navios fluviais. Seus critérios de avaliação abrangem aspectos ambientais, de qualidade e segurança, e desempenho da gerência e da tripulação. Com essa abordagem abrangente e uma equipe diversificada de especialistas do setor que apoiam o esquema, o Green Award garante a qualidade de suas auditorias e o valor real de seu certificado.

Com mais de 145 portos e outras organizações relacionadas ao setor marítimo que oferecem descontos para empresas e navios certificados, a iniciativa motiva os armadores e gerentes a investir nas melhorias a bordo e em terra e serve como uma ferramenta confiável de Responsabilidade Social Corporativa e redução de risco para as companhias de navegação participantes, portos e prestadores de serviços marítimos.

Mais informações
Complexo do Pecém: www.complexodopecem.com.br
Green Award: www.greenaward.org

Fonte: Agência Eco Nordeste em 10.06.2020